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segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Sugestão de cinema


Porque nos dias que correm, existe a (cada vez mais) difícil tarefa de se encontrar uma boa longa metragem, daquelas que eu tanto gosto que nos conseguem transmitir alguma coisa de bom, que nos ajudem a crescer como pessoas, a reflectir sobre os bons e os maus exemplos que esta nos transmite, deixo-vos uma enorme sugestão para fixarem os vossos olhos ao ecrã, com olhos de quem está a ver e não a passar o tempo.
O filme chama-se "Boyhood", e fui uma pessoa antes, e sou uma outra depois de o ver. É daqueles que necessitam tanto de nós, como nós dele. É recíproca a relação entre nós e esta obra. Se não tivermos na disposição de ver algo que nos faça "crescer", então mais vale verem um "Transformers" ou balelas do tipo.
12 anos! Foi o tempo que Richard Linklater passou a rodar, em segredo, "Boyhood - Da Infância à Juventude". Todos os anos, reunia a equipa por alguns dias e filmava algumas cenas. O processo começou em 2002, com o filme a ficar pronto em 2014. Só isto já seria o bastante para despertar a curiosidade do público, mas o filme é mais do que um projeto interessante, é algo único do ponto de vista cinematográfico!!
O título original já diz tudo (e o nacional aproveita para ser redundante), trata-se de uma obra sobre a juventude de um puto. Mason (Ellar Coltrane) é filho de pais separados (Patricia Arquette e Ethan Hawke) que vive com a mãe e com a irmã (Lorelei Linklater, filha do realizador). Mason tem que lidar com a ausência do pai, com as idas e vindas das relações da mãe, com a mudança de cidades. Ou seja, com a vida!
Trata-se de um filme sobre a beleza do ordinário, nada é extraordinário (salvo o resultado final da obra). Temos um menino comum em situações comuns, cercado por gente comum. É importante valorizar também a presença de Lorelei. Apesar de Mason ser o centro da história, a irmã Samantha também protagoniza cenas marcantes.
Uma das coisas que me chamou mais a atenção, foi o facto de existir uma forte componente musical, escolhida com grande critério e que acompanha todas as fases do crescimento e maturação de Mason. Nada foi posto ao acaso.
Deixo-vos uma lamiré:


Naturalidade é a palavra chave do filme. E a beleza está justamente nas situações mais simples, como uma mãe orgulhosa do filho que está a educar, ou com uma família reunida numa festa de aniversário. Esta última cena, por sinal, consegue emocionar o espectador. Boyhood é mais que um filme. É uma experiência. Tem três horas de duração, mas se fossem seis não haveria o menor problema. 
Não esperem finais felizes, cenas épicas, efeitos especiais, sex symbols, super-heróis, e toda essa "roupa" que tem vindo a vestir Hollywood nos últimos anos. 
Esperem sim, a vida tal como ela é! 

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