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segunda-feira, 22 de abril de 2013

"Mãe aquele menino está mascarado de quê?" "Hipster filho!"


Os tempos passam e as modas parecem ficar.
Fiquei a saber esta semana que os meus avós estão mais na moda do que nunca. 
Isso mesmo, a moda tem destas vicissitudes.
Como saí mais de casa que o habitual na semana que passou, e como frequentei alguns dos sítios mais underground da nossa capital, reparei que existe um movimento, um pouco estranho, de pessoal que se veste como os nossos antepassados. Claro que já há alguns anos comecei a reparar nestas pessoas, mas agora parece mesmo ter pegado com força.
O grandioso concerto de Linda Martini, no passado sábado no Ritz, foi como que uma parada de hipsters. (sim é este o nome que aparece no rótulo). Arrisco-me a dizer que metade da sala eram pessoas normais, e a outra metade eram pessoas normais que  faziam de tudo para parecerem anormais. O engraçado é que todos eles e elas traziam ao ombro algo que me pareceu um saco do pão. Mas não, era uma sacola onde traziam os seus gadjets!
Então vamos lá, hipster é...
"...um termo frequentemente usado para se referir a um grupo de pessoas, geralmente pertencentes a um contexto social sub-cultural da classe média urbana. A cultura hipster faz parte da variedade de subculturas que coexiste com a cultura mainstream. Tal cultura é marcada pela música independente, saudosismo recorrente, uma variada sensibilidade para a tendência non-mainstream (não comum, não recorrente) e estilos de vida alternativos. A cultura hipster tem sido descrita como um "mutante caldeirão transatlântico de estilos, gostos e comportamentos". Outros referem-se aos hipsters como o termo significante para uma mitologia cultural, a cristalização de um estereótipo massificado e mediado para entender, categorizar e "marketizar" o consumidor da cultura indie, mais que efectivamente um grupo de pessoas.
O termo hipster foi cunhado durante a Era do jazz, quando "hip" surgiu como um adjectivo para descrever os fãs da tendência na época. Assim, a palavra hipster é uma fusão entre as palavras hippie/gangster.
Um artigo de revista Time de 2009 descreve os hipsters da seguinte forma: "pegue no soutien da tua avó e nos óculos Wayfares do Bob Dylan, nos skinny jeans, ténis All Star Converse e uma lata de cerveja, e pronto - Hipster."

Eu próprio já escrevi um livro que explica todo este movimento.


Ora aqui está uma forma mais ou menos ridícula de se poupar. Em tempos difíceis nada melhor que ir ao baú dos nossos antepassados desbravar aquela roupa dos anos 40, que tresanda a naftalina, e espalhar magia pelas ruas da tua terra. 
É estranho olhar para uma pessoa que tem 20 e poucos anos e ela aparentar 70, tirando isso tudo bem!
De resto, estas pessoas sofrem da doença do Benjamin Buttom. Talvez quando chegarem aos 80 anos não achem tanta graça a acessórios de moda como babetes e fraldas...

O Barão é Hopstar!!!



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