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sábado, 30 de maio de 2015

Simplesmente ao acaso!


Esta semana, numa das muitas conversas de ocasião com uma pessoa amiga, comentávamos o facto de termos sorte de ter nacido, e viver no país em que vivemos.
Isto porque, quando passávamos o aeroporto, lhe perguntei se não gostava de ter dinheiro e tempo para, quando lhe desse na real gana, acordar um dia e decidir viajar sem nada planeado. Agarrar numa mala com pouca coisa, marcar uma viagem para um sítio ao calhas e a partir daí visitar o mundo, acordando cada dia num sítio diferente. Tudo isto começou, porque eu afirmara minutos antes, que o mundo deve ser tão belo e nós, comuns mortais, vivemos e morremos sem conhecer praticamente nada...isto deixa-me triste!
Até lhe disse: "Toda a gente deveria ter o direito de conhecer o seu mundo durante a vida. Um direito como o de votar, ou direito à vida. Afinal vivemos todos num planeta que é nosso. Não arrendámos apenas este cantinho que nos viu nascer!". Não sei se isto demonstra alguma necessidade de expansão pessoal, ou apenas o simples facto do ser humano nunca estar satisfeito com o que tem...
O que é certo é que a questão da sorte faz todo o sentido neste caso. Viemos todos ao mundo sem pedir, mas nem todos temos a sorte de ter nascido num país como Portugal, por exemplo. 
O nascimento é talvez o acontecimento mais aleatório da nossa existêntia.
Depois comecei a pensar que poderia muito bem ter nascido num país qualquer onde não tivesse casa, onde as pessoas ainda morrem à fome, onde não nos sentimos minimamente seguros em lado nenhum, onde há guerra, onde não podemos pensar em construir uma família com mais ou menos dificuldade, ou simplesmente onde não viver!
Até hoje andei a matutar nesta rápida conversa. E cheguei à conclusão, de que nunca mais me queixo das merdíces que me podem ou não, atormentar o dia. Percebi que não tenho esse direito. O único direito que tenho é de tentar ser feliz todos os dias, fazer os meus felizes, e tocar a vida para a frente com mais ou menos saúde ou dinheiro...mas falar de sorte!? Nunca mais. A sorte nasceu comigo desde do ventre da minha mãe até hoje!!
Pena só ter percebido isso quase 30 anos depois. Mas penso que faz parte!
Ontem, com a cabeça no sítio face a tudo isto, surge-me a cereja que me ajudou a completar o "bolo".
A propósito do RED NOSE DAY, Jack Black viajou até ao Uganda para experienciar a vida de centenas de crianças daquele país, e para onde se destinam alguns dos donativos desta campanha. Para se perceber para onde vai realmente a ajuda de quem teve sorte de nascer onde nasceu. 
Foi assim:


Partilho este pensamento convosco, para que num dia "mau" nunca se queixem da sorte. Absorvam isso de outra forma.
Um bem haja!

PS: Já agora, para quem quer perceber um pouco mais da vida destas crianças pelo mundo, aqui fica a minha sugestão:



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