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sábado, 25 de abril de 2015

A quadratura do triângulo!



Há sensivelmente 41 anos atrás, ali para os lados do Largo do Carmo, fazia-se história em Portugal. Um grupo de militares e de personalidades corajosas bateram o pé ao fascismo e à ditadura.
Por isso, hoje vivemos em democracia. O menor mal entre todas as formas de poder que um país tem à disposição.
41 anos passados, a pergunta que faço é a seguinte: Será que o esforço valeu a pena!?
Não se melindrem com esta pergunta, porque não passa disso mesmo: uma simples pergunta despida de qualquer tipo de conotação política ou ideologia. Apenas baseada no presente e nas constatações políticas do nosso país.
A democracia está longe de ser uma forma de governo perfeita, até porque não a há. O que há, é um constante ataque aos seus pilares sustentadores. A democracia trouxe consigo mais liberdade, mas também mais irresponsabilidade. E quando estas das noções andam de braços dados, o resultado tende a ser sempre o mesmo. Facilitismos, favores, abusos de poder, peculato, fraude, corrupção...porque o poder é tão apetecível e tão acessível a todos. Difícil é dizer que faríamos diferente do que aqueles que lá colocámos. 
Assim, os nossos representantes (sendo farinha do mesmo saco que nós) são apenas ecos de uma sociedade imersa numa tremenda crise de valores.
Será que hoje, passados 41 anos, continuamos a estar preparados para receber tanta liberdade de braços abertos?
A meu ver, tudo o que vem por aí é mais uma geração falida, mas desta vez de valores e de educação. 
Para onde caminhamos? 
A democracia demonstra-se extremamente e facilmente corruptível. A sociedade demonstra sinais de esquizofrenia. O panorama internacional é uma bomba relógio a vários níveis...Será que iremos ter outro "profeta da desgraça", como aquele que a história mundial conheceu nos anos 30? Olhem que está mais fácil que nunca, basta virar uma grade ao contrário, subi-la e ter o dom da retórica...
No entanto, cabe-nos hoje aproveitar o que herdamos, da forma mais consciente e racional possível, e esperar que o amanhã não se esgote!
Será que pode existir liberdade a mais, e igualdade a menos?
Um bem haja, e como o outro diz: "Não quero saber disso para nada, quero é receber ao final do mês" 

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