Mais uma descoberta fresquinha.
Nem nos tempos de mocidade fui grande fã de Deftones. Ouvia muito esporadicamente em situações de baixo astral, o que se percebe desde logo devido ao teor depressivo da banda.
Alguns anos depois conheci os ISIS, banda de post-metal que também nunca me encheu as medidas.
Curioso não é? Estar aqui a falar de duas bandas que até nem aprecio muito. Mas o que será que têm elas em comum?
Depois disto vieram a existir os Palms e a história muda de figura!
Falo-vos um pouco da banda e do mais recente registo:
Quando foi anunciada a união entre três membros dos extintos ISIS e o carismático vocalista dos Deftones, Chino Moreno, criou-se uma enorme expectativa nos fãs de ambas as bandas, e de todo um género musical.
Estariamos perante a formação de mais um supergrupo, e sem que se conhecesse um único tema da banda, ergueu-se uma legião de fãs imaginando qual seria o som do quarteto. Uma das sugestões mais curiosas foi a de colocar um tema de ISIS num headphone, um tema de Deftones no outro, e ouvir em simultâneo. Não sabemos se alguém o fez, eu pelo menos não, e qual foi o resultado dessa experiência, mas se juntassem o som dos últimos trabalhos de cada uma das bandas, certamente que o produto final não estaria longe daquilo que é o resultado do primeiro trabalho dos Palms.
O álbum, que conta apenas com 6 faixas, é uma união entre o que de melhor tem cada um dos intervenientes na banda. Ainda que se consiga identificar perfeitamente a influência de cada um deles nos diferentes temas, estamos perante um trabalho coeso, bem elaborado, e que corresponde às expectativas realistas que se podiam traçar para esta união. Desenganem-se os que esperavam um som novo, reinventado e inovador, porque aqui não há surpresas: há o melhor que o lado rítmico do post-metal tem para oferecer, misturado com a melodia térrea da voz de Moreno, numa combinação quase perfeita.
Aaron Turner e Stephen Carpenter não estão cá para sacar poderosos riffs de guitarra, nem para filigranas musicais, e isso talvez seja a única falha que se sente ao longo dos 45 minutos de música que compõem o “self-titled” dos Palms, mas não é pela falta de dois dos elementos mais criativos das bandas base deste supergrupo que se perdeu a essência do som que as caracterizou nos últimos trabalhos.
O resultado é este:
Apenas mais um miminho deste pobre Barão!!
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