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segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Je ne sais pas, Charlie!!


Tempos conturbados estes que passamos. Porquê? Perguntam vocês. Porque afinal somos todos Charlie, ou não?
Depois dos acontecimentos da passada semana em Paris, muitos foram os opinadores, muita tinta já correu, muito teclado já ardeu e muita saliva já secou. Resultado: tudo na mesma, como a lesma!
Deixei passar alguns dias para que pudesse, também eu, opinar a respeito de todo o turbilhão de opiniões que resultaram daquele acto terrorista, tendo como alvo logo o país mais vaidoso e orgulhoso do mundo. 
Em Portugal, ao que parece, o orador motivacional/apresentador Gustavo Santos, teve uma opinião muito controvérsia acerca do sucedido. Onde defende basicamente que quem brinca com o fogo queima-se. No fundo, no fundo, o rapaz tem razão, porque, a meu ver, o que ele quis realmente dizer foi que não existem limites para o humor, mas os seus alvos são, neste caso, peritos em limitações. Assim, quem ousa "humorizar" com algo/alguém que não está educado para ser alvo de tal, pode correr mal. Ainda por cima se tiver como costume, trazer uma kalashnikov para dar umas voltas na rua, assente no único objectivo de causar o terror e o medo no mundo. 
Resta-me dizer: objectivo cumprido para ambas as partes!
Por outro lado, por mais que não se concorde com o que o Gustavo disse, não se pode julgar o pobre coitado por meia dúzia de linhas controversas. O que seria se fizéssemos o mesmo cada vez que um cartoonista publicasse...
Uma coisa é brincar com o nariz do Papa, outra coisa é brincar com tipos que matam porque sim!
Depois, aproveito para lançar aqui uma teoria da conspiração, das quais tão adepto sou. Já pensaram que se o principal objectivo do terrorismo é causar impacto, medo e terror, agindo com objectivo de serem reconhecidos mundialmente como mártires em nome de Maomé, porque é que aqueles dois tipos agiram sempre com a cara tapada? E porque é que, se quando foram cercados por 90 mil polícias não tendo reféns, foram barbaramente mortos a tiro, quando o que se pedia era que fossem presos e interrogados para que se soubesse, ao menos, a sua origem, sabendo desde já que a Al-Quaeda do Iémen negou que fossem seus membros? Num momento bastante delicado para Hollande, quanto ao seu desempenho e imagem política em França. Imagem essa, alvo constante do humor negro das capas do Charlie Hebdo. Não passa de conspiração minha, mas o que é certo é que a imagem política de Hollande teve um volte-face a partir daquele momento.
Depois, como somos todos muito solidários e apoiantes de causas, decidimos ser todos Charlie! Fantástico, quando mais de metade de nós não aceita uma simples brincadeira à nossa pessoa.
Por isso, arrisco dizer que, ainda hoje, nem toda a gente se sabe rir de si próprio, quanto mais!!
Gozar é uma coisa, ser gozado é outra completamente diferente, e que muda comportamentos.
Agora, uma coisa é certa: a história é cíclica, e a juntar a estes movimentos radicais, temos uma investida forte das extremas direitas de norte para sul. Por isso, não se admirem que, mais dia menos dia, desse jeito aos "donos do mundo" uma 3ª Guerra Mundial...eu cá estou na reserva!
Afinal, alguma coisa terá que ser feita para que a "velhota" Europa saia deste limbo de crises constantes. 
E quando algo parecido aconteceu...

   

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