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sexta-feira, 6 de junho de 2014

Preso num limbo!


E pronto, chegou a altura para a qual me tenho andando a preparar nos último meses. Chegando cá, chego também à conclusão que por mais que nos preparemos para uma situação, mesmo não sabendo ao certo quando ela chegará, é em vão. Toda a ansiedade fora de tempo é completamente descabida, porque só iremos realmente saber que decisão tomar na altura em que temos mesmo que tomá-la.
O problema é que tenho o coração e a parte cerebral em conflito, o que não augira nada de bom.
Um dia destes, ia eu a fazer o meu jogging, quando me deparo com uma bifurcação...até nesse momento misero e insignificante da minha vida teria que tomar uma decisão. Não fui capaz, porque não tive tempo para medir os prós e contras da minha escolha, fosse ela qual fosse. Fui cobarde e voltei para trás!
Não sei nada da vida comum, só sei muito de um mundo de sonho, um mundo cor-de-rosa que nos aprisiona e nos torna, ano após ano, reféns da nossa zona de conforto, acobardando-nos em relação ao mundo real.
É assim que me sinto neste momento, porque até hoje tudo foi perfeito, mas sei que tenho que me fazer um "homenzinho", e que a vida, tal como ela é, espera por mim mais dia menos dia.
Ao longo destes dias, tenho sentido alguns sentimentos contraditórios em relação ao que referi acima. Medo, ansiedade, coragem, felicidade, tristeza...a minha cabeça está presa a um limbo viscoso. Se penso em arriscar, logo de seguida a minha zona de conforto ainda me faz sentir bem. Se penso em ficar na minha zona de conforto, o risco alicia-me cada vez mais...O que é certo, é que se decidir mais um ano pelo mesmo caminho que tenho percorrido, a minha vida não andará para a frente, e tenho uma pessoa que espera, pacientemente, há já algum tempo por mim. E não lhe posso pedir para esperar muito mais, porque a vida dela quer andar de mãos dadas com a minha. 
Depois sei, que seja qual for a decisão a tomar, vou desapontar muita gente e encher de orgulho outras. No entanto, ninguém, além de mim, pode decidir o que quer que seja. Cabe-me exclusivamente a mim essa tarefa.
É por ventura, a decisão mais difícil da minha vida até agora, talvez por ser realmente a primeira que tomo em relação ao lado de fora da fronteira, do que tem sido a minha vida até hoje.
Tempos de mudança aproximam-se meus caros. Ou então não!

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