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segunda-feira, 11 de março de 2013

A geração "Just" Bieber



Já fui puto como todos nós.
Olhando para trás, cada vez tenho mais a certeza que a minha geração foi a última grande geração do nosso país, ou seja, aquela que nasceu nos finais dos anos 80. Certo é que tínhamos os nossos tiques de estupidez que caracterizam todas as gerações de jovens. Mas ao nível de moralidade não há nada a apontar...a comparação é feita desses anos para diante. No entanto, não consigo falar deste assunto sem permitir algum índole de generalização ao tema. Por isso, peço desculpa à minoria competente.
Lembro-me quando era mais novo e começava a ter noção da realidade, de ouvir falar numa tal "geração rasca". Aquela que absorvera todo o tipo de porcarias que apareciam à época. Aquela que era vista pelos governantes e mais velhos como um bando de jovens desordeiros...Uns anos mais tarde apareceu a minha, que hoje, devido ao contexto em que estamos inseridos, somos denominados "geração recibos verdes", "geração precária". O certo é, que crescemos no tempo das "vacas gordas", nunca nos tendo faltado o pão na mesa, mas isso não nos retirou a realidade de um dia sermos adultos.
Hoje, temos uma geração condizente com o estado do país. Sem valores, sem respeito, sem identidade, arrogante, surreal...uma geração a que eu dou o nome de "geração falência". Sim, devemo-nos preocupar com estas novas gerações, porque vão ser elas a constituir o futuro do nosso país. E sinceramente, não a estou a ver com capacidades de arcar com as responsabilidades desse futuro. 
A meu ver, este é o principal problema a resolver, porque crises económicas há muitas, e as pessoas com mais ou menos dificuldades, e com o passar dos anos, vão-se reerguendo. Agora quando toca à falência de valores morais do ser humano, a conversa é outra.
Falo-vos nisto porque deparo-me muitas vezes com pequenos exemplos desta problemática. Onde está aquele respeito, tão bonito, pelos mais velhos? Onde ficou a humildade destes putos?
Enfim, até tenho medo de um dia vir a ser pai, porque ser pai hoje em dia, não deve ser tão fácil como há uns anos largos atrás. E suspeito que seja uma tendência a piorar.
Dou-vos um exemplo gritante:
Hoje à noite estreia-se em solo nacional o mais recente fetiche musical hollyodesco, de seu nome Justin Bieber. Pessoalmente não tenho nada contra o rapazola (para além de o achar um nharro), até porque das poucas coisas que já vi dele, parece-me um miúdo com algum valor musical, a contar pela quantidade de instrumentos que toca, e pela sua banda preferida ser Metallica (irónico no mínimo). 
O chocante é a recepção que o aguarda. Crianças com pouco menos de idade para terem juízo, acampam desde sexta feira em redor do Pavilhão Atlântico. Chocante é ter visto uma dessas crianças com 15 anos, com 5 tatuagens (permanentes) em homenagem ao seu ídolo Bieber. O chocante é saber que estas crianças têm pais. O chocante é saber que faltam às aulas para verem um artista que daqui a meia dúzia de anos passou à história (já agora, alguém se lembra dos Tokio Hotel???).
Agora pergunto: Sou eu que sou muito conservador? Ou somos nós que fechamos os olhos à decadência do ser humano?
Parece-me que atingimos o nível mais elevado da evolução do ser humano, e que neste momento já estamos em caminho inverso. Talvez um dia destes comecemos a nascer com cauda!


Fica ao vosso critério!!

Este Barão está deseja a todas as crianças deste país as rápidas melhoras!!        

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