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terça-feira, 16 de outubro de 2012

O meu bigode é inocente


Admito que a minha vida, neste momento, se encontra um pouco rotineira, o que não quer dizer que eu não esteja contente com ela...é minha, tenho que gostar!
Mas mesmo num tipo de vida assim existem sempre pontos mais interessantes do que outros, e momentos em que nos esquecemos do que vem a seguir, mesmo já sabendo o que é.
Os meus fins de dia, a quando da confecção da janta, têm sido sempre muito idênticos. Da pouca TV que assisto, este é o meu ponto alto do dia em frente ao grande ecrã. Os temperos, bem passado, mal passado, cozeduras e grelhados, azeite sal e pimenta, têm sido acompanhados pela National Geographic, que transmite diariamente séries como: "Penas Pesadas", "Fugas da Prisão", "Presos no estrangeiro" e "Prisões Americanas", cujo conteúdo, assenta na vida real dentro das piores e mais perigosas prisões dos E.U.A, são alvos do meu fascínio desde criança.
Cada episódio transmite-nos uma sensação de esquizofrenia, pois parece que o medo que nos passa atraí-nos a vontade de passar uns dias pelo mesmo que estes reclusos. Afinal quem nunca pensou em ser o mau da fita?
Um pouco à maneira de José Saramago em "Ensaio sobre a cegueira", estas séries mostram-nos como estas prisões são Estados à parte do resto do mundo. De facto, os reclusos que as habitam fazem delas, literalmente, as suas cidades, com as suas próprias regras e códigos de conduta, onde existem programas de apostas, rixas entre gangs, relacionamentos sexuais, esquemas de tráfico de todo o tipo, casamentos, funerais, e reclusos que são tão influentes lá dentro que conseguem chegar cá fora da maneira que mais lhes agrada.
Tudo isto, é moderado, na medida do possível, por forças de intervenção bem treinadas, entre elas 20% de mulheres, que não podem ceder um milímetro em nada, sob o risco de perderem a vida numa fracção de segundo!
Os episódios, como já disse, são diários e prendem-me ao ecrã do primeiro ao último segundo, dado que todos têm a sua história à volta daquele recluso que cá fora espalhava o terror, seja ele, Skin, Latino, Nigga...
O tema prisões sempre me agradou na ficção, agora imaginem no contexto da vida real...recomendo vivamente.

Uma palavra de apreço para o Renato Seabra, porque pelo que tenho visto, ele é mesmo a praia dos predadores sexuais das prisões americanas. Cá para mim este rapaz não tem tido dias nada fáceis.

Um dia ainda vou roubar um bigode postiço numa loja de chineses para ver como é a vida na prisão de Alcoentre!  

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