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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Futebol: a decadência do controlo remoto



Desde sempre que oiço falar que o futebol é o desporto do povo. E que por isso, é também ele um dos assuntos mais comentados no quotidiano do Zé Povinho.
Todos nós, sendo parte integrante de um grupo extramamente heterogénio, detemos pensamentos e opiniões completamente distintas do nosso melhor amigo. Uns são do Benfica, outros do Porto, Sporting, Braga...mas todos nós temos uma coisa em comum: o gosto pelo desporto rei.
Algo que nos entrega em mão um convite à crítica desmesurada daqueles que mais admiramos, e detestamos neste desporto. Sejamos nós: pedreiros, electrecistas, advogados, doutores, desempregados, heterosexuais, homosexuais, filhos únicos, loiros, magros, altos, deficientes...
Tudo isto confere ao desporto rei um dia-a-dia muito intenso na praça pública.
Até aqui tudo bem, e eu sou o primeiro a gostar de assitir a um bom bate-boca entre adeptos rivais, num espaço público. Faz parte!
Agora o que me faz tentar emigrar para um planeta longínquo constantemente, são os diversos programas desportivos que são transmitidos quase diariamente, que tentam estender a manta da humilde taberna à TV paga. Isto é daquelas coisas que me tiram completamente do sério. Eu explico-me melhor:
Quando estes programas começaram a aparecer, os comentadores convidados eram, na sua maioria, antigas glórias do futebol português e especialistas estudiosos deste desporto. Por mais que fossem adeptos de um determinado clube, mostravam um bom senso de salutar e traziam sempre uma explicação lógica do assunto que tratavam.
Hoje, estes programas competem também eles no campeonato das audiências, algo que já de si é triste. Mas quando se olha para o painel de comentadores convidados, o circo começa e as crianças não param de gritar pelos palhaços!
Sendo estes transmitidos por canais pagos, a qualidade esperava-se outra. Mas não!
Reflitam comigo: quando o assunto é política, os comentadores são, ou foram políticos. Quando é economia, os comentadores são economistas. Quando é o terrorismo, os comentadores são oficiais das forças armadas, peritos em segurança nacional. Quando os assuntos são variados, o comentador é o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa!
Chegando ao futebol, os comentadores são: vocalistas de bandas de rock, humoristas, médicos cirurgiões, apresentadores de TV, políticos, treinadores de rugby...acham isto normal?
Mas o que é que esta gente percebe de futebol? Será que alguma vez deram um pontapé numa bola? Será que já alguma vez entraram num balneário?
Os verdadeiros culpados não são eles, porque quem me dera ganhar uns trocos bons, ao final do mês, para falar do que não sei. Mas eu pago estes canais meus senhores, e esperava perceber um pouco mais de futebol com eles e não ouvi-los a debitar disparates que, quando arrisco, oiço.
Não há nada que me irrite mais...

Talvez estes programas sejam o espelho da podridão em que está assente o futebol português. E da falta de qualidade dos recursos humanos de "topo" que temos para comentar o dia-a-dia do nosso querido clube.
Doi-me a sério!

Enfim, este bigode não percebe este país do princípio ao fim!

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Lisboa: a cidade mais fotogénica do mundo


É com o maior orgulho que vos dou esta boa notícia.
Há muito que sabemos que estamos aqui num cantinho à beira mar plantado, e que por vezes, somos postos de lado em muita coisa, para o bem e para o mal. Mas esta é daquelas coisas que me enchem o bigode de orgulho de anunciar.
Ora pois se não, a 55ª edição do maior concurso de fotojornalismo do mundo "World Press Photo", vai abrir as portas aos lisboetas, no próximo dia 1 de Março, no museu da electricidade.
Aprofundando:
A 55ª edição do World Press Photo premiou 57 fotógrafos, de 24 nacionalidades, em nove categorias diferentes. Submetidas a concurso foram 101254 fotografias, de 5247 fotógrafos, de 124 países diferentes.
Em Lisboa estão em exposição 160 fotografias premiadas na edição deste ano do World Press Photo, o maior concurso internacional de fotojornalismo. A exposição pode ser visitada no Museu da Electricidade até ao dia 20 de Maio.
O fotografo espanhol Samuel Aranda venceu a edição deste ano do World Press Photo com uma fotografia tirada em Outubro dentro de uma mesquita, que serviu de hospital durante os conflitos entre a polícia e os opositores ao regime do Iémen.
                         (Foto vencedora)

A imagem de uma mulher, cuja expressão facial está escondida atrás de uma burqa, a segurar nos braços um familiar ferido, conquistou o júri do World Press Photo, que não precisou de caras para perceber o drama da situação. Sentados no chão, encostados à parede, é a linguagem corporal que dá expressão à imagem. A fotografia ficou ainda em primeira lugar na categoria de "People in the news", valendo ao fotógrafo o prémio no valor de 13 mil dólares (cerca de 10 mil euros).
A fotografia de Samuel Aranda tornou-se num símbolo da Primavera Árabe mas não foi a única a concurso. Os confrontos no Médio Oriente foram um dos principais temas da edição deste ano do World Press Photo, tendo-se destacado também o fotógrafo russo, Yuri Kozyrev, com uma fotografia dos rebeldes líbios, na categoria de “Spot News Singles”.


Outro dos temas mais retratos foi o terramoto e o tsunami que aconteceu no Japão em Fevereiro, valendo ao japonês Koichiro Tezuka o primeiro lugar na categoria de “Spot News Stories”. O fotógrafo da AFP Yasuyoshi Chiba, conseguiu alcançar o primeiro prémio na categoria "People in the News Singles", pelas suas imagens dos dias posteriores ao tsunami.


Tudo isto e muito mais irá marcar presença em Lisboa.
Numa dessas tardes, o museu da electricidade pode ter a certeza que este Barão vai estar presente para regalar a sua vista e o seu bigode com estes autênticos espelhos do mundo actual.
Vais ficar em casa? ou vais sentir sensações do mais alto nível mundial?
Pena não ser permitido tirar fotos às fotos...

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Estes dias de sobrevivência do Barão


Malta do bem, primeiro gostava de vos pedir mil desculpas pela minha ausência nos últimos dias. Porque afinal, vocês não têm culpa nenhuma do mundo ter decidido, nos últimos dias, ser cruel para comigo.
Por isso, pedia-vos do fundo do meu coração que tivessem pena de mim.
Realmente tenho andado a passar as "passas do Algarve" desde a última sexta feira. Senão vejam bem:
Acordas bem cedinho num dia cinzentão, mas sempre com aquela boa disposição matinal que tão bem te caracteriza. De repente tudo muda. Ligas o pc para verificares o teu mail, e este presenteia-te com um ecrã aos riscos. Ligas e desligas e cada vez os riscos são mais!
Depois, o pequeno almoço já não te sabe ao que estás realmente a comer, tais são os nervos. 
Sem esperanças de algum tipo de rehab informático, diriges-te ao carro, como normal, mas este decide não pegar. Demonstrando uma forte possibilidade de "apiamento" matinal. A partir daqui, o desespero apoderou-se do teu ser. Todo o teu dia fica comprometido em apenas 5 minutos.
Agora pergunto-vos: qual a reacção a levar a cabo, quando percebes que os teus dois amigos mais fieis te falham no mesmo dia?
Tendemos a não dar valor a algumas coisas, mas quando estas decidem ausentar-se do nosso quotidiano sem o justificarem, depois de tanto amor e carinho que lhes prestamos, percebes que és um autêntico miserável.
É um pouco ingrato o peso que estas duas coisas podem ter nas nossas vidas. Por exemplo, entrei em pânico quando percebi que toda a minha vida académica morreu no funeral do meu pc. Ainda por cima quando tens uma tese de mestrado bastante avançada...
Quanto ao carro, dou-lhe do melhor combustível, faço-lhe a limpeza semanal, revisões, inspecções...mas mesmo assim este decide falhar-me no mesmo mês em que lhe comprei o selo e paguei o seguro. (para meu ânimo, consegui recuperar toda a minha vida informática, e foi apenas a bateria auto que morreu) Do mal o menos!
A vida, como sabemos, pode ser bastante cruel e estes têm sido desses dias. Assim, porque vou ficar sem pc durante alguns dias, não vos vou poder escrever com tanta regularidade, o que me atinge a alma!

Agarra calma contigo Barão, afinal tens um bigode no qual podes sempre confiar! 
       


quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Um filme e um chaise-long


Já não ia ao cinema há imenso tempo. Um dos prazeres que tenho mas que evito, ultimamente, face à inflação que os preços destes estabelecimentos têm apresentado ao longo dos últimos anos. 
Eu ainda sou do tempo em que ir ao cinema com pipocas ficava em 3,50 euros por pessoa. 
E depois admiram-se que a malta se converter à religião dos piratas!!!
Bom, com uns euros poupados na carteira, e com um desgosto enorme à mistura, ir ao cinema hoje em dia, pelo menos para mim, é uma extravagância.
Assim, resta-me participar nos enumeros passatempos do canal Hollywood, e aguardar que ganhe bilhetes para as ante-estreias dos filmes nas salas de Lisboa. E foi o que aconteceu ontem, ganhei um bilhete duplo para a ante-estreia do filme "Broken City", que desde já recomendo a todos.
O meu regresso ao cinema estava a ser uma mistura de nostalgia e entusiasmo, até entrar na sala e escolher o lugar. Lugar porreiro, no centro da sala. Minutos depois, a sessão foi-me estragada por um indivíduo, a fazer lembrar uma qualquer personagem do "Regresso ao Futuro", que numa sala com 350 lugares vagos decidiu sentar-se na cadeira imediatamente a seguir à minha. Já de si é esquisito, mas depois decidiu não parar de olhar para mim, colocando-me a seguinte questão: "Desculpe, sabe se este filme também está a dar noutra sala?" Estás apresentado!
Vi logo que não ia ser uma noite de cinema nada fácil para mim, mas para melhorar, aquele tipo patrocinado pela Lois e pela Old Spice resolveu pôr-se à vontade, como se tivesse em casa, e ocupar o seu lugar e 50% do meu!
Resultado: estive o filme todo a sofrer em silêncio com um cotovelo alheio a perfurar uma das minhas preciosas costelas, o que me levou a pensar que estava a ser alvo de algum tipo de táctica de roubo diferente. "Talvez alguém consiga roubar através dos cotovelos." Pensei eu!
Cheio de comodidade, o Sr. lá assistiu ao seu filme, instalado num chaise-long, dizendo todo o tipo de palavrões sempre que alguma cena do filme o impressionava.
No fim, quando as luzes se acenderam, percebi que consegui ver o meu primeiro filme em 1/4 de lugar, com algumas mazelas ao nível do entrecosto.
Só queria levantar-me e ir embora, mas este "ser" decidiu ver as legendas até ao fim, bloqueando a minha fuga.
Todos vocês perguntam agora: "Então, mas e não lhe disses-te nada?". Eu? Deus me livre!!!!

Já agora, deixo-vos com o trailer deste belo filme:



Tão cedo não volto ao cinema numa noite de lotação esgotada!

Este Barão sofre de contusão!

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Long Live Rock 'n' Roll nº16


Por mais que divague pelo universo roqueiro, a minha rockship conduz-me sempre de volta à casa de partida: o Blues!

"Quando alguém me pergunta o que é o Blues, eu costumo sempre responder que não sei bem. Mas, a forma mais fácil que arranjei para o explicar foi a seguinte: quando te tiram a casa onde vives, ficas com o Blues. Quando não tens comida para pôr no prato, continuas a ter o Blues. Quando morres, deixas o teu Blues ao mundo." Howling Wolf 

Talvez por isto volte sempre à casa de partida, aquela onde consigo sentir tudo o que há para sentir.
Esta semana descobri Charles Bradley.
Não é aquele blues puro, apresenta tiques de soul, mas quando a qualidade é acima da média o resultado final fala mais alto.
Charles Bradley é o mais novo blues man que emerge pela Daptone, através da sua divisão Dunham Records. O artista é irmão da fabulosa Sharon Jones, diva do deepsoul que é acompanhada pelos Dap-Kings. Bradley é somente acompanhado pela Menahan Street Band, esta que já fez outras parcerias com o blues man através de dois registos pela Dunham, e trás consigo uma das suas melhores composições: “The World (Is Going Up In Flames)”.
Charles Bradley também já gravou com a Sugarman Three, outra banda da Daptone. Já experimentou tocar com bastante gente da editora, sendo por essa mesma razão que foi “descoberto”, tocando na noite de Brooklyn sob o nome Black Velvet. 
O impacto imediato faz como que uma máquina tele-transportadora  nos leve para meados dos anos sessenta, e assim Bradley oferece-nos o mais puro deepsoul/blues da actualidade.
Resta dizer que descobri Charles por causa da voz do consagrado Howling Wolf. As semelhanças estão à audição:



O tempo passa e a boa música fica...nos ouvidos do Barão.


segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

São servidos?


Cozinhar é um dos meus maiores prazeres, e também um dos meus hobbies predilectos.
Este meu dom vem desde muito criança. E deriva do motivo de ter que me desenrascar, quanto à minha ementa de almoços, quando os meus pais estavam o dia inteiro a trabalhar, sob o risco de morrer à fome!~
Um dos maiores prazeres que tinha era inventar receitas com aquilo que tivesse disponível na dispensa e frigorífico, e receber os meus pais, depois de um dia de trabalho, com algo que lhes despertasse o apetite. Muitas vezes, vasculhava os livros de receitas da minha mãe, e saíam dali grandes iguarias. 
Enquanto as outras crianças da minha idade se divertiam  a jogar consola, ou correr na rua, eu, fazendo isso, reservava sempre tempo para fazer aquele bolo, ou aquela ementa de jantar.
Hoje, há distância de alguns anos, não percebo como nunca aconteceu um desastre épico no lote 1 da rua do progresso, dadas eram as minhas vinetas de traquinice. Sei lá, nunca me deu para lagar fogo a nada, nem brincar com o gás, se não ainda hoje não se podia fumar ao pé de mim, como acontece com a Sónia Brasão.
Longe vão esses dias. Mas o amor pela cozinha foi crescendo à medida que as minhas necessidades alimentícias davam horas quando chegava a casa e não havia nada preparado.
Na minha vida tem sido mais ou menos assim: Ou fazes ou não comes!
Algo que me tem obrigado a refinar o meu dedo para a confecção, bem como ocupado a minha "cabeça" em certos momentos do dia, prendendo-se com a necessidade de pensar no que fazer para o almoço ou jantar. Por vezes, acontece mesmo fazer uma escala semanal de ementas na minha cabeça.
Ao longo dos anos fui-me especializando em diversos pratos, para além do sushi, fui aprimorando a minha açorda de marisco, o meu bacalhau com natas, a minha massa à bolonhesa...mas este post serve, não para vos dizer os meus segredos de chef., mas sim para vos dar conta (e alguma água na boca) da minha mais recente especialidade: Risotto! (que advém da minha visita a Roma em 2012)
Existem, claro está, várias formas de fazer risotto, e vários ingredientes também. Mas eu tenho-me vindo a especializar exclusivamente no risotto de camarão e no risotto de farinheira com cogumelos.
Para quem já provou estas minhas preciosidades, a sensação de gula cresce com o passar do tempo, e a impaciência toma-lhes conta do estado de espírito sempre que a próxima oportunidade não  chega.
Os elogios têm sido muitos.
A primeira vez que fiz foi um bocado às cegas, mas depois de repetir as receitas várias vezes, e colocá-las de acordo com o meu gosto, agora sim encontrei o ponto de equilíbrio certo.

Risotto de farinheira com cogumelos:

  

Risotto de camarão:


São servidos?

Este Barão suja-vos o bigode até mais não!



domingo, 17 de fevereiro de 2013

É ler para crer!


Há bem pouco tempo, falei-vos aqui da minha incessante busca pelo próximo "queima pestanas" a explorar, e das características que este teria que reunir desta vez. 
Pois bem, sinto-me um felizardo!
Já vos tinha explicado que procurava um livro que tivesse dado, ou fosse dar, um caso de sucesso de bilheteiras nos cinemas de todo o mundo. E aqui a minha tendência foi olhar para a frente, procurando o que tivesse para vir em termos cinematográficos, o que se apresentou como uma tarefa ingrata...Mas, estes dias, deu-me um acesso de sabedoria fantástica, daquelas que nos levam a dizer: "...mas como é que eu não tinha pensado nisto antes?".
E pronto, cheguei à escolha mais eficaz de sempre.
O clássico best-seller de Mario Puzo "O Padrinho".
Já sei, já sei, "shame on me" por ainda não ter visto os filmes, mas juro-vos que não foi por falta de interesse, mas sim por falta de oportunidade ou esquecimento. Nunca calhou, e quando algum amigo me perguntava como era possível eu nunca ter visto os filmes, eu ficava um pouco envergonhado...
No entanto, hoje sinto que essa vergonha se transformou em alegria e orgulho, porque ao não ver os filmes vou começar a explorar o seu input em papel, que lhes deu origem. 
Querem melhor?
Se tivesse visto o filme, seria óbvio que não iria ler a obra, mas assim não me vai escapar.
Esta minha alegria parte do princípio de que os livros são sempre melhores que as suas adaptações ao cinema, e este, com todos estes anos de sucesso e de referência no mundo da criminalidade gangster, vai ser a minha pedra filosofal durante as próximas semanas.
Talvez por ser uma relíquia da literatura, o livro de Mario Puzo assenta o seu sucesso na inexistência em todas as livrarias Bertrand que fui, e acreditem que não foram poucas. Restou-me assim apaziguar o meu desespero com uma encomenda online no valor de 14,50 euros!
Para os "sem vergonha" que não sabem do que se trata, não vos podendo deixar aqui um trailer do livro, deixo-os do filme:


A juntar a este novo desafio literário, já se encontram comigo os dois primeiros filmes em DVD, da trilogia "Godfather", que têm acompanhado o jornal CM às quintas. E que conto ver assim que terminar esta minha nova aventura literária.  
E acreditem, este é mesmo daqueles que tem que se ler ou ver antes de morrer. E eu já estou a tratar disso!

O Barão tem a sua razão.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Eu sou o Barão em HD!

                                                   

Antes de mais, peço desculpa a todos os meus seguidores pela minha ausência, mas à semelhança desta, tenho andado a dar muitas entrevistas. Talvez mesmo, seja a semana da minha vida em que mais entrevistas dei...sobre os outros!
Como tal, aproveito também para publicar aqui uma entrevista sobre mim.
Ao bom jeito de Daniel Nascimento, no seu célebre programa "Alta Definição", este Barão é o convidado especial desta semana, para se sentar no cadeirão, e abrir o seu coração a todo o mundo!

Estão preparados? Posso pôr a gravar? 
3.....2.....1....Acção!

Eu sou o Barão do bigode que tem sempre razão, e estou aqui no "Alta Definição" tal e qual eu, sem maquilhagem, mas com um pesseguinho no mustache.

Gosto do meu bigode.
Não gosto do bigode dos outros.

Não gosto de atum.
Gosto de sushi.
Gosto de sopa.
Não gosto de café.
Gosto de queijo fresco.

Gosto de Futebol. 
Não gosto de desportos motorizados.
Não gosto do FCP.
Gosto do Benfica.
Gosto do Beckham.
Não gosto do Vítor Pereira.

Não gosto da TVI.
Não gosto de novelas.
Gosto de filmes.
Gosto de séries.
Não gosto da Cristina Ferreira.
Gosto do Sean Penn.

Gosto de estar na moda.
Não gosto de calças à boca de sino.
Não gosto de cachecóis.
Gosto de Skinny Jeans.
Gosto de ténis.

Não gosto de dormir.
Gosto de ler.
Não gosto de gritos.
Gosto de silêncio.

Gosto de música.
Não gosto de música electrónica.
Não gosto de discotecas.
Gosto de concertos.
Gosto de rock.

Não gosto de desconfiança.
Não gosto de violência.
Gosto de serenidade.

Gosto de onde vivo.
Não gosto de onde nasci.

Gosto do meu cão.
Não gosto de gatos.
Não gosto de cobras.

Gosto de cozinhar.
Gosto de estar ao computador.
Não gosto de ver TV.
Gosto de passear o meu cão.

Gosto das pessoas que gostam de mim.
Não gosto das pessoas não gostarem de mim.

Gosto de escrever aqui.
Gosto que leiam o que escrevo.
Não gosto quando não tenho ideias.
Gosto de ser o melhor.

Daniel- Barão, o que dizem os seus olhos?

" Os meus olhos dizem que me sinto especial por ser feliz, e que sou feliz por ser especial"

Obrigado...





  
  

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Uma espécie de Carnaval...


Nunca fui grande amante de folias.
Longe vão os Carnavais em que me mascarava e a disposição para a diversão, nestes dias, me enchiam o espírito.
No entanto, mesmo não sendo grande adepto desta data, passei anos muito agitados no que ao Carnaval diz respeito. 
A folia começava logo em meados de Janeiro, onde todos os meus amigos, mais chegados, se juntavam para decidir qual a fantasia desse ano. E foram coisas muito engraçadas: imperadores romanos, gangsters,  quer-flor, montanheiros, b-boys...entre outros. Mas no meio de todos estes, relembro um que me marcou positivamente, e que me levou ao Carnaval mais engraçado de sempre: o presidente da casa do Benfica de Freixo de Espada à Cinta. (desculpem não colocar aqui as fotos, mas estão a ser editadas neste momento, lol).
Para mim, o Carnaval está para Portugal como o carapau está para o bitoque. Não faz qualquer sentido. E por mais que as pessoas se mostrem divertidíssimas, há sempre ali qualquer coisa de esforçado.
Nunca fomos, nem somos (muito menos agora) um país de folias, manifestações públicas de alegria, ou de partilha de divertimento com o alheio. Sempre fomos, e somos cada vez mais, um país de pessoas sisudas, fechadas no seu triste fado, pouco gostando de partilhar as suas vivências com os outros, muito metidas consigo próprias, muito burocráticas e desconfiadas na hora da convivência com o vizinho do lado. 
Por isto, o Carnaval não passa de mais uma importação vinda do outro lado do atlântico. Baseada numa inveja desmedida dos índices de simpatia e diversão apresentados pelos nossos "irmãos" zucas.
Não condeno quem venera o Carnaval, longe disso, pelo contrário, até os invejo por se conseguirem divertir até mais não, mas é forçado! 
Não deixa de ser uma noite de diversão igual às outras, em que te podes vestir daquilo que não és capaz durante o resto do ano. 
O Carnaval é samba, desfiles, escolas de samba, calor, trios eléctricos, brasileiros, rainhas da bateria, ou seja, toda uma cultura por detrás do que sai para a rua nestes dias em terras de Vera Cruz.
O que é que nós temos: chuva, frio, vento, kengas contratadas para desfilarem de fio dental e arrojarem os pés ao som de uma espécie de batuque, badochas sem complexos, cabeçudos, greves dos transportes públicos, supressão de feriado...o que é que isto tem de Carnaval? 

Contudo, e como sou bonzinho deixo-vos aqui um video do Carnaval de Torres Vedras, ou não:



Muito bom Carnaval a todos, divirtam-se até ao final porque este bigode não vos leva a mal!        

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Long Live Rock 'n' Roll nº15


E parece que a minha incursão pelo post-rock não tem fim à vista. O meu interesse pelo tipo já dura à cerca de 1 ano e mantém-se, até hoje, firme que nem uma rocha.
Quando a pica começa a baixar de teor lá surge uma luz ao fundo do túnel, a indicar-me o caminho de uma nova forma de ouvir este legado que o rock nos tem deixado, ao longo dos anos da sua humilde existência.
Há quem diga que os verdadeiros anos dourados do rock já lá vão, eu concordo mas não quero acreditar, pois enquanto existirem bandas como esta, e muitas outras, e pessoas como eu para lhes dar a atenção devida, a mim quer-me parecer que o rock está bem de saúde e recomenda-se, seja ele de que tipo for. Pena que os senhores dos Grammys não partilhem desta mesma opinião, e as barrigas cheias desta era musical se preocupem mais em mandar para cima de um palco seres híbridos cheios de "star quality"...
Passado o desabafo, apresento-vos os "And So I watch You From Afar".
  

And So I Watch You From Afar são um quarteto instrumental post-rock de Belfast, Irlanda do Norte. A banda é formada por Rory Friers e Tony Wright nas guitarras, Johnny Adger no baixo e Chris Wee na bateria. O Grupo é bastante citado em várias publicações musicais, como a Kerrang! e a NME. Tornaram-se bastante conhecidos pela sua energia e vigor nas performances ao vivo. (mais uns a demonstrarem que ao vivo é que conta)
A banda foi formada em 2005 e lançaram o seu primeiro EP “This is Our Machine And Nothing Can Stop It” no começo de 2007. Este foi acompanhado por um EP colaborativo intitulado “Tonight The City Burns”, lançado em Outubro do mesmo ano, EP este que contou com a participação de Cahir O’Doherty dos Fighting With Wire e Jetplane Landing nos vocais. 
Pela mesma época começaram a gravar o seu primeiro álbum com o conteúdo que a banda se apresentara nas digressões do Reino Unido, de iniciativa própria e também como suporte de bandas como High On Fire, Crippled Black Phoenix, 65daysofstatic e Yourcodenameis:milo. 
Neste mesmo período também, a banda começara a ser notada e apoiada por revistas de música e Dj’s como Huw Stephens, da BBC radio, que deu à banda plataforma nacional.
O álbum homónimo foi lançado em Abril de 2009 e recebeu críticas muito positivas da Kerrang! RockSound, Drowned In Sound e Metal Hammer, entre outros. O restante do ano de 2009 foi tempo de mais uma digressão pelo Reino Unido, pelo qual a banda foi acompanhada constantemente por críticas e elogios efusivos.
Para o corrente ano, aguardam-se novidades vindas do estúdio da banda, que prometeu aos desesperados fãs um novo álbum para breve. Por isso fiquem atentos...
Uma pitada de rock irlandês para vocês:


E agora pergunto eu: Para quê voz?

Passem um bom bocado com este Barão...
  





sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

A magia negra do carrossel do Camões!


Existem dias em que mais valia ter ficado em casa. E acreditem que este foi um deles...
Estava-me o dia a correr tão bem, quando decido ir passear pelas ruas do Bairro Alto e Chiado, aproveitando o sol radioso que se fazia sentir, e que traz consigo dias mais compridos. Acabadinho de estacionar o carro no Camões oiço um barulho ensurdecedor vindo da praça. Quando subi as escadas deparo-me com a feira popular em plena Baixa Pombalina. "Com a breca" pensei eu para mim.
Música, carroceis, feirantes, farturas...e um speaker de serviço que de 5 minutos 5 minutos lançava as suas larachas em bom português.
Ok, uma iniciativa de salutar por parte da Câmara Municipal de Lisboa para divertir uma das principais zonas de turismo da cidade, em épocas de Carnaval. Sim senhora, um pouco brega e sem classe mas aceita-se.
Segui o meu caminho, mas aquele som de fundo, por mais que me afasta-se, não me saía dos ouvidos. Uma autêntica tortura sonora, devido aos hits menos próprios que o tal speaker/dj metia a rodar. Desde o obrigatório Tony Carreira, aos kuduros e kizombas mais pimba de sempre (já por si são maus agora imaginem misturados!), tudo era motivo de celebração para aquela gente. Pensei eu.
Passado algum tempo, aquando do meu regresso, houve uma música que me chamou à atenção: "Gangnam Style", mas numa versão pimba portuguesa e com uma letra de reacção. "Pera lá! isto há aqui qualquer coisa que me está a escapar". E estava mesmo.
Aproximei-me e reparei que se tratava de uma manifestação. Uma como eu nunca tinha visto antes. Em formato feira popular!
Procurei de imediato informar-me com um amigo meu de uma loja, que me disse que esta manifestação durava à um mês, e que a malta que vivia e trabalhava ali já não aguentava mais. O propósito da mesma prende-se com o IVA a pagar pelos feirantes. Mas lá estavam eles a dançar em cima dos carroceis e camiões, como se o amanhã não viesse a existir.
Para piorar um pouco a coisa, um desfile de Carnaval escolar pairava sobre aquela zona, aproveitando o valente som para carnavalar. Bonito serviço!
Depressa me decidi pela partida, o qual realizei o mais rapidamente que pude, para me safar daquele lixo sonoro. E foi o que fiz, paguei o parque e segui caminho. Mas o infortúnio esperava por mim no acesso à única rua que me conduzia a casa. A tal feira popular agora era ambulante, e seguia rua do alecrim abaixo, comigo preso entre carroceis e feirantes que dançavam como loucos. Não dá para acreditar o quão ridículo me senti, pois as pessoas olhavam para mim como se eu fosse um manifestante. O que me levou a não reclamar, por ser pior.
Resultado: 30 minutos para descer a rua até ao Cais do Sodré!
O que acham deste programinha para passar o tempo?

Desde muito pequenino que abomino carroceis. A sério, tenho um medo horrível! Basta dizer que a primeira vez que andei de carrinhos de choque tinha 17 anos e foi acompanhado do meu pai. E quando algum amigo me oferecia uma entrada para canguru, eu dizia que me estavam a chamar do outro lado da feira.
Com mais esta experiência, sinto-me no direito de pedir: Por favor Sr. Ministro, desça o IVA a este pessoal que eles são beras como as cobras!

Este bigode tem medo, muito medo!      

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Da estante para as salas de cinema!


A minha paixão pelo cinema e pela literatura é enorme. Contudo, devido à massiva oferta e divulgação do mercado do cinema, torna-se muito mais fácil ver um bom filme do que ler um bom livro. Quando nunca ouviste falar daquele tal filme é só perguntares a alguém o que achou, e se for o caso de ser um bom filme: é ver!
No caso da literatura, para além de haver um universo muito mais vasto de escolha (experimentem entrar numa livraria para comprar um livro, sem terem ideia do que comprar), é muito mais complicado apanhar uma bela obra, ou um livro que te encha as medidas. Muitas vezes, arriscas às "escuras" naquele livro que até te parece bem, e depois tens que terminá-lo a ferros.
Este prazer bidimensional, pode ser muito ingrato, onde a  balança do cinema parece ganhar a léguas às estantes de livros. Ingratidão, pode ser também ela uma palavra utilizada para descrever uma obra literária que se encontra à largos anos arrecadada por entre o pó da biblioteca, sem nunca ninguém lhe ter tocado, e de um instante para o outro, passa a ser um best-seller. Este ponto de viragem é, na maior parte das vezes, alavancado pelo interesse de Hollywood em determinado livro que se encontrava inanimado na estante.
Não imaginam a frustração que sinto no fim de ver um grande filme, e mais tarde saber que era retirado de um livro. Pois, a meu ver, os livros são sempre melhores que os filmes. Retratam melhor história, já para não falar da intimidade que conferem ao seu leitor. No entanto, também existem filmes que conseguem absorver na totalidade a ideia do livro, e quando isto acontece é meio caminho andado para a nomeação ao Oscar.
Casos destes são enumeros, e não é preciso recuarmos muito, bastando olhar para as nomeações para os Oscars deste ano, onde 10 filmes nomeados partem de livros. Exemplos: "As aventuras de Pi" do autor Yann Martel; "Os Miseráveis" um clássico de Victor Hugo; "Argo" de António Mendez e Matt Baglio; "Anna Karenina" de Liev Tolstói; "Hobbit" de J.R.R. Tolkien...
Ao olhar para isto, ano após ano, sinto uma impotência devastadora, porque quem não gostaria de ter lido um destes livros antes de terem virado filmes? 
Sei lá, de repente lembro-me do "Último Samurai", "Sete Pecados Mortais", "O Padrinho"....desculpem tive que parar de enumerar os exemplos senão tinha um esgotamento. Que raiva!
Mas também, outras vezes me senti um felizardo por ter lido a obra antes de a ver nos ecrãs. Casos da série "A Guerra dos Tronos", "Marley e Eu", "Memórias de uma Gueixa" e "O grande Gatsby" protagonizado no próximo mês de Maio por Leonardo Di Caprio. Mas isto é apenas um gota no oceano, e por isso não me posso sentir feliz.
Neste preciso momento estou a tentar encontrar o meu próximo companheiro de tempos mortos, e não me consigo decidir, porque queria descobrir algo que daqui a um tempo fosse um estrondo no cinema. 
Ainda mais frustrante é que, de um segundo para o outro, aquele livro que transmitia uma certa magia, é de tal forma mal adaptado ao cinema que mais ninguém lhe pega. Afinal, a partir do momento que este passa para cinema, a sua imagem ficará para sempre a ser aquela que passa nos ecrãs. Até a capa do livro muda...
Fica aqui combinado: quando eu encontrar "aquele" livro bombástico que, de certeza, dará um não menos bombástico filme, aviso!

Este Barão, a queimar pestanas desde 1985...  

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

CustOLX

              

Por vezes, dá-me na telha e vou ao fundo do baú relembrar outras vidas. Toda a parafernalha que em tempos nos caracterizou, fosse ela de que estirpe fosse, lá está, esquecida por entre naftalinas e cotão para nos trazer à lembrança momentos que jamais regressam.
No meio de tanta nostalgia dei conta de que haviam coisas que mereciam ser usadas, mesmo que não fossem por mim. Depois associei este pensamento, sabe-se lá porquê, ao massacre publicitário que, tanto OLX como Custo Justo, nos espetam diariamente na TV. E puffff fez-se o Chocapic no meu cérebro, perante tal associação improvável. Ora se estes tempos não são dos melhores em termos financeiros para a maioria dos portugueses, e se a moda está constantemente a dar a volta, regressando ao passado, porque não fazer uns trocados com estas duas plataformas online de revendas, e com isso fazer outras pessoas felizes?
Claro que não vos falo de pôr à venda os teus boxers usados, pois esses escondem histórias da nossa intimidade que jamais queremos partilhar com um estranho. 
Por isso, o conceito é simples: se tens coisa em casa, em bom estado, mas que por um ou outro motivo estão no fundo do baú, estás à espera de quê para os colocar à venda, a preços simbólicos no OLX/Custo Justo?
Desde que me cadastrei em ambos, e coloquei os meus primeiros anúncios, senti logo a magia no ar! Depois, o ideal é combinares com o interessado para um encontro presencial sem compromisso, e tentar chegar a acordo e, finalmente fechar o negócio. O que é extremamente interessante, pois do outro lado nunca se sabe quem vai aparecer...
Contudo, existem também alguns cuidados a ter na hora de negociar  nestes parâmetros. Desconfiem sempre quando aparece um preço muito baixo, e principalmente nunca façam qualquer transferência bancária sem antes ver o objecto a comprar.
Sou um pardalinho novo nestas andanças, mas se estiveres atento diariamente a estes sites, com certeza algum destes dias fazes o negócio da tua vida. Porque, quero acreditar: ainda existem pessoas sérias neste país!

Deixo o reparo,

cumprimentos,

o bigode do Barão. 
  

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Este sol é travesti!!!


O tempo solarengo dos últimos dias sabe bem, mas causa-me algum transtorno!
Estamos no Inverno? Não parece.
Todos já estão fartos de saber que eu sou um lobo de inverno, e que o verão é algo que deve ficar bem lá no seu cantinho, não tendo nada que se intrometer no espaço do Sr. Inverno.
Bem sei que a esta hora, a maioria das pessoas já me estão a crucificar, e percebo-as perfeitamente. Não é pela falta de chuva que me queixo, muito pelo contrário. Porque quando admito o meu "amor" pelo inverno dispenso na totalidade a chuva, nunca dispensando o essencial frio. Todo o que for temperaturas acima dos 15 graus, a mim, já me tira do sério.
Depois de 3 semanas a fio a chover a potes, o sol veio nos presentear com os seus lindos raios (depois da tempestade vem a bonança e é bem verdade!). Mas como não há fome que dê em fartura, acautelem-se os fãs do verão, porque este sol não está para grandes aventuras.
São nestas alturas do ano que aparecem as piores constipações, não fosse este sol um travesti. 
As pessoas mais antigas costumam dizer que este sol de inverno está muito baixo, e que faz mal à cabeça. Por isso, não se deixem eludir e previnam as vossas moleirinhas. 
Contudo, posso vos dar a notícia em primeira mão de que este tempo veio para ficar, pelo menos, até ao Carnaval. Exceptuando o próximo fim de semana que vai aparecer mais cinzento.
Para as festividades carnavalescas isto é bom, porque a malta vai aos desfiles e despe-se mais um bocado. A fazer esquecer o verdadeiro Carnaval do Rio.
Por isso meninas, cuidem dessa celulite, e desenterrem o exercício físico, para não fazerem as figuras tristes que fazem, todos os anos, nos Carnavais um pouco por todo este Portugal.
Esta minha agonia prende-se em muito com a indecisão face ao que vestir no dia-a-dia. Se por um lado, me previno para o frio matinal, a hora de almoço pode tornar-se bastante asfixiante. Se por outro, entro nos delírios deste falso Verão rapo um frio de morte, de manhã e à noitinha. 
Em que ficamos? Camisolas e casacos para a parte de cima, e calções e chinelos para a parte de baixo, como já tenho visto por aí? Ele há com cada um...
A meu ver, o melhor é não guardarmos as roupas de inverno pois ainda estamos a vivê-lo.
O aviso está lançado, depois digam que eu não vos avisei.

Este bigode brinca com a meteorologia mas nunca brinca com a moda!   

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Long Live Rock 'n' Roll nº14


Ou eu muito me engano ou a Galeria Zé dos Bois vai ser pequena na próxima semana.
A responsabilidade está a cargo dos canadianos METZ.


Pois é, preparem as vossas caras para uma das maiores chapadas de rock que alguma vez levaram na vida. É já no próximo dia 13 de Fevereiro que os desordeiros METZ, pelas 22h, irão infestar o Zé dos Bois, em Lisboa, com a bujarda roqueira que os caracterizam.
Simplicidade sempre foi uma coisa que lhes assentou bem, e em contraponto transferem uma energia que te consegue transformar em super-guerreiro em poucos segundos.
Amplificadores no volume 11, muita distorção, fuzz e feedbacks. Estes parecem ser os elementos essenciais das músicas feitas pelo trio canadense METZ. Com boas melodias (que muitas vezes ficam escondidas atrás de toda essa barulheira), e uma energia quase incessável, a banda vem se destacando no meio alternativo e chamando a atenção de muita gente, inclusive da gravadora Sub Pop, que recentemente lhes piscou o olho para compor seu catálogo.
"Visceral, potente, brutal, distorcido, barulhento, ou abrasivo", sente-te à vontade para usar qualquer um destes adjectivos para classificar esta banda, que tem uma sonoridade que remete ao encontro de algumas vertentes alternativas dos anos 90, como Noise, Grunge e Post-Punk (e também muito do Punk, que se havia estabelecido há duas décadas). 
Então, comparações com Sonic Youth, Dinosaur Jr. e A Place To Bury Strangers (principalmente esta última) são mais que plausíveis, mas a grande diferença aqui é que o trio parece levar a crueza e potência sonora desses nomes um passo à diante.
Eu conto lá estar no dia 13, até porque ando aqui com umas energias acumuladas ao nível do headbanging, e tu?



Até me doí o bigode!

  

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Afinal não sou assim tão velho...que desgraça!

Existe uma sensação que me tem perseguido toda a minha vida. Uma sensação que é pontualmente actualizada, sempre que vou ficando mais velho.
Não sei se vos é comum, mas eu quando atinjo uma idade ela não é realmente como eu a pensava há uns tempos atrás. Por outras palavras, lembro-me de andar na escola primária e olhar para os alunos da 4ª classe como quem olhava para uma pessoa com uma imensa história de vida, como um modelo a seguir. Lembro-me de pensar: " Ia os grandes são tão fixes (de 7/8 anos), quero ser como eles".
O mesmo se passava no clico preparatório, onde a diferença de idades já era maior, e este meu sentimento era mais amplo ainda. Sendo que os "grandes" tinham agora 15/16 anos, e eu apenas 9. Pensava que o tempo andava devagarinho e que nunca mais os alcançava, porque queria ter o respeito que estes transmitiam e o seu estatuto. Pois, estes tinham hábitos mais à frente que os meus, e eram, de novo, um modelo a seguir por todos.
Mas mesmo com esta idade, olhava para amigos meus que tinham 20 anos, e isso sim, ter 20 anos era ser "bué" adulto  com tudo o que isso acarretava. Idas à discoteca, responsabilidades...
Todo este mundo (dos "grandes), era um mundo que me fascinava. Contudo, com o passar dos anos e o meu natural alcance dessas mesmas idades, o meu fascínio foi-se transformando em desilusão. Porque afinal as tais vantagens e mudanças que essas idades, então longínquas apresentavam, não passavam de enganos. 
A ideia que tinha era que me tornaria numa pessoa completamente diferente devido ao avançar da idade. Hoje reparo que não existe maior mentira.
Assim, hoje, mais perto dos 30 do que dos 20, continuo o mesmo puto charila da há 10 anos atrás. A única diferença é que sou mais vivido, e isso sim me confere alguma vantagem em relação aos mais novos. De resto, não há grandes diferenças. 
A ver por amigos meus, que hoje já são pais mas continuam a ser os mesmos amigos que eu tinha no ciclo, por exemplo.
A pergunta que eu coloco é simples: Será que estas novas gerações de putos, pensam como eu pensava antigamente?
A meu ver, muito dificilmente. Até porque, parece que aquele respeito pelos mais velhos já não é o mesmo...
Contente fico por saber que com 50 anos, não os vou sentir. Assim como não sinto os 27 que tenho hoje!

Gostava de saber se partilham desta mesma sensação. Ajudem-me!

Sentir sensações é fixe e este Barão sente-as como ninguém...