Ao que parece, nas poucas vezes em que me dirijo a qualquer supermercado, para adquirir algum produto em falta cá em casa, saio de lá sempre com uma aprendizagem nova. Tamanha é a formação que dispomos, no contacto com experiências extremas da sobrevivência humana.
Depois de várias investidas sobre o supermercado aqui da zona, concluo que, pessoas a comprarem produtos que satisfaçam as suas necessidades básicas, podem tornar-se perigosas!!!
Segundo o padrão de comportamentos da maioria das pessoas em espaços comerciais como estes, existem práticas de meter inveja ao Tarzan e à Jane, no que toca a civismo. Muitas delas, feitas já de forma inconsciente e irracional. Assim enumero:
- Pessoas que tiram as senhas para qualquer coisa, e se ausentam, voltando depois, quando já passou a sua vez, levantando logo ali um "pé de vento", atingindo como alvos preferenciais, clientes e funcionários;
- Pessoas que usam o seu carrinho de compras como membro do seu corpo. Ou seja, o carrinho acompanha, obrigatoriamente, todos os movimentos corporais. Por vezes, acontecem acidentes entre terceiros e estes;
- Pessoas que fazem todas as compras e abandonam o seu carrinho num local menos próprio. Por exemplo, um local de acesso a produtos, em que muitas das vezes, as pessoas se vêem obrigadas a desviar o tal carrinho, aparecendo, como por magia, o revoltado "proprietário";
- Pessoas que puxam da sua má educação, para descarregarem nos diversos funcionários, a sua visível irritação face à inexistência do produto que procuravam. Aqui a culpa é exclusiva;
- Pessoas que apalpam e cheiram os alimentos como processo de selecção, antes de se decidirem pela compra. Deixando às tantas, vestígios de pilhagem ou guerra civil nos mesmos;
- Pessoas que vão "comprar este mundo e o outro", e não dão prioridade a outras que apenas apresentam, numa das mãos, produtos equiparados ao Luxemburgo;
- Pessoas que levam o carrinho de compras até à porta do seu carro ou casa, abandonando-o ali ao frio e chuva;
- Pessoas que se valem da sua etnia ou estatuto de minoria, para, sem mais nem menos, passarem toda a fila com ar altivo e ameaçador;
- Pessoas que utilizam de forma indevida, e totalmente descabida, a caixa prioritária;
- Pessoas que na hora de pagar, ali mesmo na frente de uma fila de 10 pessoas, se lembram de confirmar o talão, face a descontos ou eventuais erros de processamento. E quando estes acontecem...;
- Pessoas que se aproximam, de tal forma, da pessoa que está prestes a inserir o código secreto do multibanco para pagar, que o secretismo caí por terra;
- Pessoas que se lembram de ser animais, apenas quando o civismo deveria imperar nesta sociedade;
- O risco que eu corri ao iniciar todos estes tópicos com a palavra "Pessoas".
O truque para minimizar isto, é nunca irem às compras de barriga vazia, ou em horas de refeições!!
Por isto, e muito mais, ir às compras é uma tarefa para pessoas vividas e cruéis, como as que se alistam para a Estado Islâmico. Pena não terem ido à recruta...
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