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terça-feira, 27 de maio de 2014

Um país tão bonito com pessoas tão "pequeninas"


O voto.
Em tempos, o povo queixava-se porque era oprimido, por não ser ouvido, por não ter poder de escolha, por não ter voz.
Em tempos houveram pessoas que tornaram possível ao povo ter voto na matéria, e gritar o rumo do seu país, mesmo arriscando as suas vidas para que as gerações vindouras pudessem ser ocultadas pelas classes políticas.
Em tempos o sufrágio era limitado, primeiro a classes sociais, depois a géneros e sexos. O povo era extremamente ignorante.
Neste tempo, o povo não quer ser escutado, não contribuiu minimamente para o futuro do país, tanto se lhe dá como se lhe deu. Pode votar e não vota porque está calor, porque a classe política é mafiosa, porque não se interessa, porque não se importa de continuar a ser espezinhado pelas opções políticas, não sentem minimamente o seu poder, não tem consciência do seu dever para com o país, está-se cagando para quem os governa, não percebe que ao não votar só está a dar armas aos que por lá andam, e não o contrário. Continua mergulhado naquela ignorância que tanto satisfaz os governantes. Sim porque isso é  base do sucesso de qualquer democracia: manter o povo o mais ignorante possível.
O povo português tem uma classe política podre e fraquinha? Tem com certeza! Nada mais, nada menos, que uma classe política à sua medida e imagem.
Aqui não se vota. Na Ucrânia o povo revolta-se e sai à rua a ferro e fogo, para se fazer ouvir pela força, porque estes que são os seus direitos e deveres (aqueles em que os portugueses cagam em cima) foram fortemente postos em causa pela sua classe política.
Aqui não se vota porque ninguém suporta a palavra "política". Por isso o importante é deixar andar, assim mesmo como estamos há uns anos: de quatro a arrecadar lenha no porão, sem deitar uma lágrima.
Somos um país de pessoas tão pequeninas e lamechas que me apetece manda-los todos para um sítio, quando se vêm queixar dos cortes nisto e naquilo, como se se tivessem mexido quando foram legitimamente chamados a isso.
No entanto somos um povo rude que se aguenta bem às porradas e aos contratempos. Então se calhar funcionava bem transformar o voto de "dever" a "obrigação". Com  base na força tenho a certeza que as abstenções não rondavam os 65%. Porque estamos habituados a que as coisas nos sejam impostas (ecos do passado). Somos bons como agentes passivos num acto de bondage.
A ignorância é tal e a falta de cultura de voto é tanta, que às tantas não nos lembramos que, por ventura, ainda hoje existem povos que davam tudo para poderem ser ouvidos. Assim de repente sei lá, talvez os norte-coreanos...
Creio que a história política no nosso país, demonstra que somos um povo que tarda em adaptar-se à "estrangeira" democracia, e que muito mais adaptado está a formas de poder mais "caseiras"...afinal, como já disse, ficamos tão bem de quatro. 
Portugal demonstra que nasceu para ser governado à base da força e submissão.
Seus merdas!

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