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quinta-feira, 26 de junho de 2014

Memória de peixe sabe nadar


Fora "F R ás..." e tiques de vida académica (que nunca tive), ontem, passados quase dois anos da última vez, voltei a entrar na faculdade que me licenciou e que espera pela minha tese de mestrado que está encalhada num mar sem fundo.
Como tive todo este período sem lá entrar, uma parte de mim sentia saudades do que ali passei, a outra parte travava esse entusiasmo pelo regresso, dando lugar a um estranho estado de nervosismo como nos tempos de frequências e exames.
Mas o motivo do meu regresso não se prendeu em nada com obrigações e deveres, antes, fui guiado pela minha consciência, que batalhava já há algum tempo contra a minha vontade, de saber qual o estado da minha matrícula por estes dias. 
Fim da época de exames, ao entrar na faculdade o cheiro era o mesmo mas faltava o conteúdo. Os corredores faziam eco à medida que os meus passos se encaminhavam para a secretaria. A azáfama tinha dado lugar à calmaria. Aquele sossego que nos faz duvidar onde estamos.
O meu propósito principal era o de resgatar alguma informação sobre o "eu" aluno foragido, mas o que me causava mais ânsias era o de saber quanto tinha de pagar para conseguir o meu certificado de habilitações e o diploma. Coisas para as quais os maiores valores pairavam na minha mente. Contudo, ao questionar a simpática funcionária da secretaria sobre todas as minhas dúvidas, surge uma resposta totalmente inesperada do tipo: "Então olhe, as propinas estão todas pagas, a sua matrícula está congelada pelo que nada prescreverá, o que está feito está feito, faltando a tese, que aí sim, irá ter que pagar mais qualquer coisa na altura em que pensar reingressar. Quanto ao certificado de habilitações e diploma, vejo aqui no sistema que os pediu à cerca de 3 anos, e por isso estão desde essa altura a apodrecer nos arquivos. Com a vantagem de já estarem pagos, sendo só levantá-los" !!!!!!!!!!!!! Melhor notícia da semana.
E foi mesmo só assinar uma folha e trazê-los comigo para casa num papel timbrado e tudo. Que pinta. Por isso, mãe e pai se me estão a ler neste momento, aproveito para vos dizer que podem encaixar mais algum orgulho que tenham por mim, porque com um delay de 3 anos o "canudo" já cá canta!
Lá esteve a minha memória selectiva de novo a atraiçoar-me durante este tempo todo. Talvez porque agora seja a altura de precisar do "canudo", finalmente...
A boa vida tem os dias contados. Contando os dias para entrar na vida normal!  

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