Long Live Rock 'n' Roll nº29

Um pouco em jeito de ruptura com o que tem sido este espaço,nos últimos tempos, aproveito para relembrar um pouco dos meus tempos de secundário.

Se vos disser já quem é a banda de hoje, vocês vão achar que não vou acrescentar nada vosso panorama musical. Mas este post não se dedica à banda em si, porque realmente acabou por seguir caminhos menos valorosos, a meu ver.

Por isso, reporto a importância deste post àquilo que era a banda antes de passar na MTV, por exemplo. Ou seja, os seus primeiros registos, que são do rock mais electrizante que alguma vez já ouvi. Um rock de garagem, a roçar o punk dos subúrbios, com uma textura crua, crua, crua...

Mais concretamente os três primeiros álbuns são uma malha daquelas que te deixam extasiado aos primeiros segundos de cada faixa.

Hoje falo-vos dos Hives (ou melhor, do ínicio de The Hives).

Assim sendo, os The Hives são uma banda de rock sueca, actualmente composta por Howlin’ Pelle Almqvist (vocais), Nicholaus Arson (guitarra), Vigilante Carlstroem (guitarra), Dr. Matt Destruction (baixo) e Chris Dangerous(bateria), que atraiu atenção no início dos anos 2000, como um grupo de garage rock, com pitadas de garage punk. 

O seu sucesso surgiu com o lançamento do álbum “Greatest Hits” "Your New Favourite Band", incluindo a sua mais conhecida música, “Hate to Say I Told You So”. Os The Hives são conhecidos pela sua cómica glorificação própria (algo que não pareceu muito bem ao público do Alive), e por se apresentarem sempre com diferentes tipos de roupas em preto e branco.

Falemos agora dos 3 álbuns mais fortes da banda:

A banda afirma que foi formada em 1993, sob o comando de Randy Fitzsimmons. Fitzsimmons sugeriu que eles criassem uma banda de garage rock. Este actua como o compositor da banda. 

Em 1995, foram contratados por Pelle Almqvist da Sidekick Records, uma filial da editora sueca de skate punk "Burning Heart Records". 

Então, Almqvist decidiu promover a banda na "Burning Heart". E em 1997, viu o lançamento do primeiro álbum, "Barely Legal" (que num primeiro surgiu com o nome "Vigilant’s"), e assim saíram em tour.

A banda lançou o seu segundo álbum de estúdio "Veni Vidi Vicious" em Abril de 2000, pela Warner Music Group. O álbum destava-se pelos singles ”Hate to Say I Told You So”, ”Main Offender”, ”Die, All Right!”, e”Supply & Demand”.

Depois do sucesso do álbum, a banda relançou os singles ”Hate to Say I Told You So” e ”Main Offender”, que atingiram as posições 23º e 24º, respectivamente, na top de singles do Reino Unido. A banda também relançou "Veni Vidi Vicious" nos Estados Unidos, com igual sucesso.

Foi durante a promoção de "Veni Vidi Vicious" que The Hives assinaram um contrato de gravação com a Universal Music, valendo doze milhões de dólares. Isto levou a uma disputa entre os The Hives e a Burning Heart, que afirmavam que a banda ainda estavam em contrato com eles por mais um álbum.

Por último, quanto ao que interessa desta banda, depois de longas tours, retornaram a Fagersta para gravar o terceiro álbum. O resultado foi "Tyrannosaurus Hives" de 2004, o único material novo em quatro anos. O álbum inclui os singles ”Walk Idiot Walk”, que atingiu 13ª posição no top de singles do Reino Unido, ”Two-Timing Touch And Broken Bones”, outro single no top 50, e ”A Little More For Little You”, este com menos impacto que os anteriores.

Deixo-vos com uma faixa de cada um destes álbuns:

Barely Legal

Veni Vidi Vicious

Tyrannosaurus Hives

E relembrar é viver...para o Barão!

Top- Doenças de rir e chorar por mais!

Houve uma altura em que eu e os meus amigos, como não tínhamos nada para fazer de interessante, decidimos rir-nos à pala de doenças bizarras, não daquelas que não têm graça nenhuma por serem anomalias monstruosas, mas daquelas que dão mesmo para rir.

Como não tínhamos conhecimento de muitas, começamos a inventar algumas bem engraçadas. Do tipo, uma pessoa que adormece de um momento para o outro sem conseguir controlar. Mais tarde viemos a saber que esta e muitas outras doenças estranhas existem mesmo, e não eram apenas fruto da nossa imaginação.

Andei a ler umas coisas acerca do tema e resolvi, hoje, colocar aqui uma espécie de top deste tipo de doenças.

Relembro que por mais estranhas que pareçam, existem e todas são alvo da maior pesquisa médica, em busca do seu tratamento.

ATENÇÃO tentem não rir!

(desculpem a extensão do texto, mas vale mesmo a pena ler até ao fim)

10. CEGUEIRA EMOCIONAL

A expressão "cego de emoção" existe na prática, e pode acontecer com qualquer pessoa normal. O problema foi descoberto recentemente por pesquisadores da Universidade de Yale, nos Estados Unidos. Depois de olhar para alguma imagem forte, principalmente com conteúdo pornográfico, a maioria das pessoas perde a vista por um curto espaço de tempo - décimos de segundo na verdade. Até agora, nenhum especialista conseguiu explicar o porquê desta reacção. A descoberta da cegueira emocional deu origem a um movimento no Congresso americano para que seja banida toda a publicidade com apelo erótico nas grandes rodovias do país.

9. SÍNDROME DA REDUÇÃO GENITAL

Também conhecido como koro, este distúrbio mental deixa a pessoa convencida de que os seus genitais estão a desaparecer. A maioria dos casos, até hoje, foram relatados em países da Ásia ou da África, e em muitos deles, o síndrome parece ter sido contagioso! Um dos episódios mais estranhos ocorreu em Singapura, em 1967, quando o serviço de saúde local registou centenas de casos de homens que acreditavam que o seu pénis estava a encolher. Um único caso do síndrome da redução genital foi registado, até hoje em Portugal (não fui eu). Convencido de que o seu pénis desaparecia, o doente tentou-se matar com duas facadas no abdómen!

8. SÍNDROME DE RILEY-DAY

Se já sonhas-te em nunca mais sentir dor, cuidado com o que pedes a seguir... As vítimas desta doença não sentem dores, mas isto pode ser um verdadeiro problema. Elas ficam muito mais sujeitas a sofrer acidentes porque param de registar qualquer aviso de dano nos tecidos do corpo, como cortes ou queimaduras. A doença é causada por uma mutação no gene IKBKAP, no cromossoma 9, e foi descrita pela primeira vez pelos médicos Milton Riley e Richard Lawrence Day. Sem o aviso de perigo que a dor proporciona às pessoas comuns, a maioria dos doentes com o síndrome de Riley-Day tende a morrer jovem, antes dos 30 anos, por causa de ferimentos.

7. SÍNDROME DE COTARD

Depressão extrema, em que o doente passa a acreditar que já morreu há alguns anos. Acha que é um cadáver ambulante e que todos à sua volta também estão mortos. Em casos extremos, o sujeito diz que pode sentir a sua carne apodrecendo e vermes a passear pelo seu corpo... Na fase final, a vítima deixa até de dormir e a sua ilusão pode efectivamente tornar-se realidade. O nome da doença faz referência ao médico francês Jules Cotard, que a descreveu pela primeira vez em 1880. Apesar de depressivo e certo de que está morto, o doente, contraditoriamente, também pode apresentar ideias megalomaníacas, como a crença na própria imortalidade.

6. MALDIÇÃO DE ONDINA

O nome bizarro é uma referência a Ondina, ninfa das águas na mitologia pagã europeia. A doença, mais estranha ainda, faz com que as vítimas percam o controle da respiração.

Se não ficar atento, o sujeito simplesmente esquece-se de respirar e acaba sufocado. Este síndrome foi descoberto há 30 anos e já existem cerca de 400 casos no mundo. Pesquisadores do hospital Enfants Malades, de Paris, acreditam que a doença esteja relacionada com um gene chamado THOX2B. O sistema nervoso central esquece-se da respiração durante o sono e o doente precisa dormir com um ventilador no rosto para não ficar sem ar!

5. PICA

Este nome, também estranho, não tem nada de pornográfico: pica é uma palavra latina derivada de pêga, um tipo de pombo que come qualquer coisa (lolololol). E a pica o síndrome, é claro... faz exactamente isso: a pessoa sente um apetite compulsivo por coisas não comestíveis, como barro, pedras, beatas de cigarros, tinta, cabelo... O problema atinge mais grávidas e crianças. Após comerem muita porcaria involuntariamente, os gulosos ficam com pedras calcificadas no estômago. Em 2004, médicos franceses atenderam um senhor de 62 anos que devorava moedas. Apesar dos esforços, ele morreu. Com cerca de 600 euros no estômago...

4. SÍNDROME DE ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS

Doença que provoca distorções na percepção visual da vítima, fazendo com que alguns objectos próximos pareçam desproporcionalmente minúsculos. O distúrbio foi descrito pela primeira vez em 1955, pelo psiquiatra inglês John Todd, que o baptizou em homenagem ao livro de Lewis Carroll. Na obra, a protagonista Alice vê coisas desproporcionais, como se estivesse numa "viagem" provocada por LSD. As vítimas deste síndrome também vêem distorções no próprio corpo, acreditando que parte dele está mudando de forma ou de tamanho.

3. SÍNDROME DA MÃO ESTRANHA

"A minha mão agiu por conta própria..." Esta desculpa, usada por alguns ladrões, pode ser verdadeira. O síndrome em questão "alien hand syndrome", em inglês faz com que uma das mãos da vítima parece ganhar vida própria. O problema atinge principalmente pessoas com lesões no cérebro ou que passaram por cirurgias na região. O problema é que o doente não presta atenção na mão desconhecida, até que ela faça "uma das suas". A mão doida é capaz de acções complexas, como abrir fechos... Os efeitos da falta de controle sobre a mão podem ser reduzidos, dando-lhe uma tarefa qualquer, tarefa qualquer, como segurar um objecto.

2. SÍNDROME DE CAPGRAS

Após sofrer uma desilusão com o cônjuge, com os pais ou com qualquer outro parente, a pessoa passa a acreditar que eles foram sequestrados e substituídos por impostores. O sintoma, por vezes, volta-se contra a própria vítima: ao olhar para o espelho, ela também acredita que está a ver a imagem de um engano. Neurose total! O problema tende a atingir mais pessoas a partir dos 40 anos e as suas causas ainda não são conhecidas. O síndrome foi descoberto pelo psiquiatra francês Jean Marie Joseph Capgras, que descreveu-a, pela primeira vez, em 1923. Em graus mais extremos, a vítima acha que até objectos inanimados, como cadeiras, mesas e livros, foram substituídos por réplicas exactas.

1. SÍNDROME DO SOTAQUE ESTRANGEIRO

Após sofrer uma pancada ou qualquer outro tipo de lesão no cérebro, as vítimas deste distúrbio passam a falar com sotaque francês... ou italiano... ou espanhol. A língua varia, mas na maioria dos casos, as vítimas desconhecem o novo idioma. Segundo cientistas, a pronúncia não é efectivamente estrangeira, só dá a impressão disso. Pesquisadores da Universidade de Oxford, acreditam que o sintoma é causado por um trauma em áreas do cérebro responsáveis pela linguagem, provocando mudanças na entoação, na pronúncia e noutras características da fala. Um caso bem recente do síndrome do sotaque aconteceu com a britânica Lynda Walker, no mês passado. Após um enfarto, Lynda acordou  a falar com sotaque jamaicano (também gostava).

Conseguiram ler tudo sem se rirem? Fortes...então agora imaginem as diferentes situações.

Este Barão sofre do síndrome do bigode sábio... 

Porque o ginásio não é só ferro!

Volvido um mês de ginásio, o balanço é tremendamente positivo, não pelos resultados visuais, mas muito mais, pelos resultados não visuais, e que só eu sinto. 

Como faço desporto desde muito jovem, e de alto rendimento, pensava que sabia quase tudo, no que à boa condição física através do treino diz respeito. Nada mais errado. Estava mesmo a léguas de distância da sabedoria que me permitisse alcançar uma performance desportiva mais positiva.

Quem me conhece sabe que sou completamente viciado em desporto, e não só em futebol. Por isso, agora que frequento o ginásio procuro aprender coisas que vão para além do tradicional puxar ferro, até porque tenho uns vestígios de pubalgia chata para debelar. Lesão que não dava sinal de vida há já alguns anos, mas que recentemente voltou a fazer-se sentir um pouco. Como o alarme tocou, fiquei sem perceber o que podia fazer mais para acabar de vez com ela, porque abdominais é comigo!

Mas como quantidade nunca quis dizer qualidade, os milhares de abdominais que já fiz, não valem de nada ao pé daquilo que tenho aprendido com um PT do mais profissional que existe, onde o conhecimento é bebido de uma fonte que parece não secar nunca. E onde eu vou beber todos os dias.

Desde já obrigado Marcelo (PT oficial da Mens Health).

Pois é, a quantidade de exercícios que tenho feito que iam para além do meu conhecimento, e numa semana as diferenças físicas são notórias. Coisas que parecem tão simples que quando as fazemos só de ver cansa. 

A grande ajuda que o Marcelo me tem dado ao nível do treino é a sua capacidade de adaptar qualquer tipo de exercício às necessidades do aluno, no meu caso às necessidades face ao futebol.

Por exemplo, talvez o maior ensinamento que adquiri nestes tempos, foi que abdominais de barriga para cima já passaram à história, e que não há nenhum desporto que nos peça para realizar tal movimento. Para além do facto de rebentar com os nossos abdutores. Daí o meu retrocesso face à pubalgia.

Então o Marcelo passou-me dezenas de exercícios em abdominal em prancha, que me deixam de rastos à 10ª repetição, ao contrário do que acontecia à 50ª nos abdominais convencionais.

Reparo agora que a minha estabilidade estava longe de ser a melhor, bem como a força do core abdominal.

Enfim, vivendo e aprendendo. 

O que é certo, é que agora, todos os dias vou ao ginásio com a certeza de que estou a treinar a sério.

Porque este Barão não quer guardar os segredos só para si, deixa aqui alguns videos de aulas do Marcelo:

Spiderman

Avançada inversa diagonal

Hélice a uma perna

Parece fácil né? Então experimentem...e depois digam algo.

Deixo-vos também o site da Mens Health TV, onde podem ver estes e muitos mais videos, para vos ajudar no vosso treino:

http://www.menshealth.com.pt/mhtv.html

Não sei se já repararam que o Marcelo muito raramente utiliza máquinas...

Bom treino!

Follow the psyco

Hoje acordei com a sensação de que, mais que nunca, não o deveria ter feito.

Porquê? perguntam vocês. Pois, porque ontem antes de ir descansar o esqueleto tive uma das decisões mais acertadas dos últimos tempos (tipo JJ tão a ver?), comecei a ver uma nova série, só naquela...

Mas este "só naquela", transformou-se num graças a Deus!

Não tinha andado muito inspirado nos últimos dias, para arranjar coragem que me permitisse começar a ver uma série de início. Talvez pela desolação que me assolou, depois de quase todas as minha séries preferidas, estarem paradas de momento.

Como tenho sempre uma zona de reserva de séries no meu pc, porque não gosto de ver muitas ao mesmo tempo, ontem antes de me deitar resolvi por mãos à obra e vasculhar o fundo dessa pasta. Procurei, procurei...até que resolvi arriscar numa série que tem 7.7 no IMDB, e que era alvo de boas críticas por parte de alguns amigos. 

Falo-vos de "The Following".

Resumindo: The Following é uma série de televisão dramática norte-americana, criada por Kevin Williamson. Protagonizada pelo sensacional Kevin Bacon, e que estreou a 21 de janeiro de 2013 na Fox, também contando com James Purefoy, Shawn Ashmore e Natalie Zea no elenco. 

Esta série parte da premissa de uma agente do FBI, Ryan Hardy, que investiga um criminoso que usa a tecnologia para criar uma rede de serial killers. 

Começou a ser exibida em Portugal a partir de 21 de Fevereiro do corrente ano, pela Fox.

De resto, já não via um episódio piloto que me deixasse tão viciado na trama. Chega a ser mesmo de cortar a respiração.

Inteligência ao mais alto nível é do que trata esta história, tanto por parte dos "bons" como pela dos "maus".

A mim, este primeiro episódio conseguiu juntar o que de melhor tem a triologia Hannibal, bem como o enigmático e clássico "Seven". Este é o cartão de visita da série aos meus olhos, por isso façam como eu e arrisquem que vão ficar vidrados no ecrã.

Aqui fica o trailer:

Já a 4 de Março de 2013, a FOX renovou a série para uma segunda temporada, ainda com data indefinida. Mas para quem ainda não viu, têm 13 episódios que se adivinham bombásticos. 

Esperemos que os restantes episódios não percam o gás apresentado pelo seu piloto.

Este Barão só pensa no vosso bem-estar!

Long Live Rock 'n' Roll nº28

Parece tornar-se um hábito por estas bandas agrupamentos a soar a post-rock. 

Na senda das últimas semanas, dou por mim a vasculhar este círculo dourado do rock, onde pessoal com bom aspecto faz das melodias e da intensidade musical o seu dia a dia, tal como eu.

Esta semana quero-vos falar um pouco deste grupo de que acompanhou neste fim de semana solitário, são eles: Collapse Under the Empire.

Quem diria que são apenas um duo?

Chris Martin Burda e Grimm, de Hamburgo, foram os fundadores do projecto de post-rock CUTE. Ambos lançaram as primeiras quatro músicas no seu primeiro registo "Paintball EP", no verão de 2008. Depois disto, os EPs deram espaço aos longa duração e auto-produzidos "Systembreakdown" (Fevereiro de 2009) e "Find a Place to be Safe" (Jan. 2010). 

Em muito pouco tempo, revistas internacionais, como a Q-Magazine, Rocksound e Clash tomaram conhecimento da banda e mostraram-se  muito inpressionadas com o som cinematográfico de seus dois primeiros álbuns.

No início do ano passado, estiveram representados na lendária "Emo Diaries", compilação com o selo da Deep Elm US. 

Depois do seu  psicadélico mini-álbum "The Sirens Sound and the Split", o EP "Black Moon Empire", lançado com a banda russa Mooncake, os CUTE também lançaram a primeira parte do álbum duplo "Shoulders & Giants" no final de 2011, este com enorme sucesso nos E.U.A.

O novo "Fragments of a Prayer" combina a aintensidade dos seus primeiros trabalhos, com o nível de ambição art rock encontrado neste último trabalho. A segunda parte deste álbum duplo "Sacrifice & Isolation", será lançado apenas no próximo outono...

A mim, a banda soa-me rock épico cheio de piques gloriosos e inspiradores. E a vocês?

Se algum dia estiverem a precisar de um injecção de inspiração e coragem na vossa vida, façam como este Barão, metam este som no bigode.

Pai ontem, hoje, e sempre!

Este post era daqueles que já poderia ter saído há muito, mas esperei para ver no que ia dar.

Há largos meses, sem saber precisar ao certo, todos os dias o meu caminho para o trabalho era feito no mesmo roteiro, passando ali pela zona da Escola Superior de Tecnologia da Saúde na expo. Um desses dias, ainda no ano transacto, surge um carro com uma serie de enfeites, toda aquela zona repleta de cartazes com dizeres diversos, inúmeros balões coloridos, e um senhor de meia idade com um semblante tremendamente triste, ia enchendo os tais balões no cano escape do carro. Uma imagem bizarra, que não passava despercebida às gentes que por ali desenrolavam o seu quotidiano.

Todos os olhares se concentravam tentando perceber ao certo do que se tratava aquela espécie de manifestação pacífica. Mas mesmo eu, passando ali mesmo ao pé todas as manhãs, não compreendi totalmente o propósito de tal acontecimento.

Cheguei mesmo a pensar que se tratava de um sem abrigo, ou de alguém desempregado que, de uma forma solitária, se revoltava contra as medidas de austeridade adoptadas por este governo. Contudo, as semanas foram passando e o aparato cada vez era maior, tornando-se já parte da paisagem formal daquela zona. 

E aquele senhor sempre com o mesmo ar, vestido de uma forma bastante humilde, lá ia enchendo balões coloridos como se de um palhaço de circo se tratasse.

Já no início deste ano, passando pela zona mas desta vez a pé, atrasei o passo para ler os cartazes e perceber do que se tratava. Então aquele senhor cansado, fizesse sol ou chuva, reclama uma decisão do tribunal que lhe terá retirado a custódia das suas filhas! E escolheu aquela forma pacífica e ordeira de fazer da luta pela paternidade a sua vida, desde aquele longínquo dia de inverno até hoje. 

Como eu, muitas pessoas que por ali passam foram-se inteirando do caso, ficando mesmo sensibilizadas com a luta e perseverança daquele pai, e passaram a trocar umas palavras todos os dias com o senhor.

A originalidade desta luta não parava, e certos dias solarengos, logo pelas 8h da manhã, aquele pai convidava as pessoas a tomarem, ali mesmo, o pequeno almoço com ele, numa mesa com cadeiras contempladas com café, leite, e bolinhos...e as pessoas corresponderam. A atenção que o senhor queria, desde início, foi totalmente ultrapassada, e reforçada pelas buzinadelas dos automobilistas que por ali passam, respondendo ao apelo de alguns cartazes.

Foi desta que escrevi este post, porque já não passava ali há um mês, mas ontem deparei-me com a mesma imagem dos últimos meses.

Sinceramente, no começo cheguei a gozar com a situação, mas agora culpo-me disso, e tiro o chapéu aquele senhor que luta por voltar a ser pai, da forma mais digna e humilde que já vi.

Enfim, enquanto uns vão fazer barulho para a frente de instituições governamentais, sendo completamente desprezados pelos seus alvos, aqui este pai escolheu uma luta mais serena e ordeira, onde toda a gente o apoia numa causa bastante mais plausível, a meu ver!

Quem por lá passou, com certeza que sabe do que falo.

Este Barão é um coração mole.

Raios partam os tuneiros...

Hoje dia 22 de Maio de 2013, venho por este meio assumir em público o meu maior ódio de estimação, que me corroí as veias ano após ano: Tuneiros! (termo técnico para batmans e pinguins académicos)

Sou de detestar e ter raiva a muito poucas coisas, mas esta mexe comigo de uma forma que não tem explicação científica.

Isto é algo que já vem de criança, quando em Santarém uns destes fardados, por algum motivo, me abordou de uma forma menos própria. A partir de então assim que os avisto ao longe só penso em massacres à la Spartacus!

Quando entrei para a faculdade juro que me esforcei ao máximo para tentar perceber os "FRÁS..." e as piadas das tunas...mas o meu ódio só tendeu em aumentar, visto que isto é tudo malta que vem de levar porrada do liceu por serem nerds, e aquando da sua chegada à faculdade, para serem aceites e terem moral, optam por aprender a tocar bandeiro ou cavaquinho e fazer rimas sobre as sogras.

Desde praxes a festas académicas, todo o espírito académico desta malta, que me falta a mim graças a alguém que me quer bem, são das coisas mais ridículas que alguma vez vi em toda a minha vida.

Mas não acaba por aqui...há uns dias atrás, quando passeava o Sushi, reparei que estas aves migratórias trajadas eram às centenas pelos jardins aqui da Expo. Riam, cantavam, gritavam, bebiam, comiam, uns faziam flexões, outros viam as horas pelo sol...até aqui tudo bem só porque vivemos numa espécie de democracia (porque se fosse eu a mandar há muito que eram museu). Passei sem ligar muita importância, no caminho de regresso para casa dou com uma lixeira no sítio onde aquela seita tinha ritualizado. Aí saltou-me a tampa, e já preparava um discurso daqueles à velho do Restelo para lhes passar um correctivo, mas já era tarde porque já tinham levantado o acampamento para outro sítio. Que bonita imagem.

No entanto, a cereja no topo do bolo foi este sábado.

Já saí de casa um pouco atrasado para ir trabalhar para Belém, por isso optei pela marginal como roteiro. À chegada ao jardim do tabaco reparo num trânsito infernal, sem andar nem para a frente nem para trás, e eu atrasadíssimo. Liguei o GPS cerebral e encontrei um atalho para o cais do sodré, mas mesmo assim demorei mais 20 minutos que o previsto. Ao passar pela parte de trás do terreiro do paço, então não é que eu ia chegar atrasado ao trabalho por causa de milhares de Batmans que se concentravam ali como se de uma concentração motard se tratasse...! 

O pior é que por causa desta gente, a Baixa de Lisboa parecia o ground zero após o 11 de Setembro de 2001, não havia esquina nem recanto sem polícia a mandar seguir os condutores para o lado completamente oposto ao por eles pretendido...

Ai se eu mandasse.

No hard feelings é algo que não cabe no meu dicionário quando se trata tuneiros!

Este Barão pensa um dia criar um grupo terrorista direccionado apenas para eventos académicos. Olhem o que seria eu conseguir exterminar milhares de Batmans sem serem precisos 3 filmes...

PS: Passo o exagero inflamado deste meu discurso, não posso com vocês, desculpem!

Sushi Report: a impessoalidade de ser cão

Para além da sua coleira nova (colecção de verão), um pouco gay é certo, por ser em arco-íris, o Sushi tem-me ensinado algumas coisas sobre a vida.

Depois de muita observação e alguma reflexão, cheguei a uma das conclusões mais entusiasmantes de sempre em torno do relacionamento do meu cão com as pessoas, sejam elas quem forem!

Comecei a reparar que, quer seja na rua quer seja em casa, o meu cão trata todas as diferentes pessoas de forma rigorosamente igual. 

Não obstante de ter que as cheirar de uma ponta à outra ao primeiro impacto (ritual canino), o Sushi não dispensa uma bela brincadeira, não ligando minimamente se a pessoa esta para aí virada ou não. Sejam velhos, novos, gordos, magros, altos, baixos, ricos, pobres...o meu cão tem a ingenuidade animal de tratar todos os diferentes de forma igual. 

Ainda pensei que fosse uma coisa má, porque quem não gosta de animais pode aborrecer-se um pouco com ele. Mas depois mais a frio, reparo que é das melhores características da personalidade seja de que ser vivo for. Desde que seja sempre uma abordagem bem disposta e própria de alguém que não olha a meios para agradar quem o rodeia.

Passemos agora esta característica para o ser humano. Já imaginaram se todos tivéssemos o poder de quebrar barreiras culturais e estereótipos de etiquetas asfixiantes, e nos relacionasse-mos todos de igual para igual. Não teríamos um mundo muito melhor? E se fosse normal e geralmente aceite, abordarmos o primeiro ministro da mesma forma que cumprimentamos um sem abrigo? 

A meu ver, o preconceito é um dos piores vírus desta crise social que vivemos. Por isso, gosto de pessoas que quebrem o gelo logo ao primeiro impacto, e sem parecerem exageradas, tornem o relacionamento entre dois diferentes, igual.

Mas parece não haver remédio para tal vírus, porque já ouvi algures que desde cedo sempre fomos um povo de "ajoelhadores", necessitando de ter sempre alguém superior a nós por perto do pensamento, para nos sentirmos seguros.

No entanto, continuo sem perceber se aquela expressão "vida de cão" tem um cariz negativo ou positivo. Porque a cada dia isto parece-me, cada vez mais, um elogio.

Será o cão o ser vivo perfeito?

Este Barão orgulha-se de ter um exemplo de boa personalidade canina em casa. 

Long Live Rock 'n' Roll nº27

"O nacional é bom", já dizia um comercial qualquer.

Slogan esse que assentaria imediatamente bem ao que se vai seguir aqui.

Já vos disse que ando viciado em post-rock!??lolol

É verdade, esta agonia teima em não me largar os ouvidos. E nada melhor que mergulhar nas trincheiras deste tipo de rock instrumental, mas ao nível nacional. Pois é, tenho reparado nos últimos anos que a tuga tem enormes valores deste tipo de som.

Hoje, vou vos falar um bocadito daquela que para mim será "a banda" de post-rock nacional, uma salva de palmas para os Riding Pânico!

Os Riding Pânico são uma banda de Lisboa que se move por composições post-rock, normalmente características de bandas radicalizadas em outros pontos do globo. 

Formados por membros dos "If Lucy Fell" e "Men Eater" bandas conhecidas no circuito nacional por uma sonoridade mais pesada, os Riding Pânico movem-se por outros caminhos. Estes encontram-se mais à vontade em sons melancólicos com orquestrações rock muito intensas, construídas sobre várias camadas eléctricas que flúem nos loops de guitarras. 

A banda, embora menos soft que algumas das bandas do género, são sem dúvida mais hardcore que a maioria. E assim os Riding Pânico vão criando uma história pelos palcos de Portugal onde já escreveram várias actuações memoráveis no mapa deste país. Na história desta banda já figuram dois eps e dois álbuns de originais, este segundo prestes a sair do forno bem quentinho, o que os tornaram mais conhecidos no meio underground português.

Fora isto, são a banda residente do festival Milhões de Festa, e esta semana mandaram-nos um recado, que se apresenta como primeiro avanço do novo álbum "Homem Elefante". Ouvidos atentos e alma aberta: 

http://www.youtube.com/watch?v=HoHaO4RzVtI

Mas como sou um pouco saudosista, deixo-vos a primeira música que ouvi deste septeto, cujo título me levou a pensar um bocado. Deixo-vos com " E se a bela for o Monstro":

http://www.myspace.com/ridingpanico

São coisas como esta que me fazem respirar alegria todos os dias.

Este Barão também ouve o que é nacional!

Fiquem atentos à banda, que novidades não irão faltar....

O desporto rei vai ficar sem o seu príncipe!

Pois é, ao que tudo parece, o fim da linha para um dos maiores nomes do futebol mundial está agora à vista. De resto, um dia que eu, particularmente, queria que nunca chegasse.

Para as pessoas que privam mais de perto comigo, e até para aquelas que costumam estar atentas a este blog, sabem que não sou de grandes venerações, mas no que toca a David Robert Joseph Beckham, a coisa é diferente. 

Desde que comecei a venerar o desporto rei, e a ter noção das coisas, o nome Beckham desde cedo captou a minha atenção, e mais tarde a minha total admiração. 

Como praticante do mesmo desporto que ele, e nas minhas idades de puto, fazia de tudo para copiar ao máximo a forma de jogar deste ídolo. Desde botas, penteados, estilo, até posters eu tinha no meu quarto.

Bem sei que nunca foi um talento nato, ou pelo menos daqueles que agarram na bola e decidem num lance de um contra um, como tanta gente gosta, bem pelo contrário. É diferente de todos os outros. Não é forte de cabeça, não toca na bola com o pé esquerdo, não é de correr muito atrás dela...e mesmo no meio de todos estes defeitos, conseguiu sempre destacar-se entre os melhores de sempre. 

Basta recuar-mos uns anitos, para percebermos que com muito trabalho David fez das coisas mais bonitas já vi no futebol. Já para não falar do seu estratosférico trajecto profissional. 

Senão vejamos: aos 17 anos estreia-se a titular pela principal e fortíssima equipa dos red devils (Man Untd)(e que bem que me lembro desse jogo) em que o então fedelho marca um golo do meio campo...

Camisola do Manchester United: check!!

Depois de muitas épocas brilhantes ao serviço do seu primeiro clube, e de várias internacionalizações por Inglaterra, é protagonista de uma transferência milionária para Espanha, nomeadamente para os galácticos do Real Madrid. Onde mais uma vez, espalhou classe naquela ala direita. Quem não se lembra do melhor passe do mundo de todos os tempos??

Chega a capitão da sua selecção e membro fulcral nos espanhóis.

E porque David Beckham é um nome que não faz só vibrar os estádios por onde passa, fora dos relvados era venerado no mundo da moda e publicidade, como um dos mais bem pagos nessas áreas. Começava então a emergência de um mito para lá do futebol, algo que lhe confere o estatuto, ainda hoje, de um dos homens mais bonitos e charmosos do mundo.

Mais conhecido que a própria família real britânica, venerado em todo mundo, seguido por biliões de fãs, é sem dúvida um dos homens mais influentes do planeta!

Talvez efeitos colaterais deste mediatismo, e de estar farto de ganhar tudo no velho continente, os holofotes de Hollywood ansiavam por vê-lo por perto. Então em 2007, assina contrato com os semi-amadores LA Galaxy. Contrato onde o salário pago pelo clube era muito inferior ao do seu anterior clube, mas um pacote de cláusulas milionárias em publicidade fizeram dele a estrela entre as estrelas. Não vou esconder que esta mudança me entristeceu realmente, não só porque achava que ele ainda era muito novo para se "exilar", mas porque me fez estar, noites a fio, acordado até às altas horas só para o ver jogar. De resto, e para não variar, ganhou tudo o que havia para ganhar...

Pelo meio, nesta fase, é emprestado por duas vezes ao AC Milan, onde se fartou de jogar. E na última vez, se teve a lesão mais grave da sua carreira. 

Quando tudo indicaria que o seu fim seria naquele clube da Califórnia, eis senão que já este ano assina um contrato de 6 meses com os milionários rejuvenescidos do PSG. Pensei que fosse mais uma jogada de marketing, mas não. Tornou-se novamente numa pedra basilar do onze parisiense. Colegas como Zlatan e Tiago Silva vieram a público elogiar o desempenho e o empenho do velhote, que disseram parecer ter 20 anos!

É mais uma vez campeão, desta feita em França, coisa que já não acontecia ao PSG à larguíssimos anos.

Hoje, dia 16/5/2013, o dia menos esperado por mim chegou. Anuncia oficialmente que se retira  no final desta temporada. Assim osmestre das bolas paradas, das assistências, da presença, do exemplo de profissionalismo, da classe, do mito, decide que o seu contributo ao futebol não irá mais acontecer.

Coincidência ou não, Beckham decide por cobro à sua carreira, duas semanas depois do mesmo anuncio ter sido feito pelo treinador que o lançou: Sir Alex Fergunson.

Para ver, rever e tornar a ver. Aqui fica a minha homenagem:

Ainda não acredito, por isso espero mesmo que o sheiks parisienses, ou o meu Benfica, se chegue à frente, para que o futebol hoje não perca o seu príncipe...

Porque este senhor continuará a ser o único ídolo deste Barão!

Velhos são os trapos (e a Sé de Braga)

Como já vos tinha dito antes, as idas ao ginásio fazem, hoje, parte do meu quotidiano. Todas as manhãs lá vou eu exercitar o esqueleto, uns dias com mais sono, outros com menos disposição...mas todos os dias aquelas máquinas de musculação têm que levar comigo.

Agora na minha 2ª semana, os automatismos e os treinos parecem já interiorizados, o qual me confere aquele estatuto que tanto prezo de "rato de laboratório". Enfim, nem tudo o que está relacionado com o facto de se frequentar um ginásio são coisas boas!

Mas este post serve para vos falar de uma realidade que estava longe da minha órbita de pensamento.

Comecei desde cedo a aperceber-me que cerca de metade das pessoas que frequentam o ginásio às mesmas horas que eu, são pessoas já muito experientes, ou se preferirem, dentro da 3ª idade. Este facto espantou-me, porque todos eles mostravam uma forma física débil, e um ar cansado cada vez que terminavam o seu dia de ginásio. Primeiro pensei: "bom, esta rapaziada "nova" anda aqui para se distrair, para fugir à solidão das suas casas, e porque o ginásio lhes oferece-se vários benefícios inerentes ao seu alto estatuto social". Depois, à medida que os dias passavam, e como sabem sou um muito bom observador, fui-me apercebendo que aquelea malta não andava ali só pelo que pensei anteriormente, mas por muito mais...

Aquela malta não falha um dia ao ginásio, treina mais tempo que eu, talvez com mais gosto que eu, estão sempre disponíveis a uma boa conversa, parece que o cansaço é uma coisa que não lhes aufere, e debaixo daqueles semblantes carregados está uma energia que só visto. 

São uma autêntica comunidade ali dentro, ajudam-se ao máximo, sabem mais exercícios que eu, e tanto homens quanto as mulheres apresentam um sex appeal muito acima da média para a idade. Muito por culpa da auto-estima que o ginásio lhes confere.

Uma das coisas que mais me espantou foi o facto de todos terem direito a um personal trainer. Mas se acham que só começam a treinar quando o PT chega, tirem o cavalinho da chuva!! Quando estes os chamam, as t-shirts já vêm muita transpiradas e tudo o que são máquinas estão ainda quentes do desgaste que esta malta lhes atribuí.

Um verdadeiro exemplo de que a idade não conta nestes aspectos. Quem me dera com 70 anos ter a disposição que aquela malta demonstra.

Mas é na hora do engate que esta rapaziada se destaca, principalmente os senhores, que ao verem uma rapariga nova jeitosa, não hesitam uma abordagem mais cuidada e cheia de cavalheirismo. É só rir!

Até no balneário os velhotes comentam as beldades que frequentam o ginásio sem olharem a termos!

Para este Barão, velhos são os trapos!

Parabéns a estes putos.

Prato do dia: Benfica à la Mafra

Desde já, este não tenciona ser um post fanático nem nada que se pareça.

Agora que a poeira já assentou, que a tristeza enche o coração dos benfiquistas, e que uma ideia me tem perseguido nos últimos tempos voltou a estar mais viva do que nunca, posso escrever livremente este post sem medo de danos colaterais.

Como este mundo e o outro sabem, o Benfica acaba de perder a liderança do campeonato, muitos meses depois, para o seu rival Porto. Depois de uma época fantástica por parte do clube lisboeta, a cereja parece estar prestes a cair do topo do bolo a 90 minutos do final da liga. Quando nada nem ninguém fazia prever, a  normalidade dos últimos anos parece ter regressado ao futebol português, ou seja, o Benfica demora quase uma temporada a encher o balão para depois o deixar esvaziar em pouco minutos. Tem sido assim nos últimos anos, o sucesso ali tão perto e no momento fulcral para o agarrar, caí!

Por isso, deixo um forte elogio a todos os benfiquistas porque o coração tende a ser cada vez mais forte, pelo menos para quem ama o seu clube.

Tudo isto para vos falar um pouco sobre o pensamento e sentimento que me corrompe nos últimos tempos. 

Para os mais atentos, o CD de Mafra, que militou esta época na 2ª divisão série Sul, parece servir de exemplo ao todo poderoso Benfica. Diferenças são muitas, mas olhem que semelhanças nesta época podem ser todas. O Mafra, ainda antes da época começar assumiu-se logo como um candidato ao título, algo que levou muita gente a ironizar a situação. Assim, o objectivo do Mafra era o mesmo do Benfica: ser campeão!

Tanto uma como outra equipa, mostraram-se, desde logo, dignas desse estatuto, ao demonstrarem o melhor futebol das respectivas competições, pela opinião da maioria. Com toda a naturalidade do mundo, tanto Mafra como Benfica, assumiram desde muito cedo a dianteira dos seus campeonatos, o que deixou, novamente, muitos de boca aberta. No dobrar dos calendários, o Mafra já tinha 7 pontos de avanço para o 2º classificado, e cerca de 12 para o 3º. Já o Benfica conseguiu a certa altura destacar-se por 5 pontos do Porto.

O pânico passou a estar na cabeça de todos os seus rivais mais directos, pois jornada após jornada as duas equipas tendiam a não facilitar.

A caminhar para as suas épocas de sonho, o lado negro do futebol, que só é conhecido pelas pessoas mais próximas e intervenientes, começou a falar mais alto. Em relação à época do Mafra, bem cedo. Por isso, ser melhor "apenas" dentro das 4 linhas parecia começar a não chegar. Coisas estranhas, para alguns, e normalíssimas para outros, davam voz de si. E pessoas sem carácter, nem honra faziam questão de ir redesenhando a tabela classificativa, utilizando os métodos mais bizarros que existem e alguns que ainda não existiam.

Resultado: tanto Mafra como Benfica acabam por perder a liderança do campeonato à penúltima jornada. No caso do clube da 2º divisão ficaria a 1 ponto do líder, deixando de depender apenas de si quase 6 meses depois. Tal e qual a situação do Benfica em relação ao Porto. 

Falando no passado, a última jornada afigurava-se, para o Mafra  a decisiva. Competia-lhe ganhar o seu jogo e esperar para ver o que se passaria mais a sul. E foi o que aconteceu, recebeu o Sertanense, 3ª classificada, (equipa que depois vim a saber que era uma espécie de Farense B, dada a festa que fez no fim do outro jogo) e despachou-os com um esclarecedor 3-1. Ainda faltavam 10 minutos no outro jogo, e o Leiria acabava de empatar em Faro, algo que recolocava o Mafra justamente de volta ao lugar que tinha perdido na jornada passada, o que lhe conferia o estatuto de campeão. A euforia nas bancadas foi estranhamente silenciada, escassos minutos depois, pelo golo do Farense, já nos últimos minutos. Um golo que resulta da pressão exercida ao pobre coitado árbitro que tinha 12 mil pessoas à perna. Então decidiu marcar um penalti em que o jogador do Farense a única coisa que lhe toca é um cabelo solto que veio da bancada proveniente de uma bela senhora. As imagens da Sportv assim o comprovam. E assim o Farense foi um "digno" campeão, e o senhor árbitro chegou a casa são e salvo. 

Desde já quero deixar aqui o meu tributo ao presidente do Farense pelo excelente trabalho realizado...

Falando agora do futuro, o Benfica está a um passo de ser o espelho do Mafra. A situação é a mesma: tem que ganhar e esperar para ver se o Porto perde pontos em Paços. 

Aproveito para dizer que o senhor presidente do Paços é sócio e enorme adepto do Porto...adivinhem o que ele irá dizer aos seus jogadores esta semana????

As marionetas somos nós meus caros, porque o futebol português "faz e acontece" entre corredores, por malas e telemóveis.

Espero estar enganado em relação ao futuro, mas no entanto, Parabéns FCP pelo tri...

Aceito isto com uma tranquilidade diferente dos meus amigos de infância que me questionam do porquê eu não estar triste. Triste estou, mas ao mesmo tempo estou resignado e a dor da ferida que ainda esta aberta doí que se farta!

Long Live Rock 'n' Roll nº26

Esta semana este espaço vai ser o mais justo, óbvio e directo possível.

Justiça seja feita, esta semana renasceu como a maior intensidade de sempre uma paixão antiga por um grupo que nem todos percebem, e que mesmo eu não entendia até há bem pouco tempo. Talvez não tivesse ainda preparado para a complexidade sonora que esta banda oferece. 

Quem esteve atento ao Barão nas redes sociais já sabe do que se fala: The Mars Volta!

El Paso, Estados Unidos (2001 – 2013)

The Mars Volta, foi uma banda fundada por Cedric Bixler-Zavala e Omar Rodriguez-Lopez, na cidade de El Paso, Texas, Estados Unidos, em 2001. E teve o seu fim anunciado já este ano. 

São considerados pela crítica especializada uma banda de rock, com influências de punk rock, rock progressivo e música latina.

Em 2001, quando Cedric decidiu terminar o projecto At the Drive-In (o resto da banda formou Sparta), Eva Gardner juntou-se aos dois génios, o que criou o projecto The Mars Volta - um novo projecto que visava preencher os seus desejos mais criativos. 

O nome que a banda utilizou para o primeiro concerto público em Anaheim, California, foi DeFacto + Eva Gardner + Jon Theodore. 

Durante 2001, a banda gravou duas músicas com Alex Newport, resultando na sua primeira demo. Gravaram mais três músicas com Alex Newport, o que se tornou o álbum, "Tremulant EP", lançado no início de 2002. Tremulant era composto pelas músicas "Cut that City", "Concertina", e "Eunuch Provocateur". O EP era uma fusão de rock progressivo, salsa e música experimental.

Os anos seguintes foram uma autêntica explosão sonora que só explodiu depois do rastilho acesso em 2001.

Seguindo "Tremulant EP",  The Mars Volta continuou com apresentações e troca de membros, enquanto preparavam o álbum De-Loused in the Comatorium, produzido por Rick Rubin. Enquanto, Tremulant não possuía um tema específico (excepto pela menção ao seu álbum seguinte), "De-Loused" foi um trabalho unificado de fantasia que contava a história de um viciado em drogas, em coma, na primeira pessoa.

Com a volta da tour de "De-Loused", Juan Alderete tornou-se baixista e Marcel Rodriguez-Lopez (irmão de Omar), percussionista. Iniciava-se então o trabalho para o segundo álbum em 2004.

Em 2005, a banda lançou seu segundo álbum, "Frances the Mute", inspirado no engenheiro de som Jeremy Ward. Cada faixa do álbum é inspirada nos personagens descritos num álbum encontrado no carro de Ward.

"Frances" tornou-se um hit comercial ainda maior que "De-Loused", vendendo 123.000 cópias na sua primeira semana, e estreando como o número quatro na lista de álbuns da Billboard, principalmente porque "The Widow" recebeu considerável divulgação no rádio. Críticas ao álbum variaram bastante. "L'Via L'Viaquez" foi posteriormente lançada como um single, reduzida dos seus doze minutos originais para cinco minutos.

Lançado em Setembro de 2006, "Amputechture" é o terceiro álbum de estúdio da banda, sendo gravado em Los Angeles e Melbourne, e foi produzido por Omar e misturado por Rich Costey. O álbum conta com a participação de vários artistas, como o guitarrista John Frusciante, que aparece como convidado na faixa "Asilos Magdalena".

Em Amputechture, pela primeira vez Omar e Cedric conseguiram criar um trabalho singular na sua composição.

"The Bedlam in Goliath" foi quarto álbum de estúdio da banda. Foi lançado oficialmente dia 29 de Janeiro de 2008.

"Octahedron" é o quinto álbum da banda, anunciado publicamente em 14 de Abril de 2009, sendo finalmente lançado a 22 de Junho. O álbum não conta com a presença do saxofonista Adrián Terrazas-González, nem do guitarrista Paul Hinojos após um pedido de Rodriguez-Lopez para manter o álbum num registo mais calmo e específico.

Já em 2012, e contra todos os boatos de separação da banda, é editado aquele que seria mesmo o sexto e último álbum, "Noctourniquet". Depois de uma audição mais pormenorizada deste registo, para os fãs da banda mais atentos às sonoridades deste duo maravilha, todo ele soa a despedida, contendo melodia bem mais melancólicas que os registos anteriores.

Ainda em 2012, aquando da sua passagem pelo Coliseu dos Recreios, eu fui um dos que presenciou um concerto intimista e completamente espacial e experimental  A soar mesma a uma viagem na "spaceship" lisboeta, como anunciara Cedric ao entrar em palco. Foi completamente diferente do que eu tinha visto até à data, mas não foi por isso que deixou de ser fantástico. Contudo, soube a pouco porque quando a malta estava toda pelo ar, o concerto acabou....

No entanto, sinto-me um felizardo porque fui a tempo de ver esta magnifica banda ao vivo e a cores!

Após as notícias sobre uma possível pausa da banda no final de 2012, Bixler-Zavala anuncia o fim dos Mars Volta através da sua conta no Twitter, em Janeiro de 2013, revelando a falta de interesse entre os companheiros de banda e a sua dedicação ao projecto Bosnian Rainbows.

Fica para a história:

Talvez um dia voltem em força...espera este Barão.