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terça-feira, 13 de maio de 2014

Village Underground Lisboa - quando trabalhar é um prazer


Foi no passado sábado dia 10 de Maio, que não pude ir à inauguração de um dos espaços mais originais de Lisboa.
O Village Underground Lisboa é um espaço de escritórios para a indústria criativa construído com contentores marítimos e dois antigos autocarros da Carris.

Este conceito inovador diz respeito a uma plataforma internacional para a cultura e para a criatividade, que existe em Londres desde 2007 e que agora chegou a Lisboa. Pretende criar-se uma rede de espaços de produção e troca culturais, que sirva, igualmente, de palco para as mesmas. No centro deste conceito estão dois espaços distintos: um espaço de trabalho e um espaço cultural. 
Os ateliers de trabalho são montados numa estrutura de contentores marítimos e autocarros desactivados da Carris, tratados e preparados para serem ocupados por profissionais de indústrias criativas cuja renda tem um preço acessível. 
Em Lisboa, nesta primeira fase de construção, o VU tem 60 lugares disponíveis, distribuídos por 14 contentores marítimos e dois autocarros de dois andares, cujo desenho arquitectónico é bastante original. 


Numa segunda fase será construído o espaço cultural multi-funcional, palco de concertos, exposições, teatro, conferências, em co-produção com o VU Londres, servindo igualmente de plataforma de promoção dos próprios artistas que habitam e circulam entre VU Londres, Lisboa e Berlim.
É um projecto inédito em Portugal, inserido numa rede europeia e em expansão. 
Promove a produção cultural e a criatividade contemporânea ao mesmo tempo que promove o património e a memória histórica não só dos transportes públicos (ao serem reutilizados) e dos contentores marítimos (imagem típica de uma Lisboa portuária) mas também da cidade de Lisboa.
O VU assenta na reutilização, reconstrução e regeneração de espaços degradados ou em desuso da cidade onde se instala. Este aspecto, por sua vez, acaba por se estender, de forma natural, à área envolvente, dando origem a novos bairros e comunidades e, assim, novas oportunidades culturais e económicas. 
Desta forma, tendo sempre em mente a preservação e conservação de estruturas existentes, do seu valor patrimonial e da sua atmosfera, dá-se uma nova vida a espaços cuja única destino seria a progressiva degradação com o tempo.

 
Pretende-se que seja palco não só de espectáculos de música, mas também adaptável a outras manifestações culturais como palco de teatro, cinema, exposições, espaço de conferências.
O VU destina-se também a profissionais estrangeiros a residir em Portugal temporariamente que deste modo se juntam aos residentes habituais do VU e, com eles podem trocar experiências e aproveitar os recursos materiais e as capacidades mútuas.

 

O intercâmbio e a colaboração, aos mais diversos níveis é um aspecto fundamental do projecto. Acredita-se, no VU, que é desta troca e convivência que nascem os projectos mais inspirados e originais.
Em Lisboa o VU vai ser implantado dentro das instalações do Museu da Carris, tendo a Carris como um dos seus parceiros, e em co-organização com a Câmara Municipal de Lisboa.
É tempo de Lisboa se chegar à frente!!

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