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quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Hayao Miyazaki: o fim de uma lenda


Esta semana fiquei triste. 
Triste por um pormenor que pode fazer toda a diferença nas nossas vidas, enquanto crianças e adultos.
Numa conversa com vários amigos, foi-me revelada a cruel ignorância segundo uma verdade que para mim era, até então, inquestionável. A meio da conversa começo a referir-me a um dos meus ídolos enquanto criança crescida, um tal de Hayao Miyazaki. Fôra este senhor o responsável pelo meu fascínio por desenhos animados, e pela minha primeira experiência, até hoje inesquecível, com a Heidi e o Pedro (talvez os meus preferidos de sempre).
Quando me começo a entusiasmar e a desenrolar a conversa em torno deste senhor, reparo que nenhum dos presentes, para além de mim, conhece os desenhos animados em questão, e muito menos o seu lendário autor. Fiquei, e ainda permaneço triste, porque partia do principio de que, qualquer criança crescida feliz, como eu, devesse tal estatuto a Hayao. Mas não!
Para que jamais volte a acontecer, falo-vos um pouco acerca do quem tem sido, e o que tem feito esta lenda.
Resumidamente, o japonês Hayao Miyazaki é um dos mais famosos e respeitados criadores do cinema de animação japonesa, alcançando sucesso e reconhecimento em todo o mundo. Iniciou a sua carreira em 1963, trabalhando para a Toei Animation, produzindo a sua primeira longa-metragem "Watchdog Bow Wow". Produziu um grande número de mangás/animes, e séries de TV até 1983, quando começou a dedicar-se exclusivamente às longas metragens. 
Graças ao grande sucesso do mangá "Nausicaä of the Valley of the Wind", Hayao Miyazaki em parceria com Isao Takahata, funda o seu próprio estúdio de animação, o estúdio Ghibli, no qual viria a produzir as suas mais premiadas e reconhecidas animações.
Entre os sucessos surge-nos alguns bem familiares como: "Porco Rosso", "O Castelo Voador", "Ponyo", "Princesa Mononoke", e para mim o melhor: "A viagem de Chihiro".


Mundialmente reconhecido como uma pessoa pacifista, o japonês Miyazaki inspira-se, muitas vezes, em familiares e amigos seus para dar vida às suas personagens. Sempre que lança uma nova longa-metragem anuncia que será a última, e que é tempo de se retirar. O que felizmente não tem acontecido, mesmo aos 72 anos.
Ainda no início da sua carreira o seu trabalho despertou a atenção da Disney, muito por culpa do sucesso europeu de "Heidi", o que lhe permitiu a entrada nas telas ocidentais pela porta dourada.
Enumeros prémios e distinções depois, entre os quais uma nomeação e uma vitória nos Oscares, em 2006 e 2003 respectivamente, parece que é desta que o velhote contador de histórias vai mesmo "pendurar as chuteiras", com a apresentação do seu mais recente filme, em Veneza, "O vento levanta-se".
Eu cá espero bem que não!
Deixo o trailer do mesmo:


Se és como aqueles amigos meus e vives na ignorância em relação ao que foi descrito acima, ganha vergonha e aproveita as coisas boas desta vida. Pega num qualquer filme de Hayao, porque estes são todos para todas as idades, e cada um deles à sua maneira, vai dar-te sempre alguma coisa para a tua evolução enquanto pessoa. 
É impossível não gostar da obra deste mestre!
Eu sou completamente fã!!


    

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