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quinta-feira, 18 de julho de 2013

Sushi report..."over and out"


Depois da sua primeira aula de natação, o meu Sushi continua a ensinar-me as coisas mais secretas desta vida. Coisas que só mesmo um canino nos pode transmitir, por ser-mos pessoas muito atarefadas não tendo tempo para as coisas mais simples e superficiais da vida.
No entanto, como eu sou um individuo muito observador, dou muita atenção às coisas que por vezes não a justificam. Mas a vida também é feita de pequenos pormenores, que podem até não ter interesse mas dão-nos para rir um pouco.
Afinal, se não nos rir-mos de nós próprios e daquilo que a vida nos oferece, vamo-nos rir de quê?
No último mês, tenho andado com a sensação de que os vários apartamentos onde vivo, que ainda se encontravam para venda ou arrendamento, foram completamente monopolizados por uma onda de novos ricos angolanos. Algo que se tem vindo a confirmar com o passar das semanas.
Não é por isso de estranhar que a alegria no meu prédio duplicou nos últimos tempos, bem como o barulho a ela associada. Dado que, a par dos brasileiros, são um povo bastante alegre e que necessita de expandir essa sua forma de vida. 
Não é de estranhar também, o nosso maior convívio nos meandros do prédio, como elevadores, escadas, hall...e como eu sou um dono irrepreensível, esse contacto, a maior parte das vezes, não é feito apenas por mim mas também pelo Sushi.
Sempre que este fenómeno acontece algo muito peculiar está a ele associado. Algo que chega a ser bastante bizarro como vão poder constatar.
Quando angolanos e Sushi partilham os mesmos locais, existe um forte clima de tensão no ar. O medo instala-se de ambas as partes. Ou seja, o Sushi refugia-se a ladrar atrás de mim, e os angolanos procuram de imediato o buraco mais perto para se enfiarem. 
Não conseguem imaginar o pânico sentido pelos intervenientes.
A situação mais intensa que vivemos foi esta semana, quando chamei o elevador e vinham duas crianças (10 anos) angolanas a descer. Assim que a porta se abriu, como por impulso automático o Sushi não queria entrar e as crianças só queriam sair. Mas como estávamos com pressa, fiz um forcing e lá entramos. Escusado será dizer que as crianças começaram a chorar, abraçadas uma à outra no canto mais distante de onde me encontrava com o meu fiel amigo (a 50 cm aproximadamente). Na viagem, ainda pensei: "Mas o que é de mim quando a porta se abrir e tiverem pessoas lá em baixo?? Serei condenado por agressão psicológica? O Sushi vai para o canil por racismo?"
Foram os 10 segundos mais tensos da vida daquelas crianças, que os nunca mais irão esquecer, com certeza.
Quanto ao meu querido cão, nota-se que é cada vez mais, um cão traumatizado pelo medo do que encontrar a caminho da rua...
Tudo isto para concluir uma suspeita que já tinha há muito tempo: Africanos e cães são duas coisas que não combinam. E que confirmei ainda com vários amigos meus africanos. 
Caso para dizer: "O cão é o melhor amigo do Homem (desde que não seja africano".
Este Barão, para além destes momentos hilariantes, também se encontra tenso porque sente que o cão está para os angolanos como as cobras estão para mim. 
Vá se lá saber quando é que eu chamo o elevador e vem uma cobra vizinha a descer do 8º andar... 


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