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segunda-feira, 30 de junho de 2014

Vhils, de seu cognome


Longe vão os tempos em que a arte de rua era vista como um acto de criminalidade, ou delinquência. Mas, para que os tempos fossem mudando, em muito contribuíram os "verdadeiros" artistas de rua. Estes elevam um simples graffiti, ou um tag, numa imensidão de talento que nos possibilita olhar, apreciar, e venerar uma verdadeira obra de arte a céu aberto. Depois ainda existem aqueles aspirantes, que continuam a "sujar" as ruas das nossas cidades com caprichos bastante inestéticos...
O maior nome da arte de rua ao nível nacional, e até já mundial, escreve-se: Alexandre Farto aka. Vihls. Este jovem artista português tem levado e elevado o nome de Portugal além fronteiras, através da qualidade e originalidade do seu trabalho.
Nasceu em Lisboa, em 1987. Terminou os seus estudos em 2008 na University of the Arts em Londres. Iniciou-se na pintura em 1998, com apenas treze anos. Pintava muros de ruas e comboios da margem sul do rio Tejo.
Como artista urbano, mais recentemente, sendo as suas obras o fruto do seu ideário e o mundo que o envolve. Este artista lisboeta, a partir das suas raízes do graffiti/street/art, tem vindo a explorar novos caminhos dentro da ilustração, animação e design gráfico, misturando o estilo vectorial com o desenho à mão livre, aliado a formas contrastadas e sujas, que nos remetem para momentos épicos. Em 2011, desenvolveu uma técnica usando explosivos, graffiti, restos de cartazes e até retratos feitos com metal enferrujado para criar retratos e frases. Existem trabalhos seus espalhados por vários locais do mundo como as cidades portuguesas de Lisboa, Porto e Aveiro, além de capitais como Londres, Moscovo, Bogotá, e cidades como Medellín, Cali(na Colômbia), Nova Iorque, Los Angeles, Grottaglie (sul da Itália)."
Quem  nunca viu disto por Lisboa, ou pelo mundo?
  

Pois se nunca viram, ora que surge a melhor oportunidade para verem: "Dissecação/Dissection" by Vhils, abre ao público a 5 de Julho, no Museu da Electricidade, em Lisboa, e desenrola-se até 5 de Outubro. Nesta exposição podemos ver todo o tipo de material artístico de Alexandre, como a pintura, graffiti, retratos explosivos, em esferovite, peças conhecidas e outras inéditas... O site que acompanha a montagem da exposição vai ser uma espécie de diário de bordo da mesma:


Para quem não conhecia, ou ficou curioso, nada melhor que mergulhar nisto: http://www.alexandrefarto.com/

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Long Live Rock 'n' Roll nº 55


Tempos volvidos, tempos que por vezes temos que nos ajoelhar para contemplar aquilo que antes parecia perdido.
Este é o mote para a banda da qual vos quero falar hoje.
Chegou-me à audição uma tal banda de rock 'n' roll, dentro do estilo que costumo consumir, que se afigurava bastante promissora e ainda por cima tinha uma senhora que partia tudo ao vivo. Corri para a audição, e sou sincero, a desilusão tomou conta de mim, não porque fosse um mau som, mas porque soava a tudo o que já tinha ouvido antes. Parecia mais uma daquelas bandas que se deixava levar pelos deja vus do mundo do rock, iguais a tantas outras, que tinham alguma dificuldade em pôr um cunho pessoal no seu trabalho, sem nos deixarem na dúvida, sempre que os ouvíamos, em não pensarmos noutras dezenas de banda do tipo.
Devo ter insistido no primeiro trabalho da banda umas três vezes, não mais que isso, mas perderam a batalha e foram atropelados por outras bandas que descobri na época.
Já este ano, com o novo longa metragem da banda, a história é bem diferente. Arrisco-me a dizer que conseguiram calar todas as minhas críticas anteriores, e ainda por cima tornaram-me viciado no novo registo. 
Apresento-vos The Band of Skulls.


Os Band of Skulls são uma banda britânica de rock alternativo formada em 2008, em Southampton, Inglaterra. É constituída por Russell Marsden (guitarra e vocal), Emma Richardson (baixo e vocal) e Matt Hayward (bateria), que formaram a banda depois que se conheceram na faculdade. Inicialmente, tocaram em clubes de nocturnos na área da grande Londres e gravaram algumas demos com o nome de "The Escape of New York", antes de mudarem o nome para Band of Skulls, em Novembro de 2008. O seu álbum de estreia "Darling Baby Doll Face Honey", distribuído pela Shangri-La Music, foi lançado exclusivamente na iTunes Store a 6 de Março de 2008, seguido por um lançamento geral em 20 de Março. A faixa “I Know What I Am” foi escolhida para single livre da semana, para coincidir com o lançamento digital. Foi anunciado, entretanto, que os Band of Skulls fariam parte da soundtrack da série "Twilight “New Moon”, de acordo com o director Chris Weitz. 
Os Band of Skulls cresceram nos E.U.A com a tour no verão de 2009, incluindo o festival Lollapalooza.
Pelo meio lançaram, em 2009, o segundo álbum "Sweet Sour" que constatava o meu primeiro pensamento sobre a banda e a sua fraca qualidade, não tendo grande hype no mundo da música. Mas já em Março deste ano, lançam o 3º álbum "Himalayan", que me conquistou completamente, e dei os dois braços a torcer. Parece que finalmente conseguiram encontrar o caminho certo, e a sua identidade, deixando desta forma marca no rock actual. Grande trabalho, onde destaco esta performance para a Red Bull:



Espero que curtam tanto quanto eu!
Um abraço e um queijo da serra...




quinta-feira, 26 de junho de 2014

Memória de peixe sabe nadar


Fora "F R ás..." e tiques de vida académica (que nunca tive), ontem, passados quase dois anos da última vez, voltei a entrar na faculdade que me licenciou e que espera pela minha tese de mestrado que está encalhada num mar sem fundo.
Como tive todo este período sem lá entrar, uma parte de mim sentia saudades do que ali passei, a outra parte travava esse entusiasmo pelo regresso, dando lugar a um estranho estado de nervosismo como nos tempos de frequências e exames.
Mas o motivo do meu regresso não se prendeu em nada com obrigações e deveres, antes, fui guiado pela minha consciência, que batalhava já há algum tempo contra a minha vontade, de saber qual o estado da minha matrícula por estes dias. 
Fim da época de exames, ao entrar na faculdade o cheiro era o mesmo mas faltava o conteúdo. Os corredores faziam eco à medida que os meus passos se encaminhavam para a secretaria. A azáfama tinha dado lugar à calmaria. Aquele sossego que nos faz duvidar onde estamos.
O meu propósito principal era o de resgatar alguma informação sobre o "eu" aluno foragido, mas o que me causava mais ânsias era o de saber quanto tinha de pagar para conseguir o meu certificado de habilitações e o diploma. Coisas para as quais os maiores valores pairavam na minha mente. Contudo, ao questionar a simpática funcionária da secretaria sobre todas as minhas dúvidas, surge uma resposta totalmente inesperada do tipo: "Então olhe, as propinas estão todas pagas, a sua matrícula está congelada pelo que nada prescreverá, o que está feito está feito, faltando a tese, que aí sim, irá ter que pagar mais qualquer coisa na altura em que pensar reingressar. Quanto ao certificado de habilitações e diploma, vejo aqui no sistema que os pediu à cerca de 3 anos, e por isso estão desde essa altura a apodrecer nos arquivos. Com a vantagem de já estarem pagos, sendo só levantá-los" !!!!!!!!!!!!! Melhor notícia da semana.
E foi mesmo só assinar uma folha e trazê-los comigo para casa num papel timbrado e tudo. Que pinta. Por isso, mãe e pai se me estão a ler neste momento, aproveito para vos dizer que podem encaixar mais algum orgulho que tenham por mim, porque com um delay de 3 anos o "canudo" já cá canta!
Lá esteve a minha memória selectiva de novo a atraiçoar-me durante este tempo todo. Talvez porque agora seja a altura de precisar do "canudo", finalmente...
A boa vida tem os dias contados. Contando os dias para entrar na vida normal!  

terça-feira, 24 de junho de 2014

Mundial à distância...


E, ao que parece, durante um mês e meio, todos os problemas do planeta desapareceram. Foram esmagados pelo super desporto planetar. O futebol tem destas coisas!
Contudo, existe um cantinho à beira mar plantado, de um povo que teima em não se deixar governar, onde a inflamação por este evento futebolístico mundial, resiste a melhoras.
Como adepto, amante, praticante e incondicional fã desta modalidade, consigo distanciar-me até ao ponto em que consigo olhar para o que se passa, hoje, no nosso país com alguma nitidez. 
Se vos disser que até ao momento, devo ter visto 3 ou 4 jogos completos do mundial acreditam? Bem me parecia que não, mas é a pura das verdades.
Tudo isto para vos dizer que Portugal deve ser o país do planeta Terra, onde as pessoas vivem com maior intensidade esta competição, e olham de uma forma totalmente devota a sua selecção. Não sendo uma crítica negativa (mas sendo), toda a devoção tem o seu lado mau. 
Se calhar até consigo perceber, que os media apenas aproveitam a paixão desmedida do nosso povo por este desporto, e pela nossa selecção, para se afigurarem como o "master of puppets", daquilo que realmente somos durante este mês e meio. Tal é a massiva e devastadora (e eficaz) lavagem cerebral a que o povo português está sujeito, durante este período de tempo.
Existem pessoas a tirar férias para ver os jogos da selecção, pessoas que mal dormem para apoiar as suas cores, pessoas que, não percebendo assim tanto de futebol, se deixam enfeitiçar pela "selecção do melhor do mundo" (e não pela selecção de Portugal). Essas são as mesmas pessoas que, com base na opinião pública, acreditam piamente que Portugal é uma selecção entre as melhores, e forte candidata a ganhar tudo onde entra.
Minha gente, a esta distância já antes tinha avisado amigos meus, que se encontram colados ao ecrã (= visão distorcida) que somos apenas uma selecção mediana neste momento. Temos o melhor jogador do mundo, e depois temos um grupo de amigos milionários, que na sua maioria não têm noção das cores que vestem, e apenas isso. Qual foi o espanto de termos levado 4 da Alemanha, e de não termos ganho aos E.U.A, quando de ante-mão, já se sabia que o segundo ia ser um jogo equilibrado? Qual o espanto de não passarmos o grupo? Consigo ver isto tudo daqui!
Mas para quem continua colado ao ecrã a visão é outra. E eu compreendo, quando ainda acreditam. Eu também gostava que a minha selecção ganhasse sempre, ou quase sempre. Mas...depois é normalíssimo quando surgem as mais duras críticas do povo para com os jogadores e staff...o feitiço elevava a nossa selecção à imagem de apenas um jogador. 
Depois temos o lado bom disto tudo. As pessoas deixam de pensar nos verdadeiros problemas da vida, para se concentrarem nos desaires ou conquistas da sua selecção. Alguém, ultimamente, ouviu falar em crise, desemprego, Troika, mau tempo, corrupção, mau governo...os quais devem estar a respirar de alívio pela "folga" a que o seu povo os sujeitou. 
Como ex. aluno de Ciência Política, sempre ouvi dizer nas aulas: "Se querem o vosso povo ignorante e calado, basta darem-lhe festa, futebol, e bom tempo" o resto é paisagem!
Quem estiver a ler isto, e ainda se encontre muito colado ao ecrã, experimente distanciar-se só um pouco para perceber que tudo não passa de um jogo de futebol!!! Há coisas muito mais importantes na vida minha gente. Ganharam? Boa, parabéns! Perderam? Porra, se calhar os outros foram melhores, fica para a próxima. Até porque os meninos não passam fome, nem vão para o desemprego depois de chegarem à Portela. Dá-se importância demasiada a quem vive de barriga cheia!!
Para finalizar o raciocínio, tive estes dias em França, e as pessoas de lá, não deixam de "viver" para verem um jogo de futebol.
Felizmente, para mim, a distância cada vez é maior.   

segunda-feira, 23 de junho de 2014

De Paris com amour...


Assim faço o balanço da minha última viagem. Um relatório minoritário da cidade, das suas gentes e cultura, aos meus olhos. 
Origem: Lisboa/Destino: Paris

Em Paris existem dois cheiros no ar: o cheira bem e o cheira mal.
Em Paris é difícil encontrar parisienses, sendo muito mais fácil tropeçar num norte-africano ou asiático.
Em Paris os jardins estão sempre impecáveis, e não há lixo nas ruas. Não se pode pisar a relva.
Em Paris os transportes públicos são extremamente pontuais e eficientes.
Em Paris existe polícia em todo o lado, fazendo o turista sentir-se seguríssimo.
Em Paris qualquer tipo de negócio com porta aberta, tem sempre clientes. As esplanadas então...
Em Paris devem existir pelo menos 50 StarBucks.
Em Paris tudo é caro, inclusive a comida. No MacDonalds, um menu é mais 5 euros que em Lisboa.
Em Paris existem quase mais turistas que moradores.
Em Paris dá a sensação que viemos de uma maqueta sua, chamada Lisboa.
Em Paris é tudo, literalmente, "à grande e à francesa".
Em Paris, nesta altura do ano, anoitece perto das 23h e amanhece totalmente às 5h.
Em Paris, aos fins de semana, as lojas dos Champs-Élysées estão em constante animação ao longo do dia, com Dj's, bandas, e coreografias feitas pelos seus funcionários.
Em Paris, às sextas feitas, festeja-se o fim de mais um semana de trabalho, com um pique-nique nos jardins da Torre Eiffel entre amigos. A ideia que me deu é que todos ficam encarregues de levar um queijo, um paté, pão, bom-bons e várias garrafas de vinho, que se saboreiam ao som de um qualquer ipod do grupo ao lado, até à meia-noite.
Em Paris ninguém come em casa.
Em Paris pode encontrar-se, em qualquer esquina, uma celebridade mundial.
Em Paris, de todo o lado se vê a Torre Eiffel.
Em Paris, nesta altura do ano, até às 13h está fresco, sendo que a partir dessa hora estão cerca de 30 graus, e o pico do calor é às 16h.
Em Paris o futebol passa para segundo plano. Os franceses, em pleno mundial, não se mostram tão aficionados à sua selecção como os portugueses. Prova disso são os media, que em 15 canais de TV abertos, raras são as vezes que se fala de futebol, à excepção da transmissão de todos os jogos do Mundial. Acabou o jogo, acabou a lavagem cerebral a que os portugueses estão habituados por estes dias. Depois dá nisto...
Em Paris não se usa desodorizante. Estranho quando a sua palavra original é francesa: deodorant!! Já as mulheres usam todas o mesmo perfume.
Em Paris as pessoas levam o pão debaixo do sovaco, e poisam-no em qualquer sítio, apenas com uma tira de papel no meio.
Em Paris a tua vida sobe para um nível superior. 
Em Paris existem pedidos de casamento.
Em Paris ficam presas as tuas memórias para todo o sempre...   




terça-feira, 17 de junho de 2014

Vou ali e já venho!


Meus queridos, vou estar ausente destas lides, pelo menos até a próxima segunda feira. Para que não fiquem apoquentados com o vosso Barão preferido, ele vai emigrar por uns dias. 
Ver gente nova, coisas novas, respirar outros ares, inspirar-me para uma nova fase da minha vida profissional.
Este city breack vai proporcionar-me uma das viagens fetiche da minha infância, pois vou visitar, pela primeira vez, o Mickey e a Mini.
Até lá, vão-se entretendo com os meus posts anteriores, convidando-vos assim para uma visita aos meus primeiros posts (vasculhem bem o fundo do baú), visto que nem toda a gente me segue desde início, e já la vão quase dois anos de bigode.
Fiquem bem, que eu vou ali e já volto!

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Segundas que são as primeiras


Este é um daqueles temas que já devem ter feito escorrer enumeros caracteres em blogues como este. Mas vou arriscar, porque cheguei a casa agora e sei o que estou a sentir neste momento.
Escusado será dizer, que quando o despertador toca a uma segunda feira de manhã, o teu cérebro remete-te para um estado vegetal intenso. Na minha teoria, isto  só acontece quando o fim de semana valeu a pena, e deixou muitas saudades. Quando aproveitaste ao máximo para descansares, relaxar, te divertires...Nesta ordem de ideias, não é a segunda feira a má da fita, mas sim os dois dias anteriores que te levaram ao céu sem nunca meteres os pés no chão. O único problema ligado às segundas feiras prende-se com o facto da vida voltar ao normal.
No que me toca (que não o Anselmo Ralph), acreditem que mesmo estando de férias e ter uma vida privilegiada, as minhas manhãs de segunda podem afigurar-se como algo muito cruel. Porque tenho uma vida ligada ao exercício físico, e aproveito o sábado e o domingo para fazer descansar o corpo e intoxicá-lo à bruta, a dura segunda feira matinal concede-me o dever, ou obrigação, de voltar, bem cedo, a dar trabalho ao corpo obsoleto. Não quero com isto afirmar, que as minhas segundas feiras são mais ou menos difíceis do que as de quem trabalha num escritório, ou assim algo do género. Mas imaginem o que é ouvir o despertador às 8h de segunda, completamente enrolados na caspa, e saberem que têm pela frente 1:30 de exercício físico extremamente intenso...vou-vos só dar uma noção: ao contrário do que se possa passar noutro dia qualquer da semana, nesta manhã o cérebro alia-se ao corpo numa luta para não cumprir a sua obrigação. Nem toda a gente tem esta força, mas eu tenho-a. Agora imaginem treinar contra tudo isto...
Devo só dizer-vos que de 5 em  minutos o meu corpo e o meu cérebro desistem de mim durante o treino. Agora que já terminou e cheguei a casa, doí-me a cabeça, treme-me o corpo, e as pálpebras teimam em não abrirem (talvez porque a esta hora já estão quase 30 graus lá fora). E tornando a coisa ainda mais difícil, a segunda feira é o dia em que o treino é mais intenso porque tive dois dias de descanso. Neste momento sentia-me pronto para mais um fim de semana. Estou a ressacar.
Sendo totalmente sincero, e revelando-vos o meu truque para que as segundas de manhã não me custem tanto, confesso que ontem (sim, domingo) cheguei a casa e fui correr 8km, eram 22:30 da noite, para desintoxicar o corpo e a mente, e tirar aquela nhaca de quem não fez nada durante dois dias. Experimentem! É como um tratamento de choque à base de nandrolona para dependentes do corpo como eu!
No pain, no gain even on mondays!!   

sexta-feira, 13 de junho de 2014

E se de repente...


...um dos maiores clássicos de sempre do calçado, voltasse em força?
Ao que parece, a Adidas tem-se preparado para fazer regressar em força estes ícones do calçado dos anos 90, como forma de celebrar os anos da associação da marca ao ex-tenista Stan Smith.
Respeitando ao máximo a sua originalidade e design, a Adidas traz na manga um conjunto vastíssimo de novas cores e padrões dentro do modelo Stan Smith. É vê-los em leopardo, pele de cobra, dourados, em tecido, com acessórios, mas sempre na disposição de poderem olhar para o que tens calçado e dizerem "olha aqueles Stan Smith".


No que me toca, continuo a adorar os clássicos brancos (1ª imagem), e ainda me lembro de ter vários pares que me duravam apenas umas semanas, porque os metia a chutar a bola, quando não era o chão...ainda assim sou da opinião que, estes clássicos a par de todos os ténis, quanto mais marcas de uso tiverem mais bonitos ficam.
Não é de estranhar portanto, vê-los a começar a desabrochar nos pés do povo britânico, porque nestas coisas da moda estão sempre um passo à frente, mesmo que isso represente ter que ir ao baú e dar um passo atrás.


À imagem de muitas outras coisas na moda, o ciclo parece ter dado a volta fazendo voltar os Stan Smith às luzes da ribalta. Eu cá adoro, e para amantes de ténis que se prezem, pelo menos um par tem de constar na sapateira. É daquele tipo de coisas que fica bem com tudo. Digo eu!
Depois digam que não vos avisei!  

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Show must go on!!!


Hoje, finalmente, começa a maior festa de futebol do planeta, no Brasil. O Mundial de futebol, ao qual mesmo quem não gosta, não vai ficar indiferente, porque será este o maior espectáculo do mundo (sem contar com o Circo Cardinali claro!).
Este é daqueles temas ao qual tento sempre que possível fugir (futebol), mas a data de hoje assim não me permite. Assim, falar-vos-ei de seguida da minha visão geral sobre a Copa, dos meus favoritos a ganhar os prémios colectivos e individuais, da minha visão sobre a nossa selecção nacional, e ainda da organização daquele que está a ser o mais polémico mundial de futebol, muito por culpa da revolta de algum do povo brasileiro, que será por ventura o povo que mais gosta deste desporto à face da Terra.
Pois bem, começando pelo fim, num país em ascensão, numa das maiores potências do planeta em termos de recursos, num dos países mais desiguais e perigosos do mundo, no país (onde se diz) foi inventado o futebol, este mundial tem tudo para correr...mal. A meu ver, muito sangue vai escorrer nas ruas das maiores cidades brasileiras, porque a polícia e tropa brasileira estão de quarentena e em tolerância zero, o que acredito, fora dos estádios irá gerar o maior tumulto entre forças da autoridade e povo. O gangues criminosos, com certeza irão desempenhar um papel fulcral nisto que disse anteriormente. Prevejo roubos, violência e até reféns turistas e famílias de jogadores, que não a de Ronaldo, pelo facto deste ter proibido a sua de se deslocar até ao Brasil...vá se lá saber porquê. Estou também em crer que a FIFA tentará abafar ao máximo tudo o que de mal acontecer nas ruas. Eu percebo o povo brasileiro, porque nem é tanto o dinheiro que foi investido na organização do evento, a questão prende-se com a super-inflação que se instalou no país de há um tempo para cá, devido ao hype em torno do país e da Copa. Como o Brasil é o país da moda, algum do seu povo não tem dinheiro para comer, e alguns dos seus emigrantes não podem voltar para junto das suas famílias, nesta altura, porque os voos estão 300% mais caros...
Dentro de campo, a meu ver, existem vários candidatos a poder ganhar este Mundial. Mas arrisco em apenas três: Brasil, Espanha e Alemanha. Três clássicos, portanto. Estas selecções partem na frente, mas outras como Uruguai, Bélgica, Argentina e Portugal podem fazer a surpresa. Depois no que concerne aos prémios individuais, penso que este será o mundial de Di Maria, Hulk, Diego Costa, Modric e Ozil. Ronaldo é uma incógnita para mim, devido à sua condição física, porque jogar a 50% no Real Madrid não é o mesmo que fazê-lo na selecção.
Em termos de palpite, e apenas isso, cheira-me que entre a Inglaterra, França e Itália, estará o flop desta competição.
Para os amantes de futebol, hoje começa quase um mês de jogos todos os dias, mais de um por dia, em horários porreiros para quem trabalha.
Resta-me desejar sorte a Portugal, e rezar que no primeiro jogo não sejamos outra vez derrubados pela fortíssima Alemanha...
Que comece o espectáculo.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Santos Populares Lisboa - experiência "única"


Mais um ano, mais uma festa de, e para o Zé Povinho.
Todos os anos, por esta altura, "cheira bem, cheira a Lisboa". A velhinha capital enche-se de cheiros característicos como o da sardinha assada, manjerico, cerveja e vinho tinto. Isto, toda a gente já sabe, o que me traz por aqui hoje é a minha primeira experiência nestas festas de Lisboa.
Foi no meu primeiro ano na capital, e como era virgem nesta cidade, estava ansioso por experimentar os tão badalados e famosos "santos". Como toda a gente ia, consegui juntar a fome à vontade de comer, e lá fomos nós cheios de entusiasmo. Mal sabia eu o que me esperava...
Resumidamente, tive meia hora para apanhar um metro que me permite-se viajar e respirar ao mesmo tempo, algo que dá sempre jeito. Já em plena Rua da Madalena vi centenas de pessoas, e fui atrás da corrente. Demorei outros 30 minutos da tal rua ao Castelo, entre pisadelas e transpiração, lá cheguei ao topo que se encontrava repleto de gente que ia ao mesmo que eu (sabe-se lá para quê). Desesperando por algo comestível e bebível, e passada uma hora, lá consegui comer uma bifana e beber uma imperial, tudo por 6 euros. Coisa barata, se tivermos em conta que meia dúzia de sardinhas assadas eram 8 euros! 
Depois desisti de me mover, e fiquei estático e cansado mais de 2 horas a ouvir música pimba. Finalmente, não sei bem como, dei por mim ao pé da Casa dos Bicos, que estava repleta de gente como eu (que ia não sei bem para onde, fazer não sei o quê). Finalmente desisti, e preparei-me para voltar para casa. E foi aqui que tudo se complicou...
Como o metro já se encontrava encerrado, tinha duas opções: ou esperava que este abrisse, ou apanhava um táxi para casa e pagava cerca de 10 euros por esse serviço. O estado de impaciência era tal, que arrisquei a 2ª. No entanto, já em Stª Apolónia, reparo que existia uma fila de cerca de mil pessoas para apanhar um táxi, tal como eu. No desespero, resolvi não esperar e fui-me deslocando a pé pela marginal, no sentido da Expo, até encontrar um táxi que passasse e me fizesse o favor de me levar 10 euros. Passaram às dezenas por mim, e todos acenavam, referindo Stª Apolónia como o local de embarque...e lá fui eu andando pela madrugada fora. Cerca de 5km depois, e já exausto, lá apareceu um táxi que me apanhou, vendo o meu estado de desespero estampado no rosto, e me levou a casa.
Como devem imaginar foi uma diversão!
Ora, estou em Lisboa vai para 8 anos, sendo que isto se passou no primeiro de todos, adivinhem quantas vezes mais fui aos santos populares?? Isso mesmo...esse número redondo!
Alguém me consegue explicar a razão de tanta excitação, na hora de fazer uma noitada nesta data? Quando uma sardinha é, em média, 2 euros, a inflação dispara abruptamente, os transportes públicos andam à pinha e demoras mais tempo para os apanhar do que aquele que neles viajas. Quando demoras meia hora a fazer um trajecto, que normalmente levaria 5 minutos a ser feito. Quando se batem os recordes de pisadelas, quando andas mais a pé, em busca de não sei o quê, que em grande parte da tua vida (e andar a pé em Lisboa devia valer uma prémio de montanha)...
Sou uma pessoa traumatizada neste sentido festivo. Por isso, bons santos a todos, que eu prefiro o sofá cá de casa.
Foi literalmente uma experiência "única".

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Quotidianos


Coisas porreiras têm acontecido comigo durante estes primeiros dias de férias. Agora que tenho a cabeça bem mais limpa, e sem qualquer tipo de contágio que pudesse prejudicar o meu raciocínio sobre tudo o que vejo, consigo perceber que existem coisas a acontecer de uma veracidade cruel. E é disso mesmo que vos quero falar hoje: a veracidade cruel das coisas.
Vou-vos expor algumas situações, para que no fim possam reflectir sobre a vida e o mundo em geral. Sobre o vosso papel nesta passagem, nem que sejam apenas figurantes...
A primeira passou-se directamente comigo. Sempre que acabo de aspirar a casa, e me esqueço o quão cruel podem ser os últimos segundos dessa tarefa, sofro sempre alguns danos inerentes ao maldito, e maldoso, aparelho de aspiração. Ou nunca vos aconteceu carregarem no botão que puxa o fio da tomada, e como que uma serpente venenosa, levarem uma vardascada nas canelas?
Outro assunto, é apenas uma constatação, não uma prática minha. Nunca perdi tempo com a lei respeitante ao direito à greve, no entanto, algures em alguma alínea, deverá vir contemplado que as greves só se podem realizar em vésperas de feriados ou de fins de semana, sendo por outro lado, completamente proibida qualquer greve a meio da semana, fins de semana, ou feriados...os médicos são o caso mais recente do respeito pela Lei, até porque o tempo no Algarve começa a estar fixe!
Por último e não menos importante, deparei-me ontem com uma das coisas mais românticas do mundo amoroso hetero. Ontem vi dois namorados a jogar à bola, da seguinte forma: o guarda-redes era a mulher, sendo que o goleador implacável era o homem, que se demonstrava bastante competitivo na hora de fazer o remate. Potentes petardos teleguiados, seguiam na direcção da pobre moça que se esforçava ao máximo para não sofrer aquilo que de ante-mão era inevitável, a ter em conta o afinco do goleador homem. (como eu nunca me tinha lembrado deste programinha a dois??) Tenho a certeza que será o sonho escondido de qualquer mulher: ser alvejada por um namorado letal, que procura demonstrar claramente quem manda na relação, e procura incessantemente elevar a sua moral, tudo de uma forma romântica. O mais curioso de tudo, é que a mulher pareciam estar a gostar. Para finalizar o dia devem devem ter ido jantar ao Mac da segunda circular, ela a pagar.
Agora pensem, por favor!
Um bem haja...     

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Preso num limbo!


E pronto, chegou a altura para a qual me tenho andando a preparar nos último meses. Chegando cá, chego também à conclusão que por mais que nos preparemos para uma situação, mesmo não sabendo ao certo quando ela chegará, é em vão. Toda a ansiedade fora de tempo é completamente descabida, porque só iremos realmente saber que decisão tomar na altura em que temos mesmo que tomá-la.
O problema é que tenho o coração e a parte cerebral em conflito, o que não augira nada de bom.
Um dia destes, ia eu a fazer o meu jogging, quando me deparo com uma bifurcação...até nesse momento misero e insignificante da minha vida teria que tomar uma decisão. Não fui capaz, porque não tive tempo para medir os prós e contras da minha escolha, fosse ela qual fosse. Fui cobarde e voltei para trás!
Não sei nada da vida comum, só sei muito de um mundo de sonho, um mundo cor-de-rosa que nos aprisiona e nos torna, ano após ano, reféns da nossa zona de conforto, acobardando-nos em relação ao mundo real.
É assim que me sinto neste momento, porque até hoje tudo foi perfeito, mas sei que tenho que me fazer um "homenzinho", e que a vida, tal como ela é, espera por mim mais dia menos dia.
Ao longo destes dias, tenho sentido alguns sentimentos contraditórios em relação ao que referi acima. Medo, ansiedade, coragem, felicidade, tristeza...a minha cabeça está presa a um limbo viscoso. Se penso em arriscar, logo de seguida a minha zona de conforto ainda me faz sentir bem. Se penso em ficar na minha zona de conforto, o risco alicia-me cada vez mais...O que é certo, é que se decidir mais um ano pelo mesmo caminho que tenho percorrido, a minha vida não andará para a frente, e tenho uma pessoa que espera, pacientemente, há já algum tempo por mim. E não lhe posso pedir para esperar muito mais, porque a vida dela quer andar de mãos dadas com a minha. 
Depois sei, que seja qual for a decisão a tomar, vou desapontar muita gente e encher de orgulho outras. No entanto, ninguém, além de mim, pode decidir o que quer que seja. Cabe-me exclusivamente a mim essa tarefa.
É por ventura, a decisão mais difícil da minha vida até agora, talvez por ser realmente a primeira que tomo em relação ao lado de fora da fronteira, do que tem sido a minha vida até hoje.
Tempos de mudança aproximam-se meus caros. Ou então não!

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Long Live Rock 'n' Roll nº 54


Apertem os ouvidos, que voltei a consumir música como não fazia há algum tempo.
As bandas vão borbulhando na minha playlist, e é algo que vos quero apresentar ao longo das próximas semanas. Mas primeiro tenho que vos falar sobre o meu novo vício, a minha nova paixão musical. Aquela lufada de ar fresco no panorama musical, que só por si merece todo o destaque do mundo.
Segundo Liam Gallagher, a banda de hoje lançou o disco que a música do novo século tanto aguardava. Figurando assim, o seu único trabalho, como um dos discos mais influentes e promissores dos últimos anos. 
Depois de Black Rebel Motorcycle Club e Arctic Monkeys, a próxima grande "cena" que a música britânica se prepara para nos oferecer são os Temples.


Como não poderia deixar de ser, conheci estes jovens pela mão da grande Vodafone FM.
Os Temples são uma banda de rock psicadélico de Kettering, Inglaterra. Formada em 2012, como um projeto do guitarrista James Bagshaw e do baixista Thomas Warsley (completam a formação o baterista Samuel Toms e o teclista/guitarrista Adam Smith), obtiveram a atenção dos media inglesa com os seus singles influenciados pelo rock dos anos 60/70, e também por terem como fãs Johnny Marr, ex-guitarrista do The Smiths e Liam Gallagher, do Oasis. Lançaram o seu primeiro LP, "Sun Structures" em Fevereiro deste ano.
Este é o LP que tem gerado o maior hype desde o aparecimento Arctic Monkeys, e coleccionando as melhores críticas pelo mundo da música e seus figurantes. Assim que se inicia o álbum, fica-se logo com ideia de que os Beatles estão por aí ainda, com os primeiros acordes de "Shelter Song".
Deixo-vos com a performance ao vivo deste meu último grande vício para a KEXP, que não apresenta altos nem baixos, neste pique de qualidade sonora. Espero que gostem:



Já vos disse que estava apaixonado por esta banda??



terça-feira, 3 de junho de 2014

Conversa de "merda"


Antes mais, peço desculpa pela imagem forte que coloquei, visto que pode ferir a susceptibilidade das pessoas mais sensíveis, e visto que já postei aqui fotos mais bonitas. Contudo, o assunto assim o pede.
Como já devem ter reparado, hoje vamos falar de merda.
Coincidência das coincidências, na semana em que roubaram quase todos os recipientes de inox, que armazenavam os sacos para apanhar os cócós caninos aqui da urbanização, a minha rua tem sido enfeitada. Talvez por ser mês de Santos Populares em Lisboa.
Como já aqui tinha escrito antes, existem ainda donos de cães, vizinhos meus, que teimam em não apanhar os dejectos dos seus animais. Teimam, e sinceramente não os vejo com disposição para alterarem o rumo das coisas...enquanto o cão caga e não caga, lá se fuma mais um cigarro ou assim...
No entanto, esta semana pela primeira vez, têm desculpa, porque não existem sacos para tal tarefa, porque também não existem os tradicionais recipientes. (como se isto fosse desculpa, mas vá).
Eu poderia estar aqui a dizer que me estava borrifando para esta situação, mas não estou de todo. Porque "por uns pagam todos", existem já vizinhos meus que me olham de lado, por verificarem o que eu também verifico: a rua está sempre minada de merda de cão.
Confesso aqui, que se não apanhei alguma vez algum dejecto do Sushi, não me lembro, ou então foi uma ou duas vezes porque não tinha mesmo nada para o apanhar.
Seguindo em diante no tema, agora para juntar à imundice dos cócós de cães por todo o lado, (algo que relembro, é motivo de multa aos respectivos donos), os cavalinhos da GNR que patrulha esta zona a trote como se fossem suas majestades, devem comer feno à base de laxantes naturais, porque conseguem fazer uma recta de 300 metros a cagar sem parar. 
Resultado: se a minha rua não fosse calcetada, com certeza que daria um bom cultivo, dada a quantidade de estrume presente na estrada. Juntando a merda de cão à merda de cavalo, está tudo cagado!
A diferença é que os donos que não apanhavam os cócós do seu cão, depois disto nunca o farão. Porque, analisando bem, os cagalhões de cão estão para os de cavalo, como a feira de Beja está para o olho do cu! 
Se pagamos uma taxa pela poluição causada pelos nossos veículos auto, porque não aplicar uma coima aos bonitos cavalos da GNR que cagam sem olhar para trás?
  

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Hiper-sensibilidade...


Acredito piamente que durante toda a nossa vida, passamos por diferentes fases que nos vão deixando pistas sobre o que se segue. Essas experiências são nos transmitidas através da nossa interacção com o mundo, e as coisas que o caracterizam transmitem-nos o início e fim de ciclos.
Assim, esta semana tive uma experiência algo estranha, porque nunca antes me tinha acontecido, e que suporta claramente a ideia acima mencionada. Eu tenho a sorte de poder afirmar, que com estas experiências tenho-me tornado uma melhor pessoa, e não o contrário, como por vezes acontece com o passar dos anos.
Pois bem, num destes dias, esperava eu impacientemente a minha vez na peixaria do "Sweet Drop", quando de repente senti e ouvi algo a mexer-se na banca à minha frente. De início não liguei, porque percorri com o olhar tudo à minha frente e não consegui identificar o que seria. Passados apenas alguns segundos, lá ouvi aquela movimentação de novo, mas desta vez identifiquei de onde vinha o som, e senti uma coisa que me deixou algo triste e pensativo. Juro mesmo que nem eu percebi muito bem porque me senti assim. Lá está são pistas...
Pormenorizando, o barulho vinha do interior de uma rede de caranguejos vivos, e transmitia a dificuldade que aqueles crustáceos tinham para se mexer dentro daquela armadilha. Estavam vivos, e amontoados uns em cima dos outros. E de vez em quando, dava a sensação de estarem a sofrer, ou a morrer aos poucos...
Agora, acham normal eu ter sentido pena de uma dezena de caranguejos aprisionados numa rede, numa banca de peixe e marisco, de um qualquer hipermercado!?? Eu não acho, mas foi o que aconteceu. 
Como foi a primeira vez que tive este sentimento tão estranho, ando a pensar seriamente que, ou estou a ficar louco e preciso de acompanhamento, ou por outro lado, estou a começar a dar valor a tudo o que me rodeia, sendo que "tudo" significa matéria viva.
Já tenho evitado pisar e matar várias outras espécies de seres vivos, mas caranguejos?
Ainda no outro dia, ia a passear o Sushi quando pisei uma caracoleta...foi coisa para me ter estragado o dia, acreditem! Noutros tempos, depois de a ter pisado ainda lhe fazia a autópsia, seguindo-se um qualquer ritual de sacrifício satânico.
Esta hiper-sensibilidade da minha parte, para com tudo que tenha vida, pode significar que estou finalmente preparado para aquilo que estou a pensar???
Ajuda, por favor!?