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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Auschwitz caninos - "olhar adiante pelo espelho retrovisor"


Antes de mais gostaria de felicitar todos aqueles que se dignaram em votar. A quem não o fez, porque pura e simplesmente se está a borrifar para o futuro do país, deixo aqui uma pergunta no ar:
E se há cerca de 40 anos atrás não se tivesse alcançado o tão almejado sufrágio universal, e ainda hoje o povo não pudesse votar?
Com uma abstenção na ordem dos 40% apetece-me dizer que só temos o que merecemos.
Por outro lado, se somos nós, os contribuintes, quem financia as várias campanhas eleitorais, se os partidos políticos vivem indirectamente dos nossos dinheiros, e se cada partido lucra 3 euros por cada voto a seu favor, também me apetecia não ir votar. Mas, depois disso a minha consciência demoraria em ficar de bem comigo. 
Como podem perceber sou anti-partidário de gema. 
Depois deste desabafo, em semana de campanhas, onde todos os actores principais vieram a público dar a conhecer as suas ideias para os próximos 4 anos, nos respectivos poderes locais, e depois de ouvir e ver tanto teatro desnecessário, no meio de toda a fantochada, houve apenas um que me fez pensar.


 

Este senhor, de seu nome Henrique Raposo, teve a ousadia de escrever uma espécie de texto que, para além de cheirar mal, assentava num teor arcaico e apocalíptico.
A sua ideia, ou "utopia" como prefere denominar, prende-se com um futuro de cidades sem cães! Demonstrando toda a sua repulsa por este tipo de animais. 
Começa por referir que Coimbra deterá uma iniciativa legislativa que proibirá a entrada de cães nos parques da cidade. E acaba por fazer deste exemplo o seu slogan para as restantes cidades portuguesas, incluindo Lisboa, que diz parecer a parte de trás de um canil...
Ora, neste sentido este senhor esqueceu-se de incluir as aves que sobrevoam o espaço aéreo urbano, os gatos que vagueiam pelas traseiras dos restaurantes à procura de comida no lixo, dos ratos que transmitem doenças ás pessoas...dado que defende a ideia que as cidades são casas de banho para animais, ao que apelida os passeios de "campos minados".
Afirma ter vasculhado os programas eleitorais para as freguesias de Lisboa, e que eram poucos os candidatos que tocavam no ponto do reforço da limpeza das ruas.
Agora falo eu, não como defensor dos animais mas como cidadão do séc. XXI. 
Como é óbvio, em termos de civismo somos um país que tem que evoluir bastante, e isso cabe principalmente às novas gerações, pois é como um sentimento educacional transmissível, assim como o facto claro de que este senhor não teve formação cívica, ao longo da sua infância, já não digo de gostar de cães, mas simplesmente de os tolerar. 
Sendo eu dono de um cão em Lisboa, também não compreendo, e até condeno, quando vejo que existem donos que não se dignam em apanhar os dejectos do seu fiel companheiro. Mas será que a solução passará por uma lei que proíbe cães nas cidades, ou pelo contrário, passará muito mais pela mão pesada da lei para quem não zela pelo bem estar comum em locais públicos? Se é disto que falamos...
Com certeza, que o extremismo deste senhor seria amainado.
Depois, ao que me parece, não somos ainda um país, na sua maioria, minimamente preparado para a adopção de cães em locais urbanos. Porque convínhamos, que ter um cão vivendo num meio rural não acarretará a mesma responsabilidade cívica de quem o tem a viver num apartamento num meio urbano. E este falta de preparação não vem só da parte dos donos, muito mais é responsabilidade de quem nos governa localmente. Ou há por aí algum programa autárquico que contemple um parque exclusivo para cães, e eu não sei?
Não sou assim uma pessoa muito viajada, mas lembro-me de ir a Roma e ver vários desses parques. Não são raras as vezes que vejo e leio, que as cidade mais evoluídas e prosperas, desta parte mais ocidental do globo, serem "dog friend". Assim, convido o senhor Henrique Raposo a visitar os programas eleitorais de cidades como Estocolmo, Toronto, Roma, Chicago, Dublin, Praga e...Zurique!!! Esta última, exemplo referido por Raposo, como a força maior da lei a este respeito, mas parece ter-se esquecido da parte da lei que promove o espaço urbano canino nessa cidade... 
A meu ver, a solução não passaria pelo extremismo sugerido pelo senhor Henrique, muito mais passaria pelo "one step forward" das principais cidades portuguesas. 
Claro está, que a evolução do espaço urbano comum se direcciona no sentido exactamente contrário ao que este senhor sugere. Agora, não discordo da ideia de que essa evolução tenha que ser acompanhada pela espada da lei (nas suas palavras), dado que nem todos os donos estarão preparados civicamente para essa evolução.
Como informação adicional, nas cidades que referi acima, o cão, culturalmente e perante a lei, é tão importante como o ser humano que o passeia. Ou seja, a balança está muito equilibrada em termos de liberdade/responsabilidade. Logo, não imagino Lisboa nem Coimbra a par de uma qualquer cidade do Laos ou do Cambodja, onde os cães servem essencialmente de alimento...

Este Barão sabe que Portugal tem um longo caminho a percorrer, no que toca aos valores morais e culturais que regulam a gestão do espaço público, mas certamente que certas formas de pensar o futuro não se adequam com o verdadeiro significado da palavra!          

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

"Through the NEVER"


Finalmente o meu inverno parece estar a chegar...
E uma das coisas que mais gosto no inverno é o conforto, torradas, chá e um bom filme...ou uma boa banda sonora. E se for possível ter as duas últimas coisas ao mesmo tempo?
Que saudades que tenho de ir ao cinema. Aliás, já nem me lembro do último filme que lá vi. Contingências dos novos tempos. Porque se tiver que prescindir de qualquer coisa nestes dias apertados, com certeza que essa coisa será a extravagância que é ir ao cinema hoje em dia.
Mas existe sempre aquele filme que por mais que tentes resistir, a tua poupança sofrerá sempre na pele as consequências, mais tarde ou mais cedo. 
Parece que está na altura de ir ao cinema novamente. Até estou nervoso.
Como também já tenho algumas saudades de ir a um concerto de Metallica, a oportunidade está lançada. Os dinossauros do metal acabaram ontem de estrear em Portugal, nas salas IMAX, o sucessor de "Some Kind of Monster", cujo título assenta, mais uma vez, numa das faixas da banda: "Through the Never".
A receita é a seguinte: um filme baseado na última tour de Metallica, com excertos dos principais concertos dessa tour, composta pelos maiores êxitos da banda, ou seja, uma setlist à séria, mesclada por um fio condutor baseado numa aventura de um dos roadies da banda, que tem pela frente uma missão complicada.
A tudo isto junta-se a particularidade da película ser transmitida na tecnologia 3D, o que fará com que os cineastas se sintam no meio de um thriller/gig!
Fica o trailer adiantado pela banda já faz algum tempo:

    

Afinal os velhotes sempre estão vivos e em boa forma. A contar pela sensacional iniciativa tecnológica. 
De resto, creio que em Lisboa apenas poderás assistir ao filme nos cinemas Zon Lusomundo do Colombo, que apresentam várias sessões diárias até à próxima quarta feira.
Este Barão vai cometer a loucura de partir o porquinho para ir ao cinema. Valores mais altos se levantam... 

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Radio-Hotel, a classe e o charme da noite lisboeta


Como já devem ter percebido, não sou de noitadas, mas este post é especial, porque visa dar a conhecer, a quem ainda não conhece, talvez o melhor espaço nocturno de Lisboa na actualidade. Local também sob o qual recaí um carinho especial da minha parte, visto que é local de trabalho de amigos e conhecidos. Acima de tudo, de malta empreendedora que parece ter conseguido alcançar a base do sucesso neste ramo.
Trata-se do Radio Hotel.


Nascido a partir de uma rádio na Internet (www.radio-hotel.com), o Rádio Hotel é um bar que foi criado como uma extensão natural desse projeto inicial, direcionado para os amantes da música eletrónica de qualidade, e para os amantes da música ao vivo. Situado em Alcântara (Travessa Conde da Ponte 12), ocupa as antigas instalações da Stone Ceramic. O ambiente é cosmopolita, ao estilo dos bares nova-iorquinos, com uma decoração que conjuga zonas abertas com recantos íntimos, com sofás, poltronas e candeeiros. Com um bar exclusivamente dedicado aos cocktails e uma carta de Gin`s e Vodka`s premium, o Rádio-Hotel funciona de sextas, sábados e vésperas de feriado. 
Abriu ao público em Março de 2011, e em Junho iniciou a atual configuração. Que de resto, este mês procedeu à sua rentrée, novamente no mesmo local e com o mesmo staff, o que significa que o bom gosto e o requinte voltou à capital a tempo e horas.
Deixo-vos algumas informações adicionais:


Horário de funcionamento: 23h às 4h
Para mais informações:

Como alguém disse: "o pessoal do Cartaxo não sabe fazer as coisas de outra forma, a não ser desta forma..."
Parabéns pelo trabalho.
Se estás farto da noite de Lisboa e de ver pessoas feias, está na hora de enfrentares outra realidade.



terça-feira, 24 de setembro de 2013

"House of Cards" a minha nova paixão!


Desde já vos elucido que este post não tem rigorosamente nada que ver com a passada gala dos Emmys, nem com as suas nomeações e consequentes premiados. Porque reporta a muito antes disso.
Num dos poucos iatos, relativos a séries televisivas, que tive a infelicidade de ter, decidi explorar o que o IMDB tinha para mim. Foi então que atentei a uma série, até então mergulhada na minha mais pura ignorância, que apresentava um apetitoso 8.8 de índice, o que me fez arregalar a pestana.
No entanto, e ao contrário do que se possa esperar, visualizei de imediato o trailer, o que me levou a perder alguma coragem em iniciar-me nestas lides, de tão murcho que me pareceu.
Como também nunca tinha ouvido ninguém falar de tal série, o feed-back era nulo em relação à natureza da mesma. Pelo que me arrastei algumas semanas até provar esta droga.
Há cerca de uma semana atrás, deu-me um clique e resolvi voltar a fixar-me na informação disponibilizada na Internet sobre este mais recente trabalho do meu querido Kevin Spacey. Como aprecio bastante o seu trabalho, e a temática não me era estranha (visto que sou mestrando em Ciência Política) ganhei coragem e arrisquei.
Mergulhei então no fascínio de "House of Cards".
O meu maior medo era que fosse uma série muito morta e baseada nos diálogos bastante politizados, o que a poderia tornar muito óbvia. Nada mais errado! Bem ou quase, visto que a primeira parte estava toda certa, e a segunda completamente errada.
Os diálogos são realmente a chave do sucesso desta série, ou não tratasse da vida política mais famosa do mundo. Mas este foi apenas um resumo, porque é na forma como esta está feita que marca toda a diferença para as demais. Aqueles jogos de poder nos corredores do Parlamento, gabinetes, sindicatos e agências de jornalismo, leva-nos à mais verdadeira realidade da prática política. Afinal, eu como aluno da matéria, já sabia que a política não passa de uma encenação baseada num jogo de interesses de poucos, para tentar deixar os "muitos" na ignorância. É este o tema central desta maravilhosa série.
Estou completamente viciado.
É também ela uma série diferente das outras, porque absorve-nos a total atenção durante sensivelmente 50 minutos, onde quando perdes um simples pormenor num diálogo vais perder todo o resto.
A juntar a todos estes elogios, e que tal ter conhecido uma das senhoras mais belas que já vi no cinema?
Trata-se da belíssima Robin Wright:


Aos 48 anos de idade, Robin apresenta-se nesta série como a mulher ideal: inteligente, bonita, charmosa, discreta, com extremo bom gosto pelo que veste...enfim, vim a saber ontem que foi esposa do grande Sean Penn durante alguns anos. E companheira do Keanu Reeves, actualmente namorada do puto Ben Foster....
Ou seja, uma senhora bem vivida!
Acreditem rapazes, só por ela merece a pena dar um salto até "House o Cards". Se não gostarem de mulheres assim tão maduras, também têm a bela Kate Mara para apreciar.
Agora voltando ao realmente importante, não passa dia que não me debruce sobre esta série. E só esta semana tive conhecimento que esta disputava um Emmy com a lendária "Breaking Bad", que acabou por arrecadá-lo merecidamente. Mas com muito mais vantagem que "House of Cards", dado que esta apenas detém uma temporada. E que me vai saber a pouco. Que 2014 venha rápido!
Não me apaixonei assim por ela, no entanto deixo-vos o trailer:


Aqueles diálogos intimístas que Frank Underwood tem connosco, na 1ª pessoa, são assim uma coisa brilhante!
Grande série!!!  

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Long Live Rock 'n' Roll nº 40


Quarenta é número redondo não é? Bem me parecia.
Ao que parece este meu separador veio para ficar, ó não tivesse o universo do rock uma vasta gama de galáxias para explorar!
Esta semana apresento-vos uma banda que descobri à pouco tempo (muito por culpa do Amplifest 2013), mas que me tem ocupado os ouvidos, quer em casa quer no carro (esta última ocupação a ter em conta, visto que o som me condena a ficar sem carta, devido à pica que me dá em acelerar).
Tudo o que mais me influenciou no universo rock parece ter sido condensado por estes tipos, o que os levou a disparar um som extremamente rico em legados...
Hoje apresento-vos os Uncle Acid & the Deadbeats.

  

Estes britânicos são o melhor que a geração de seguidores da "riffaria" de Iommi, e dos seus Black Sabbath, viu nascer nos últimos anos, tendo lançado um dos discos mais bem recebidos pela crítica ao longo dos últimos meses ("Mind Control").
De resto, foram das primeiras bandas a serem confirmadas para o festival Amplifest deste ano no Porto, onde se espera que venham a tocar também alguma coisa dos seus trabalhos mais antigos: "Vol. 1" e "Blood Lust".
Como já disse, a banda de KR Starrs, Yotam Rubinger, Itamar Rubinger e Dean Millar, foi beber o que de melhor o rock nos deixou, o que lhes permitiu a seguinte descrição pela crítica: "O original Alice Cooper preso numa cela, tocando com os Black Sabbath e Stooges". Bom cartão de visita não acham?
De assinalar ainda, que foram escolhidos pelos próprios autores de Master of Reality para fazer as primeiras partes da digressão pelo Velho Continente que vão encetar em Novembro e Dezembro. Outubro promete.
Deixo-vos isto:



O tio ácido parece ter conseguido transformar o rock em qualquer coisa bem agridoce!!


sexta-feira, 20 de setembro de 2013

"Stop Eating Animals" e passe a adoptar!


Se és tão atento quanto eu, de certeza que este sinal já te passou pela vista. Pelo menos, se fores habitante da nossa capital, é muito provável que este sinal te seja familiar.
Eu vivo numa zona onde existem pelo menos três. Visto, que já quase fazem parte do meu quotidiano, desde a primeira vez que me deparei com um deles que a minha cabeça tem estado ocupada com este assunto.
Primeiro, demorei apenas poucos segundos em perceber a mensagem. Parece-me claro que se trata de um de grito de revolta, ou de uma campanha de sensibilização por parte dos vegetarianos, para que os carnívoros parem de comer animais. Mas também podem ser simples defensores dos animais a falar-nos à consciência.
Assumo-me aqui, desde já, que sou um banal carnívoro.
Com este estatuto que me é inerente, o meu pensamento em torno deste assunto vagueou-me na ideia até hoje. Altura em que, depois de mil voltas à cabeça, cheguei finalmente a um raciocínio lógico sobre o que estes sinais de trânsito nos querem dizer realmente.
Assim, sendo carnívoro, sou também um fanático defensor dos animais. Pode soar a contra-senso, mas o que permite não o ser é aquela linha denominada bom-senso.
Indo directo ao assunto, a meu ver o que estes senhores querem é que se pare de comer todo o tipo de animais. Muito bem. Ao  que parece, desde sempre a Humanidade se desenvolveu com base neste tipo de alimentação. Ao que parece também, já os homo-sapiens baseavam a sua alimentação nos diversos animais a que tinham acesso. Daí a sua evolução até ao que somos hoje, deixando de sermos simples macacos.


Regressando até aos nosso dias, dias estes em que ainda existem zonas do globo onde a fome impera, será complicado convencer um somali que uma raiz será mais nutritiva que um bife, ou um frango assado...pelo menos a julgar pela imagem seguinte...digo eu!

 

Agora pensemos um pouco na razão da existência de todo. Se há coisa perfeita, essa é a Natureza, que por sua vez se encarregou de criar um sistema auto-suficiente que se reequilibra a cada segundo. Falo-vos, claro está, da cadeia alimentar. Onde no seu topo, talvez por uma questão de inteligência, está o ser humano. Desta forma, enquanto um leão devora um "bambi", a natureza encarrega-se de acabar com a velhice doutro leão, e fazer nascer mais uma dezena de "bambis". É assim a lei da relação de natureza entre o predador e a presa.

   

Também isso se passa nas sociedades actuais, onde não nos comemos uns aos outros, mas sobrepomos vidas baseadas na lei do predador/presa. 
Deste modo, vai ser um pouco difícil e doloroso acabar com este tipo de hábito alimentar. 
Contudo, e como disse anteriormente, também sou um defensor dos animais. E assim, decidi tentar colocar-me do lado de quem cola autocolantes nos sinais de trânsito. 
A conclusão a que cheguei é simples: imaginem um mundo em que ninguém comia animais. Conseguiram? Óptimo!
Os resultados seriam no mínimo interessantes, onde os animais apenas morreriam de velhice ou doença. A proliferação pelo mundo de todos os seres vivos seria massiva, contando que a natureza continuava a fazer o seu papel. Será que passavam estes para o topo da pirâmide, pelo seu maior número, passando a alimentarem-se de nós?
Então e as galinhas, porcos, coelhos, perus, patos...ao deixarem de servir como alimento, e ao multiplicarem-se naturalmente, teriam de servir de animais de estimação, prontos a serem adoptados em casas de acolhimento? 
Passaríamos a ter que parar nas passadeiras para ceder passagem ao peão, que neste caso seria uma família de ovelhas de férias em Lisboa?
Sejamos racionais, e ponderados acima de tudo. O que a natureza ditou jamais será alterado. Mesmo que as minorias (a respeitar) se queiram impor.
Assim como lhes parece um assassinato matar 2 galinhas para servir de canja para o jantar, também a mim me parece um pouco prepotente condenarem quem come um frango, quando existe gente que almoça e janta uma costeleta. Tomara essa gente ter a sorte de puder escolher entre comer animais ou raízes!!
Um bem haja deste vosso Barão!         




quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Exercício físico: "one step forward"


Este semana tive conhecimento que o corpo humano não tem limites. É mesmo a melhor invenção de sempre, e vai muito além da nossa imaginação. Por isso, quando te achas cansado e afirmas não conseguir fazer algo, pensa que se calhar estás errado.
Com dedicação, perseverança, paixão e muito suor à mistura o impossível é alcançável sem nada de artificial, apenas com o teu corpo...pelo menos é o que nos prova Frank Medrano!
(tudo isto que irei descrever de seguida vai soar-te a surrealidade, mas não é!)
Frank Medrano é um dos mais famosos especialistas em Calisthenics: exercícios de ginástica projectados para desenvolver a força muscular e promover o bem-estar físico.
Frank começou o seu trajecto como desportista no Secundário. A corrida era a sua maior paixão dentro de todas as modalidades, e por dia conseguia fazer vários sprints, sempre à mesma intensidade, levando o seu corpo à exaustão, por vezes.
Mais tarde, quando terminou os estudos, decidiu prolongar essa paixão a um ginásio local. Onde começou a dar os primeiros passos no bodybuilding.
Cansado da rotina de levantar pesos, decidiu aprender a melhor maneira de ganhar músculo de uma forma mais natural. Então optou por ler várias revistas especializadas na matéria, e começou por fazer uma dieta à base de altas quantidades de proteína. Juntamente com o trabalho de força no ginásio, conseguiu alguns resultados, mas verificava que após cada treino não lhe restava mais energia para realizar o resto da sua vida, e aí começaram a aparecer as lesões...
Em 2010, resolveu colocar de lado os pesos, passando a treinar apenas com o seu peso corporal. Foi então que descobriu as barras de Calisthenics, associadas a uma severa dieta vegan. E aí a sua vida desportiva mudou até hoje.
Com os resultados corporais a aparecerem como nunca, toda a gente à sua volta se mostrava incrédula com o seu corpo e forma de executar exercícios. Foi assim que Frank tanto influenciou a modalidade, ganhando seguidores e elevando este desporto para patamares nunca antes vistos.
Hoje, é o nome mais sonante do Calisthenics e da famosa dieta vegan/desportiva.
Mas só visto é que tem impacto:


Incrível não é?
Para acompanharem um pouco mais este rapazola, pesquisem no youtube, ou visitem a sua página oficial: 

Está lá tudo!

Os bonecos insuflados a esta hora já dizem: "Isto é tudo fake! Só eu é que me jardo não!"
Parece que a evolução neste tipo de desporto passa, cada vez mais, pela simplicidade...ou não!
Este Bigode um dia vai ser capaz de fazer uma bandeira num qualquer sinal de trânsito!! 

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Sushi Report


E segue mais um relato do que tem sido a vida do meu melhor amigo. Desta vez, de forma especial visto que encontrei algo na Internet que sou obrigado a partilhar convosco.
Algo que à medida que fui lendo ia identificando comigo e principalmente com o Sushi. Afinal, toda a gente que tem a sorte e o prazer de ter um amigo de quatro patas, vai-se identificar a 100% com tudo aquilo que irá ler de seguida.
Preparem-se para um turbilhão de emoções, onde as gargalhadas se irão diluir em lágrimas de nostalgia.
Ao longo deste tempo tenho-me apercebido que o Sushi tem feito de mim uma pessoa bem mais sensível. Ou pelo menos, uma pessoa bem mais transparente, que já não consegue esconder algumas coisas como conseguia antes de o conhecer.
Arrisco-me a dizer mesmo que ter um cão é das coisas mais bonitas que a vida nos pode dar. Acaba por ser uma relação mais que pessoal.
Cá vai, e têm que ler até ao fim:
 

É uma espécie de homenagem ao meu cão, por estes fantásticos momentos que me tem oferecido.
Quem é dono sabe que tudo acima é verdade. Até as partes mais nojentas! Mas o amor tem destas coisas... 
Obrigado Sushi, este Barão ama-te!! (é verdade, é a única relação homossexual que tenho!)

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Autárquicas 2013: Mau gosto acima de tudo!


Para os portugueses mais atentos, dizem que dia 29 de Setembro devemos dirigir-nos às urnas, a fim de colocar o papelinho na ranhura. O que é sempre um dia de salutar, porque acima de tudo significa que, pelo menos, temos esse poder, o que outrora não se verificava. Só por isso, e mesmo só por isso, este acto simbólico é religiosamente efectuado por mim todos os anos. Quer tenha opinião formada ou não. Algo que conto realizar sempre que possa.
Para os mais atentos também, as campanhas eleitorais já andam ao rubro há vários meses. Algo que concede a casa freguesia e município uns milhares largos de fotos de gente gira, que aproveitou para ir ao cabeleireiro e ao dentista para tal ocasião.
E é desse mesmo ritual político que vos falo hoje!
Já de si, com a evolução dos tempos, as campanhas políticas são das coisas mais ridículas que já vi à face da Terra. Os hábitos dos cicerones traduzem a imagem que, porventura, estes terão do povo a quem se dirigem. Resta informá-los que felizmente nem todos temos problemas mentais...porque é assim que estes olham para nós! Ou pelo menos esforçam-se para isso.
Pelo menos eu, sempre que oiço ou vejo uma campanha política, por mero descuido, duvido da minha sanidade mental e sinto-me a pessoa mais leiga e inútil do mundo.
Não haveria uma forma menos humilhante de se dirigirem ao povo?
Desde os discursos, passando pelos rituais e acabando nas abordagens políticas, todo este mundo soa a novela mexicana, onde os guiões são levados à letra quer estejam perante um grupo de estudantes universitários, ou uma turma de pacientes do Hospital Júlio de Matos. O disco é sempre o mesmo...
Mas o ponto mais ridículo disto tudo é a hora de anunciarem os hinos das candidaturas. Já nem falo da hora diária a que sujeitam os votantes, com o tempo de antena na RTP 2. Para quem está com a dúvida se há-de ficar com uma depressão ou não, sugiro uma olhadela de apenas 10 segundos. É pior que uma injecção na testa.
Mas volto a tocar no ponto mais alto: os hinos!
É uma prática que se tem vindo a afirmar sempre que existem eleições. E como "camarão que se deixa dormir, onda leva" a idiotice parece ser o melhor caminho para que os vários candidatos ganhem vantagem uns aos outros. A regra é simples: quanto mais ridículo for o hino, maiores pretensões têm estes de ganhar as eleições!
Neste campo vale tudo. Para perceberem melhor, deixo-vos uns exemplos:






Se calhar é melhor ficar-me por aqui. Se não nenhum de vocês vota!
Ainda estes senhores se queixam das altas abstenções...está mais que explicado!

Enfim, é só mais um retrato do país que temos. 
Se nem eles se levam a sérios, seremos nós obrigados a fazê-lo? 



   

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Lisboa em jogo de tabuleiro!


Mais uma vez cá estou eu para zelar pela vossa saúde e bem-estar. Porquê? Porque depois fico sem leitores muito cedo, e para desmentir quem diz que a nossa capital se encontra aqui mal situada, que os bons eventos só acontecem lá fora...
Já vos tinha falado de algumas provas de corrida em Lisboa, esta não é só mais uma, é muito mais que uma simples prova, como poderão perceber se lerem o resto deste post.
O D-Day Lisboa 2013 "trata-se de uma iniciativa única e inovadora, na qual os nossos fãs poderão viver na primeira pessoa experiências que até agora apenas podiam ver no Discovery Channel, e Lisboa foi escolhida para ser a primeira cidade do mundo onde terá lugar este evento. Estamos certos de que o D-DAY será um êxito que se vai estender depois a outros territórios onde o Discovery está presente” António Ruiz (Director Discovery Channel Portugal.


O encontro está marcado para a noite de Sábado, 21 de Setembro. O repto é ser a melhor equipa. As provas a superar são diversos desafios que vão desde a sobrevivência aos motores e à engenharia. O cenário do jogo é Lisboa. O objectivo é viver uma verdadeira experiência Discovery. 
Estes são os elementos-chave do D-DAY, um evento único no mundo organizado pelo Discovery Channel e pela ZON e que terá Portugal como país anfitrião.

As inscrições para participar neste jogo já estão abertas no site www.discoveryday.pt. As equipas podem ter dois ou quatro elementos. Qualquer pessoa pode participar, o único requisito é ter vontade de se divertir e habilidade para superar as diversas provas que vai ter de enfrentar em lugares emblemáticos da cidade. Todas elas estarão relacionadas com os géneros temáticos e com os valores do Discovery Channel: desde a sobrevivência aos motores, passando pela engenharia, magia e ciência. Os jogadores terão a oportunidade, por exemplo, de viver uma experiência numa ‘Box’ da Fórmula 1 ou de se pôr na pele de um engenheiro especializado. 
Uma noite inesquecível para desfrutar de “entretenimento inteligente”
Agora a parte que mais me interessa: A equipa com melhor desempenho ganhará (só) uma viagem de 15 dias percorrendo a "Route 66", a mítica estrada que atravessa os Estados Unidos de Este a Oeste, desde Chicago até Los Angeles.
Que de resto, é apenas a minha viagem de sonho...

A parte má é que este Barão não pode participar...vá se lá saber porquê!
Não sigas o meu exemplo e vai lá ganhar aquilo para depois me mostrares as fotos da viagem!





quarta-feira, 11 de setembro de 2013

"Onde é que estavas no 11 de Setembro de 2001?"


Faz hoje 12 anos que a História da humanidade recomeçou com uma nova Era. 
É esta data, "11 de Setembro de 2001", que se encarregou de iniciar um novo capítulo neste livro chamado mundo. Não fomos nós que a escolhemos de certo, encarregou-se o destino dessa mesma tarefa...
Este foi aquele dia que ninguém, vivo e ciente, jamais se esquecerá para o resto da sua vida. Tal o impacto que este virar de página teve em Nós. Um marco triste na nossa passagem pelo mundo.
Eu não fujo à regra. Este dia ficará para sempre na minha memória. O dia em que o mundo ficou mais feio. Ou o dia em que deixou de ser tão belo (como prefiro dizer).
Neste dia, era eu ainda um puto estúpido, lembro-me de ser o dia mais feliz da minha vida de estudante. As aulas tinham acabado de recomeçar. Era semana de apresentações, e eu ficara a saber que todos os meus melhores amigos eram da minha turma. Aiii, que saudades daquela terrível turma de Desporto, de 10º ano da Escola Secundária do Cartaxo. Estavam todos lá, aqueles que costumava ver apenas à noite aquando dos pontapés na bola, agora faziam parte da minha vida quase 24h por dia. 
Certo que a cabeça nesse dia era repleta de entusiasmo e euforia. Algo que me levou, desde logo, a convidar todos esses meus compinchas para almoçar na minha casa (só mais uma forma de prolongar a paródia). Algo a que estes acederam de imediato, pois todos partilhávamos os mesmos sentimentos de alegria. Imaginem que poderiam escolher, à vontade, todos os vossos colegas de turma...não seria tão perfeito!
Recordo-me que viajamos da escola até ao Lidl, a fim de comprar aquele almoço bem típico: massas de pacote, lasanhas e hambúrgueres pré-feitos! Não sobrou quase nada!!
Mas o repasto calórico foi antecedido por um dos momentos mais marcantes da minha vida.
Ao ligar a TV, a imagem de um "prédio" a arder era o que estava a dar em todos os canais. Lembro-me de dizer "Mas está a dar um filme a estas horas (11:30)??". Nada mais errado.
Posso dizer que minutos depois aquele "filme" atingia o ponto mais cruel, quando em directo, vi um avião chocar com a segunda torre. E minutos mais tarde as torres desabarem! 
A fome já não foi a mesma, a euforia esfumou-se, a alegria foi substituída pelo medo, os hambúrgueres ficaram a meio (menos o do David), e ali aqueles instantes transportariam as vidas daqueles putos para a estaca zero.
Era o início de uma nova Era.
Quem nunca ouviu os mais velhos proferirem tal expressão "Onde estavas no 25 de Abril de 1974?". Pois bem, eu sou da geração que perguntará aos seus filhos e netos "Onde estavas no 11 de Setembro de 2001?"
Foram estas as imagens que foram acompanhadas por fast-food do Lidl, no dia 11 de Setembro de 2001:


Como alguém alguma vez disse: "O Homem é o lobo do Homem"(Hobbes). E todos nós, a partir deste momento, passamos, quer queiramos ou não, a olhar para o nosso semelhante de lado.
Parece que foi ontem...



terça-feira, 10 de setembro de 2013

Long Live Rock 'n' Roll nº 39


Por vezes dou por mim a vaguear pelos desertos e oásis do mundo do rock. Esta viajem tem coisas tão maravilhosas que, muitas delas, ao primeiro acorde nos transportam de imediato para um estado de êxtase completo. A sensação deve ser parecida com a miragem de água, depois de horas a fio a percorrer um areal debaixo de um sol escaldante.
Felizmente que estas minhas viagens tendem a ser de curta duração, porque, ou sou eu a encontrar água ou é esta que me molha os pés.
Esta semana tenho o pés encharcados. Encharcados pelo noise rock de um senhor chamado Thurston Moore. Conhecem?
Apresento-vos os Chelsea Light Moving.

  

Os Chelsea Light Moving são uma banda de  noise rock alternativo, formada em 2012, pelo ícone Thurston Moore (Sonic Youth)Keith Wood (Hush Arbors), Samara Lubelski e John Moloney
O seu primeiro álbum, auto-intitulado, foi lançado já em 2013 pela Matador Records.

Os Chelsea Light Moving são o primeiro projecto de Moore desde que anunciou a separação da sua mulher e colega de banda Kim Gordon e, por consequência, o fim dos Sonic Youth, no fim de 2011.
É caso para dizer que há males que vêm por bem. Ou melhor, há divórcios que vêm na hora certa.
Ao nível sonoro, denota-se um som bem mais pesado que o de Sonic Youth, onde a distorção continua a ser a pedra basilar do sucesso deste som. A simbiose perfeita entre todos os instrumentos coroada com picos de exaltação instrumental, leva-nos a crer que a certo instante não vamos ser capazes de acompanhar com mais headbanging aquelas pedradas no charco.
Deixo-vos um exemplo claro disso mesmo:


Oiçam bem este trabalho que vão ficar apreciadores desde o primeiro segundo, dada a magia sonora que existe aqui.
Mais um doce deste vosso Barão. Têm tanto que aprender comigo...



sexta-feira, 6 de setembro de 2013

1 ano = 11108 views!


Parece que foi ontem. Parece que foi ontem que estava em casa a almoçar e me bateu esta. Esta que me trouxe até aqui hoje. Esta de ser um Barão que tem um bigode que tem sempre razão!
Hoje faz precisamente um ano que nasceu este blog e esta personagem enigmática, que até hoje, muitos lêem mas não sabem que é. Gosto disso!
258 posts depois, continuo com a mesma força e entusiasmo do primeiro dia, ou até mais, devido ao humilde sucesso que este blog tem tido. Sabem, vale muito a pena escrever para pessoas que me conhecem de infância, e principalmente para amigos de longa data. Muitos ficaram surpreendidos com esta minha iniciativa, outros nem por isso, mas todos já utilizaram este blog em certa altura das suas vidas. 
Talvez naqueles momentos em que não sabes o que ouvir, não sabes o que ler, não sabes o que ver, ou simplesmente te identificas com a minha maneira de ser. Sim, porque é ela que está aqui presente em todas as linhas e palavras.
Este espaço também me tem ajudado a ser mais ponderado e calculista em certos aspectos da minha vida real. Por isso, e só por isso, já valeu a pena.
Como já repararam gosto de andar na vanguarda de certos assuntos, o que me possibilita sugerir-vos novidades em diversas áreas. O engraçado de tudo isto é que, mesmo quem já não me vê há muito tempo, ou pura e simplesmente não me conhece, entra pela porta dos fundos na minha intimidade sem precisar de guestlist!
É igualmente bom quando pessoal te aborda com a estupefacção de finalmente saber quem dá corpo ao famoso Barão. É difícil de imaginar. Mas, se não sabes quem sou, também ainda não vai ser hoje que o vais ficar a saber. Porque penso que aqui é que está a graça da coisa. Também não sou assim tão bonito...
Ainda há 5 minutos atrás eram 11108 os views do blog! Não é mau pois não?
Resta-me agradecer-vos pelo apoio e esperar que esse apoio me possibilite estar aqui sentado, para o ano, a escrever-vos pelo segundo aniversário! Até era bacano!
Parabéns a mim!  

PS: Já agora só mais um favor: divulguem-me!!lol

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Night Time, Day Time!


Hoje, falo outra vez, um pouco mais sobre o quão complexa pode ser a minha pessoa, e o quão complicado para mim tem sido compreender o meu "eu" à medida que vou "crescendo".
No entanto, é extremamente interessante conseguir ter uma clara percepção do que se passa com a evolução da minha personalidade, enquanto esta sofre as alterações do tempo.
Não sei se se passa só comigo, mas o meu estado de espírito altera-se completamente, e literalmente da noite para o dia.
Ora, passo a explicar: Durante o dia sou muito mais optimista e corajoso, enquanto que quando chega a noite esses adjectivos transformam-se em pessimismo e nostalgia. Terá isto explicação?
Por exemplo, durante o dia tenho sempre pré-disposição para arriscar no sal e pimenta da vida, se é que me faço entender. De noite, ganho receio do risco, o conforto das minhas quatro paredes são a minha coragem, o calor dos meus é a minha fonte de energia.
Mas ao pormenor, para que percebam melhor o que sinto. Por exemplo, quando acordo apetece-me realizar todos os meus sonhos e objectivos de vida. Assim que começa a escurecer lá fora, existe uma apatia que se apodera de mim, e tendo a ter medo de os concretizar.
Quando acordo penso: "Amanhã vou viajar para longe, e arriscar uma vida melhor". Nesse mesmo dia, ou melhor noite, este é um pensamento que me deixa nervoso e inseguro. É apenas um exemplo dos extremos em que a minha pessoa oscila em 24h. E não acontece apenas uma vez de vez em quando. Acontece-me todos os dias.
Pensem numa espiral de estados de espírito. É isso mesmo que eu sinto com as variáveis independentes noite/dia.
Até hoje ainda não me preocupei muito com isto, até porque tenho levado a minha vida com algum sucesso em tudo o que arrisco. Mas será que me terei de preocupar à medida que vou envelhecendo?
Será isto um indício de bipolaridade?

No entanto, não se preocupem com o vosso Barão. Todos nós temos as nossas lacunas de personalidade. Penso que o importante é ter noção da sua existência e saber interpreta-las. 
Tenho a certeza de que, de tão atento a mim que sou, se fosse maluco iria ser o primeiro a dar conta!
    

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Surf com cavalos a mais


Sensibilizado por um post do meu amigo Bernardo, acerca deste assunto, decidi explorar mais uma vez os avanços da tecnologia. Desta vez é o tradicional surf que parece ter os dias contados, muito por culpa de uma nova modalidade, em tudo similar ao tradicional, mas que apresenta mais adrenalina concedida por mais, muito mais cavalagem.
Já antes tinham ouvido falar no JET SURF? Não, pois não? É normal, estamos em Portugal...
Resumindo, o Jet Surf consiste basicamente no seguinte: uma prancha teoricamente comum, mas acoplada a um propulsor de dois tempos. “Acredito que era o que faltava na área náutica, uma prancha com motor muito leve, que pesa só 15kg e não precisa de lancha, como o esqui aquático, nem de um lugar específico para guardar, como acontece com o jet ski”, compara o praticante Augusto Hughes.
Este desporto foi criado pelo engenheiro checo Martin Sula, um apaixonado por carros e motas, que trabalhou na Fórmula 1 e na Moto GP, e, há dois anos, decidiu fabricar um brinquedo cheio de velocidade para as águas. “Sula presenteou pilotos como Sebastian Vettel, Kimi Raikkonen e Vitaly Petrov com protótipos e estes participaram no primeiro campeonato da modalidade”, conta o empresário Augusto Hughes. 
De referir ainda, para termos uma noção do nosso atraso, que no Brasil já existem campeonatos da modalidade.
Estas competições são semelhantes às de snowboard, tendo um percurso aquático cheio de obstáculos a transpor, o que requer muita coragem e perícia por parte do surfista, visto que em linha recta estas pranchas podem chegar aos 53 km/h. A vantagem é que não necessita de ondas, pode ser praticado em flat.
Deixo-vos este pequeno video demonstrativo:



Já vos estou a ver a entupir o OLX e Custo Justo, com as vossas carcaças velhas, para daqui a 10 anos apostarem nestas novas pranchas motorizadas em Portugal. 
Boa sorte!

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

A evolução da pessoa humana


Por vezes, dou por mim a pensar o que será de Nós daqui a alguns anos?
Pergunta difícil não vos parece?
Como sou um excelente observador da realidade em que estou inserido, podem haver algumas tendências e pequenos "tiques" socais, que nos permitem vislumbrar o nosso futuro, tal bola de cristal.
Não duvido que o ser humano tem a necessidade vital de interagir com o seu semelhante. Mesmo que seja a pessoa mais solitária do mundo, chega um momento da sua vida em que irá precisar do próximo. Por exemplo, o que será de nós, sós num momento de aflição?
Será que nesses momentos os dispositivos moveis nos irão salvar? Será que o próximo passo tecnológico é adicionar ombros aos telemóveis para que possamos lá chorar quando tiver que ser?
Responder a isto não sei, mas dá que pensar a realidade de hoje em dia.
Ora, como todos já devem ter reparado, sou eu o único ser humano neste mundo que não tem um acessório destes. E não me estou a lamentar acreditem! Só que ao não o ter, tenho uma percepção diferente daqueles que os têm, porque estou de fora e, enumeras vezes até, me sinto um verdadeiro ET no meio do pessoal. Quando as conversas giram em torno deste tema, sinto-me realmente um leigo, mas tenho que me sujeitar à evolução dos tempos. 
No que me toca foi apenas um desabafo, no entanto, quando se tratam dos outros, a minha estranheza aumenta e muito.
Várias vezes me aconteceu estar num local público, repleto de gente conhecida, onde a interacção tem momentos de nulidade absoluta. Os responsáveis são sempre os mesmos: telemóveis de 3ª e 4ª geração. 
Exemplo:
1- Imaginem que estão no mesmo espaço um português, um chinês, um francês, um coreano...sem que nenhum deles se conheça, nem fale línguas em comum. 2- Agora imaginem uma praia repleta de portugueses desta geração smartphone, com todas as semelhanças e amizades à mistura, onde cada um tem o seu telemóvel.
Imaginaram?
Um estudo recente de Harvard, concluí que o primeiro exemplo tende a ter maior probabilidade para a interacção que o segundo!!
E eu que já tinha reparado nisto milhares de vezes...
Estudo esse, concluí ainda que a percentagem de interacção (pessoal/directa) entre os seres humanos tem vindo a baixar a grande velocidade, a cada ano. E que, em 100% de interacção pessoal, hoje em dia, cerca de 86% é feita de forma indirecta, ou virtual. Adivinhem de quem é a culpa?
Qual de vocês nunca deu os parabéns pelo Facebook? 
Já se pode ir beber um copo com um amigo/a através do Facebook, sem sair de casa?
Sugiro-vos este video para reflexão:


Irão haver clínicas de recuperação para este tipo de vício? 
Este Barão apenas deixa o reparo aos viciados nos seus telemóveis.