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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Kurt - a Cobaia do sucesso!


Hoje, se tivesses mais juízo farias 47 anos. Como não tiveste, deixaste um legado enorme por todo o mundo.
Quem é que nunca ouviu falar de Kurt Cobain? Sim, aquele rapaz bem parecido, vocalista de Nirvana, e que levava as suas fãs à loucura.
Neste post falo-vos da minha visão, experiência e sentimento, sobre este monstro do grunge.
Na altura em que Nirvana já era uma banda de referência no panorama roqueiro mundial, era eu ainda um petiz que ouvia coisas como o "atirei o pau ao gato", "as pombinhas da Catrina" ou qualquer faixa do Pedro Abrunhosa. No entanto, mesmo desligado do mundo rock e desconhecedor total da banda, era impossível naquela altura (meados de 1995, logo após o final da banda) andar na escola sem que o nome Nirvana, ou Kurt Cobain, fosse fazendo parte do nosso vocabulário no dia-a-dia. O resultado era simples: se querias ser um puto popular e irreverente, e pertencer ao grupo dos "fixes", tinhas que afirmar ouvir Nirvana ou venerar um tal de Kurt. E foi o que eu comecei por fazer.
Nessa altura apressei-me a arranjar uma cassete da banda, para me puder inteirar do que se tratava à medida que a fita rolava no meu novo Sony Walkman. Ainda assim, não fazia ideia de quem se tratava Kurt, apenas ouvia os suspiros inflamados das raparigas mais velhas quando se referiam a um rapaz de voz rouca e de cabelo comprido loiro. E foi precisamente aqui "cabelo comprido loiro" que a minha pesquisa se iniciou. Afinal urgia juntar um rosto à voz do MTV Unplugged que me chegava ao ouvidos todos os dias, e justificar, de uma forma culturalmente positiva, a minha farta cabeleira loira.
Um pouco mais tarde, já com os elementos todos reunidos, Nirvana, mesmo depois de ter acabado, tinha deixado um legado fortíssimo na minha geração de jovens, o que se percebe porque os tempos eram outros e quando a banda atingiu o seu esplendor em Portugal já não existia há algum tempo. Problemas com o delay da época.
Só um certo dia mais tarde tive a noção clara de que a banda  não tinha acabado só porque sim, mas porque o tal de Kurt tinha mandado um tiro na cabeça! Foi por ventura a primeira notícia chocante a que tive acesso na minha vida. 
Com isto, o meu entusiasmo pela banda não esmoreceu, mas foi algo abalado por um "movimento espiritual", levado a cabo por malta mais velha dos "fixes", que apenas com um copo conseguia(alegadamente) conversar com o morto Kurt, abrindo aqui um precedente fortíssimo para as histórias mirabolantes que vagueavam pelos intervalos da escola de boca em boca.
Agora à distância de alguns anos, sendo eu um pouco menos petiz, consigo perceber a loucura da altura, porque afinal era a maior banda de grunge da época, tinha um bacano bem parecido e rebelde a cantar letras mórbidas acompanhadas por uma certa anarquia instrumental. Era a atitude a grande responsável por todo aquele hype. Porque convínhamos, não era pela qualidade dos músicos em questão que a banda chegou ao topo. (se retirarmos o grande Dave claro).
Assim, olho para trás e para além do cabelo comprido loiro vejo um puto que se deixou influenciar pela moda do grunge, responsabilidade de Kurt Cobain, por quem ainda hoje nutro um sentimento de pena!
Se estivesses vivo o que seria de ti?

 

O incrível é que tantos anos depois ainda pareces vivo.



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