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terça-feira, 21 de maio de 2013

Sushi Report: a impessoalidade de ser cão


Para além da sua coleira nova (colecção de verão), um pouco gay é certo, por ser em arco-íris, o Sushi tem-me ensinado algumas coisas sobre a vida.
Depois de muita observação e alguma reflexão, cheguei a uma das conclusões mais entusiasmantes de sempre em torno do relacionamento do meu cão com as pessoas, sejam elas quem forem!
Comecei a reparar que, quer seja na rua quer seja em casa, o meu cão trata todas as diferentes pessoas de forma rigorosamente igual. 
Não obstante de ter que as cheirar de uma ponta à outra ao primeiro impacto (ritual canino), o Sushi não dispensa uma bela brincadeira, não ligando minimamente se a pessoa esta para aí virada ou não. Sejam velhos, novos, gordos, magros, altos, baixos, ricos, pobres...o meu cão tem a ingenuidade animal de tratar todos os diferentes de forma igual. 
Ainda pensei que fosse uma coisa má, porque quem não gosta de animais pode aborrecer-se um pouco com ele. Mas depois mais a frio, reparo que é das melhores características da personalidade seja de que ser vivo for. Desde que seja sempre uma abordagem bem disposta e própria de alguém que não olha a meios para agradar quem o rodeia.
Passemos agora esta característica para o ser humano. Já imaginaram se todos tivéssemos o poder de quebrar barreiras culturais e estereótipos de etiquetas asfixiantes, e nos relacionasse-mos todos de igual para igual. Não teríamos um mundo muito melhor? E se fosse normal e geralmente aceite, abordarmos o primeiro ministro da mesma forma que cumprimentamos um sem abrigo? 
A meu ver, o preconceito é um dos piores vírus desta crise social que vivemos. Por isso, gosto de pessoas que quebrem o gelo logo ao primeiro impacto, e sem parecerem exageradas, tornem o relacionamento entre dois diferentes, igual.
Mas parece não haver remédio para tal vírus, porque já ouvi algures que desde cedo sempre fomos um povo de "ajoelhadores", necessitando de ter sempre alguém superior a nós por perto do pensamento, para nos sentirmos seguros.
No entanto, continuo sem perceber se aquela expressão "vida de cão" tem um cariz negativo ou positivo. Porque a cada dia isto parece-me, cada vez mais, um elogio.
Será o cão o ser vivo perfeito?

Este Barão orgulha-se de ter um exemplo de boa personalidade canina em casa. 

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