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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Selfies e afins!


A humanidade tem esta tendência incessante de me surpreender. Eu, que sou um verdadeiro conservador dos velhos tempos. A mim que me comove a forma como as pessoas se banalizam...
Como é mais que sabido, as selfies estão na ordem do dia. Não há ninguém que não tenho feito este ritual dos novos tempos. Afinal, tudo se resume a demonstrar ao mundo o nosso dia-a-dia, como somos bonitos e temos belos corpos, como somos gulosos, por onde andamos, o que compramos...tudo indica o caminho do Big Brother consentido e da auto-valorização. O escancarar da porta da nossa privacidade. O fim da milenar regateirice.
As redes sociais hoje, possibilitam e surgem como plataformas de alavancagem para o aumento da auto-estima, mesmo que esta muitas e muitas vezes tenha um tom brejeiro e descabido. Assim, lutar por um elogio já não faz sentido quando somos nós próprios que temos a capacidade de nos auto-elogiarmos. Tudo se tornou tão mais simples e fácil, quando carregando num botão somos como estrelas de TV, onde o elogio ou o desdém são separados por um "like" que nos enche o ego até transbordar. A ideia é mais ou menos esta: "Oh bolas, hoje ainda não dei conta de mim ao mundo!". 
Acaba por ser uma forma de dizermos a toda a gente que estamos vivos e estamos sentados em cima de um poleiro à espera que aplaudam.
Não censuro nada disto, mas falta-me por vezes compreensão para tentar perceber o porquê destes gestos tão insignificantes poderem significar tanto para tão boa gente. Realmente é mais prático, quando queremos mostrar aquele álbum de fotografias das férias a um amigo, e ele teve a possibilidade de o ver em directo. Existem casos em que dá quase para adivinhar o que a pessoa em questão vai fazer a seguir...é banal!
A meu ver os selfies mais engraçados e justificados são aqueles que não se resumem à egocentricidade do indivíduo, mas sim os que conseguem captar momentos ou contextos de realização colectiva.
O ridículo a que isto chegou começou na rainha dos selfies, Kim Kardashian, que não satisfeita com a popularidade da sua sextape caseira, decide diariamente que a sua cara já toda a gente está farta de ver, logo agora é vez que dar protagonismo ao seu... rabo!

 

Ok, nós homens agradecemos Kim, mas sabes que depois as outras mulheres também o querem fazer, o que pode ser perigoso. Esta moda de fotografar o rabo parece estar agora a chegar a Portugal, pelo que se espera um Verão repleto de nádegas.
Enfim, é o mundo em que vivemos, onde todos têm finalmente os seus 5 minutos de fama. Eu cá penso seriamente em começar a dar fama ao meu dedo mindinho do pé esquerdo. Acho que já merece depois de tantos anos a levar com os outros quatro dedos em cima.

Só não consigo muito bem perceber ainda uma coisa que me corroí o cérebro de tanto insistir: Como é que uma pessoa que está a dormir consegue tirar uma foto a si própria???
O verdadeiro enigma dos nossos dias...
    

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Quando o sofrimento é vício e prazer!


Esperei uma semana. Uma semana para que recupera-se a força para vos falar do que passei faz hoje 8 dias.
Projectada há mais de dois anos, apenas a precisar de umas pequenas afinações, as minhas novas tatuagens finalmente foram feitas. 
Na quarta feira por esta hora, estava eu ansiosamente à espera que a Sofia Ribeiro acabasse de tatuar uma bússola nas costelas, tatuagem que me deve a mim, pelo facto de eu a ter deixado tatuar na hora que me estava reservada. Ainda continuo à espera daquele "obrigado" que não saiu na hora de se despedir, e que tarda em chegar. Talvez por eu não ter um Mercedes. 
Como sou forte, ainda aguentei com as lamechices da Sra. Ribeiro durante quase 2 horas, algo que me corroeu o sistema nervoso de uma ponta à outra. Se ia nervoso? Naaa...só tive que esperar mais de uma hora ouvindo aquele trabalhar de máquina com agulhas como som de fundo.
Passado o pesadelo, veio, pensava eu, a melhor parte. A parte em que eu ia ser atendido pelo Mestre Luis Martins, e daria início a todo o processo de preparação para aquelas que seriam "apenas" três horas de "sofrimento prazeroso" (aquele que só conhece quem já tatuou). Passou tudo num ápice até ao momento em que me tive de deitar na marquesa ao som do tradicional rockabilly. 
Foi então que a minha viagem começou, eram 17:12. 
Como já sabia do que se tratava, sabia que os primeiros 20 minutos eram os mais dolorosos, e que depois tudo passava a ser mais tolerável. Com a vantagem de estar a ver o trabalho todo do Luis pelo espelho, a primeira hora e meia passou na boa, pois os temas de conversa debitavam mais rápido que a agulha a entrar e a sair da pele.
No fim do traço, parámos pela primeira vez, eram 18:53. Tempo para uma ida à casa de banho apenas, afinal ainda tinha muito que sofrer. Seguiram-se as sombras, as malditas sombras, que doem como tudo e que parecem, à vista desarmada, não alterar grande coisa.
19:48, nova paragem e sombras feitas. A cabeça começava a dar de si, estalando uma dor fininha em ambas as fontes de tanta tensão que eu colocava em cada agulhada. Novo chichi, ingestão de água, um pacote de leite e uma espreguiçadela, porque estar a fazer de estátua há duas horas e tal não é fixe para os ossos.
Entretanto, eu e o Luis ficámos sozinhos na loja, porque às 19:30 é hora de encerramento e a calma tomou conta daquele local. Naquele momento passou a ouvir-se um hip-hop bem rasgadinho, e o relógio marcava 20:22 quando voltamos ao trabalho, desta vez eram os mais rápidos preenchimentos, que segundo o Luis levariam apenas mais 40 minutos. Então serrei os dentes e preparei-me para a recta final (pensando eu).
A meio do preenchimento consegui perceber, através dos elogios ao seu próprio trabalho, que o mestre do oldschool se deliciava com aquilo que estava a fazer. Pudera, eu estava-lhe a dar um trabalho à sua medida. E aqui, percebera eu mais tarde, residiu o prolongar do meu sofrimento, que ao fim de 4 horas começava a ser delirante. Aproveito para pedir desculpas ao Luis mas não me recordo de nada do que falamos a partir daqui em diante, e até ao final...o corpo era de figura presente, e a cabeça quase explodia.
Eram 22:13 quando o Luis disse, como se lhe tivessem tirado o rebuçado, "Pedro, já está!". 
Nem queria acreditar!
5 horas depois, olhei ao espelho e reparei que tudo tinha valido a pena. Era como se o Luis tivesse entrado no meu cérebro e percebido tal e qual o que eu desejava. Afinal, parece que os melhores são assim. E quando se fazem as coisas por gosto também ajuda, sendo que ficámos ali umas horas valentes depois da loja ter fechado sem qualquer tipo de stress. Grande profissional!
O estranho é que hoje, e depois de todo aquele sofrimento traumático, olho para a quarta feira que passou com vontade de voltar a repeti-la. Começo a acreditar nos efeitos do "bondage".
Um vício difícil de controlar. 

PS: As horas foram decoradas ao milésimo, pois foram as vezes em que carreguei no telemóvel. Lembro-me como se fosse hoje. Fotos do resultado final? Sou tímido como sabem...

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Long Live Rock 'n' Roll nº48


De regresso às grandes descobertas, audições e a tudo o que possa rimar com música rock.
Vou-vos confidenciar um pecado meu, e o porquê deste delay entre posts deste tipo, é que sem me aperceber dei por mim nestas ultimas duas semanas a divagar pelo universo hip-hop, nomeadamente em redor do novo álbum de Kanye West...sem chances, não percebo o hip-hop.
Voltando ao som que me faz sobreviver neste mundo cruel, esta semana trago-vos uma coisa que fui tirar do baú, e que de vez em quando me visita como fonte de inspiração em momentos como este.
Falo-vos dos White Denim.


Esta é daquelas bandas que ainda não me conseguiram conquistar por completo, muito por culpa do seu "genealismo" os levar para locais sonoros fora da minha capacidade. No entanto, tiveram o condão de me conquistar apenas através de um singular álbum de seu nome "D". Oiçam, e ao fim de 5 minutos perceberão o porquê destes pequenos génios da música já terem um lugar ao sol.

Os White Denim são um trio, vindo de Austin, Texas, formado por James Petralli (guitarra e vocal), Steve Terebecki (baixo) e Joshua (bateria) .

É muito difícil incluir a banda num subgénero específico, mas são conhecidos por tocar várias influências de garage rock, dub, soul, rock alternativo, rock experimental, pós- punk, blues, rock psicadélico, folk com gravação baseada em casa, loopings de trabalho intenso e estruturas musicais incomuns.

A banda surge em 2005, como uma fusão entre duas bandas de garagem, nas quais constavam divididos os actuais membros deste power trio, que no início chegaram a ser um quarteto (e actualmente também!), mas com a saída de um dos elementos mudaram o seu nome para o actual. O novo line-up começou a tocar no circuito de bandas de Austin, com um som completamente diferente do que havia, e com uma atitude em palco nada comum para aqueles lados.



Hoje, alguns trabalhos depois e centenas de grandes concertos, espero-os em Portugal para ouvir e ver o mais recente trabalho do trio "Corsicana Lemonade". Acho que não é pedir muito!
Fiquem atentos a estes rapazolas de bom tom.


domingo, 23 de fevereiro de 2014

O fim da juventude sónica


Hoje, devido às circunstâncias do dia, encontro-me num limbo de melancolia e ansiedade, por isso é natural que o meu discurso soe um pouco a lamechas. Coisa que, de resto, faz parte do meu ser a ser altura da vida, e esta é uma delas!
Um pouco em jeito de retrospectiva de tudo o que tem sido a minha avida até ao dia de hoje, sinto-me um felizardo por ter passado por tudo o que passei, algo que me foi moldando uma personalidade da qual hoje me orgulho. 
Foi tudo tão rápido, passou tudo num ápice que agora compreendo aquele suspiro das pessoas mais velhas que me tentavam explicar que "a vida são dois dias e o Carnaval três", Ora, quando somos putos a tendência é para não dar-mos a mínima importância a este facto, limitando-nos (e muito bem) a pilotar, de forma inconsciente, aquela juventude sónica que nos foge entre os dedos.
No que me diz respeito, depois de pilotar uma juventude voraz, penso que até bem há pouco tempo passei por uma espécie de zona de aferição pessoal. Esta foi a fase em que tudo foi absorvido ao máximo, o bom e o mau, crivando o "trigo do joio". Esta foi também a fase que me possibilita hoje dizer que estou preparado para o seguinte, que é sem dúvida aquilo ao qual posso chamar de vida.
Até agora, sendo muito feliz, tenho a consciência clara de que o melhor da vida ainda me espera, e eu sinto-me ansioso por isso. Viver à séria não significa viver como se não houvesse amanhã, ao invés, significa estar finalmente preparado para VIVER a melhor fase.
Gostaria imenso de vos puder transmitir todo o entusiasmo que sinto sempre que penso nos projectos e objectivos a prosseguir num futuro próximo, que aliás pode ser comum ao simples mortal, mas a meu ver são realmente tudo aquilo para que me preparei durante estes 28 anos.
Agora é altura de ser um homenzinho e fazer-me à vida, procurar e escolher os melhores caminhos, sempre em mente com a arquitectura de tudo aquilo a que me predispus a alcançar através do caminho que tenciono pisar. Sei que no meio irão haver muitos atalhos, mas se tudo correr como o planeado, a VIDA em todo o seu esplendor já não me foge.
Já escolhi os "meus", já arquitectei tudo, já sei o que quero e o que não quero, ou seja, fiz o mais difícil...
Talvez esteja a ser muito vago, contudo aguardem só mais um pouco porque não tarda a chegada de boas novas deste lado.
Sou positivista sim senhor!!  

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Kurt - a Cobaia do sucesso!


Hoje, se tivesses mais juízo farias 47 anos. Como não tiveste, deixaste um legado enorme por todo o mundo.
Quem é que nunca ouviu falar de Kurt Cobain? Sim, aquele rapaz bem parecido, vocalista de Nirvana, e que levava as suas fãs à loucura.
Neste post falo-vos da minha visão, experiência e sentimento, sobre este monstro do grunge.
Na altura em que Nirvana já era uma banda de referência no panorama roqueiro mundial, era eu ainda um petiz que ouvia coisas como o "atirei o pau ao gato", "as pombinhas da Catrina" ou qualquer faixa do Pedro Abrunhosa. No entanto, mesmo desligado do mundo rock e desconhecedor total da banda, era impossível naquela altura (meados de 1995, logo após o final da banda) andar na escola sem que o nome Nirvana, ou Kurt Cobain, fosse fazendo parte do nosso vocabulário no dia-a-dia. O resultado era simples: se querias ser um puto popular e irreverente, e pertencer ao grupo dos "fixes", tinhas que afirmar ouvir Nirvana ou venerar um tal de Kurt. E foi o que eu comecei por fazer.
Nessa altura apressei-me a arranjar uma cassete da banda, para me puder inteirar do que se tratava à medida que a fita rolava no meu novo Sony Walkman. Ainda assim, não fazia ideia de quem se tratava Kurt, apenas ouvia os suspiros inflamados das raparigas mais velhas quando se referiam a um rapaz de voz rouca e de cabelo comprido loiro. E foi precisamente aqui "cabelo comprido loiro" que a minha pesquisa se iniciou. Afinal urgia juntar um rosto à voz do MTV Unplugged que me chegava ao ouvidos todos os dias, e justificar, de uma forma culturalmente positiva, a minha farta cabeleira loira.
Um pouco mais tarde, já com os elementos todos reunidos, Nirvana, mesmo depois de ter acabado, tinha deixado um legado fortíssimo na minha geração de jovens, o que se percebe porque os tempos eram outros e quando a banda atingiu o seu esplendor em Portugal já não existia há algum tempo. Problemas com o delay da época.
Só um certo dia mais tarde tive a noção clara de que a banda  não tinha acabado só porque sim, mas porque o tal de Kurt tinha mandado um tiro na cabeça! Foi por ventura a primeira notícia chocante a que tive acesso na minha vida. 
Com isto, o meu entusiasmo pela banda não esmoreceu, mas foi algo abalado por um "movimento espiritual", levado a cabo por malta mais velha dos "fixes", que apenas com um copo conseguia(alegadamente) conversar com o morto Kurt, abrindo aqui um precedente fortíssimo para as histórias mirabolantes que vagueavam pelos intervalos da escola de boca em boca.
Agora à distância de alguns anos, sendo eu um pouco menos petiz, consigo perceber a loucura da altura, porque afinal era a maior banda de grunge da época, tinha um bacano bem parecido e rebelde a cantar letras mórbidas acompanhadas por uma certa anarquia instrumental. Era a atitude a grande responsável por todo aquele hype. Porque convínhamos, não era pela qualidade dos músicos em questão que a banda chegou ao topo. (se retirarmos o grande Dave claro).
Assim, olho para trás e para além do cabelo comprido loiro vejo um puto que se deixou influenciar pela moda do grunge, responsabilidade de Kurt Cobain, por quem ainda hoje nutro um sentimento de pena!
Se estivesses vivo o que seria de ti?

 

O incrível é que tantos anos depois ainda pareces vivo.



terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

O azul é a cor mais "controversa"


Já vos habituei aos posts relativos aos grandes filmes que tenho visto. 
Hoje, e mais que nunca, trago-vos uma sugestão (obrigação) daquele que mais que nenhum outro, ultimamente, merece este lugar de destaque no meu blogue.
"Blue is the warmest color" aka "La vie d'Adèle".
É normal que a maior parte de vós nunca tenha ouvido falar desta fita, muito por culpa das investidas publicitárias hollywodescas que absorvem todo o espaço para o verdadeiro cinema de qualidade. A culpa não é vossa, mas sim do mundo em que vivemos. Tenho a certeza que este, se fosse um filme de Hollywood, ganharia de olhos fechados todos os prémios internacionais a este respeito, e em várias categorias. Assim, resta-lhe ir arrecadando prémios como o melhor filme do festival de Cannes 2013...e finalmente, a nomeação para o Oscar de melhor filme estrangeiro.
Quando ouvi falar que tinha sido este o filme a ganhar Cannes, e depois de ver o cartaz/trailer, pensei "Pronto, lá vem filme à minha medida". E acertei em cheio!!
Não pensei em actores ou actrizes conhecidas, porque nenhuma das estrelas de Hollywood teria estofo para desempenhar papeis destes como estas duas jovens desconhecidas, até então. Contem sim, com um filme de 2 horas e tal, que vos vai destruindo e instruindo a alma à medida que as cenas se vão desenrolando. 
A comentar o filme com um amigo, disse-lhe o que vos vou dizer agora: é um filme cru e duro, que retrata a vida tal qual como ela é: crua e dura.
Sem levantar muito o véu, o filme traz-nos a história de uma adolescente francesa que no seu dia-a-dia vai descobrindo a sua orientação sexual, através de todas as experiências que vai tendo. Até que um dia decide entrar num bar gay e se apaixona loucamente por outra rapariga. A partir daí, Adèle vive todas as fazes de uma relação amorosa comum, todos os altos e baixos, até que...
Não percam isto por favor:



Grandes papeis, grande argumento, grande dilatador de mente e grande grande filme!! 

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

O Inverno como arguido


Não quis ser cruel para com o meu querido Inverno, ainda aguentei, aguentei, mas não me deixas alternativa senão chamar-te à razão!
Anda aqui uma pessoa a dizer que é do Inverno, a elogiar-te como a nenhuma outra estação, e "tu" este ano decides transformar os meus dias em tormentos caseiros.
A esta altura já a maior parte das pessoas que me lêem estão a pensar "Vez Barão, não há nada como o Verão", e pela primeira vez tenho que lhes dar razão. Nunca houve outro ano em que a minha pessoa desespera-se pela chegada rápida do popular Verão. Eu explico-vos porquê: é que uma coisa é passar um Inverno frio, seco, ventoso, mas solarengo. Outra coisa é passá-lo, a par com o Outono, durante 3/4 meses, onde o Sol emigrou e a chuva ocupou o seu lugar a tempo inteiro. 
Não percebes que o pessoal não anda bem das suas vidas, pelos problemas financeiros que ultrapassamos, e só "tu" (e o Benfica) terias a capacidade de amenizar essa tormenta? Deixarias a chuva abundante de lado finalmente, porque não vejo outra coisa há meses, e trazias o "gostoso" frio e o tempo seco, pulverizado com rasgos solares...é que já vi os filmes todos e a malta, parecendo que não, andava na rua com outra cara.
Já para não falar do Sushi, esse sim, traz a infelicidade estampada no rosto sempre que chega a hora de ir à rua. Não percebes que o povo português, já de si cinzento, precisa de ver cores vivas no céu para tocar as suas vidas no dia-a-dia, e deixar de se recolher em casa a toda a hora? Pois que conheço muita gente que deixa de fazer isto e aquilo em função do tempo que faz lá fora. Para mim chuva é chuva, e não o fim do mundo como para certas pessoas, mas convínhamos, o que é demais cheira mal.
Agora já chega, temos água para sobreviver nos próximos 5 Verões. E os mares precisavam de amainar, para que os pescadores possam pescar, para que o peixe nas lotas não esteja tão inflacionado. E os relvados que não aguentam mais água e não deixam rolar a bola, logo as pessoas não tão para perder tempo com pontapés para a frente. E os rios que isolam localidades e as crianças gostavam de voltar às escolas de autocarro. E as pessoas que gostam de passear. E as estradas que estão perigosas para quem viaja diariamente para ganhar o seu. E as flores que estão a morrer afogadas. E as andorinhas que tardam em visitar o nosso país por lhes não chegar boas novas cá deste lado, e as senhoras que querem os seus penteados em aprume ...
Enfim, tudo tem um limite. E ou "tu" paras de chorar, ou eu vou ter que te difamar e transferir os meus elogios para o tempo que faz agora no Brasil.
Já que não posso ser eu a escolher, escolhe "tu"!       

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Dia Europeu dos namorados com disfunção eréctil


Antes do que aí vem, deixo aqui os meus votos de um feliz dia dos namorados, a todos os pombinhos que o celebram esta sexta feira. Que tenham um dia repleto de carinho, amor, paixão, passarinhos a cantar, arco-íris, póneis, unicórnios, ursinhos carinhosos, miminhos, cupidos e tudo o que o amor possa englobar!
Para uma pessoa racional como eu, e que gosta de ver o que está por detrás do sucesso de tudo, o dia de hoje é talvez o que melhor traduz o poder e a influência que os "senhores dos negócios" têm sobre as diferentes sociedades. Com este enorme hype que foi criado em torno deste dia, por todas as fontes de difusão do poder, o Zé Povinho é quase que enfeitiçado a gastar umas coroas, para simplesmente agradar à sua cara metade e ficar bem na foto.
Quem esfrega as mãos de satisfação é o comércio e a restauração. Esta máquina de consumismo em que esta sexta feira se tornou, enche os cofres principalmente de restaurantes. Ai ainda não tinham reparado que neste dia os restaurantes fazem grande parte da receita mensal? Então tentem a todo o momento fazer uma reserva em qualquer restaurante da capital e obterão uma resposta engraçada. E depois, nesta noite ainda foi criado aquele preconceito de só poderem comer fora casais, sejam eles de que tipo forem, porque agora o leque é mais alargado. Se tiveres a pensar ir jantar fora com um amigo nesta noite, corres o sério risco de te chamarem gay, ou de comeres numa mesa à luz das velas!
Imaginemos que uma pessoa solteira que sai tarde do trabalho e não tem jantar em casa, morta de fome e com tendência a depressões, pensa em jantar fora. O que fazer numa noite como esta?
Agora mais a sério, este é um dia que me passa completamente ao lado, desde as lamechices ligadas ao dia dos namorados, bem como aos problemas que podem atormentar a vidas de tais pombinhos, neste dia europeu da disfunção eréctil. 
Portanto, e por tudo isto, desconfio que os extra-comunitários irão ter um dia dos namorados bem mais activo e feliz que os demais europeus!    

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

O "hábito" faz o monge e boca sã !!!!!!


Hoje estou especialmente feliz. E tudo graças a vocês!
Bastou-me fazer um post sobre leggings femininas e divulgá-lo com uma foto bastante sugestiva, para que o post de ontem passasse a ser o mais visto de sempre por estas bandas, com nada mais nada menos, do que 259 visualizações até ao momento.
(Desculpa Pipoca se te faço rir com estes números, mas ainda não tive imaginação para fazer um post sobre a moda das burkas entre o jet7).
Hoje também tenho uma foto bastante sugestiva, que vai de encontro ao objecto a dissecar neste espaço. O petiz da foto podia muito bem ser eu aquando da minha infância cor-de-rosa, mas depois reparei que este ainda usa fraldas...
Enfim, a minha última reunião de amigos e amigas, levou-me a relembrar um dos hábitos mais próprios do meu EU, e que quase sempre passa impune aos olhares mais próximos, mas que desta vez foi como se algumas pessoas me vissem nu pela primeira vez em suas vidas!
Certo é que eu, desde a flor da idade, tenho o hábito de lavar os dentes por todo o lado, ou por onde quer que seja, sendo a casa de banho apenas o meu ponto de partida e de chegada, numa viagem de cerca de 3 minutos pelo universo ao meu redor. Desta vez, na inocência do meu acto, e inconscientemente, resolvi viajar até à sala de jantar onde 13 dos meus amigos me olharam com um ar incrédulo (pelo menos os menos íntimos). Houve até quem dissesse mesmo "Aiii que nojo!!". Pensando bem, de facto não é uma prática nada comum entre os mortais. No entanto, não vejo onde possa estar o nojo de lavar os dentes em público. Não é, de certeza, a mesma coisa que "obrar" ou tomar um banho "checo" numa casa de banho pública!
Este meu hábito remete-me ao passado longínquo, quando eu ainda nem chegava ao lavatório, e a minha mãe me obrigava a tal tarefa enfadonha. Como sempre fui uma criança muito activa e faladora, o tempo que passava a lavar os dentes era como o tempo de espera para uma consulta numa qualquer urgência. Agora imaginem esperar pela mesma consulta 2 ou 3 vezes ao dia, todos os dias!!
Então, bem cedo, resolvi que lavar os dentes era uma tarefa completamente fazível em todos os contextos sociais domésticos. E sem que reparasse, parece que ficou até hoje.
Aquando de algumas críticas a este nível, tendo a responder sempre da mesma forma, deixando os demais a reflectir durante algum tempo, e depois a darem-me razão: "Já imaginaram quando estiverem no fim das vossas vidas, e se sentirem sós, o tempo que gastaram sozinhos entre quatro paredes a lavar os dentes, toda a vossa vida???" "As conversas que perderam, os sorrisos e lágrimas que vos passaram ao lado, o tempo que ficaram sem ver o rosto de quem mais amam...tudo por culpa de uma tarefa que tem tudo de higiénico e nada de íntimo?"
Já bastam as urinadelas e defecações para que uma pessoa gaste tempo sozinha entre 4 paredes!
Depois tem outras vantagens. Nunca vos aconteceu estarem a lavar os dentes e lembrarem-se de uma tarefa que tenham de realizar logo a seguir? Pois bem, enquanto eu vou concomitantemente fazê-la, vocês vão-se esquecer! Só um exemplo simples.
Pensando bem nos contextos mais originais em que já lavei os dentes, lembro-me aqui de 3 ou 4 de repente: durante um uníssono "parabéns a você"; festejando um golo do Benfica; num corredor de hotel; num avião...
Desculpem se vos desiludi com este meu hábito, mas ainda o farei no meu funeral, quando tiver 140 anos!
Esta é uma pequeníssima coisa, mas que demonstra muito sobre mim, entre as quais, o meu amor pela vida e a minha saúde oral.     

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Leggings: do sonho ao pesadelo num piscar de olhos!


Depois de muito tempo a aguentar, não consigo e tenho que explodir esta minha opinião sincera. Valha ela o que valer, pelo menos fico com a minha consciência tranquila por ter tentado lutar por um mundo melhor.
Como todos sabemos, a moda das leggings veio para ficar entre as mulhers. Há coisa de uns anos a esta parte, esta peça de roupa conquistou o público feminino pela sua comodidade, elegância e versatilidade. Arrisco mesmo afirmando que não existe mulher que não tenha um par delas no seu guarda-roupa. 
É vê-las no dia-a-dia com enorme elegância, em contextos mais descontraídos, no desporto, nas limpezas, na noite. Ao que parece todas são boas ocasiões para vestir esta peça de roupa.
Mais recentemente, começaram a aparecer leggings de diferentes tipos, como as de ganga(jeggings) ou de pele.
Eu pessoalmente, e como qualquer homem normal, aprecio muito esta peça de roupa, por ser extremamente sexy e ao mesmo elegante.
Mas atenção!!! Esta peça de roupa em mãos alheias pode tornar-se no maior pesadelo que alguma vez pairou sob o nosso planeta!!!!!
Com toda esta proliferação, a tendência foi para que toda a mulher, digna desse nome ou não, optasse por arriscar a sua compra, e consequente uso. Aqui o caso muda de feição drasticamente.
Seja magra ou gorda, alta ou baixa, torta ou direita, loira ou morena, XS ou XXL, toda a mulher usa leggings hoje em dia. Algo que me tem provocado alguns vómitos, ou mau estar extremo quando me deparo com aquilo que pode ser um problema grave de saúde pública daqui em diante. Facto este que me levou a constatar também, que hoje as "boas" leggings encontram-se em vias de extinção, tendo nós homens que escolher muito bem os locais para que possamos regalar a vista com o que é bom de se ver.
Posto isto, só me resta uma opção: zelar pelo bem estar masculino, ao levar a cabo uma petição, a ser assinada por todos os homens que se sintam ameaçados na sua integridade moral e visual, optando por legislar o uso das leggings nas mulheres. Assim, o objectivo é fazer chegar esta petição aos nossos governantes, para que nas lojas os funcionários façam, primeiro que tudo, uma avaliação minuciosa da cliente que pretende adquirir a tal peça, permitindo depois a sua compra, ou não. Mais: toda a informação necessária que balize as medidas e características da mulher que pode ou não comprar esta peça, passa obrigatoriamente a estar descriminada na etiqueta.
Sejamos sinceros, são nestas pequenas coisas que nos apercebemos que nem tudo o que um país democrático (com tudo o que a democracia acarreta) nos oferece é bom!

Uma coisa é uma coisa:


    

Outra coisa é outra coisa, completamente diferente:


Vamos lá zelar pelo bom gosto, e sensibilizar as mulheres menos aptas para não voltarem a sair à rua de leggings!!
Isto é um apelo, e cada like no facebook é equivalente a uma assinatura. 

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Quando uma praça de touros é muito mais atractiva!


Este mês, pelo menos a meu ver, a praça de touros do Campo Pequeno tem muito melhores coisas para oferecer do que as tradicionais touradas. 
Desta vez a praça de touros transforma-se numa espécie de hiper-restaurante, que convida as gentes a provar o que de melhor os melhores têm para nos deliciar.
Se começarmos pelo actual fim de semana, a oferta prende-se com o melhor chocolate que se faz em Lisboa. O título "O Chocolate em Lisboa" vai directo ao assunto, e deixa-nos a salivar por uma experiência como esta. Oferece toda uma panóplia de doces, cujo ingrediente principal é o chocolate, e que prima pela qualidade e pela originalidade das empresas do sector que residem um pouco por toda a nossa capital. Desde doces, bombons, tabletes, estado sólido, líquido, gelados, preto, branco, de leite, com licor...tudo vale para nos impressionar e despertar o guloso que há em cada um de nós. 
Por isso, se és guloso como o raio e se estás interessado em provar os chocolates que Lisboa tem para oferecer, sem apanhar com este massacre de chuva no lombo, dirige-te ao Campo Pequeno e baba-te!
Mas as calorias não ficam por aqui.
Já no próximo dia 20 e até 24 de Fevereiro, a praça de touros que este fim de semana é dos chocolates de Lisboa, alarga as suas portas ao mundo para receber os 10 melhores Chefs portugueses e as suas 10 melhores especialidades dos 10 cantos do mundo.
Aqui é muito mais a minha praia.
Com o mote "10 cozinhas, 10 Chefs, 10 experiências", cada Chef terá um menu de degustação por dia e diversos pratos inspirados no país.
A entrada custa 10 euros e cada euro dá direito a um vale com a identificação de cada um dos Chefs, que poderá ser descontado nos menus do dia. Assim, o chef Alexandre Silva vai dedicar-se a Itália, Bertílio Gomes a Marrocos, Chakall  ao Peru, Paulo Morais ao Japão, Marlene Vieira e João Sá  aos EUA, Kiko à Argentina e Vitor Esteves à dieta mediterrânica. 
Além de poder provar os menus de degustação com a assinatura dos Chefs, o público poderá ainda assistir a momentos musicais com animação de DJ set, participar numa festa exclusiva no sábado à noite e, envolver-se no Photorama, em associação com o portal Olhares.
Comidas do Mundo arranca dia 20 de Fevereiro às 18h (até às 24h). Nos dias 21, 22, 23 e 24 de Fevereiro o evento começa às 12h30.
Caso para dizer que Lisboa come a sobremesa antes do prato principal, durante este mês chuvoso de Fevereiro.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Sensação de dormir que nem um anjinho, sabes?


Hoje tive mesmo para não escrever nada. 
Ando um bocado ocupado a tentar perceber se gosto ou não de praxes académicas, se ando a ser enganado há anos quando compro um Donuts e este vem com menos o bocado do meio, se o Sporting vai jogar só com os juniores contra o Benfica, depois de não lhes terem sido atribuídos os 3 pontos pelo empate no último jogo...ando sem tempo para nada!
No entanto, e de uma forma bastante relaxante e tranquila, consegui alguns segundos para vos dizer que voltar a dormir na nossa cama de infância é talvez uma das melhores sensações do mundo!
Este fim de semana, alguns anos depois, voltei a dormir naquela que foi, é, e sempre será a minha cama preferida. Nunca tive outra que pudesse afirmar ser só minha, e como é óbvio situa-se em casa dos meus pais.
Não sou de estranhar muito as camas, nem tenho do que me queixar com o meu leito diário, mas voltei a dormir de uma forma que já não me lembrava ser possível. 
Falo-vos com este tom enternecedor porque estou a referir-me à cama que trato por tu, que me sentiu a crescer e ganhar peso ano após ano, que tem o formato do meu corpo de criança, que não me provoca dores no corpo, que me permite dormir 10 horas sem pausas...sim aquela na qual hoje já durmo com os pés de fora!!
Não sei explicar, mas para quem já não vive na casa dos pais há alguns anos, e que quando regressa dorme na mesma cama de sempre, sente o bem-estar absoluto que senti, só essas pessoas sabem realmente do que falo.
Se nos fosse permitido pernoitar no sítio onde "embrionámos" por 9 meses, penso que a sensação não seria muito diferente. Com a ligeira diferença de que quando acordasses, 9 meses depois, o mundo não seria o mesmo.
Quem me conhece até sabe que não sou grande apreciador de cama. Durmo o necessário, e não sou pessoa de ficar na cama a anhar horas e horas a fio, quando o mundo cá fora continua activo. Imaginem, quando estivermos perto do final das nossas vidas, quanto tempo passámos a dormir!!
A minha noite de sábado passado foi mítica.
  

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Quando uma omelete pode ser sushi


O post de hoje marca o meu regresso como Chef. Barão, e às grandes jantaradas de sushi aqui em casa entre amigos. Por isto, ao contrário do que podem pensar por não estarem convidados, este post não se direcciona exclusivamente ao meu grupo restrito de sortudos amigos e amigas. Muito para além disso, destina-se a todos os amantes de sushi em geral, porque hoje vou-vos falar de uma coisa comestível que o comum amante de sushi nunca sentiu passar no estreito.
Quem realmente aprecia e é conhecedor da comida tradicional japonesa, que vai muito para além do famoso sushi, percebe o que a palavra tamago (omelete japonesa) pode significar. 
Eu sou um dos sortudos que já teve o prazer de comer e aprender a fazer esta sublime iguaria nipónica. Mas a minha história com esta omelete não é a mais romântica, no entanto, teve um final feliz como podem ler de seguida.
Aquando da minha incursão pelo mundo da cozinha japonesa, que durou mais ou menos 6 meses, um dos separadores de aprendizagem (lá mais para o final do curso) consistia em confeccionar quentes, onde a até então desconhecida tamago estava inserida. Digo-vos desde já, que foi talvez o maior desafio e obstáculo de todo o curso. 
Na parte teórica que antecedeu a prática, foi-nos explicado que este era o ponto diferenciador de se ser realmente um sushiman de qualidade. A maior parte dos sushimans que laboram um pouco por todo o Portugal não faz ideia do que se trata, ou como se faz correctamente. A receita é mais ou menos consensual, a maior dificuldade é acertar na textura e no formato da omelete, que serve no sushi como um ponto de requinte. (a maior parte dos restaurantes japoneses que conheço e que têm esta iguaria, compram-na já pré-confeccionada, apenas a precisar de um calorzito).
Pois bem, voltando a mim, durou uma semana até conseguir acertar na mouche. Dezenas de ovos depois, deu-me um "click" que me serviu como ponto de diferenciação dos restantes alunos. Afinal, fui o primeiro a conseguir fazer a verdadeira omelete japonesa, da forma tradicional, o que me permitiu fazer apenas uma por dia e passar o restante tempo a dar aulas de omeletes aos meus colegas, ensinando-lhe o meu truque. 
Resultado: todos passaram com distinção na avaliação, e eu ainda almocei umas vezes à pála.
O mais interessante disto tudo, é que, desde então, nunca mais fiz nada do género, porque realmente em Portugal não se têm o hábito de fazer a omelete. Contudo, foi-nos transmitido logo que nos melhores restaurantes japoneses mundiais, era a primeira coisa que exigiam a um sushiman, como teste.
Quase dois anos depois, não sei porquê, a próxima sexta-feira marca a estreia deste pecado na mesa dos amigos do Barão. Com certeza que será uma agradável surpresa, porque duvido que tal estirpe de gente já tenha tido a oportunidade e o prazer de comer algo do género. Assim, se estás convidado e me estás a ler, aviso-te que a tua vida vai mudar após a ingestão da famosa tamago!



Como acompanhamento, entrada, nigiri, maki ou em fatias finas esta é daquelas coisas que toda a gente deveria comer antes de morrer. Se estás a pensar nisso entra em contacto comigo.

PS: Ah, quase me esquecia. A maior parte de vocês deve estar a perguntar "Então mas este gajo agora está a querer ensinar-me a fazer omeletes? Uma coisa que até um ser de 5 anos já sabe fazer!!??"
Pois...é feito com dois pauzinhos!!!!!!!