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domingo, 30 de dezembro de 2012

Topa-me o Top de 2012


Rapaziada este vai ser o meu último post...de 2012!
Nada melhor que fechar com o tradicional top do ano, que se está a esfumar. Bem sei que foi um ano muito mais cinzento que colorido, deixando poucas saudades, mas, desde já, vos aviso que o que se segue vai ser bem pior, com certeza.
Deixando-me de dramatismos, ainda consigo encontrar algumas salpicadelas coloridas que abrilhantaram o meu dia-a-dia durante todo o ano, desde logo, este blog é exemplo claro disso! 
Até agora tem sido, claramente, uma aposta ganha da minha parte. Começámos devagarinho, como manda a lei destas coisas, sem muitos alaridos e devaneios, mas à medida que o tempo foi passando, este espaço de reflexão e desabafo foi crescendo cada vez mais, e em apenas 4 meses, já conta com 3453 views e 107 posts!
E por isto, agradeço a todos os que me seguem, esperando que o ano em que iremos entrar continue a ser simpático para o crescimento deste blog.
Muitos foram os momentos de reflexão deste meu bigode, sempre a pensar em algo que vos prende-se a atenção e vos agradasse. Espero continuar, mas para isso preciso da vossa ajuda. Divulguem!!!
Fecho o ano com chave de ouro, e dou-vos a conhecer o meu top dos tops de 2012, em matéria de todos os meus gostos! 
Espero que gostem.
"E o bigode de ouro, do ano 2012, na categoria de...vai para:"

Melhor Filme: SHAME

Melhor Serie TV: SONS OF ANARCHY/HELL ON WHEELS

Melhor Livro: COLECTÂNEA "AS CRÓNICAS DE GELO E FOGO"

Melhor Álbum: City and Colour "Little Hell"

Artista Revelação: MATT CORBY

Banda Revelação: BALÃO DIRIGÍVEL

Melhor Concerto em Portugal: BON IVER

Melhor Música: FRANK OCEAN "WISE MAN" 

Melhor discoteca: LUST

Prato do Ano: TEMAKI

Melhor programa televisivo: OS PORTUGUESES PELO MUNDO

Melhor Marca: LEVI´S 

AH! e para melhor bigode, não há discussão, é o deste Barão!

UM ÓPTIMO 2013!!!!!!!!!  



quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

A coisa tá preta mas vai ficar ainda mais: SALDOS!


Se fizeste como eu, e poupas-te poupas-te poupas-te, não compras-te rigorosamente nada para te oferecer na noite de Natal, ou simplesmente, recebes-te umas notas e estás sedento de compras, este post diz-te respeito.
O tão aguardado momento acaba de começar. Quando eu me preparava para atacar os saldos na máxima força, tive conhecimento que o El Corte Ingles está em modo Black Wednesday e Black Thurday, nomeadamente, ontem dia 26 e hoje dia 27. Fantástico não é? 
Para quem ainda não sabe o que é isto, é fácil: estes dois dias  foram adoptados pelo El Cortes Ingles, por influência do que se passa no Boxing Day britânico, onde é feriado e os primeiros saldos rebentam com descontos que podem ir até 75%. Pela Bretanha fora é ver pessoas a pernoitar às portas dos centro comerciais, com o intuito de serem os primeiros a entrar e estoirar libras, neste caso.
Ora, no El Corte Ingles esta técnica foi adoptada, em homenagem ao crash da bolsa americana de 1929, onde os preços caem aos trambolhões. Como estratégia astuta para evitar filas e maiores confusões, a organização deste evento dispõe diversos artigos, ao preço da chuva, de duas em duas horas. Estarão tapados com panos verdes e por cima têm a informação do preço e da hora em que o pano cai para se poder comprar. Para mais informações acerca desta "Black Friday", consultem a lista de artigos e horários de descontos para os respectivos dias: 

Eu vou lá estar!
Isto é apenas um aquecimento para o que se passará a partir de dia 28, e se desenrolará até dia 28 de Fevereiro: SALDOS!! Um pouco por todo o lado eles vão-se fazer sentir e bem, ou não fossem estes, tempos difíceis para os comerciantes!
Um conselho: Aproveitem os primeiros dias porque depois as coisas começam a escassear, e as lojas transformam-se em autênticas feiras.

Agora sim, este Barão vai encher o baú!

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Sushi: expoente máximo da multiplicação blaugrana

 +=Baby-Boom!

Não esperem que vá falar de futebol, até porque toda a gente já sabe que estes meninos do Barça, individualmente, são os melhores praticantes do mundo, nas suas posições, e quando se juntam às quartas e domingos para dar uns toques constituem a melhor equipa de sempre, e aquela que melhor futebol pratica. Quanto a isto a novidade não é nenhuma, mas do que vos vou falar de seguida é notícia, muito por culpa do suspeito do costume: Sushi.
Muito bem, quem sabe o que estas três variáveis têm em comum: jogadores do Barcelona; Sushi; Natalidade?
É difícil não é?
Pois bem, e se eu vos disser que todas elas estão relacionadas positivamente.
Há cerca de 5 anos, no balneário do Barcelona haviam muito mais campeões do Mundo e da Europa do que papás. Apenas os jogadores mais velhos, casos de Puyol, Guardiola e Keita, levavam uma vida dupla de jogadores e pais, todos os outros pareciam querer deixar a paternidade para depois do sucesso profissional.
Passados esses 5 anos e muitos sucessos, esta tendência foi completamente posta de parte, e agora são, e vão ser, mais papás que títulos alcançados. 2012 foi o ano do baby-boom em Barcelona! 
Só em 2012, jogadores culés como Messi, Valdés e Pinto foram pais, e em 2013 também o serão Piqué, Fàbregas, David Villa e Pedrito!
E quem será que foi o responsável pela alta taxa de natalidade no balneário da melhor equipa do mundo? É o sushi claroo!!
Não acreditam? então sigam o link para perceberem melhor:


Uma dica: se estás a tentar ser pai ou mãe e, por algum motivo, não o estás a conseguir, esquece as idas ao médico especialista e enfarda, diariamente, kgs de sushi!!! vais ver que passado algum tempo vais ter um/a novo/a adepto/a do Barça em casa, a chorar porque quer mama ou tem a fralda suja. A parte negativa é que podes vir a ter o tão desejado filho, mas com a cara do Puyol!

Este bigode está a pensar utilizar o seu sushi para ajudar famílias impotentes, mas também clubes de futebol que padeçam da mesma doença... (sei lá, assim de repente...Sporting talvez).     

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

A fechar mais um Natal


Claro está que este assunto, tão querido por mim, não me podia passar ao lado. Contudo, deixei passar o dia para agora poder fazer um balanço deste Natal.
Bacalhau: check! Perú: check! Presentes: check! Overdose de doces: check! Sesta familiar: Check!
O meu Natal, este ano, foi apenas mais um. Digo isto baseado na realidade e não naquela doce fantasia de criança em torno desta data, até porque há muito que a magia do Natal já não está na minha posse. Em vez de desesperar, dias antes, pelo que seria o meu presente, depois daqueles longos momentos a olhar para baixo da árvore a tentar adivinhar qual seria o meu, e tentá-lo abrir sem sucesso, o Natal, para mim, resume-se agora apenas a uma palavra: Família!
Nada melhor que estar no seio familiar, aquela mesma família que nos viu nascer, aquela família que, ano após ano, perde aquele elemento fundamental que fazia com que tudo fizesse mais sentido, aquela família que nos dá carinho e que nos momentos difíceis é a nossa âncora...o Natal é tudo isto e, ao mesmo tempo, agora, apenas isso. Não quero assim dizer que passou a ser um momento pior, passou a ser apenas diferente. 
A curiosidade de ver qual o nosso presente passou a ser a de ver como aquele nosso familiar está passado um ano, a emoção de abrir o presente que se desejava passou a ser a de ver a família toda reunida, a alegria de brincar com a prenda nos dias seguintes passou a ser a tristeza de termos que nos separar novamente...Por tudo isto o Natal, continuando a ser a data pela qual mais espero todo o ano, deixou de me encher de alegria para me encher de um misto de emoções liderado pela nostalgia. Nostalgia de voltar a ver o Natal com os meus olhos de criança e ver coisas e pessoas que já não consigo ver...
Enfim, espero que todos tenham tido um feliz Natal em família, porque amanhã estamos de volta à realidade, tal e qual a poção da Cinderela que deixa de fazer efeito.

Um bem haja deste Barão! 

domingo, 23 de dezembro de 2012

Pipocas e sexo à descrição!


O dia em Lisboa nasceu e, está a crescer, muito cinzento, e depois de uma passeata matinal com o meu fiel companheiro, nada melhor que uma tarde de cinema, ao sabor de chá e torradas, bem à antiga portuguesa.
Por isso mesmo, e para os que estão na mesmo situação que eu, deixo-vos uma sugestão cinematográfica para vos acompanhar esta tarde, ou outra qualquer.
Shame é para mim, sem dúvida, o grande filme do ano de 2012. Não só por juntar alguns dos melhores, casos de Steve Mcqueen na realização, e Michael Fassbender no topo do cast, mas também por conseguir tratar do tema "sexo" com uma frieza e mestria avassaladora. Esta obra prima britânica foi arrecadando elogios e prémios ao longo de todo o ano. Adjectivos como "Mesmerazing", "Provocant", e "Inevitável" são apenas ecos de um público especializado na 7º arte. Aliás, é natural este título ter-vos passado ao lado porque não seguiu para cinema em Portugal e, muito menos, teve o impacto publicitário de outras longas metragens hollywdescas, mas, por vezes, são os frascos mais pequenos que escondem as melhores fragrâncias...mesmo não sendo um filme mainstream bateu alguns recordes ao nível das bilheteiras um pouco por todo o mundo.
Este controverso filme, fala-nos de um solteiro e bem sucedido morador de Nova Iorque, que ultrapassa todos os seus problemas diários com sexo, sendo completamente viciado na sua prática. É ninfomaníaco e predador sexual, coleccionando relacionamentos one- night-stand. Contudo, este seu vício acaba por ser abalado pela chegada da sua irmã à cidade. Não adianto mais, ficam por vossa conta, mas atenção (maiores de 18)!
Por fim, Shame é duro e provocador mas não deixa de sê-lo num imenso silêncio e crueza incríveis. Como num bom poema, cada palavra é beleza e está sempre no sítio certo.

                      Lets look at the trailer:

    
  

Boa tarde Baronesas e bigodes!
  

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Sushi report


Para que saibam, o meu cão é um exemplo de um cão mimado. Pensa que é humano vejam bem...
Só para vos dar conta, o Sushi, hoje com 6 meses, apresenta um intelecto bastante complexo, dado que tem tanto de reguila como de maricas (este último adjectivo preocupa-me um pouco). Desde o vipes de loucura que lhe dão, até às longas sestas repletas de sonhos cor-de-rosa debaixo do seu cãobertor, fazem deste individuo singular entre os caninos.
A rotina diária não foge muito do que ele espera, coisa que o faz saber o que vai acontecer a seguir com uma astúcia brilhante. Primeiro, são os biscoitos matinais antes de ficar sozinho a manhã toda, segundo, são as sestas a seguir ao almoço no sofá a toque de carícias nas orelhas, caso não aconteçam é logo motivo para ganir, terceiro, é o seu osso comestível a quando das minhas refeições diárias, caso contrário almoçava comigo à mesa por sua vontade, quarto, são os passeios pelo parque das nações ao final da tarde, onde, solto, corre corre e corre na companhia dos seus melhores amigos, por último, é o regresso à sua caminha sempre ao colo do dono, caso contrário nem uma grua o levanta do sofá. Respeitante a este último ponto, toda a santa sexta-feira o menino Sushi gane aquando do regresso à cozinha para dormir, sabendo que, passado algum tempo vem fazer óós para a minha cama até de manhã, sabe muito...
Toda esta rotina é por si controlada como se possui-se um relógio, sabendo perfeitamente os timmings das coisas, às vezes melhor que eu (agora mesmo está a ganir no sofá e a olhar para mim porque são horas de irmos passear, coisa que já nem me lembrava, visto que quando escrevo esqueço-me do tempo).
A sua saúde parece de ferro, o seu temperamento está a começar a apurar, já está muito mais obediente e sossegado, mas quando se passa as minhas mãos são autênticos parques de diversões, o que lhe confere, cá em casa, a alcunha de cãocordilo. Não acreditam? deviam ver este maricas de boca aberta.

Confesso que já não sei passar sem este bacano, pois o carinho que lhe dou é-me devolvido a triplicar.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Long Live Rock 'n' Roll nº9


Hoje, o espaço Long Live Rock 'n' Roll, conta com a "presença" de um artista a solo. 
O americano Noah Gundersen pode parecer, à primeira vista, apenas mais um daqueles artistas vegetarianos que tocam ou cantam numa banda de reggae, e que veneram Jah e idolatram Bob Marley, mas desenganem-se, porque não tem rigorosamente nada a ver.

Este jovem começou a sua carreira de músico com 10 anos, quando os seus pais lhe ofereceram um piano. A partir de então, a seu trajecto de auto-didacta nunca mais parou, dado que aprendeu a tocar guitarra e a gravar sozinho nos equipamentos do seu pai. Com 16 anos já tocava em bares em Oregon, sua terra natal, acompanhado pela sua irmã Abby ao violino, banda que se chamava "The Courage".
Mais tarde, em 2008, lança o seu primeiro álbum de originais intitulado "Brand New World", gravado por si em sua casa. Em 2009, surge o lançamento de "Saints and Liars" que deixou Seattle a seus pés. Mais recentemente, em 2011, surge-nos o seu último registo "Family", álbum que entrou para os topos de música independente americana 2 semanas após o seu lançamento. A última faixa deste último álbum "Family", foi escolhida para a banda sonora da série Sons of Anarchy, motivo pelo qual eu conheço este artista.
Ao conhecer "Family", fiquei de tal forma viciado nesta faixa, que me levou a ouvi-la vezes sem conta ao dia, e depressa fui vasculhar o restante trabalho do rapazola, e fiquei muito bem impressionado, ficando este com lugar privilegiado no meu Ipod.
Actualmente, tem sido comparado pela crítica a artistas como Damien Rice, Jeff Buckley ou Ryan Adams.
Este é um tipo de som que nos transporta para outra realidade, e nos faz esquecer de todos os problemas, dadas as característica fortes das suas letras. Perfeito para momentos de solidão...
Deixo-vos a faixa de que vos falo acima, que continua a ser a minha preferida:
  

Espero sinceramente que gostem tanto, ou mais, que o meu bigode!

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Portugal save de Queens of the Stone Age!!!


Para mim, a seca acabou, o fim do mundo deixou de fazer sentido, a crise é coisa que não me assiste, o pai natal fica bem de vermelho e branco, o Porto pode ser campeão, o Sporting pode acabar...estou nem aí para o que se vai passar em Portugal nos próximos tempos! Porque hoje saiu uma das notícias mais desejadas da minha parte em muitos anos:

Queens of the Stone Age em Portugal
(20 de Julho Superbock Superrock)

Ele era fóruns, sites, blogs, petições e desespero à mistura, ao longo destes últimos anos, para que estes senhores do rock viessem tocar a terras de Afonso Henriques, e como uma das maiores virtudes é ser paciente, parece que desta vez ganhámos!
Da minha parte, é das poucas bandas que gostava de ver e ouvir antes que algo de mau se passasse, a mim ou a eles. Por isso, no próximo dia 20 de Julho de 2013, aconteça o que acontecer, a organização do SBSR pode, desde já, contar com a minha presença, até porque não vou faltar a este concerto por nada deste mundo e do outro.
Os Queens of the Stone Age, são talvez a minha banda de eleição há anos, e têm um dos músicos que mais admiro no panorama, o senhor Josh Homme. A juntar a isto tudo, a boa notícia de que vão tocar o novo álbum (a sair em inícios de 2013), com regressos de Dave Grohl e Nick Oliveri, o que volta a elevar a banda a um nível galáctico. Depois deste concerto já dou por muito bem empregue a minha passagem pelo mundo dos vivos, sem com isto dizer que não os possa ver mais vezes no futuro...é que uma banda que toca em Portugal, raramente resiste em não voltar.

A travessia do deserto vai começar, preparem-se para esse dia.
É caso para dizer: "God save the Queens of the Stone Age"

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Crise, precipitação, Natal e espanholadas!


Tempos como este são os que melhor demonstram a cultura do povo português.
Para além da famosa crise financeira, o povo português tem traços culturais que, por vezes, nos passam ao lado, a nós que fazemos parte integrante desse grupo. E nesta matéria parece que os astros se alinharam na perfeição, trazendo consigo flagrantes tiques culturais desta nação.
Crise + mau tempo (chuva) + Natal + presentes = centros comerciais à pinha! 
Não é novidade nenhuma que esta crise tem encurtado o poder de compra dos portugueses, mas como explicar aos nossos ente queridos que este ano não deu para lhes comprar uma lembrança? Juntando a isto, o mau tempo que se faz sentir um pouco por todo o território nacional, está para nós portugueses, como as radiações nucleares para Chernobyl, tal é a alergia que as pessoas têm, principalmente à chuva. Se repararem quando chove em Portugal não se vê paz de alma na rua, ao contrário de outros países onde a chuva não os impede de nada, aqui é motivo de desculpa para tudo. E a que o nosso povo mais utiliza a quando do tempo chuvoso é o "barricamento" em centros comerciais. Sabendo de ante mão que esta quadra natalícia, só por si, já é a que mais gente leva a consumir nos shoppings, na necessidade de comprar aquela lembrança para o familiar ou amigo...tudo isto só podia resultar numa rumaria diária às superfícies comerciais, que por estes dias levam mais gente que o santuário de Fátima em dia s santos. 
A crise, nesta balança de necessidades, parece não ter muito peso, a constatar pela composição social que os centros comerciais apresentam. Portugal é, e sempre será assim...
Quanto a mim e à minha família, passo a expressão, "cagaram as patas" porque, desde o ano passado, que os presentes são comprados depois de 25 de Dezembro. E não sou espanhol, mas a minha tendência é de comprar os presentes a metade do preço nos saldos, até ao dia de Reis, dia em que os espanhóis trocam presentes. Acho que faz muito mais sentido...se posso comprar a metade do preço daqui a 15 dias, porquê comprar agora? Basta pensar um pouco...

De referir que ainda não comprei rigorosamente nada para ninguém, e a mim me incluo. Mas anseio pelos saldos, para estoirar as poupanças! Ou não...

Este Barão vai criar o seguinte movimento: 
"Prendas de natal à espanhola, para não ter que pedir esmola"    

domingo, 16 de dezembro de 2012

O sushi baronês é de comer e chorar por mais



O mundo do sushi não pára de me surpreender!
Então não é que um estudo feito no Japão, a milhares de pessoas, afirma que, quanto maior for a regularidade de ingestão de sushi, maior será o índice de beleza. Segundo tais conclusões, o sushi mexe com as células responsáveis pelo nosso aspecto físico individual, estimulando, de certa forma, os nossos catalisadores de beleza naturais.
Pensando assim, para quê recorrer a operações plásticas para alcançar aquele aspecto desejado? Talvez por isto, O Japão, dos países desenvolvidos, é aquele que apresenta os números mais baixos em termos intervenções cirúrgicas com fins estéticos. Para além de se poupar uma massa valente, está-se a recorrer a um método bem mais saudável pela sua vertente não evasiva.
Eu sou um exemplo claro deste estudo, se quando era pequeno a beleza era coisa que não me assistia, agora e depois de ingerir kgs de sushi todas as semanas, cheguei a níveis altíssimos de beleza. Sou a prova viva de que este estudo está certo.
Depois deste aparte, devo dizer-vos que existe no sushi que faço, uma fórmula inovadora e muito mais avançada, que permite à pessoa que o coma, numa só vez, resultados muito mais positivos do que qualquer outro sushi fast-food, ou seja, o meu sushi está de 1 para 5 no que toca a resultados mais rápidos. Não, não é baseado na baba de caracol que conferiu ao Roberto Leal aquele aspecto juvenil...baseia-se na qualidade dos produtos e no amor que lhe transmito aquando da confecção.
Se repararam na foto acima (as senhoras de certeza que sim), podem ver que até uma pessoa já bela por si só, como o Jon Kortajanera, depois de ter ingerido duas caixas do meu sushi reparámos que ficou mais bonito cerca de 5 segundos.(foto tirada na minha marquise) 
Já fui contactado por individualidades do mundo do espectáculo para que passa-se a ser seu sushiman exclusivo, convites esses que tenho declinado visto que quero um mundo mais belo, e não apenas os que aparecem na TV. Entre eles, Manuela Moura Guedes, Maria Rueff, Lili Caneças, Fernando Mendes... Até agora, só posso dizer-vos que o estrabismo agudo que Rita Pereira possuía já passou à história...

Não acreditam neste bigode milagreiro? Então provem... 

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Fim do mundo em risco!


Malta, é com muito orgulhoso, e algum alívio à mistura, que vos continuo a escrever todos os dias. Não é nada fácil para um blogger como eu viver na incerteza de que o amanhã possa jamais chegar.
Pelos vistos passámos todos ilesos pela primeira previsão do colapso do planeta Terra, ou fim do mundo como queiram. De facto, alguns peritos e sábios apontavam para o passado dia 12, mas sem sucesso. Pelo que consegui apurar o fim do mundo terá sido adiado para o próximo dia 21 por falta de verba. Ah pois é, não é só o país que está em crise, ao que parece este mal também atingiu fortemente os orçamentos dos organizadores deste grande evento "O Fim do Mundo". Segundo um testemunho que pude apurar, a organização do fim do mundo, teve que canalizar tais verbas para as despesas de Natal com os seus funcionários, através de fringe benefits, tais como cabazes de natal e garrafeiras do Dão e Douro. Esta medida foi opção como compensação de lhes terem retirado os subsídios de Natal. Convínhamos, uma medida controversa, visto que esses tais fringe benefits, ou são ingeridos rapidamente, ou o próximo dia 21 de Dezembro assinalará a última oportunidade para tal.
Depois de terem sido canceladas todas as encomendas de luzes e enfeites de Natal, pela maior parte das câmaras deste país, os responsáveis pelo fim do mundo, ou pelo menos o deste país, comprometem-se em que, desta vez, não passa de dia 21!
Por isto, se guardaram alguma coisa para dizer, digam, para fazer, façam, para experimentarem, experimentem...que os nossos dias estão contados. Vão por mim, já escapámos na viragem do milénio em 99/2000, escapámos no passado dia 12, mas não escaparemos do próximo dia 22!
E se escaparmos, os especialistas dirão que foi por culpa do buraco das contas públicas.
Visto que, pelo menos, em relação ao nosso país, não se perdoam dívidas, o fim do mundo seria a melhor opção tomada por parte do nosso governo para que a senhora Merkle nos perdoe qualquer coisita. "...como 1º Ministro de Portugal, temo ter que afirmar que, pelo menos a nossa nação foi alvo do Fim do Mundo, por isso, a partir do próximo dia 21 de Dezembro, não contem mais connosco, ok?" fim de citação.

Como este bigode tem poderes mágicos, promete-vos que escreverei novamente no dia 21, 22, 23, 24, 25...já não sou menino para cair uma terceira vez!

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Long Live Rock 'n' Roll nº8


A minha veia roqueira parece ter como paragem obrigatória, de vez em quando, o mundo do stoner. Mas neste tipo de rock, nem todas as bandas me conseguem satisfazer.
Várias são as formações deste tipo de som que consumo, contudo, a minha sede por novas sonoridades é imensa, e, pontualmente, tenho que arregaçar as mangas e por as mãos ao trabalho de pesquisa. Numa destas minhas incursões pelo mundo do rock do deserto descobri os holandeses Sungrazer. Foi o ano de 2010 quem trouxe esta bela surpresa à tona, e deu a conhecer o seu primeiro trabalho auto-intitulado, que os catapultou para os palcos dos maiores festivais de música da Europa.
Esta banda europeia já foi alvo de rasgados elogios de gente bem popular do movimento stoner, com por exemplo, Josh Home dos QOTSA.
Um ano mais tarde, em 2011, a banda lança o seu segundo registo "Mirador", que em 7 faixas e 48 minutos consegue condensar o que de melhor o mundo psicadélico e desert rock tem para oferecer. Vozes suaves e riffs bem rasgadinhos são as características máximas dos Sungrazer, o que nos faz viajar entre as suas extensas faixas.
Ao contrário do que se possa pensar, o som desta banda poderia muito bem ser a banda sonora perfeita para um momento de descontracção e relax, um pouco diferente dos demais nestas andanças. Afinal existe espaço para todos, desde que a qualidade seja patente.
O rock sujo parece ter vindo para ficar, e os Sungrazer são exemplo claro disso mesmo. 
Estejam atentos a este espaço que, mais tarde ou mais cedo, novas bandas se farão ouvir pela responsabilidade deste Barão.
Como sempre, aqui vos deixo esta malha:


Este bigode inspira-se!

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

De volta dos Volta...


Quem me conhece sabe que sou completamente vidrado em ténis (os que se calçam).
Sempre tentei evitar marcas e modelos que toda a gente usasse, mas esta tarefa nunca foi fácil, até porque, aliada à dificuldade de encontrar marcas que representassem nixos de mercado, haviam também os preços por estas praticados. Mas a opção era minha, sempre detestei usar alguma coisa igual a toda a gente.
Quando vim viver para Lisboa esta tarefa tornou-se muito mais fácil, pois comecei a ter acesso a lojas e marcas que nunca antes tive.
Há cerca de 4 anos, não sabendo que ténis iria comprar, fui à minha loja de eleição no Bairro Alto (não vou dizer o nome), e reparei que uma nova marca fazia a montra da mesma. Entrei e foi como amor à primeira vista, queria todos os modelos. Tratava-se da Volta Footwear, uma marca italiana, muito recente, e que primava pelos seus modelos completamente fora do normal. Não tinham nada que ver com os banais Vans, All Star...ali encontravas a qualidade aliada ao bom gosto.
No meio de tanta indecisão, lembro-me do primeiro par que experimentei na dita loja. Uma sensação de conforto que nunca antes os meus pés tinham sentido antes fez-se sentir de imediato. E aí fiquei a perceber que não podia sair dali sem os levar comigo. 
A grande diferença, é que sendo uma marca muito pouco conhecida, apenas manda para cada loja 2 pares de cada número e modelo, o que vinha de encontro com as minhas pretensões de exclusividade.
São ténis feitos à mão, e se à primeira vista vos podem parecer frágeis e banais, experimentem para ver a diferença. Parecem umas luvas para os pés. No meio de tudo isto, hoje à distância de alguns anos, sinto-me um autêntico privilegiado por ter no meu armário 3 pares desta marca, todos eles de colecções diferentes, e todos eles a 90 euros. Sim, era também o preço que me fazia sentir assim, era como ter comprado um Ferrari ao preço da chuva, percebi logo. Hoje, quem estiver interessado ou tenha ficado apaixonado pelos ténis da Volta, não irá ter que desembolsar apenas 90 euros, longe disso, eles agora estão à módica quantia de cerca de 200 euros, não me perguntem porquê. Quando soube disto sabia que nunca mais iria ter nenhuns, nem sequer em saldos! Mas 3 já cá cantam...
Sendo os ténis italianos, numa visita turística que fiz a Roma, andei sempre com eles debaixo de olho, mas, mesmo assim, custavam 160 euros... 
Para os amantes de ténis aqui fica o link da marca a seguir:
http://www.voltafootwear.it/

Dê-ão uma vista de olhos e digam se não concordam com o gosto do meu bigode.  

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Não é só o dinheiro que está mal distribuído neste país!!!


Todos nós já ficámos sensibilizados quando estivemos perante uma situação em que os direitos humanos, ou quando as necessidades básicas do ser humano estavam em falta. Este contexto é, sem dúvida, daqueles que nos deixam mais sensíveis em relação ao que se passa com os nossos semelhantes. Mas, na maior parte das vezes, são sensações momentâneas ligadas a certo tipo de reportagens televisivas, cenas de filmes, ou mesmo documentários sobre a vida do comum ser humano.
Sempre houve fome no planeta Terra, mesmo com todo este desenvolvimento. O que é mais normal quando pensamos em pessoas que passam necessidades, são os casos de doença e fome relacionados com países de 3º mundo, mais concretamente, países africanos. No entanto, estes contextos, muito por culpa do Homem, têm se vindo a alastrar um pouco por todo o globo, chegando mesmo a sítios que nunca se pensou poderem chegar. Mesmo que a democracia prevaleça nesses países. Por isso, quando alguém afirmou que "nunca morreu ninguém à fome num país democrático", não é bem assim...
Tudo isto para vos falar do que me aconteceu no sábado passado, quando seguia, todo bem disposto, para um concerto no Santiago Alquimista. Ao chegar ali à zona da casa dos bicos (actual museu Saramago), parei num semáforo, e reparei em duas carrinhas enormes com as portas de trás abertas onde dezenas de pessoas faziam fila com sacos na mão. Ao ver esta situação soube logo do que se tratava e o meu coração quase parava. Não, não vivo noutro planeta, e sei que esta prática acontece todos os dias, quando voluntários se dedicam à solidariedade e vão fazer roteiros da sopa dos pobres. O que me chocou não foi isso, mas sim o facto das pessoas que estavam na fila não serem sem abrigos (daqueles sujos e com mau aspecto que vivem debaixo do átrios dos prédios), ao invés eram pessoas que podiam muito bem ser o meu vizinho do lado, um meu ex professor, um funcionário público, ou mesmo um colega de faculdade...
No meio de tanto choque consegui perceber que eu podia ser uma daquelas pessoas! 
Vi pessoas normalíssimas, que deixaram a vergonha de lado pelo que pôr no prato. Ali estavam, esperando pela sua vez para que pudessem fazer aquela refeição, não chegando a casa de mãos a abanar.
Quando voltei a mim nem vontade tinha de ir a lugar algum. Nunca tinha presenciado esta situação, e por mais normal que seja, hoje em dia, é daquelas que nos fazem descer à realidade. Uma coisa é ver na TV outra é presenciá-la e olhar cara a cara para pessoas, como eu, que passam fome.
A revolta foi ainda maior na segunda-feira seguinte, quando assisto à notícia de que Portugal desperdiça um milhão de toneladas de alimentos por ano! Acham isto normal? Mas em que país vivemos nós?

O meu bigode tem vergonha dos bonecos que mandam nesta merda de país! 


segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

O derby dos velhos tempos


É com grande orgulho que vivo mais um dia de derby lisboeta, e do futebol português.
Longe vão os tempos em que as rumarias começavam pela manhã, carregando os tachos e as geleiras, e a invasão à segunda circular, ao fim de semana, era um momento digno de registo. A paixão era tal que o jogo parecia começar muito antes do apito inicial. Pessoas de todo o país, e até emigrantes, rumavam à capital para assistir àquele que era o jogo Rei do futebol português. Mesmo não havendo crise, o espírito deste jogo entre Sporting-Benfica, deixava para segundo plano todos os problemas da vida dos portugueses.
Nesses anos a magia era outra, o ambiente em torno do estádio também, as discussões clubísticas tinham o seu início semanas antes não tendo, no entanto, previsão para o seu fim. Até o horário do jogo era outro, algo que levava famílias inteiras ao estádio, e dava a entender aos senhores do futebol que Sportvs não faziam falta nenhuma. Para mim é este um dos grandes cancros do futebol português: o monopólio da Sportv, que o veio desvirtuar e retirar a alegria de assistir pela TV aos jogos do clube do coração do povo. A questão agora é outra: Ou se tem Sportv, ou se tem dinheiro para fazer o avio do mês!
Regressando ao tema que me trouxe até aqui, quero lembrar-vos do jogo de futebol que mais me fascinou, e que, sendo o primeiro que me lembro ver, bastou-me para perceber qual o desporto que iria praticar sem olhar a meios. Sem contar, com o facto de ter sido o único jogo de futebol, até hoje, que me fez chorar em frente à TV. Refiro-me ao célebre 3-6 da época 1993/94, para mim o melhor jogo de futebol de sempre, por diversos motivos.

A nitidez desta lembrança na minha memória é tal, que me recordo como se fosse hoje, de todos os pormenores do jogo. Dos onze iniciais, do árbitro, da marcha do resultado, de quem comentava o jogo, das substituições, e de me ver de joelhos em frente ao televisor a suplicar para que o meu Benfica passasse para a frente do marcador (algo que não foi nada fácil), de ainda ler mal, e dizer aos meus pais que o João Pinto era "médico" em vez de "médio", quando aparecia a informação do jogador no ecrã. Até saudades tenho dos saudosos anúncios da Robialac, que iam pintando a minha televisão sempre que dava uma repetição....
Até no futebol o "antigamente" soa muito melhor do que o "presentemente"!
Para quem na altura ainda não tinha noção do que era o futebol, ou simplesmente nunca viu estas imagens, aqui vos deixo, com alguma nostalgia e servindo de aquecimento para logo, um resumo deste derby que marcou a minha vida:



No arquivo VHS do Barão esta cassete tem um lugar muito especial!





sábado, 8 de dezembro de 2012

Uso, gosto e não me importo!


Há cerca de um ano atrás, rendi-me a uma peça de roupa íntima masculina, do tempo da 2ª Guerra Mundial.
Os tempos têm destas coisas, e os nossos nem sempre trazem progresso e reinvenção, ainda para mais no mundo da moda, onde o que os nossos avós usavam há 60 anos atrás é agora motivo de vaidade.
A peça de que vos falo são os lendários Long Johns, que se usavam  muito no início do século 20, mas por motivos de sensualidade se vieram a perder no tempo. Agora usam-se como roupa interior ou peça de roupa caseira (como eu gosto de lhe chamar), mas antes até podia ser usada na rua, como de resto se pode ver na foto.
Eu, comprei os meus dois primeiros pares no Inverno passado, e desde então não quero outra coisa na hora de vestir roupa para desfilar por casa.
Hoje, são muitas as marcas que voltaram a pôr esta peça de roupa masculina nas gavetas dos senhores, e a minha já conta com alguns pares. De início, sou sincero, custou-me um ponto a adaptação visual, dado que a sua parecença com as leggins femininas deixavam o meu psicológico visual um pouco transtornado, mas depois deixei-me de preconceitos, e rendi-me à comodidade que os Long Johns me conferem.
Acreditem, não há nada mais confortável ou quentinho para andar por casa à vontade. A única coisa que têm de ter é capacidade de encaixe para as críticas vindas dos vossos amigos, cada vez que lhes abrem a porta de casa nestes preparos. Comentários como: "Mas que paneleirice é essa pah!" ou " Vestis-te as leggins da tua mulher?". O que é certo é que estas velhas peças de roupa só são esquisitas para quem nunca as usou, porque quem sabe do que falo percebe-me perfeitamente. De certeza que em segredo já um ou dois amigos meus usam disto em casa...
Devo dizer ainda que, os meus pijamas old school já não vêem a luz do dia desde que descobri esta pequena maravilha que os nossos antepassados nos deixaram.
Esta é a prova viva de que o  futuro e o progresso nem sempre nos trazem coisas melhores. Já me estou a ver bem velhote e ainda a usar esta peça intemporal.
Não sejam preconceituosos e experimentem.
Eu uso, gosto e não me importo!(como diz o outro) Até há varanda vou com os meus Long Johns!
Vergonha de quê, se estou a usar uma peça de roupa bem masculina? E se grandes machões como Russel Crowe, em Cinderella Man, também os usavam?
Este Natal esqueçam as peúgas ou cuecas aos bonecos, façam como eu e peçam destes:

O meu Bigode sabe que a moda é mesmo assim: Primeiro estranha-se depois entranha-se!


quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Long Live Rock 'n' Roll nº7


Estou a passar por uma fase muito patriótica, pelo menos no que toca a novos horizontes musicais.
Ultimamente no meu ipod têm rodado, sem parar, bandas como Linda Martini, Men Eater, Black Bombaim, e outras bandas de rock português desta nova vaga de inspiração lusa. Mas descobri há pouco tempo uma banda que me tem enchido as medidas, fazendo-me lembrar a altura em que tive conhecimento da existência de Linda Martini, a sensação de prazer está a ser muito semelhante.
Falo-vos dos Balão Dirigível. Ainda não consegui descobrir se este nome é baseado em "Led Zepplin", mas se for o caso estão de parabéns!
Um quinteto alentejano compõe esta banda bem portuguesa, até porque escolheram, e bem, cantar na língua de Camões, o que é sempre um risco. Mas desta vez bem ganho.
Este projecto musical baseia-se numa vertente pós-punk ou altern/rock, como preferirem, com características que lhes valeram já enumeras comparações com bandas como At the Drive In. Realmente, esta comparação, a meu ver, foi muito bem sacada, contudo era injusto restringir o valor da banda, quanto à sua sonoridade, apenas a algo que já foi feito, até porque os Balão conseguem ser bastante originais. Afinal todos nós temos influências naquilo que fazemos.
Até à data, têm apenas um registo, um EP composto por quatro faixas, caracterizadas sobretudo pelo seu peso instrumental irrepreensível. As suas letras soltas, bem à imagem de Linda Martini, conferem-lhes mais conforto quando se canta em português.
Por isto mesmo, este Balão só pode ter um destino no seu trajecto aéreo: o infinito, voando bem bem alto.

Deixo-vos um exemplo de como este Balão voa bem além:

 

Se gostarem, ainda têm tempo de vê-los hoje (dia 6/12/12), pelas 22:30h no Bacalhoeiro, em Lisboa. O Barão vai lá estar com toda a certeza.

    


quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Playmobile Sushi please!!!


Em vésperas de mais um serviço desta grande arte, deu-me o apetite de vos falar um pouco mais sobre alguns dos aspectos que fazem do Sushi um vício. Não tem nicotina,cafeína, nem coisas acabadas em "ina". Então mas porquê o vício?
Normalmente, a primeira vez que se come sushi não é lá uma experiência muito boa, pelo que tenho ouvido por aí. Ou se escolhe mal o restaurante, ou os alimentos não tinham a melhor qualidade, ou foi num buffet onde o sushi já está feito à algumas horas, ou, simplesmente, por falta de informação se começa ao contrário, ou seja, das peças mais hardcore para as mais suaves.
A minha primeira vez também foi algo traumática, até porque não sabia para o que ia, não tive aquele tempo de preparação psicológica, e a fome era negra.
Mas o pior de tudo é parar, e embirrar com este tipo de cozinha. É o que faz muita gente, por ter tido uma primeira vez menos boa faz de imediato um risco no sushi e nunca mais volta a tentar, acontecendo por vezes, ser uma má influência para amigos que desejam experimentar.
A partir da primeira vez, é sempre a enfardar.
Depois também acontece a muito boa gente que por adorarem comer, comem sushi com a mesma voracidade como comem outro tipo de comida, afirmando adorar sushi mas nunca tendo realmente a verdadeira sensação de prazer do que é comê-lo.
Hoje, que já entendo muito mais sobre este tipo de cozinha, sou homem para vos deixar uns conselhos, que se seguirem à regra vos vai deixar com água na boca cada vez que alguém proferir a palavra "sushi". Vamos a isso:

-O sushi, por mais fome que se possa ter, deve ser ingerido de uma forma quase romântica. Cada peça tem o seu sabor e o seu modo de satisfação, por isso, nada melhor que uma música relaxante para impedir que a gula vos atrapalhe;

-Ao escolher uma peça para comer procurem encontrar todos os sabores que estão na vossa boca, e depois encontrem a simbiose de sabores que todos os ingredientes juntos vos oferecem;

-Procurem alternar um maki com sashimi, ou um quente com um frio. Assim, conseguiram perceber melhor o sabor característico de cada peça;

-Saibam diferenciar o bom sushi do mau. É fácil: o bom sushi é aquele que se desfaz na boca, aquele que se consegue descobrir o arroz grão a grão, aquele que vos oferece o real sabor dos alimentos, ou seja, quando escolho comer algo com manga pepino e salmão, os três ingredientes têm que deter os seus sabores próprios, mesmo estando misturados. Por outro lado, o mau sushi é aquele que parece pastilha elástica, ou um ingrediente que absorve o sabor de todos os outros;

-Quanto à soja, é essencial no sushi, mas em quantidades reduzidas, porque já vi pessoas que absorvem de tal forma a peça de sushi, que no fim da refeição apenas sentiram o sabor da soja. Esta tem uma sabor tão forte, que se não for usada como deve ser, retira todos os sabores dos outros alimentos;

-Outro erro comum, é na forma de comer nigiris. Nunca molhar o arroz do nigiri na soja, porque este já tem o tempero próprio do sushi Su, assim, o que deve mergulhar na soja é o lado do ingrediente que caracteriza o nigiri.

-Se realmente são fãs de sashimi, e sentem que o peixe é fresco, tentem comer sem soja, desta forma irão saborear todo o sabor do peixe.

-Por fim, para quem gosta de ir a restaurantes japoneses, os melhores dias para o fazerem são: quartas, quintas e sextas. Porquê? pelo simples facto de ninguém pescar ao domingo, logo o restaurante não receberá peixe fresco ao domingo e segunda, trabalhando apenas com os produtos que estavam em conservação de outros dias. Recebendo peixe fresco à terça feira, este também não é um bom dia para irem, porque o peixe recebido precisa de ser tratado e só a partir de quarta começa a ser servido como sushi ou sashimi.

Para quem não gosta ou nunca provou esta delícia, espero que estas dicas vos ajudem a descobrir o que andam a perder. Para quem já gosta, agora é só aprender a desfrutar da verdadeira forma de o ingerir, obtendo assim o verdadeiro prazer.

Reparem que os japoneses nunca foram um povo stressado ou apressado, muito por culpa da cultura samurai que ainda hoje se faz sentir naquele país, e muito mais no sushi. Um samurai tem paciência naquilo que faz para ser, cada dia que passa, cada vez melhor. A perfeição para eles é algo inatingível. O mesmo se pode adoptar na altura de comer sushi.

Descubram o sushi como um conjunto de peças playmobile, que se encaixam umas nas outras, mas que cada peça tem a sua forma própria, só assim chegarão à forma correcta de o "montar".      

     

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Da estante para o vício


Depois de um curto interregno, estão de volta as minhas maratonas de leitura, sempre a queimar pestana até os olhos ficarem só a meia persiana, responsabilidade do suspeito do costume: George Martin.
Depois de ler toda a obra "As crónicas de gelo e fogo", que dera origem à saga televisiva "Guerra dos Tronos", sempre pensei que o talento deste senhor se tivesse esgotado, mas parece que não. 
O seu mais recente livro editado em Portugal "Sonho Febril", devolveu-me o prazer da leitura, mesmo antes de o ter começado a ler, pelo menos por dentro. Para que tal acontecesse, bastou-me ler algumas críticas de especialistas e dar uma vista de olhos na contracapa para perceber, desde logo, que este não me podia escapar, apresentando-se mesmo como a minha próxima presa a abater.
Esta obra, à semelhança de muitas outras deste autor, foi editada em 1982 nos States, mas só muito recentemente conheceu tradução e edição deste lado do Atlântico.
O romance passa-se em 1857, nas calmas águas do rio Mississsípi, mas de calmo este livro só tem o rio que o contextualiza, porque tudo o resto nos prende às suas páginas como visgo. A um ritmo alucinante, um misterioso navio de seu nome "Sonho Febril", navega as águas escuras de um rio que parece ter muitas surpresas para oferecer. Os sobressaltos são constantes, e os saltos da cadeira também.
Vão por mim, se gostam de suspense e um pouco de terror, este é um livro que vos vai deixar uma nádega colada à outra, quando lhe pegam. Muito por culpa da forma eximia com que o autor desenrola a história, mas quanto a isso já estávamos habituados em "Guerra dos Tronos", com a diferença desta ser muito mais intensa!
Espero sinceramente, que "Sonho Febril" consiga alcançar o estrelato em terras lusas, tal como o fez a algumas décadas atrás nos Estados Unidos, chegando ao top dos tops de vendas.

Até o meu bigode treme...