Powered By Blogger

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

National Geographic - as melgas são ninjas


A vida como principal alvo, levou a que me torna-se um estudioso especialista em matéria de insectos sanguinários.
Fui crescendo com a noção clara de que as espécies evoluem (obrigado Darwin), não fosse eu acompanhando as sagas dos "Predadores" ou "Aliens"...a imagem que passa é que num futuro muito longínquo, todas as espécies humanas, e não humanas, vão-se modernizando, e adaptando às diferentes necessidades do meio.
Hoje, afunilando o tema, vou falar-vos sobre um insecto que por ventura será aquele que mais evolução sofreu nos últimos anos. A melga!
A melga é um predador de sangue voraz. Até atingir o seu limite mínimo diário de consumo de sangue, não descansa. E o alvo mais apetecível é o ser humano. Mas até dentro desta classe de presa preferencial, existem umas mais atractivas do que outras. São elas, as mais quentes, as de sangue mais doce, e outras coisas mais que agora não vale a pena inventar... Tudo isto para vos dizer, que desde o dia em que pisei o planeta Terra, fui sempre o elixir desta espécie. O santo graal da melga.
Como presa, reúno todas as principais características para o ser, mas foram todos estes pontos preferenciais que me tornaram num exímio caçador de melgas. E como especialista, digo-vos que esta espécie de insecto tem sofrido upgrades consecutivos, ano após ano. Se antigamente a melga escolhia o seu alvo, pousando e depois mordendo, abrindo várias janelas de oportunidade para a esborracharmos contra a nossa pele (algo que se conseguia à primeira ou segunda), hoje a história é bem diferente. Hoje, a melga escolhe o seu alvo criteriosamente, mas ao contrário do que se passava anteriormente, esta desenvolveu uma técnica nova que a permite morder com a presa em andamento, acompanhada por uma mordida anestesiante que a torna indetectável durante o acto. Depois, a sua mordida é mil vezes mais potente, de modos que provoca uma comichão e um inchaço top!!
Até o seu aspecto se alterou. Ao invés de serem aqueles insectos "esqueléticos" de fraca figura, agora apresentam uma robustez invulgar para um insecto, que desconfio resultar de uma elevada dose de esteróides conseguidos em campos de treino para melgas. 
Chego a esta conclusão depois de muitos anos a estudar a melga, e depois de viver um episódio fatídico neste verão no Algarve (pois é, as melgas também vão de férias com as suas presas). 
Pois bem, estava eu a tentar dormir, quando oiço vários voos rasantes perto de mim. Um barulho de voo a fazer lembrar aqueles drones das ciberguerras actuais. Aprontei-me sempre a acender a luz para a aniquilar, mas sempre sem sucesso. Sempre que acendia a luz era como se estivesse a sonhar, esperasse o tempo que esperasse: nada de melga! Mas o mais estranho, é que mesmo estando alerta, as mordidelas iam aparecendo!
Na primeira noite não dormi mais de 4 horas, sendo bombardeado com dezenas de mordidelas, algo que me ia deixando anémico pela manhã. Só na noite seguinte a consegui aniquilar lá para a quinta vez, depois de a identificar como alvo (desconfio também, que se tratava do Rambo das melgas, ou seja, "a berinha"). Nunca antes uma melga se tinha alimentado tanto de mim, nem nunca outra me tinha dado tanto gozo matar. O que é certo é que sofri duas noites seguidas, por causa de um insecto que anteriormente matava em andamento. Esta não! Desconfio que ainda me mordeu debaixo do cobertor de Inverno, que me cobriu até à testa, em noites de 25 graus!!
Assim, aproveito para informar os senhores da Raid e Dum Dum, que as melgas de hoje são completamente imunes aos vossos produtos, servindo estes ainda para estas se alimentarem. Por isso, façam qualquer coisa porque não posso estar sozinho nesta luta!
Já as consegui rotular, e o seu nome é: Melga Ninja - máquinas de guerra, e guerreiros implacavelmente bem treinados!

    

Nenhum comentário: