Este post podia muito bem começar como aquela música: "Toda a gente sabe que os homens são animais...", mas não vou por aí!
A poucas horas da emissão de uma das entrevistas mais esperadas dos últimos tempos, este bigode queria debruçar-se um pouco sobre esta questão do doping no ciclismo, mais concretamente na vida recente de Lance Amstrong.
Já todos ouvimos falar de Amstrong, pelo menos uma vez na vida, pois todos os que se destacam nas suas profissões, pelo menos os desportistas, tendem a ser mundialmente conhecidos. No meu caso, eu cresci a ouvir este nome como o nome do Deus do ciclismo. Mas não só, Lance é tido como um dos mais completos desportistas de sempre, com performances fantásticas também no triatlo e em bicicletas de montanha.
Pois bem, terminada a carreira e dezenas de medalhas e títulos depois, a Union Cycliste Internationale, veio a público retirar a Amstrong a maior parte dos seus títulos alcançados, entre eles, as vitórias na volta à França e as medalhas olímpicas. De um momento para o outro tudo foi posto em causa, não só o real valor do ciclista, mas também todas as normas que regulam a veracidade deste desporto.
Vá lá, não vamos ser mesquinhos, todos sabemos que no ciclismo os atletas vivem, toda a sua carreira, no limiar da ilegalidade, por consumo de substâncias dopantes. O contra censo existe quando este desporto é o mais controlado. E ainda mais estranho, é o timing da vinda a público desta notícia, alguns anos depois do fim da carreira de Lance.
Amstrong, desde o início, que se declara como inocente, afirmando que nunca se dopou. Afirmação esta que me custa a engolir.
Em contraponto, os seus antigos amigos e companheiros de equipa, tiveram a hombridade de vir a público condenar Lance pelo consumo de doping, metendo toda a gente no mesmo saco. Muita dor de cotovelo também pode dar nisto.
Polémicas à parte, Amstrong deu uma entrevista intimista a Oprah, que irá para o ar nos EUA nas próximas horas. O suspense em torno disto tem sido bastante elevado, até porque Oprah, no seu lançamento, veio afirmar que sentiu que Lance não foi totalmente honesto. Talvez por não querer seguir o mesmo caminho daqueles que lhe esfaquearam as costas, optando por não abrir o livro por completo.
Más línguas, antes mesmo da entrevista ir para o ar, afirmam já que o ciclista americano admitiu que se dopava. A mim, parece-me que não. Não estou a ver nenhuma pessoa ao apresentar uma guilhotina voluntariar-se para testar o bom funcionamento da mesma! Ou estão à espera que ele diga " Sim dopei-me" em frente a todo o mundo? Parece-me que não, mas vamos esperar. E mesmo que o admiti-se, não vejo onde estava o escândalo!
A moral da história reside no antecedente grave que se criou com esta história toda, porque agora vamos fazer exames ao Contador, ao Cadel Evans, Cavendish e companhia. O que seria do ciclismo se se publicassem os resultados agora? Se calhar é melhor esperarem pelo fim das suas carreiras, pois estes, sendo dos melhores, ainda dão "muito" ao ciclismo (se é que me faço entender).
Mas não, estes só bebem coca-cola...
Como os melhores são sempre os exemplos a seguir, talvez seja boa ideia criar uma lei no ciclismo com o nome de "lei Amstrong", para que sirva de exemplo aos jovens desportistas no futuro.
Enfim, resta-nos esperar para ver.
O Barão espera sentado no seu cadeirão!
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