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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Da estante para as salas de cinema!


A minha paixão pelo cinema e pela literatura é enorme. Contudo, devido à massiva oferta e divulgação do mercado do cinema, torna-se muito mais fácil ver um bom filme do que ler um bom livro. Quando nunca ouviste falar daquele tal filme é só perguntares a alguém o que achou, e se for o caso de ser um bom filme: é ver!
No caso da literatura, para além de haver um universo muito mais vasto de escolha (experimentem entrar numa livraria para comprar um livro, sem terem ideia do que comprar), é muito mais complicado apanhar uma bela obra, ou um livro que te encha as medidas. Muitas vezes, arriscas às "escuras" naquele livro que até te parece bem, e depois tens que terminá-lo a ferros.
Este prazer bidimensional, pode ser muito ingrato, onde a  balança do cinema parece ganhar a léguas às estantes de livros. Ingratidão, pode ser também ela uma palavra utilizada para descrever uma obra literária que se encontra à largos anos arrecadada por entre o pó da biblioteca, sem nunca ninguém lhe ter tocado, e de um instante para o outro, passa a ser um best-seller. Este ponto de viragem é, na maior parte das vezes, alavancado pelo interesse de Hollywood em determinado livro que se encontrava inanimado na estante.
Não imaginam a frustração que sinto no fim de ver um grande filme, e mais tarde saber que era retirado de um livro. Pois, a meu ver, os livros são sempre melhores que os filmes. Retratam melhor história, já para não falar da intimidade que conferem ao seu leitor. No entanto, também existem filmes que conseguem absorver na totalidade a ideia do livro, e quando isto acontece é meio caminho andado para a nomeação ao Oscar.
Casos destes são enumeros, e não é preciso recuarmos muito, bastando olhar para as nomeações para os Oscars deste ano, onde 10 filmes nomeados partem de livros. Exemplos: "As aventuras de Pi" do autor Yann Martel; "Os Miseráveis" um clássico de Victor Hugo; "Argo" de António Mendez e Matt Baglio; "Anna Karenina" de Liev Tolstói; "Hobbit" de J.R.R. Tolkien...
Ao olhar para isto, ano após ano, sinto uma impotência devastadora, porque quem não gostaria de ter lido um destes livros antes de terem virado filmes? 
Sei lá, de repente lembro-me do "Último Samurai", "Sete Pecados Mortais", "O Padrinho"....desculpem tive que parar de enumerar os exemplos senão tinha um esgotamento. Que raiva!
Mas também, outras vezes me senti um felizardo por ter lido a obra antes de a ver nos ecrãs. Casos da série "A Guerra dos Tronos", "Marley e Eu", "Memórias de uma Gueixa" e "O grande Gatsby" protagonizado no próximo mês de Maio por Leonardo Di Caprio. Mas isto é apenas um gota no oceano, e por isso não me posso sentir feliz.
Neste preciso momento estou a tentar encontrar o meu próximo companheiro de tempos mortos, e não me consigo decidir, porque queria descobrir algo que daqui a um tempo fosse um estrondo no cinema. 
Ainda mais frustrante é que, de um segundo para o outro, aquele livro que transmitia uma certa magia, é de tal forma mal adaptado ao cinema que mais ninguém lhe pega. Afinal, a partir do momento que este passa para cinema, a sua imagem ficará para sempre a ser aquela que passa nos ecrãs. Até a capa do livro muda...
Fica aqui combinado: quando eu encontrar "aquele" livro bombástico que, de certeza, dará um não menos bombástico filme, aviso!

Este Barão, a queimar pestanas desde 1985...  

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