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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Afinal não sou assim tão velho...que desgraça!

Existe uma sensação que me tem perseguido toda a minha vida. Uma sensação que é pontualmente actualizada, sempre que vou ficando mais velho.
Não sei se vos é comum, mas eu quando atinjo uma idade ela não é realmente como eu a pensava há uns tempos atrás. Por outras palavras, lembro-me de andar na escola primária e olhar para os alunos da 4ª classe como quem olhava para uma pessoa com uma imensa história de vida, como um modelo a seguir. Lembro-me de pensar: " Ia os grandes são tão fixes (de 7/8 anos), quero ser como eles".
O mesmo se passava no clico preparatório, onde a diferença de idades já era maior, e este meu sentimento era mais amplo ainda. Sendo que os "grandes" tinham agora 15/16 anos, e eu apenas 9. Pensava que o tempo andava devagarinho e que nunca mais os alcançava, porque queria ter o respeito que estes transmitiam e o seu estatuto. Pois, estes tinham hábitos mais à frente que os meus, e eram, de novo, um modelo a seguir por todos.
Mas mesmo com esta idade, olhava para amigos meus que tinham 20 anos, e isso sim, ter 20 anos era ser "bué" adulto  com tudo o que isso acarretava. Idas à discoteca, responsabilidades...
Todo este mundo (dos "grandes), era um mundo que me fascinava. Contudo, com o passar dos anos e o meu natural alcance dessas mesmas idades, o meu fascínio foi-se transformando em desilusão. Porque afinal as tais vantagens e mudanças que essas idades, então longínquas apresentavam, não passavam de enganos. 
A ideia que tinha era que me tornaria numa pessoa completamente diferente devido ao avançar da idade. Hoje reparo que não existe maior mentira.
Assim, hoje, mais perto dos 30 do que dos 20, continuo o mesmo puto charila da há 10 anos atrás. A única diferença é que sou mais vivido, e isso sim me confere alguma vantagem em relação aos mais novos. De resto, não há grandes diferenças. 
A ver por amigos meus, que hoje já são pais mas continuam a ser os mesmos amigos que eu tinha no ciclo, por exemplo.
A pergunta que eu coloco é simples: Será que estas novas gerações de putos, pensam como eu pensava antigamente?
A meu ver, muito dificilmente. Até porque, parece que aquele respeito pelos mais velhos já não é o mesmo...
Contente fico por saber que com 50 anos, não os vou sentir. Assim como não sinto os 27 que tenho hoje!

Gostava de saber se partilham desta mesma sensação. Ajudem-me!

Sentir sensações é fixe e este Barão sente-as como ninguém...       

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