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segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Portefólio a caminho...

 

Já há algum tempo que tenho andado a pensar em fazer um portefólio, sobre este meu hobbie de sushiman. Pois bem, depois de alguns almoços e jantares já realizados, decidi que, a partir de agora, antes que a malta comece a dar ao dente, irei fazê-los sofrer mais um pouco até que o meu trabalho de fotografo amador termine.

Mas como ainda não tive essa oportunidade, vou-vos deixando uns retratos daquilo que se tem passado por aqui. Há já algumas almas privilegiadas que sabem ao que sabem estas fotos, e sabem também que vale mais que a pena terem um sushiman que lhes proporcione momentos de prazer infindáveis. Pelo menos, a contar pelas caras de satisfação, durante as refeições, posso afirmar que tenho vindo a coleccionar fãs atrás de fãs.


Vejo isto como um hobbie e não um trabalho ou uma obrigação, quando alguma pessoa me pede para lhes fazer uma refeição destas. Para quem trabalha como sushiman sabe, que quando fazemos estas coisas deliciosas com dedicação, amor, e gosto, isso irá influenciar em muito o resultado final. Exemplos são vários, de quando as pessoas se deparam com o meu sushi, desde logo, reparam que afinal não é nada diferente dos outros, mas quando têm a ousadia de colocar a primeira peça na boca, sentem a diferença, e que há ali algo de especial em relação às suas experiências anteriores neste tipo de cozinha.

Quando estou a preparar estas pequenas obras de arte japonesas que se comem, é indispensável uma boa banda sonora e complemente dispensável muita gente à minha volta, o que torna aquele momento muito intimista, entre mim e a obra prima. Quanto menos distracções tiver, mais eficiente e eficaz me torno. Um ambiente descontraído e intimista é o meu ambiente de eleição nestes casos.

Gosto de fazer as coisas com tempo para que tudo saia como eu pretendo. É um trabalho que merece a maior concentração possível, mas ao mesmo tempo, a maior descontracção. Bem à imagem da cultura japonesa ou samurai, com as quais eu me identifico bastante. Ter a cabeça limpa ajuda, mas mesmo que a tenha ocupada com preocupações, é algo que rapidamente desaparece, tal é a intensidade e o poder do sushi.

Por fim, e quando o cansaço e a fome já se fazem sentir, não existe nada que me faça mais feliz que o feed-back positivo que as pessoas têm tido ao manjarem o meu sushi. É uma satisfação enorme ouvir dizer "O melhor que já comi" ou "Maravilhoso!".
É com esse intuito que sirvo as pessoas. 
De repente tudo faz sentido, desde o momento em que começo a lavar o arroz, até ao empratamento. Tudo mereceu a pena!

E, por vezes, um dia depois já oiço "Então para quando mais um jantar de sushi daqueles?"

Resultado: Barão feliz, e bigode arrebitado.  
   
   



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