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terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Geração "bollycao" to Geração "golden shower" - o próximo passo.


Antes de começar, gostaria de ressalvar que este post não contém qualquer cariz sarcástico, racista, xenófobo, ou de juízo de valor. Por isso, antes que me processem, deixem-me ao menos relatar a realidade que me rodeia, sem entraves.

Na sequência do post de ontem, recebi vários comentários que me fizeram pensar num rótulo para esta nova geração de parolos, que vivem diariamente o sonho de aparecer num video clip da MTV, num carro topo de gama cheio de notas e bling-blings dourados, ou apenas aguardando que o cabelo cresça o suficiente para fazer um tótó à samurai. 
Foi uma tarefa fácil.
Como vejo este fenómeno de fora, mesmo pertencendo ao mesmo estrato social e faixa etária, tenho uma visão muito mais ampla da realidade do que quem a vive por dentro.
Já todos nós ouvimos falar da geração "rasca" que se manifestou irreverentemente nas ruas portuguesas, reivindicando os seus direitos como estudantes. Há bem pouco tempo, no despontar da crise económica do país, uma nova geração de jovens correu para as ruas demonstrando o seu desamparo social, face às oportunidades de trabalho e visão precária de futuro neste país. Esta era a geração "à rasca". Actualmente, começa a surgir uma geração bem mais pausada: a geração "bollycao". Não tão a ver? É uma espécie de mitra com posses.
Esta não é uma geração que assente o seu movimento em dificuldades ou manifestações. Antes, fazem da sua força uma réstia de tiques coloniais que Portugal ainda guarda. A esta hora Salazar celebrará no seu caixão, por ver finalmente, quase 50 anos depois, um Portugal que começava no Minho e acabava nas colónias africanas. "...um país uno" eram as suas palavras. Pois agora são actos.
Esta geração vai beber toda a influência africana/americana para fazer disso o seu estilo de vida. Aqui não importa a cor da cobertura, o que importa realmente é a cor do recheio!
É extremamente fácil identificar este movimento. Basta repararmos em algumas características comuns. 
Podem ser:
  • uma forma africanizada de falar português;
  • roupa inspirada nos astros negros dos states (cantores; jogadores de basquete; posers...)
  • audição de kizomba para momentos românticos e de hip-hop para momentos de rebeldia;
  • selfies a fumar erva;
  • veneração de personagens como: Kanye West, 2Pac, Floyd Mayweather, Anselmo Ralph, Barack Obama, Oprah Winfrey, Martin Luther King, Isabel dos Santos...;
  • grande moral em discotecas africanas ou festas do tipo;
  • viver em Portugal como se de Nova Iorque se tratasse.
Estes são apenas alguns traços do life-style da geração "bollycao".
Por isso, é normal que alguma vez passem na rua por um jovem destes 
e vos pareça o Eminem. Mas não é!
Depois, para alavancar ainda mais este movimento, Portugal está hoje sob uma enorme influência angolana. Esta é a prova de que o império português nunca acabou. Talvez porque nunca tenha começado!
Nesta altura do campeonato são os artistas angolanos que "enchem o baú" com performances em discotecas e bares. Portugal, é nesta altura, a galinhas dos ovos de ouro para os ídolos desta geração.
Badoxa, Djodje, Jajão...são palavras, entre outras, que andam na boca da maioria dos portugueses.
Eu, como ser vanguardista, já estou a preparar-me para o próximo passo, que, ou muito me engano, ou será a geração "golden shower", dada a crescente presença chinesa em Portugal.
O aspecto visual deverá ser mais ou menos este:


O hashtag do futuro será: #somostodosamarelosdacordomijo. 
Sejamos felizes ao menos!!
   

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