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quarta-feira, 20 de março de 2013

Long Live Rock 'n' Roll nº19


A minha veia rockeira por vezes passa fronteiras. E este foi o caso.
De facto, normalmente os meus tímpanos são banhados com o melhor rock de todos, mas como a qualidade é algo que não se esgota num simples tipo de música, o jazz apresenta-se como uma via muito viável quando se quer ouvir algo diferente mas com muita qualidade. Servindo também para relaxar e desenjoar das calças justas e das cores escuras.
Esta é a minha onda actual: jazzy 
O culpado é o maravilhoso Mezzo, que me tem acompanhado todas as noites, nas minhas longas odisseias de leitura sobre a família Corleone. Nada melhor que um bom concerto de jazz como banda sonora daquelas páginas mafiosas.
O último concerto que me acompanhou foi o do mestre Coltrane, e é dele que vos falo hoje.


John William Coltrane (Hamlet, 23 de Setembro de 1926 — Nova Iorque, 17 de Julho de 1967) foi um saxofonista e compositor de jazz norte-americano, tendo actuado principalmente durante as décadas de cinquenta e sessenta. É unânime ser considerado pela crítica especializada como o maior sax tenor do Jazz, e um dos maiores jazzistas e compositores de todos os tempos. 
A sua influência no mundo da música ultrapassa os limites do Jazz, indo desde o Rock até a Música Erudita. (eu avisei-vos que o Rock com qualidade está em todo o lado)

Nascido na Carolina do Norte, neto de um pastor evangélico, John Coltrane cresceu em High Point em Nova Jérsia, numa época de forte segregação racial. Em meados da década de 20, tendo tido uma infância pobre, como a maioria das crianças negras daquela época no seu país. O seu interesse pela música começou devido ao seu pai que tocava vários instrumentos musicais, e que o incentivou a estudar música. Durante a sua adolescência, Coltrane perdeu vários parentes, como a sua tia, o seu avô e o seu pai. E essas perdas marcaram-no para toda sua vida.

Coltrane começou a sua carreira a tocar em várias big bands após o fim da Segunda Guerra Mundial. Tocou com vários gigantes do Jazz como Dizzy Gillespie e Paul Chambers (depois voltaria a tocar com este último no quinteto-sexteto de Miles Davis).

De 1955 a 1960 fez parte do histórico quinteto de Miles Davis, tendo participado em discos memoráveis como "Cookin", "Relaxin", "Steamin", "Round About Midnight e "Workin", todos de 1956. No ano seguinte gravou os seus primeiros álbuns como líder, tendo "Blue Train" alcançado maior destaque no meio do jazz.

Anos depois, e também depois de ter alcançado um posto de eleição no jazz, algo que lhe valeu vários prémios, morreu repentinamente e prematuramente, em 1967, aos 40 anos, vítima de cancro no fígado. Após a sua morte, uma grande quantidade de gravações inéditas foram sendo localizadas e lançadas, permitindo ao público avaliar melhor o quão monumental é sua obra.

Com a maior vergonha do mundo apenas agora a sua obra faz parte da minha vida. Talvez porque precisava de crescer como pessoa para entender este tipo de música. Há coisas que não acontecem por acaso.
Um conselho: Para além de encaixar na perfeição em vários contextos, experimentem viajar ao som deste senhor...

Fiquem bem:



  

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