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segunda-feira, 24 de junho de 2013

Uma sombra do Algarve passado...


Ora viva, e quem é vivo sempre aparece (já diz o ditado).
Depois de uns merecidos dias de descanso a sul do país, estou de regresso ao activo, e com mais vontade que nunca.
Desde já, lamento não ter tido tempo para vos escrever durante a semana passada, juro que não volta a acontecer...
Escrevo este mesmo post para vos relatar o que foram estes últimos dias no Algarve, nomeadamente na praia da rocha, local completamente desconhecido por mim até há bem pouco tempo. Leigo!
Cheguei a sul e a primeira impressão foi, que aquele cheiro característico do Algarve ao abrir o vidro, lá estava. Até hoje não sei bem explicar que cheiro é aquele, mas é acompanhado por aquela espécie de grilos do barlavento algarvio, que cantam uma recepção aos turistas todos os anos. Aquele cheiro e o som dos bichos são duas coisas que podem definir o sul costeiro do nosso país logo às primeiras.
Até aqui tudo nos conformes. 
Mas os dois dias seguintes confirmaram uma das minhas piores suspeitas: o verão já não é o mesmo, nem mesmo no Algarve, local onde o verão parecia ser sagrado, até hoje. Aquele santuário de calor e bom tempo, negou as suas origens durante toda a minha estadia. 
Desde logo, a água. Aquela água maravilhosa, já não é o que era. Nem de perto nem de longe, se vêem aquelas legiões de banhistas dentro de água, parecendo enxames de abelhas. Lá se vêem algumas dezenas a entrar na água de hora a hora, a muito custo. A minha primeira reacção ao molhar os pés foi uma comparação imediata com as águas gélidas de Peniche. Por isso, se contam mandar grandes mergulhos é melhor terem uma piscina por perto.
Outra desilusão foi o vento. Um conselho: para além do chapéu de sol, levem também um apara vento, se não correm o risco de comer quilos de areia de borla. À conta deste vento glaciar, as noites tornam-se horário apenas para pessoal corajoso. Os meus calções não saíram da mala, e bem dita sejam as camisolas quentinhas...
A juntar a tudo isto, as portagens da via do infante são como que um mata moscas eléctrico que nos restringem as voltas a um perímetro bem delimitado, caso contrário a vossa conta bancária vai sofrer muito com isso.
Na soma disto tudo, só me resta recordar os bons velhos tempos em que o Algarve oferecia um verão à séria, como em nenhum outro local do país. 
Assim, em tempos de "retenção orçamental", talvez seja boa ideia ficar por perto de casa, porque o Algarve de hoje é uma imitação rasca do original...
Mas pronto este Barão tentou que tudo isto lhe passasse ao lado, e até acabaram por ser uns dias bem agradáveis.
No entanto, deixo o aviso: Não esperem grandes benesses a sul. 

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