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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

O Inverno como arguido


Não quis ser cruel para com o meu querido Inverno, ainda aguentei, aguentei, mas não me deixas alternativa senão chamar-te à razão!
Anda aqui uma pessoa a dizer que é do Inverno, a elogiar-te como a nenhuma outra estação, e "tu" este ano decides transformar os meus dias em tormentos caseiros.
A esta altura já a maior parte das pessoas que me lêem estão a pensar "Vez Barão, não há nada como o Verão", e pela primeira vez tenho que lhes dar razão. Nunca houve outro ano em que a minha pessoa desespera-se pela chegada rápida do popular Verão. Eu explico-vos porquê: é que uma coisa é passar um Inverno frio, seco, ventoso, mas solarengo. Outra coisa é passá-lo, a par com o Outono, durante 3/4 meses, onde o Sol emigrou e a chuva ocupou o seu lugar a tempo inteiro. 
Não percebes que o pessoal não anda bem das suas vidas, pelos problemas financeiros que ultrapassamos, e só "tu" (e o Benfica) terias a capacidade de amenizar essa tormenta? Deixarias a chuva abundante de lado finalmente, porque não vejo outra coisa há meses, e trazias o "gostoso" frio e o tempo seco, pulverizado com rasgos solares...é que já vi os filmes todos e a malta, parecendo que não, andava na rua com outra cara.
Já para não falar do Sushi, esse sim, traz a infelicidade estampada no rosto sempre que chega a hora de ir à rua. Não percebes que o povo português, já de si cinzento, precisa de ver cores vivas no céu para tocar as suas vidas no dia-a-dia, e deixar de se recolher em casa a toda a hora? Pois que conheço muita gente que deixa de fazer isto e aquilo em função do tempo que faz lá fora. Para mim chuva é chuva, e não o fim do mundo como para certas pessoas, mas convínhamos, o que é demais cheira mal.
Agora já chega, temos água para sobreviver nos próximos 5 Verões. E os mares precisavam de amainar, para que os pescadores possam pescar, para que o peixe nas lotas não esteja tão inflacionado. E os relvados que não aguentam mais água e não deixam rolar a bola, logo as pessoas não tão para perder tempo com pontapés para a frente. E os rios que isolam localidades e as crianças gostavam de voltar às escolas de autocarro. E as pessoas que gostam de passear. E as estradas que estão perigosas para quem viaja diariamente para ganhar o seu. E as flores que estão a morrer afogadas. E as andorinhas que tardam em visitar o nosso país por lhes não chegar boas novas cá deste lado, e as senhoras que querem os seus penteados em aprume ...
Enfim, tudo tem um limite. E ou "tu" paras de chorar, ou eu vou ter que te difamar e transferir os meus elogios para o tempo que faz agora no Brasil.
Já que não posso ser eu a escolher, escolhe "tu"!       

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