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quinta-feira, 29 de maio de 2014

Be Fit not Fat


Todos os anos, por esta altura, tenho a amabilidade de vos encarar de frente. Sim a vocês pessoas obsoletas...desculpem se me enganei.
Porque fazer desporto o ano todo custa que se farta, e como sei que acreditam em milagres, nunca é tarde para mexerem esse cu e darem umas horas de saúde ao corpo. Se depois queres ter aquele corpo de meter inveja na praia, aí já não vamos a tempo para 2014!!
Mil são as desculpas para não se fazer nada pela saúde. Contudo, prefiro dar-vos apenas duas razões para que essas mil desculpas caiam por terra.
Se gostavas de fazer deporto, cuidar da tua imagem e saúde, mas detestas os ginásios à pinha, a rotina desse tipo de vida, e alguns olhares menos próprios, e preferes ter alguém especialista que te faça um plano de treino personalizado, segundo os teus objectivos e características físicas, ou alguém que puxe por ti e te ajude a vencer a falta de vontade, tudo por um preço bastante acessível, desmistificando aquela ideia de "quem tem um treinador pessoal são os ricos", tenho dois amigos, e excelentes profissionais nesta área para vos apresentar.

Francisco Martins (Lisboa/Carcavelos) licenciado em Desporto, e recentemente formado em treino pessoal no Holmes Place, surge agora com um servido, ao teu alcance, de saúde e bem-estar em torno da prática física :

 


Clica neste link e obtém toda a informação que precises!

Rui Costa (Cartaxo/Lisboa) licenciado em Desporto, treinador de futebol, e treinador pessoal no Holmes Place, faz do desporto uma paixão, e agora possibilita treino pessoal ao público em geral:



Duas excelentes opções, não como concorrência mas como alternativa, com base no altíssimo profissionalismo e paixão pela função. Ao alcance de todos.
Duas excelentes pessoas, dois enormes profissionais, mas acima de tudo, dois bons amigos!!


terça-feira, 27 de maio de 2014

Um país tão bonito com pessoas tão "pequeninas"


O voto.
Em tempos, o povo queixava-se porque era oprimido, por não ser ouvido, por não ter poder de escolha, por não ter voz.
Em tempos houveram pessoas que tornaram possível ao povo ter voto na matéria, e gritar o rumo do seu país, mesmo arriscando as suas vidas para que as gerações vindouras pudessem ser ocultadas pelas classes políticas.
Em tempos o sufrágio era limitado, primeiro a classes sociais, depois a géneros e sexos. O povo era extremamente ignorante.
Neste tempo, o povo não quer ser escutado, não contribuiu minimamente para o futuro do país, tanto se lhe dá como se lhe deu. Pode votar e não vota porque está calor, porque a classe política é mafiosa, porque não se interessa, porque não se importa de continuar a ser espezinhado pelas opções políticas, não sentem minimamente o seu poder, não tem consciência do seu dever para com o país, está-se cagando para quem os governa, não percebe que ao não votar só está a dar armas aos que por lá andam, e não o contrário. Continua mergulhado naquela ignorância que tanto satisfaz os governantes. Sim porque isso é  base do sucesso de qualquer democracia: manter o povo o mais ignorante possível.
O povo português tem uma classe política podre e fraquinha? Tem com certeza! Nada mais, nada menos, que uma classe política à sua medida e imagem.
Aqui não se vota. Na Ucrânia o povo revolta-se e sai à rua a ferro e fogo, para se fazer ouvir pela força, porque estes que são os seus direitos e deveres (aqueles em que os portugueses cagam em cima) foram fortemente postos em causa pela sua classe política.
Aqui não se vota porque ninguém suporta a palavra "política". Por isso o importante é deixar andar, assim mesmo como estamos há uns anos: de quatro a arrecadar lenha no porão, sem deitar uma lágrima.
Somos um país de pessoas tão pequeninas e lamechas que me apetece manda-los todos para um sítio, quando se vêm queixar dos cortes nisto e naquilo, como se se tivessem mexido quando foram legitimamente chamados a isso.
No entanto somos um povo rude que se aguenta bem às porradas e aos contratempos. Então se calhar funcionava bem transformar o voto de "dever" a "obrigação". Com  base na força tenho a certeza que as abstenções não rondavam os 65%. Porque estamos habituados a que as coisas nos sejam impostas (ecos do passado). Somos bons como agentes passivos num acto de bondage.
A ignorância é tal e a falta de cultura de voto é tanta, que às tantas não nos lembramos que, por ventura, ainda hoje existem povos que davam tudo para poderem ser ouvidos. Assim de repente sei lá, talvez os norte-coreanos...
Creio que a história política no nosso país, demonstra que somos um povo que tarda em adaptar-se à "estrangeira" democracia, e que muito mais adaptado está a formas de poder mais "caseiras"...afinal, como já disse, ficamos tão bem de quatro. 
Portugal demonstra que nasceu para ser governado à base da força e submissão.
Seus merdas!

segunda-feira, 26 de maio de 2014

A noite "fancy" de Lisboa


Poucas são as vezes que saio à noite, e ainda menos aquelas que vou parar a alguma discoteca. Não é bem a minha praia, como sabem. Mas o sábado passado foi uma daquelas excepções, no que diz respeito ao espaço nocturno onde, nas poucas vezes que saio, vou parar (normalmente Lux). Desta vez fui desembocar, pela primeira vez na minha vida, a um tal de MAIN.
Na companhia de dois amigos, a minha entrada, desde logo, foi algo estranha. Entrei naquele espaço, com uma fila gigantesca à porta, por intermédio do antigo astro do futebol Fábio Paim. Penso que se não fosse ele, ainda hoje lá estaria à porta. 
Depois, assim que entrei, reparei logo que a quantidade de gente presente, devia ultrapassar a lotação máxima numa boa centena de pessoas. Logo de seguida veio a confirmação daqueles pré-conceitos todos em torno do MAIN e Urban...a "betaria" ( que eu pensei estar em extinção) toda presente, com o seu pólo e sapato de vela a condizer. Só pessoal de bem, e de boas famílias portanto. Mas para meu espanto, à medida que ia subindo as escadas, reparo que existem depois outras duas classes a destoar, um pouco, daquela que é a gente da casa. São elas: a malta jardada do hóquei e do basebol da nova iorque lisboeta; toda a classe da malta da bola.
Em relação aos primeiros, detestam e são detestados pelo pessoal da casa (betos), acham-se a última batata do pacote, e são um misto entre o Ken e o Michael Jordan. Dominam toda a mulherada, dançam que se fartam, mas nunca perdem aquela postura ridícula de boneco da Michelin. Alguém que diga àquele pessoal que, a continuarem a ingerir esteróides daquela forma irão morrer cedo com um pénis minúsculo. Já os segundos, são a prata da casa, a ostentação, a atenção do povo, e os donos e senhores do privado ou espaço VIP. Em três horas que lá tive, consegui ver cerca de meia centena de garrafas de champanhe a arder, sempre que um dos meninos de ouro do futebol português resolvia pagar uma rodada a os "amigos/as", para demonstrar que não são assim tão mortais como nós. Vá, apresentam-se como o "charme" da casa. 
A certa altura pensei que se tratava da festa do Sporting pelo segundo lugar (mas depois vi outros emblemas ao peito), a contar pelos leõeszinhos presentes.
A mencionar: Cedric, Wilson Eduardo, William Carvalho, Fábio Paim, João Mário...depois do resto do mundo tínhamos: Manuel Fernandes, Ederzito, Bruma, Calado (não vi o melão)...
Portanto, senti-me um peixe fora de água, num aquário dominado por três classes de seres diferentes no seu conteúdo, mas iguais na essência.

PS: Por favor, crianças do sexo feminino frequentadoras do MAIN, agasalhem-se porquê as noites têm estado frias, não vão apanhar um resfriado.     

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Long Live Rock 'n' Roll nº53


Não sei bem se por desleixo, falta de memória, ou simplesmente estupidez da minha parte, ainda não ter postado esta banda aqui. Aquela que para mim, tem um dos melhores álbuns que alguma vez ouvi na minha vida. Banda, que desde que conheci, há cerca de 2 anos atrás, me tem acompanhado nos momentos em que preciso de mais energia e alegria.
Falo-vos dos grandes The War on Drugs.

 

The War on Drugs são uma banda americana da Philadelphia, Pennsylvania. Adam Granduciel (nascido Adam Granofsky, em Dover, Massachusetts) mudou-se de Oakland, Califórnia, para Filadélfia, em 2003, onde conheceu Kurt Vile e começaram a tocar juntos. Já com o nome The War on Drugs, lançaram por conta própria o seu primeiro registo, intitulado "Demo EP", em 2005. 
Enquanto Vile e Granduciel formavam a espinha dorsal da banda, no início de carreira tocavam com vários músicos convidados, antes de finalmente se decidir por uma formação que adicionou Charlie Hall como baterista /organista, Kyle Lloyd como baterista e Hartley Dave no baixo. Anteriormente, Granduciel já havia excursionado e gravado com os The Capitol Years, e Vile, posteriormente, lançaria os seus álbuns a solo. 
O grupo lançou o EP "Barrel of Batteries" no início de 2007. O seu LP de estreia, pelo selo Secretly Canadian, foi "Wagonwheel Blues", lançado em 2008.
O som do grupo tem sido descrito como influenciado por Bob Dylan, Bruce Springsteen e My Bloody Valentine.
A formação sofreu várias mudanças e até o final de 2008, Kurt Vile, Charlie Hall, e Kyle Lloyd sairiam do grupo. Actualmente, Granduciel e Hartley formam um trio com o baterista Mike Zanghi.

No entanto, são os seus dois trabalhos mais recentes "Slave Ambient" de 2011, e "Lost in the Dream" deste ano, o seu ponto mais alto, e aqueles trabalhos que lhes conferem um estatuto junto das banda mais ovacionadas da actualidade.
Deixo-vos este cheirinho de viagem ao espaço:


De resto, no próximo dia 12 de Julho, a banda toca no palco principal do Alive 2014, em Algés. Concerto ao qual não gostava nada de falhar... 

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Um Barão, um cão e um homem do lixo!


Hoje o meu dia começou logo da melhor forma.
Sensivelmente de há um ano para cá, a minha rotina permite-me sair de casa de manhã sempre pela mesma hora. Existem dois momentos desta minha saída de casa. Uma temporária, e outra definitiva. Foquemos a nossa atenção apenas na primeira, porque independentemente do que acontecer depois da segunda, nada terá tanto peso como o que vos vou relatar a seguir.
A primeira é feita 10 minutos antes da segunda, porque tenho um cão que depois de uma noite de sono bem dormido, pede com insistência para ir à rua fazer as suas necessidades. E lá vamos nós em passo apressado, pois o Sushi tem 10 minutos para evacuar!
Todos os dias à saída da porta do prédio, de há um ano para cá, deparo-me sempre com a mesma pessoa. É talvez a primeira pessoa que vejo todos os dias. Um humilde e simpático funcionário da recolha de lixo aqui da zona, de nacionalidade nepalesa. Sempre em passo brando e infeliz, conduzindo um carrinho apropriado, este senhor é visto por todos os moradores num vai-vem constante, com o dever de manter a zona onde vivo limpa e bonita. Realmente é visto por todos, mas a grande maioria finge que não o vê.
A minha primeira abordagem com o Djit não foi a melhor. Distraído com um acidente que tinha acabado de acontecer, não reparei que o Sushi ia urinar no carrinho do lixo. E urinou, porque já não fui a tempo de o evitar. Mas antecipadamente, lá vinha o Djit num passo largo na minha direcção, num pranto que nunca me hei-de esquecer, porque aquilo nunca podia ter acontecido com o seu material de trabalho. Visivelmente perturbado com a situação, o Djit nem ouviu as minhas desculpas, e prontificou-se com as lágrimas nos olhos em puxar de detergente e limpar a urinadela do Sushi. Imaginem qual foi a minha cara perante tal sucedido... Nesse dia, não parei de pensar naquilo...
Na segunda vez, a surpresa tomou conta de mim. Eu com vergonha de dizer alguma coisa ao Djit, que lá vinha na minha direcção, fingi que a primeira vez nunca se tinha passado e disse um tímido "Bom dia". Antes já o Djit vinha a gritar por mim há uns metros, para quando me apanhou me estender a mão, dizer bom dia, e oferecer-me sacos para apanhar os cócós do Sushi...não sei qual foi a cara mais estranha, se da primeira vez ou desta segunda. Que humildade!
Um ano passado, e depois de centenas de abordagens diárias deste género, eu, o Djit e o Sushi, não passamos dia nenhum sem nos cumprimentarmos com um aperto de mão, um bom dia e uma dose de sacos para cócós! Até mesmo quando nos vemos a uma considerável distância e eu estico o braço acenando "bom-dia" para o Djit, é vê-lo a largar tudo e correr na minha direcção para fazer uma festa no Sushi, animal que ele considerava um "bicho mau", e que agora é seu grande amigo.
Não poucas vezes já aconteceu, vizinhos meus estranharem a minha relação com o Djit, olhando com desdém e repulsa. Outros passam por nós e apenas me cumprimentam a mim...
Tudo isto para dizer que hoje o Djit se acercou de mim (sempre com o seu ar triste), referindo que hoje fazia 37 anos. E hoje, pela primeira vez, troquei o aperto de mão por um abraço. Foi a primeira vez que vi o Djit a sorrir, ainda que timidamente. 
São estas coisas que me fazem ser tão agarrado à vida. Acredito que contribuo para que o "invisível" homem do lixo nepalês, tenha um dia melhor. Mas acredito ainda mais que ele faz de mim muito melhor pessoa.
Parabéns Djit!!!     

terça-feira, 20 de maio de 2014

Uma questão de nervos...


Sabem aqueles dias em que tudo vos enerva, e sem saberem o porquê, a birra deixa de ser uma coisa apenas de crianças?
Apresento-vos a minha pessoa hoje!
Desde que acordei, tenho levado o dia todo neste mau humor que de todo não me caracteriza normalmente. Mas todos temos os nossos dias menos bons, e eu não seria a excepção. Se bem que devo ter um dia como o de hoje, apenas duas a três vezes por ano, o que não é nada mau, se contarmos que conheço pessoas que apenas estão de bom humor quando o "Rei faz anos". 
No entanto, e no meio de tanta birra, lá fui buscar ao meu cérebro uma coisa que até me fez sorrir ainda hoje. Na busca incessante para encontrar uma explicação plausível para o meu estado de espírito, fui enumerando, na minha cabeça, uma listagem das coisas que mais me irritam na convivência com o meu semelhante. Assim, vou-vos transmitir agora aqui, em primeira mão, tudo aquilo capaz de me tirar do sério, e levar-me até à beira de um ataque de nervos (seja lá onde isso for).
Eis os factores de desestabilizarão da minha pessoa (sem qualquer tipo de hierarquia):

-pessoas que conduzem sempre na faixa do meio auto-estrada, quando não vão a ultrapassar ninguém. Já que as nossas polícias tanto precisam de fazer receitas para o Estado, e visto que ainda existe um buraco no orçamento a tapar por nós, convido-os a passearem diariamente, durante apenas uma hora na A1. Enriqueciam e acabavam com esta mania de quem não sabe conduzir!

-pessoas que fazem barulho a mastigar. E se for numa altura em que eu estou a tentar descansar ou dormir..."tá o baile armado". Começa-me a consumir uma ira interior, que se chega a rebentar um dia, tenho impressão que tal pessoa nunca mais comerá perto de mim.

-pessoas que, num diálogo, para se fazerem entender necessitam de elevar o tom de voz até um limite de agressividade. Se eu for um dos intervenientes, automaticamente esse diálogo passa a monólogo.

-pessoas que falam de futebol, como se fossem doutores do tema, mas que nunca deram um chute numa bola. Estou farto de avisar, o futebol não é só aquilo que as pessoas vêem. É muito mais complexo do que isso...

-pessoas friorentas. Que passam a vida agasalhadas ao máximo sempre que não há sol, ou chove. Calma pessoal, vocês vivem em Portugal, em que as temperaturas normalmente não baixam dos 12 graus. Sabem que depois existem outros países onde a máxima são os tais 12 graus?? Não passem frio de barriga cheia, e depois tenho que levar com o vosso cheiro a transpiração.

-pessoas que tentam a todo o custo, absorver o ritmo de vida dos outros com as suas próprias manias. Essas são as que têm dificuldade em ceder seja no que for. O que se pode também denominar como de teimosia irritativa. Pessoas que só pensam em si. E olhem que conheço algumas que se tivessem estado a bordo do Titanic, e houvesse um salva vidas para 100 pessoas, salvavam-se sozinhas e ainda hoje cá estavam para contar a história.

-pessoas que utilizam a expressão "e tudo mais". Baaaahhhhh, que merda de expressão foram inventar para cortar as frases a meio. Que saudades do etc.

Baseado nesta temática, e como tenho a virtude de atribuir a quase todos os episódios da vida um filme, aqui deixo um que hoje podia ter sido protagonizado por mim:

(vejam que vale a pena)

Curiosamente, nenhuma destas coisas, que referi a cima, me aconteceu hoje. Então porque é que isto me está a acontecer??
Só se for sono...  



segunda-feira, 19 de maio de 2014

Apresento-vos o meu novo vício: Fargo


A esta hora devem estar todos a dizer: "Então mas ó Barão, esse filme já tem uns aninhos...". Certo, e eu nunca o vi, porque se calhar estava à espera do passado mês de Abril.
Com o hiato em quase todas as minhas series preferidas, a semana passada resolvi pegar numa nova história, que até já constava aqui no disco obsoleta há algum tempo.
Falo-vos de Fargo, a nova série FX.
É um pouco curiosa a minha história com esta serie de televisão. Em vez de me ser dada a conhecer pelos media, desta vez estava a ver o facebook de um amigo meu, que visitou recentemente Times Square, e numa das suas fotos, em plano de fundo, lá estava um letreiro que me prendeu a atenção. Dizia "Fargo: coming next April". E como já tinha conhecimento do filme, ainda fiquei mais curioso. Passado umas semanas, voltei a lembrar-me disto e recorri ao meu sempre amigo IMDB, para me informar um pouco mais sobre este assunto. Qual não foi o meu espanto que esta mini-serie, baseada no anterior filme, estava avaliada com uns indiferentes 9.2!!!!!!
"Já sei o que vou ver a seguir".
Esta minissérie de 10 episódios vem das mãos de Joel e Ethan Coen, roteiristas, directores e produtores do filme do mesmo nome, de 1996, em que ela está baseada.
Um novo enredo de crime e um novo elenco, diferentes do filme que a inspira, compõem a minissérie, que conta com Kate Walsh (Private Practice), Martin Freeman (Sherlock), Billy Bob Thornton e Colin Hanks (Dexter).
O protagonista Lester Nygaard é um vendedor de seguros de uma pequena cidade, que vive a ser espezinhado pela sua esposa, até que a sua vida muda quando um misterioso desconhecido, Lorne Malvo chega à cidade.
Destaco as grandes performances dos dois protagonistas desta serie, com pequeno destaque para Billy Bob.
Fica o trailer do episódio piloto:


Espero que gostem tanto quanto eu, porque vale mesmo a pena.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Allez à Paris!!!!!!!


Sempre ouvi dizer que depois de Roma vem Paris.
Tudo confirmado, no próximo mês de Junho irei uns dias até à velhinha capital francesa.
Depois de alguma indecisão em relação ao destino deste ano, a escolha recaiu em Paris, pelo simples facto de ter uma coisa que nenhuma outra cidade europeia tem: DisneyLand!!!!!!!!


Este foi, sem dúvida nenhuma, o factor que mais peso teve na minha escolha. O que me leva todos os dias, ao acordar, recuar nos meus comportamentos e fazer um risco na parede descontando um dia. Estou ansioso e entusiasmo, mas depois surge o medo! Medo dos carroceis que já sei que vou ser obrigado a andar e não quero. O que me safa é que vou conhecer o Mickey e a Mini...
Como sempre, a viagem é totalmente preparada por mim. Sem o recurso a nenhuma agência de viagens, fugindo assim às comissões e taxas. Sai tudo muito mais barato e organizado mentalmente. Posso dizer que tenho o mapa de Paris enfiado no cérebro, as linhas de comboio e metro, o hotel, os monumentos, zonas a visitar, aeroporto...esta viagem tem tudo para dar certo, porque a estudei muito bem. Até já sei que a falta de higiene francesa se faz sentir nos transportes públicos!
Vou em regime low-cost, mesmo sendo numa época alta. Escolhi os voos que me permitem aproveitar melhor os dias, escolhi meticulosamente o sítio onde ficar (que seria o mais caro e acabou por ser bastante em conta, um estúdio tipo apartamento, vá...um T0), já comprei o pass para andar em todos os transportes públicos em Paris, já comprei o bilhete online para a Disney com desconto de 20%...
Sou sincero, Paris nunca seria a minha escolha para próxima viagem, porque França não me cativa (pelas 3 vezes que lá tive), porque os franceses também não, porque a vida é mais cara, porque é tudo menos uma cidade de franceses e muito mais de norte-africanos, porque é suja, mas pronto...é uma cidade bonita pela sua arquitectura, a fazer lembrar a Baixa Lisboeta em ponto grande. O que é bom!
Ajudas que tive: Google Earth/Maps; Site do Turismo Francês; programa de RTP "Portugueses pelo Mundo" em Paris; Momondo, Booking.
Já falta pouco! 

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Sushi Report


Ontem foi talvez o dia mais difícil cá em casa dos últimos tempos. Em termos de nervos, está claro. E não, não foi apenas porque o Benfica perdeu mais uma final, começou muito antes e podia ter-se tornado num desastre psicológico para mim.
Para aproveitar este maravilhoso bom tempo, eu e o Sushi fomos passear um pouco mais cedo que o habitual. O calor era muito, e com isso a zona dos jardins do Parque das Nações estava bastantes bem composta. Como o solitário Sushi se tem portado bem sem trela, ultimamente, resolvi a certo ponto do tranquilo passeio soltá-lo. Algo a que o senhor cão responde de imediato com um dos seus sprints de felicidade característicos. Tudo normal.
Depois de cheirar toda a área circundante ao skate parque, de fazer a sua devida marcação de território, resolveu ser surdo novamente, e fazer "ouvidos de mercador" às minhas chamadas, reforçando aquela ideia: "Beagle com focinho no chão e rabo no ar, é cão cego e surdo". Assim, decidiu olhar para mim e desatar a correr no sentido oposto, seguindo o seu olfacto apurado. Eu como já sei que não o posso perder de vista, apressei o passo, subi montes...mas sempre a uma razoável distância dele. Por breves segundos deixei de o ver e alarmei-me! 
No entanto, segui o meu instinto de dono, e como o seu itinerário é quase sempre o mesmo, segui-lhe o rasto. E lá estava ele, com a ponta branca da espetada cauda (tal e qual carrinho de choque), no meio dos arbustos. Respirei de alívio, e tudo voltou ao meu controlo.
Ainda assim, havia um aspecto que me começara a intrigar uns minutos antes. O facto de haver um individuo a seguir o rasto do Sushi, entre mim e este. À semelhança do Sushi, também aquele indivíduo nunca me viu. O que era certo é que seguia na mesma direcção que eu, olhando sempre para um lado e outro. De imediato pensei: "pronto, o Sushi já anda com o cão daquele senhor na brincadeira, e estamos ambos a seguir os nossos cães".
Continuei a perseguição, agora sempre com atenção ao Sushi e ao indivíduo. Depois reparei que não havia nenhum cão para além do meu. Posto isto, sem que ambos me vissem, contornei os arbustos e escondi-me na zona onde ambos iriam desembocar, e esperei. Segundos depois, comecei a ouvir o tal homem careca, na ordem dos 40 anos, vestido com uma farda totalmente azul de oficina ou fábrica, chamar o meu cão!!! Disparou-me o coração.
Quando o Sushi chegou ao pé de mim, já o homem lhe agarrava no peitoral, puxando-o para a direcção oposta à qual nós tínhamos vindo. (em direcção ao estacionamento mais próximo).
De rompante, apareci na frente dos dois e o resto não conto...só que o Sushi está aqui ao meu lado a dormir neste momento. Já "aquele" animal não sei.
Como existem pessoas capazes de tudo, fica o aviso!   

terça-feira, 13 de maio de 2014

Village Underground Lisboa - quando trabalhar é um prazer


Foi no passado sábado dia 10 de Maio, que não pude ir à inauguração de um dos espaços mais originais de Lisboa.
O Village Underground Lisboa é um espaço de escritórios para a indústria criativa construído com contentores marítimos e dois antigos autocarros da Carris.

Este conceito inovador diz respeito a uma plataforma internacional para a cultura e para a criatividade, que existe em Londres desde 2007 e que agora chegou a Lisboa. Pretende criar-se uma rede de espaços de produção e troca culturais, que sirva, igualmente, de palco para as mesmas. No centro deste conceito estão dois espaços distintos: um espaço de trabalho e um espaço cultural. 
Os ateliers de trabalho são montados numa estrutura de contentores marítimos e autocarros desactivados da Carris, tratados e preparados para serem ocupados por profissionais de indústrias criativas cuja renda tem um preço acessível. 
Em Lisboa, nesta primeira fase de construção, o VU tem 60 lugares disponíveis, distribuídos por 14 contentores marítimos e dois autocarros de dois andares, cujo desenho arquitectónico é bastante original. 


Numa segunda fase será construído o espaço cultural multi-funcional, palco de concertos, exposições, teatro, conferências, em co-produção com o VU Londres, servindo igualmente de plataforma de promoção dos próprios artistas que habitam e circulam entre VU Londres, Lisboa e Berlim.
É um projecto inédito em Portugal, inserido numa rede europeia e em expansão. 
Promove a produção cultural e a criatividade contemporânea ao mesmo tempo que promove o património e a memória histórica não só dos transportes públicos (ao serem reutilizados) e dos contentores marítimos (imagem típica de uma Lisboa portuária) mas também da cidade de Lisboa.
O VU assenta na reutilização, reconstrução e regeneração de espaços degradados ou em desuso da cidade onde se instala. Este aspecto, por sua vez, acaba por se estender, de forma natural, à área envolvente, dando origem a novos bairros e comunidades e, assim, novas oportunidades culturais e económicas. 
Desta forma, tendo sempre em mente a preservação e conservação de estruturas existentes, do seu valor patrimonial e da sua atmosfera, dá-se uma nova vida a espaços cuja única destino seria a progressiva degradação com o tempo.

 
Pretende-se que seja palco não só de espectáculos de música, mas também adaptável a outras manifestações culturais como palco de teatro, cinema, exposições, espaço de conferências.
O VU destina-se também a profissionais estrangeiros a residir em Portugal temporariamente que deste modo se juntam aos residentes habituais do VU e, com eles podem trocar experiências e aproveitar os recursos materiais e as capacidades mútuas.

 

O intercâmbio e a colaboração, aos mais diversos níveis é um aspecto fundamental do projecto. Acredita-se, no VU, que é desta troca e convivência que nascem os projectos mais inspirados e originais.
Em Lisboa o VU vai ser implantado dentro das instalações do Museu da Carris, tendo a Carris como um dos seus parceiros, e em co-organização com a Câmara Municipal de Lisboa.
É tempo de Lisboa se chegar à frente!!

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Long Live Rock 'n' Roll nº52


Estou numa fase bastante morna no que diz respeito à minha relação com a música. Por vezes sinto a necessidade de fazer um reset, para organizar os sentidos e dar espaço para que os meus ouvidos se tornem o mais selectos possível. Nestas alturas desvio um pouco o meu foco, e torno-me bastante mais ecléctico. Procuro ouvir um pouco de tudo. Por exemplo: na semana que passou-me pelos ouvidos coisas como os primeiros álbuns de Offspring, um live set no Boiler Room de DJ Ride, o álbum novo de PAUS, os singles novos de Radio Moscow e Black Keys, e por fim fui aterrar num mundo desconhecido para mim, o sub-solo do hip-hop dos Snowgoons...
No entanto, são os White Denim que me continuam a acompanhar diariamente. Grandes!!
Os tempos que se avizinham vão ser ricos em edições e concertos, logo vou andar com uma vida sonora um pouco apeada.
Estava indeciso, mas hoje escolhi falar-vos dos Black Lips.


Talvez devido ao meu estado de espírito não ser o melhor ultimamente, procurava algo mais simples e directo que não me transmitisse grandes sentimentos, mas sim a parte mais crua da coisa. E com a vinda do bom tempo acertei em cheio nesta mescla entre Ramones, Beatles e punk/rock empoeirado que brota de uma qualquer garagem de miúdos.
Direitinhos ao próximo Paredes de Coura 2014, a banda de Atlanta, Georgia, formada em 1999 e que começou por se destacar localmente pelas suas apresentações classificadas como selvagens. Situada dentro do indie rock, a sua música é rotulada de diversos estilos, como garage rock, lo-fi, surfer music, surf sock e punk rock.
Cole Alexander (vocais/guitarra), Ben Eberbaugh (guitarra), Jared Swilley (baixo) e Joe Bradley (bateria) lançaram os seus dois primeiros singles - 'Ain't Comin' Back' e 'Freakout' – em 2002. O grupo assinou com Bomp! Records para o lançamento do primeiro álbum. Porém, antes do lançamento do disco, Ben Eberbaugh faleceu num acidente, quando estava num carro estacionado num posto de abastecimento e foi atingido por um veículo dirigido por um motorista bêbedo.
O álbum de estreia, "Black Lips!", saiu em 2003. O guitarrista Jack Hines entrou para o lugar de Ben Eberbaugh e os Black Lips lançaram em 2004 "We Did Not Know the Forest Spirit Made the Flowers Grow", o seu segundo álbum. Após esse lançamento, Hines saiu da banda, sendo substituído por Ian Saint Pé.
"Let It Bloom", disco de 2005, saiu pelo selo da In The Red Records. A partir de 2007, os Black Lips passaram a lançar os seus álbuns pela Vice Records. O disco ao vivo "Los Valientes del Mundo Nuevo" saiu em Fevereiro daquele ano, e "Good Bad Not Evil", o quarto álbum de estúdio, em Setembro do mesmo ano.
A banda lançou em 2009 o álbum "200 Million Thousand". Dois anos depois saiu o "Arabia Mountain", disco que contou com a colaboração de Mark Ronson na produção de algumas faixas.
Depois deste debitar de álbum atrás de álbum, surge finalmente aquele que me tem ocupado mais a setlist "Underneath the Rainbow", o sétimo álbum da banda, foi lançado em Março de 2014.
Adianto o single:
Com a qualidade garantida desta grande banda, fica a minha sugestão para esta primavera ensolarada.




quinta-feira, 8 de maio de 2014

Era uma vez no Cartaxo...


Para putos estúpidos como eu, quando então o éramos, mas mais novos, houve um certo local no Cartaxo que nos marcou. A nós e à vida daquela cidade rural.
Para os cartaxeiros da minha geração, é incontornável, quando falamos da nossa juventude, falarmos do local mais boémio de sempre por aquelas bandas. O Café Flamingo.
Assim, podemos afirmar que existiu um Cartaxo pré e pós Flamingo.
Deveria ter eu os meus 14 /15 anos, quando já o café Flamingo existia no local de sempre. Contudo, nessa altura, era um café a evitar por quase todos os habitantes da cidade. A contar pela sua má reputação e freguesia, ligada principalmente ao álcool e às drogas. Era uma espécie de ponto de encontro da carochada ali do sítio, que devia facturar mais em tráfico e consumo de material ilícito do que no seu serviço como café. Nesta mesma altura, os jovens estudantes, encontravam-se nos cafés circundantes à escola secundária, mas muito divididos por rótulos.
Adiante. 
Pouco tempo depois, surgiu assim do nada, a notícia de que o Flamingo teria mudado de gerência, para três irmãos bem conhecidos da malta (visto que os três abrangiam todas as gerações de jovens do Cartaxo, pelas suas idades). No entanto, como a imagem do anterior local não era a melhor, o que vos vou falar a seguir não se passou de um dia para o outro, mas durou uns 5 anos.
Aos poucos, o "passa palavra" começou a fazer-se sentir por toda a cidade e arredores, e em poucos meses o café Flamingo passou a ser "o café" dos jovens, e muito mais que isso. Nesta altura, lembro-me que todos os caminhos iam dar ao Flamingo. Era uma espécie de santuário, para onde, principalmente os estudantes, faziam a sua peregrinação. Nunca antes um café no Cartaxo fora tão consensual. Na hora de combinar um sítio para conviver, jogar matrecos, setas, cartas, arcade, beber umas, lanchar...era o Flamingo que saltava sempre da boca das pessoas. Era vê-lo sempre bem composto, desde a hora de almoço até largas horas da noite. Assim, o roteiro de vida de um simples jovem do Cartaxo ou arredores, independentemente do seu rótulo, idade, religião, estado civil...era mais ou menos o seguinte (e digam-me se tiver enganado):
Acordar, Flamingo, escola, flamingo, jantar, flamingo. Depois variava muito do que fazias da tua vida, mas o Flamingo era a maior parte dela. Quando querias encontrar alguém, adivinha onde a encontravas de certeza?
O sucesso e boa onda do local era tal, que já se começava a ver pessoal de outras terras por ali a toda a hora. Estava sempre bem composto, mas as noites de fim-de-semana e as noites de verão...eram atípicas para qualquer regular café. Só para terem uma noção: o café não era assim tão grande, e vazio, para se chegar de uma ponta a outra, demoraríamos cerca de 10 segundos. Nestas noites, multiplica esses 10 segundos por 10. Acontecia ver pessoal que se perdia do grupo de amigos dentro do estabelecimento. Para se ir à casa de banho era como estar na fila para o peixe ao sábado de manhã.
Grandes episódios recordo ali. Torneios de matrecos, tardes solarengas de "sobe e desce", pessoal passado com a máquina dos jogos por perder no "King of Fighters", mas era na hora do pessoal do staff afastar os fantasmas do passado do local que tudo se tornava épico. Eram expulsos de várias formas, e sempre muito mais rápido do que haviam entrado, mas lembro-me de uma em que o sujeito levantou voo desde cima da mesa de matrecos, aterrando em plena estrada nacional, sem nunca ter metido os pés no chão pelo caminho.
Numa missão quase impossível, o café Flamingo conseguiu reunir e unir os jovens do Cartaxo num único sítio. Como nenhum outro antes e até hoje conseguiu.
Infelizmente, como tudo o que é de bom naquela terra tem um fim, também o Flamingo o teve. E a partir de então, arrisco-me a dizer, ficou marcada a decadência de uma cidade que me viu nascer, e hoje está praticamente morta e da qual não me orgulho nada!
Para a "geração Flamingo" é normal que estas palavras vos digam tanto quanto a mim, porque foi neste local que fiz amizades, fortaleci outras, e senti a minha terra como nunca.
Belos tempos...  
      

terça-feira, 6 de maio de 2014

Paredes meias e porno nacional amador


Ao contrário do que a imagem documenta, viver num prédio tem as suas vicissitudes inerentes a teres a vizinhança separada da tua própria casa, por uma simples parede, tecto, ou chão.
Já não é a primeira vez que relato alguns factos do meu dia-a-dia, em conjunto com o dia-a-dia da minha vizinhança. Sempre que algo de divertido acontece por estas bandas, acho de bom tom partilhar convosco.
Ontem, tive o piso onde vivo transformado num estúdio de gravações. Passei todo o dia a ouvir: "Atenção. Silêncio. Tá a gravar!". Depois era um grupo de pessoas aos berros, repetindo as suas deixas vezes sem conta...ao final do dia já eu sabia todo o texto de cor. 
Ainda hoje me pergunto: "seria uma campanha publicitária para o Imovirtual?".
Assim, as entradas e saídas de casa ficaram condicionadas aos "entre takes". Sempre que alguém me avistava a sair ou entrar de casa, aprontava-se a avisar para que os actores se calassem e a acção fosse cortada de imediato. Depois suspeitei que se tratasse de um daqueles famigerados filmes nacionais para adultos, visto que o andar onde as gravações se desenrolaram está vago para arrendamento...(granda pinta, ir ao xvideos e ver um filme porno nacional quase em minha casa).
Depois, com o anoitecer, tudo voltou ao normal. O silêncio e a tranquilidade que caracterizam este prédio voltou a fazer sentir-se.
Tinha reservado a noite para um regresso ao passado, em termos de cinema, com a visualização de um dos filmes da minha vida "Dirty Dancing", e sempre que isso acontece o contexto tem que ser o mais romântico possível, porque o filme assim o pede. Algures a meio do filme, quando Baby e Johnny Castle ensaiavam a sua dança triunfal, eis que surge uma voz feminina, extra filme, que se assemelhava em tudo a um porco na matança!! Alarmado com a situação sonora, desprendi a minha atenção do belo filme para me debruçar sobre esse efeito sonoro. E voltava a repetir-se, e bem mais audível e próximo. "Não acredito que ainda andam a filmar a estas horas...mas este pessoal não se cansa de acasalar", pensei eu para com os meus botões. Tratava-se de um monólogo em tons femininos. Um monólogo repleto de agonia, desespero, raiva, fúria, medo, pânico...nenhum deles se encaixava num roteiro de filme porno nacional. Finalmente o ser feminino voltou a gritar pela última e derradeira vez, calando-se para sempre, na altura em que o Johnny Castle se despedia de Baby, numa das cenas mais emocionantes do filme.
Penso que ninguém matou ninguém, nem no filme que dava na minha TV, nem no que se passava para lá da porta de minha casa. Pelo menos não deu nada nos noticiários hoje.
Como eu via o "Dirty Dancing", suspeito agora que alguém meu vizinho via o "Pesadelo em ElmStreet" e achou estranho ouvir música romântica dos anos 80 pelo meio.   

segunda-feira, 5 de maio de 2014

OUTJAZZ 2014, até jazzzz


À imagem e semelhança de anos passados, o MEO OUTJAZZ volta a fazer dos finais de semana na capital, finais de dia bem mais agradáveis que o habitual.
Já o ano passado, por esta altura, dei conta deste evento singular nos meses quentes em Lisboa. Este ano volto a trazer-vos este programa, ideal para que a diversão e o bem-estar andem sempre de mãos dadas.
Atenção que este ano existem algumas alterações em termos de locais da realização do evento. Por isso, debrucem-se sobre isto:

 

O ano transacto trouxe o OUTJAZZ aqui mesmo à porta de casa, este ano levou-o mais para junto dos jardins do oceanário de Lisboa. Uma questão de arranjar uma bina e dar ao pedal até lá. A praça do Martim Moniz volta a ser o plano central deste evento. Mas basta-nos estar atentos porque o Meo Out Jazz estará em locais como a Mata de Alvalade, o Cais das Colunas, o Miradouro do Torel, a Escadaria da Bica, entre outros.
Pelo Meo Out Jazz 2014 vão passar mais de 400 músicos, em concertos que tantas vezes ultrapassam o jazz.
Se nunca experimentaram, tentem fazer a seguinte experiência: depois de um belo dia de praia entre amigos, sigam para um dos locais acima mencionados, e sintam a boa onda que paira na atmosfera deste evento. Fica a sugestão!

sexta-feira, 2 de maio de 2014

#somostodosbenfiquistas


Como já devem ter reparado, não gosto de falar sobre futebol. Nem aqui nem em lado nenhum, porque de certo modo, estou farto!
No entanto, abro hoje aqui uma excepção, para vos falar um pouco sobre o que foi a minha noite de ontem, e de tudo o que senti, relativamente ao clube que me tem acompanhado pela vida. O meu Benfica.
Como todos estão bem lembrados, o Benfica, nos últimos 20 anos, foi um clube completamente diferente de um tal Benfica que eu nunca tive prazer de conhecer. Aquele que os mais velhos apontavam como o clube português que ganhava quase tudo, ano após ano, e que carregava o seu símbolo ao peito de milhões de portugueses por todo o mundo. Aquele Benfica do Eusébio, Chalana, Simões, Coluna, Toni, Torres, Bento, Mozer, Humberto Coelho, Ricardo Gomes...o das finais europeias, das conquistas além fronteiras...tempos que me escaparam alguns anos por apenas começar a perceber e ver futebol, no fim dessa fase gloriosa. 
O Benfica que eu cresci a ver jogar, era o Benfica que perdia sempre com o Porto, que ficava em 3º ou 4º, que nunca ia longe na Europa do futebol, que chegou a ser humilhado em Vigo, o Benfica do Bossio, Pringle, Fernando Aguiar, Hassan... Ou seja, nada do que eu via correspondia minimamente ao que ouvia.
Mesmo assim, numa geração desastrosa para o meu clube do coração, o nervosismo teve sempre lá, a emoção e o sofrimento. Mesmo que chorasse mais vezes do que festejava...
Tudo isto para vos dizer que ontem, e já de há alguns anos para cá, 28 anos depois, começo a compreender exactamente o que é ser um benfiquista que vibra com as vitórias e conquistas. Tenho assistido ao acordar do monstro adormecido! E ontem, com os olhos colados ao ecrã, voltei a sentir aquela emoção e nervosismo que não sentia desde o 3-6 em Alvalade.
Se é isto que um benfiquista sente, sempre que o seu clube arrecada conquista após conquista, vitória após vitória, o meu pai tinha razão!
Ser benfiquista não é ser melhor nem pior. Simplesmente é ser diferente. E nada me enche mais de orgulho, do que ver amigos meus ferrenhos de Sporting e Porto, fazerem uma vénia ao meu Benfica, reconhecendo a sua supremacia, e demonstrarem um pouco da sua costela benfiquista. 
Porque convínhamos, lá no fundo todos os portugueses são benfiquistas!!