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sábado, 29 de novembro de 2014

Estranhos sabores


Existem milhões de receitas criadas pelo Homem, com o simples propósito de lhe conferir mais um motivo de prazer na vida. Décadas e décadas passadas na combinação perfeita entre os diversos ingredientes, e os seus diferentes sabores. 
É com base nessas combinações que hoje temos o prazer de comer as melhores iguarias.
Quem não gosta de bacalhau com bastante alho, carne picada com molho de tomate, chocolate com amêndoas, ovos com açúcar e farinha, um bom bife com pimenta, um pastel de nata com canela...só assim de repente lembrei-me agora de meia dúzia de perdições da gula humana.
Entre nós, comuns mortais, sai sempre a ganhar quem melhor sabe cozinhar, algo que eu considero uma arte. Sem nos apercebermos, quem nós conhecemos que tem boa mão para a cozinha, detém um inconsciente estatuto elevado em relação aos demais. 
Muitas das receitas que conhecemos e gostamos, nasceram da curiosidade e da coragem de quem tinha boa mão para a cozinha. Logo, corajosa da pessoa que alguma vez se lembrou de misturar sal e pimenta na comida. Que experimentou cozer arroz em leite e açúcar. Que ousou comer pão com manteiga.
Pois bem, mas para além destas divinas receitas descobertas e aprimoradas pelo Homem, existem outras que só são apreciadas pelos caprichosos e desvirtuados seres terrestres. É disso que este post fala: combinações estranhíssimas entre um ou outro ingrediente, que secretamente nos deixam loucos de prazer!
Enunciarei alguns dos que, para mim, são os mais saborosos, sendo que tantos outros existem para descobrir por aí.
  • O tradicional pão com banana tira-me do sério, pois desde pequeno uma sandes de banana, a qualquer hora do dia, sabe sempre bem e mata a fome.
  • Há pouco tempo descobri com amigos, que castanhas assadas com manteiga é uma perdição. Experimentei pela primeira vez, ao fim de 28 anos, e nunca devia ter experimentado. É um pecado capital!
  • Outro dos devaneios cá de casa, e que nunca falta como acompanhamento para o frango assado, é a maçã. Frango assado com maçã, o manjar dos deuses. Mas em vez de comeres 1/4 de frango, dás por ti em metade!
  • Prática mais comum, mas ainda assim assente em algum tabu (percebi isso com os meus pais) é o arroz de pato com laranja a acompanhar. É uma das combinações mais incríveis que provei!
  • Esta tenho a certeza que nunca experimentaram. Ousem descascar uma manga e cortá-la aos bocados, polvilhando-a com sal grosso. É das coisas mais viciantes, acreditem!
  • E de sobremesa, para finalizar, chocolate negro com pimenta preta ou malagueta em pó...sem comentários. Digo só que dá força da cintura para baixo!!
Tantas outras devem haver, e tanta é a vontade de as conhecer e experimentar. 
Cada pessoa guarda estes momentos de prazer secretamente, sem nunca as ingerir em público com medo de censura. Pois meus caros, chegou o momento de deitarem isso cá para fora e partilharem com o mundo. 
Desde já, descansem que são seres normais como eu!



     


quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Sugestões com o cobertor pelas pernas


Para fazer face ao calor árctico dos últimos dias, nada melhor que o cobertor pelas pernas, as persianas a meio gás, uma caneca de chá nas mãos e um bom filme no conforto do nosso abrigo.
Como já vos habituei, este post, mais uma vez, serve para vos fazer chegar as minhas sugestões de cinema. Aquelas que eu tenho consumido nos últimos tempos, e que quando me enchem as medidas, eu tenho que as fazer transbordar para vocês, senão rebento.
Hoje trago-vos três sugestões de cinema em casa. Longas-metragens que não primam pela sua popularidade, mas sim pela sua qualidade. Esqueçam bonecos e fantochadas, aqui sugere-se cinema à séria.
Passando das palavras aos actos:

The Reader:

 
Para os mais desactualizados como eu, aqui fica um daqueles filmes cheios de conteúdo. Grande argumento, numa época cheia de histórias para contar, onde Kate Winslet demonstra mais uma vez o que é ser actriz à séria.


Rust and Bone:


Este filme marcou o início da minha relação mais séria com a sensacional actriz Marion Cotillard. Mais uma vez, o cinema europeu a dar cartas, desta volta com uma história inspiradora de alguém para alguém. Apaixonante!


Begin Again:


Não imaginam a força que fiz para não ver este filme, por me cheirar à típica comédia romântica, farta e cansada. Um dia a força falhou-me e dei por mim arrebatado ao ecrã. Afinal este é um filme em torno da música e de músicos. Keira Knightley e Mark Ruffalo dispensam apresentações, e dão corpo a um argumento porreiro!

Não pensem que me esqueci de colocar os trailers, como de resto faço sempre, mas aprendi ultimamente que os filmes têm muito mais impacto se apenas carregarmos no play, sem grande conhecimento prévio. Experimentem!
Boas sessões caseiras para vocês, que eu de seguida vou carregar no play de: "Two Days, One Night", da minha amiga Marion.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Porreiro pá!


Ora, até que provem o contrário, todos os arguidos são inocentes.
Esta é a premissa deste post.
Depois de António de Oliveira Salazar, só José Sócrates conseguiu reunir uma opinião maioritariamente negativa. Com a diferença deste último ser o único na história da democracia em Portugal a alcançá-lo. Hoje, há distância de alguns anos, e depois do caldo entornado, é fácil concluir que a governação Sócrates foi um fiasco que deixou fortes mazelas neste país de opiniões formadas.
Como aluno de Ciência Política, sempre me ensinaram que o clico do burocrata tem como objectivo chegar ao poder (mesmo que o fato seja muito apertado, e que se tenha que vestir o avatar que for) e manter-se nele o mais tempo possível, custe o que custar. Neste aspecto, nunca antes outro político lutou tanto por estes ideais de política clássica. Mesmo sabendo que o barco já tinha batido no fundo, este preparava-se para não o abandonar e para se afundar com ele. Perdeu as últimas eleições, mas conseguiu o seu propósito na mesma: Afundar o navio no qual era capitão, e afundar o seu bote salva-vidas quando já tinha chegado a Paris.
Como é óbvio, a lei tem que ser severa quando um simples mortal coloca em risco a vida de milhões de pessoas, por má gestão, corrupção, actos ilícitos, fraude, branqueamento de capitais... Contudo, tudo isto só é possível a uma pessoa a quem tenha sido concedido poder para tal.
Outra coisa que se aprende na faculdade, é que o poder corrompe. Ou seja, por mais séria que seja a pessoa em questão, e por mais poder que tenha, a sensação de inatacabilidade torna-se tão clara que é quase impossível não pôr o pé em ramo verde, nem que seja apenas uma vez. E não me venham com a história de que vocês não faziam o mesmo na posição do José. Afinal, viver numa das melhores residências de Lisboa, estudar numa faculdade em Paris e ter um local de pernoite no valor de 3 milhões de euros, não são coisas fáceis de dizer que não, quando para isso basta ter roubado um país de 3º mundo durante meia dúzia de anos!!
Infelizmente, chegar a primeiro ministro é tão difícil quanto entrar na Casa dos Segredos, não é para todos, só para quem tem o perfil indicado e preenche uma série de apertados requisitos. 
Eu no lugar do José faria exactamente o mesmo. Com a diferença de que era apanhado de imediato e ele foi passados vários anos. Pois sinceramente, considero-o uma pessoa extremamente inteligente, um dos grandes cérebros portugueses, um ser com uma imagem e um discurso político perfeito, que com tudo isto tem o azar de estar a ser o bode expiatório desta cambada que nos governa há 40 anos.
Deixa lá José já ninguém vai à guilhotina pelo que fizeste. Seres enxovalhado em praça pública (mesmo quando ainda não foste considerado culpado) é digno deste país. O rosto do crime em Gotham também foi o Joker. A Merkel também é mortal. Mas tu agora tens uma missão: ajudar a desenterrar o resto!
Precisávamos tanto de uma cara para colar por cima desta crise.
Sendo assim, porreiro pá!

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Dear hometown...


Todos nós temos uma referência geográfica ligada aos nossos primeiros anos de vida. Todos nós nascemos e crescemos num determinado local. É esse(s) local(ais) que nos irá marcar para sempre. 
De uma forma ou de outra, recorremos sempre aos mesmos nomes para recuar alguns anos no tempo, e relembrar por onde andámos, por onde brincámos...sempre com o mesmo tom nostálgico e afectuoso que caracteriza essa experiência vivida. Afinal, diz-se que são os primeiros anos de vida que nos marcam para sempre, por isso é normal olharmos para um certo local como sendo a nossa "terra mãe".
Eu nasci, cresci e vivi durante 19 anos, numa cidade chamada Cartaxo. Posto isto, é essa a minha naturalidade, a minha origem, e o local que brota na minha memória sempre que relembro, com carinho, os meus primeiros anos de vida. É o local onde ainda hoje tenho amigos e família. Assim, é um sítio que me derrete o coração pelos anos que já lá vão. 
Hoje, a história é bem diferente.
Hoje, não reconheço o meu Cartaxo de há 20 anos atrás. Hoje, não me sinto em casa quando lá estou. Hoje, sinto-me lá um estranho...
Perto de completar uma dezena de anos que saí daquela terra que me viu nascer, a vontade de voltar é nula. Assim como o carinho que tenho por ela.
Longas jornadas passam sem que eu sinta vontade de viver aquela cidade. A minha actual relação com ela faz-se de carro, numa estrada nacional que a atravessa, com a duração de 5 minutos, de 15 em 15 dias, com paragens obrigatórias em casa de familiares. É uma relação de desilusão e de desapego.
No fim de contas, começo a perceber que a minha zona de conforto mudou. Acredito também, que sendo nós cidadãos do mundo, podemos escolher qualquer local do mundo para sermos felizes. Eu, um dia que não tenha mais motivos de força maior para me deslocar ao Cartaxo, tenho a certeza que só lá irei a funerais, infelizmente.
Contudo, este é um sentimento estranho, porque as pessoas que emigram da sua cidade natal, têm sempre um enorme gosto em lá voltar na primeira oportunidade que têm. O mesmo não acontece comigo...
Por exemplo, hoje, sinto-me mais em casa e tenho muito mais carinho por uma terra chamada Pontével, que me adoptou, do que pelo sítio onde nasci e cresci. Como explicar uma coisa destas, mesmo sendo dois locais onde eu não vivo o meu dia-a-dia??
Por outro lado, adoro Lisboa!!
Trago aqui este assunto hoje, porque este fim de semana foi passado mais tempo que o normal na terra natal, e é coisa que não tenciono fazer tão cedo. 
Sabem aquele sentimento tão agradável de regressar à nossa casa? Foi o que não senti no sábado à tarde e no domingo de manhã, mas foi o que senti assim que pus a chave à porta no domingo à tarde.
Caso para dizer que "a corda já não prende o pé".



sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Friendship


Ontem li uma coisa que só hoje me bateu.
Qualquer coisa do tipo: aos 20 anos pensamos que todas as pessoas que conhecemos podem ser nossas amigas. Aos 30 anos, quando conhecemos alguém, esperamos que essa pessoa não tenha tempo de ser nossa amiga.
No entretanto, são nestes 10 anos que se fazem os amigos para a vida. Até podem aparecer outras pessoas pelo caminho, mas nenhuma delas terá o significado daquelas que nos viram crescer, vivendo connosco nos anos mais estúpidos das nossas vidas.
Os verdadeiros são aqueles que se contam pelos dedos de uma mão, e quem tiver a ilusão de que isto é mentira, desengane-se. Eu cá tenho poucos, e espero mantê-los.
Confusão mete-me aquelas pessoas que vivem rodeadas de pseudo-amizades, e que se alimentam disso, como se nas piores horas todos lhes valessem. Experimentem estar na mó de baixo e verão aqueles que passam no estreito crivo da amizade.
Trago hoje aqui este tema, porque não são todos os dias que se conseguem reunir todos os amigos de uma vida. Esta última é responsável por colocar alguns entraves a uma amizade oleada, como era aquela que se vivia aos 20 anos. Trabalho, família, cansaço...são estas as características aos 30 anos que não permitem que todos os fins de semana a malta se reúna. A parte boa disto é que torna a "coisa" bem mais apetecível, intensa, e por isso perigosa! 
As raras reuniões de (verdadeiros) amigos, servem-se da sua raridade para se tornarem mais fortes, que se concluem em acontecimentos épicos que serão relembrados ano após ano.
Segundo consta, este fim de semana vai-me proporcionar momentos que só se vivem quando "o Rei faz anos". O engraçado é que, por mais voltas que a vida dê, felizmente, as caras são as mesmas, o companheirismo idem,  e o local também. A diferença está no peso, na beleza e no charme. Valores que oscilam para cima e para baixo.
Sinto-me um felizardo quando sinto que os meus amigos dos copos, são os mesmos do meu coração!   

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Anda (quase) tudo com ele na mão


Este é um post triste.
Por aqui tem chovido copiosamente durante as últimas 24h. Ao que parece a chuva e o frio vieram para ficar, logo, o meu querido Inverno faz-se sentir e faz-me sentir muito bem. O pobre Sushi dorme sestas intermináveis desde que começou este diluvio. Pobre animal que até para ir à casa de banho tem que levar com trombas de água em cima. Ele bem olha para mim quando a chuva bate na varanda, como quem diz "isto não pára dono!?". Que resposta lhe posso dar?
Este é o contexto que me fez pensar no conteúdo do post de hoje. 
A verdade é esta: nunca na minha vida tive um chapéu de chuva!!!
É a mais pura das verdades. Desde muito novo, mesmo quando a minha mãe me oferecia encarecidamente este acessório de Inverno, eu certificava-me que me esqueceria dele em casa, ou se não me restasse outra opção a não ser levá-lo comigo, assegurava-me que o deixava num sítio onde este nunca mais pudesse ser encontrado.
Não encontro explicação para o facto de achar que este acessório foi talvez a pior invenção do Homem. 
Vejamos: de prático não tem nada, levas com a chuva que tiveres que levar na mesma, assume um papel de menor de idade pela carência afectiva que demonstra por precisar de constante atenção, e responsabilidade da parte de quem o transporta...já experimentaram contactar com outro alguém que possua o mesmo acessório que vocês? Ou levas com chuva, ou falas sem ver a cara da outra pessoa. Já para não falar do tempo que se perde a abrir e fechar o dito cujo, e os desastres que estes causam sempre que uma rabanada de vento mais forte se levanta.
Deve ser o acessório mais perdido em todo o mundo e o menos roubado!
No que me toca, encontrar um chapéu de chuva esquecido, seria a mesma coisa que encontrar uma multa de trânsito no chão. O tratamento era o mesmo. Ou seja, nenhum.
De que forma este acessório torna o vosso dia-a-dia mais eficaz e eficiente?
Já devem ter reparado que abomino andar na rua a segurar um cabo em forma de J, que evita que eu apanhe 60% dos pingos, tornando os restantes 40% numa sensação de completa frustração.
Tanta ideia e não surge nada mais moderno e eficaz? Um upgrade, ou assim...
Como a chuva nunca matou ninguém e faz parte, prefiro ser ágil o suficiente para fugir o mais rápido que consigo, sempre que me encontro como alvo. Agora experimentem a fazer isto com um chapéu de chuva na mão...
Puxando agora um pouco ao sexo forte, digamos que um homem de chapéu de chuva na mão, não é a coisa mais máscula que tenho visto.
Como não sou de deixar o dito por não dito, nunca tive, não tenho, nem nunca terei um destes empecilhos de dia-a-dia.
Tenho dito. 

PS: Ah, já agora pedia ao S.Pedro que pare de abrir o chapéu de chuva dentro de casa. Diz que dá azar...
  

terça-feira, 18 de novembro de 2014

O complexo mundo da mulher!


Hoje vou ousar entrar um pouco no mundo feminino, mesmo que não perceba patavina disso. Existem, no entanto, costumes e hábitos femininos que terão que ter explicação, e se forem partilhadas com os da minha espécie, penso seremos todos muito mais felizes juntos.
Contudo, não vou ousar sequer entrar muito neste universo. Vou só meter o nariz onde não sou chamado, porque este é um universo muito complexo e perigoso para qualquer homem.
Se me permitem, existe uma simples coisa que me intriga como vocês não imaginam. Coisa (que é prática) frequente na maioria dos seres do sexo feminino, sempre que saem à "rua" para fazer desporto. Nunca repararam que todas as mulheres ao fazer desporto apresentam-se, quase sempre, com uma peça de roupa amarrada à cintura!!???
Não imaginam as voltas que já dei ao cérebro para decifrar isto. E depois de muito esforço intelectual, e metendo-me na pele delas, encontrei as seguintes opções, mesmo que nenhuma delas esteja ainda comprovada. Então as mulheres usam roupa à cintura quando fazem desporto, porque:

  • Têm complexos com o seu rabo;
  • Não gostam de exibir o seu belo rabiosque aos olhares mais curiosos;
  • Não querem que se veja a transpiração naquela zona;
  • Não querem que se veja o fio dental;
  • Estão menstruadas, e por isso tapam as marcas de pensos e cuecas grandes;
  • É uma questão de estilo;
  • Entretanto tiveram calor e não tinham onde deixar a parte de cima;
  • As calças que usam são transparentes.
Foram estas as razões que um simples homem, como eu, conseguiu reunir para explicar este fenómeno. E acredito que são as mesmas que pairam sob a mente de todos os homens, que já perderam tempo a pensar sobre o assunto, por o acharem esquisito. É que convínhamos, fazer desporto com um bocado de tecido generoso a baloiçar na cintura, não deve ser a coisa mais confortável, por mais estilo que dê!
Ainda hoje de manhã vi duas ou três, e não pude deixar de escrever isto. Qualquer dia não durmo...
Ajudem-me por favor a ser um homem mais informado sobre o vosso mundo, mulheres de Portugal.    


segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Long Live Rock 'n' Roll nº 64


Se existem semanas que eu quero que passem rápido, esta é sem dúvida uma delas. Bem sei que vou ficar uns dias mais velho, mas isso é tão inevitável quanto o facto de eu ter que me deslocar sábado ao Armazém F, para ver e ouvir uma das minhas bandas de eleição do momento, face à recém descoberta, bem como um dos melhores álbuns rock dos últimos anos!!
Já ouviram falar de dois tipos britânicos que tocam juntos debaixo do nome Royal Blood? 


Apresentando:
Os britânicos Royal Blood vão actuar pela primeira vez em Portugal no próximo dia 22 de Novembro. A banda de Brighton vai subir ao palco do Armazém F (antiga Sala TMN ao Vivo), para apresentar o seu disco de estreia, homónimo, editado no passado mês de Agosto.
O duo de rock n’ roll, composto pelo cantor e baixista ( com alto som a guitarra) Mike Kerr e pelo baterista Ben Thatcher, ficou nas bocas do mundo logo após o lançamento do primeiro single “Out of the Black”, em 2013. A convergência entre vários estilos como o noise rock, garage rock, hard rock, grunge e blues rock, denuncia algumas das fortes influências da banda como Pixies ou Led Zepplin.
Apesar do curto período de vida a banda já passou por alguns dos principais festivais mundiais como é o caso de Glastonbury, South by Southwest, Reading Festival, Liverpool Sound City, T in the Park, ou Download Festival. No passado mês de maio a dupla inglesa foi responsável pela primeira parte de dois espectáculos dos Arctic Monkeys no Finsbury Park, em Londres. Banda, que de resto, os ajudou a catapultar para a ribalta, quando Matt Helders (baterista de Arctic Monkeys) deu uma gig com a t-shirt de Royal Blood vestida, o que originou uma espécie de loucura de pesquisa na Internet pelos sons da banda.
A prova do sucesso alcançado pelo grupo, ainda antes do lançamento do primeiro longa duração, deu-se com a nomeação para o prémio “BBC Sound of 2014”.

Este álbum encontra-se já a figurar entre os 5 melhores álbuns de 2014, segundo o top das lojas Rough Trade. 
Posto isto, só auguro um grande futuro para estes dois rapazes, e um grande concerto no sábado!

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Conhece a ideia que ganhou o Shark Tank português (mesmo antes deste começar)


Como já todos devem ter dado conta, o famigerado programa de TV "Shark Tank", estará próximo de se estrear num dos canais generalistas portugueses. No entanto, eu como gosto de antecipar as coisas, ainda antes de sair esta notícia, prontifiquei-me logo em pensar numa ideia que pudesse resultar para um formato como este.
E eis que se fez luz!!!
Durante o início do Verão de 2014 (ou coisa que o valha), perseguia-me a ideia de ter uma visão vanguardista e inovadora de negócio. De tanto pensar quase que ia desistindo, eis se não que a mais básica das ideias, e também a melhor de todas, veio à tona. Posso dizer-vos que já se encontra patenteada, por isso posso falar dela à vontade.
Enquanto que um amigo meu se agarra à ideia da criação de sanitas insonorizadas, eu prefiro apostar na criação de uma empresa que dá nomes a outras empresas!!! Não é sensacional a ideia?
Num mundo empresarial tão competitivo como o de hoje, a dificuldade em encontrar a natureza de negócio, ou a sua diferenciação face à concorrência, é um dos maiores obstáculos dos empresários. Mas também verdadeiramente importante, é encontrar um nome forte que caracterize a empresa, e que, desde logo, crie um ponto de diferenciação. É essa a missão da minha empresa que dá nomes a outras empresas. 
Já fiz mesmo várias provas da minha originalidade e sabedoria neste segmento de negócio, que tem tudo de pioneiro, e bati todos os recordes de eficácia e imaginação. Em menos de 5 minutos encontro o nome perfeito para qualquer empresa, em qualquer local, para qualquer tipo de negócio. E adianto-vos que já tive desafios bastante complicados, como arranjar um nome para uma pastelaria especialista em bolos e cappuccinos. Não vos vou revelar porque ainda não está patenteada, mas posso-vos adiantar que é brilhante. Talvez a melhor até hoje. Vá, se calhar revelo...
Imaginem uma cadeia de pastelarias, tipo "Padaria Portuguesa" mas com o nome "O Bolo Mau e o Cappuccino Vermelho"!!!!!! E não é preciso ter um gato fedorento como dono.
Hoje mesmo, fui contactado para criar um nome para uma empresa de produção de romãs e framboesas. Tenho o cérebro a mil à hora!!
Voltando ao início, não irei submeter esta brilhante ideia à avaliação dos investidores do "Shark Tank", pelo simples facto de não querer dividir o meu lucro com ninguém.
Se tudo isto não fosse a brincar, este Barão não teria um bigode que tem sempre razão!!  

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Sobreviver ao quotidiano!


Noites em claro e de sofrimento, é sobre isso que vos quero falar hoje.
Vivendo e aprendendo.
Ultimamente, devido a um qualquer problema gástrico, as minhas noites têm sido passadas em claro, e em sofrimento. Dores incomodativas capazes de não me fazer pregar olho. Tornam-se assim num jogo desesperante de paciência entre mim, contorcido com dores, e o relógio da box da TV por cabo. Este ganha-me sempre, porque sono é coisa que não me vale.
É durante todo este tempo, de sofrimento, que ainda tenho espaço e disposição para pensar em algumas coisas. Todas elas relacionadas com o outro lado de se estar a passar mal. Ou seja, o estar-se a passar bem.
Já alguma vez experimentaram, quando estão debilitados, pensar nas coisas que mais gostam de fazer e comer!!?? Eu já.
Quando estamos em baixo ao nível de saúde, o nosso corpo acompanha o sentido controverso do nosso cérebro. Ainda ontem, quando estava numa situação menos agradável, lembrei-me que deveria ganhar coragem para comer qualquer coisa. Foi então que pensei nos pratos que mais aprecio. Nada mais inconsequente, se o objectivo era o de abrir o apetite. Repugnava, imediatamente, todos esses pensamentos com vontade de vomitar.
Depois voltei-me para o aspecto mais psicológico. Experimentei pensar em coisas que me dão prazer em fazer. Nas coisas que mais gosto. E tudo parecia não ter qualquer valor, nem fazer qualquer sentido naquele momento. O meu cérebro encarregou-se de mandar para segundo e terceiro planos tudo o que não fosse dores de estômago. Deporto, filmes, música...tudo coisas que podiam desaparecer da face da Terra (pelo menos naqueles momentos. Porque agora já não!).
Hoje, um pouco mais bem disposto, tenho ainda forças para pensar no que vai na cabeça daquelas pessoas que estão verdadeiramente entre a vida e a morte. Sem me querer colocar na sua posição, aposto que trocavam, na hora, a falta de saúde por qualquer outro gosto pessoal existente. Naqueles momentos nada, para além do alívio, faz sentido. O que é incrível é que horas depois, e já de saúde, todas essas coisas voltam ao topo das prioridades.
Em momentos de aflição e sofrimento, o que unicamente importa é ultrapassar esse estado, custe o que custar. Mesmo que para isso tenhamos de desligar a ficha face aos prazeres da vida, pois estes não têm qualquer peso e significado naquelas horas. 
E assim nos reduzimos à mais simples e básica regra do ser humano: a sobrevivência.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Sucesso VS Insucesso


Hoje acordei com um pensamento engraçado que desembocou numa conclusão que, de tão lógica que é, por vezes nos escapa. Começo realmente a acreditar que é ao acordar que os génios têm as melhores ideias. O cérebro está fresquinho...
Quando pensamos em sucesso e insucesso, raramente correlacionamos os dois. Tendemos a pensar em cada um de forma isolada, pois são duas realidades opostas, embora estejam separados por uma linha bastante ténue, o que me permite ousar e pensar nos dois aos mesmo tempo, e sem preconceitos.
Existem assim, duas formas de olhar para o sucesso e o insucesso: a forma como atingimos cada um; a forma como lidamos com cada um.
O senso-comum diz-nos que as formas de alcançar o insucesso são infinitas, bastando uma pequena distracção ou erro para que sejamos resgatados por uma onda negativa. Salvo raras excepções, a obtenção de sucesso carece de muito trabalho, sorte, humildade, profissionalismo, ponderação...e algumas práticas menos correctas do ponto de vista ético. Tudo isto pode demorar uma vida, e na maior parte das vezes, vivemos a roçar o sucesso sem nunca o conseguirmos alcançar. Permite-nos afirmar que o sucesso é muito mais previsível que o insucesso, que nos aparece sem deixar recado. Num ápice caímos em desgraça, e numa vida vivida com afinco podemos, ou não, atingir o tão almejado sucesso. Existe insucesso à discrição para todos, e existe sucesso em stock limitado apenas para alguns. O sucesso esgota-se por si mesmo, o insucesso esgota-nos a nós.
Depois existe a forma como cada um de nós lida com estes dois pilares da vida. E aqui a balança pende muito mais para o lado do insucesso. Este é muito mais pesado que o outro.
Por outras palavras, dá-se muito mais importância e ênfase quando alguém caí em desgraça, imersa em insucesso, do que quando alguém com afinco e trabalho se esforça para finalmente atingir o lado positivo da actividade humana. Os erros assumem aqui grande parte do protagonismo, deixando o papel secundário para os méritos. Afinal, o mérito é alvo de um dos pecados capitais. Carrega sempre na sua bagagem a inveja, que pesa tanto! O erro caminha sozinho, sem nada às costas a não ser ele mesmo.
Não é por acaso, que seja em que actividade for, o erro abafa o mérito numa fracção de segundos. Por exemplo, imaginem alguém que vive toda a sua vida banhado em sucesso, fruto do seu trabalho e astúcia, acarretando por inerência, uma nuvem de inveja ameaçadora. Certo dia, erra e sente pela primeira vez o sabor do insucesso. A tendência é para, a partir desse momento, que toda a sua vida passada caía no esquecimento, levando-o novamente à casa de partida. Nem o próprio se lembrará que algum dia teve sucesso, tal é o peso do erro que cometeu. O pensamento fica assim circunscrito.
Agora imaginem o inverso. Um pobre coitado que nunca fez nada para sair do limbo de insucesso, em que vivera toda a sua vida. Eis que numa jogada de sorte, o sucesso lhe bate à porta e tudo muda para melhor! A tendência é para que as pessoas não se esqueçam do que foram anteriormente. Nem ninguém se esquecerá sequer...
Hoje estamos de um lado, amanhã estamos do outro. A fronteira faz-se de um gelo fino e transparente. Resta-nos remar constantemente para que a maré não nos afunde, mesmo que isso nunca signifique a chegada a bom porto.         

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Fixem este nome: Outcast


Não sei se é do tempo, mas o que é certo é que a minha faceta cinematográfica está mais activa que nunca. Chuva, frio e vento são os ingredientes principais para um dia passado em casa na companhia do grande ecrã. 
Depois não estranhem eu afirmar que já não vou ao cinema para lá de 3 anos...afinal, no poupar é que está o ganho e não me apetece dar dinheiro a chulos!
Para aproveitar esta minha excelente forma face à 7ª arte, e como já vos habituei a momentos de prazer exclusivos, trago hoje mais uma daquelas notícias que nos deixa vontade de viajar para o futuro rapidamente.
Segundo consta, Robert Kirkman, criador de Walking Dead, já fez por adaptar à TV mais uma das suas histórias aos quadradinhos, esta que vem salvaguardar o final de Walking Dead, por ser na mesma onda, mas desta vez os zombies serão substituídos por espíritos e exorcismos!!
O canal americano Cinemax já assegurou a encomenda do episódio piloto da nova série "Outcast", que se encontra actualmente em pós-produção, não tendo ainda assim data de estreia. Mas eu arrisco 2015.
Entretanto, ontem foi divulgado quem fará o papel de Kyle Barnes, o atormentado protagonista da série de BD. O escolhido foi o actor Patrick Fugit, que actualmente pode ser visto no cinema no papel de um polícia, no elogiado “Gone Girl” de David Fincher, e anteriormente em "Almost Famous", ainda puto.


Não havendo trailer, deixo-vos com algumas imagens da BD:


Espera-se mais uma série viciante e perturbadora, bem à imagem de Walking Dead, que passará na Fox hoje à noite!!

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Long Live Rock 'n' Roll nº 63


Esta semana tem sido talvez a semana mais difícil da minha vida, a nível musical, desde que me conheço como gente de bom gosto. Afinal, estou no meio de um desafio de kizomba, que se transformou em humilhação pública, lançado por mim e tendo como alvos os meus amigos roqueiros...Ainda faltam dois dias e vou desistir (mesmo que ainda seja o único em competição).
Por isso, ansiava pela chegada deste post para voltar a ser eu próprio. 
Regresso assim ao rock de bom gosto, e a um álbum que me marcou muito na minha adolescência.
Já ouviram falar dos Brand New?

 

Esta é a capa do álbum que melhor define os Brand New, e definiu muito do que sou hoje, que não era aos 18 anos.
Os Brand New são uma banda de rock alternativo, liderada por Jesse Lacey, contando com o guitarrista Vincent Accardi, o baixista e guitarrista Garrett Tierney e o baterista Brian Lane. A banda foi formada em Merrick, Nova York, nos anos 2000.

O quarteto nova-iorquino já lançou 4 álbuns de estúdio - Your Favorite Weapon (2001), Deja Entendu (2003), The Devil and God Are Raging Inside Me (2006), Daisy (2009). Desde então estão presos a um hiato para afinar caracteres em conflito, já que as guitarras essas sempre estiveram afinadíssimas.
Esta é também uma das poucas bandas que tão bem soube seguir o seu caminho, fugindo ao punk menineiro e ao nu-metal. Assim, afiguram-se como pioneiros num estilo a roçar o post-punk ou post-hardcore, como queiram. A pujança da voz e a crueldade das letras, contrabalançam com momentos de melodia celestial.
Deixo-vos com uma das suas melhores malhas:


Esta é daquelas bandas que, uma vez descobertas, corroem-nos por dentro pelo vício em que se torna. É uma ilha deserta à qual temos sempre que voltar para matar saudades. 


quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Runners - o fenómeno!


Meus caros, aconteceu! Passados quase 20 anos, os runners conquistaram por completo os pés dos portugueses/as, ao ponto de serem a maior tendência de calçado nos últimos tempos.
Recuando no tempo, aquando das minhas incursões a França, censurava todos os meus amigos franceses que usavam no dia-a-dia aqueles ténis que eu só usava nas aulas de educação física. Não havia rapaz nem rapariga que não tivesse um par, o que me causava a maior das estranhezas porque aqui na pátria amada isso era mito e alvo de censura, quando o protagonismo ia para os All Star, Vans, Airwalk...muita influência americana, como de resto é sabido. Aproveito a deixa para concluir que Portugal é muito mais influenciado nestas coisas, pelos E.U.A do que pelos seus irmãos europeus. A onda sempre foi o calçado ligado ao skate/surf. Talvez os americanos tenham razão ao afirmarem que "Portugal é a Califórnia da Europa".
Regressando ao ponto de partida, os runners andam agora por todo o lado, e em todo o tipo de pés. Em indumentárias mais ou menos formais, é vê-los nos pés dos portugueses mais atentos às modas. 
De facto, não existe marca de ténis que não tenha a sua linha de runners no top das suas vendas. As marcas vão desde a clássica Nike à menos especializada Vans. Todas elas marcam presença.
Se pensarmos bem, e como este tipo de calçado se moldou a uma onda bem mais urbana do que desportiva, esta é uma grande benesse para os nosso pés, que se encontram cada vez mais cansados deste estilo de vida cosmopolita, imerso em stress e altas velocidades. Ora, nada melhor que fazer este dia-a-dia mas como se andasse-mos, não por baixo, mas por cima das nuvens. As dores nos pés, os calos, as bolhas, e até as alergias ficam fora de contexto.
É à escolha:
New Balance
 
Volta

Adidas

Reebok

Le Coq Sportif

Vans

Estes modelos, estando nos pés do mundo, têm servido em muito para que algumas marcas, que se encontravam escondidas há muito tempo, voltassem agora a sentir o mesmo que nos seus tempos áureos. 
Quase 20 anos depois, Portugal conseguiu chegar aos calcanhares da França!!!

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Visão de túnel!!


Isto de andar no trânsito à hora de ponta, tem que se lhe diga.
Sempre fugi do trânsito a sete pés, mas actualmente não tenho hipótese de fuga. Todos os dias me faço à estrada da nossa capital, atravessando-a de uma ponta a outra, por motivos de força maior. O pior é que apanho logo o pior pincel de se ser condutor: aquele bestial pára-arranca!
Mas também se aprende no meio deste flagelo, e eu estou sempre pronto a aprender.
Com base no civismo e nas boas práticas do código da estrada, em momentos de aperto, e quando se quer chegar à meta o mais depressa possível, depois de um dia de labuta, o lado mais selvagem das pessoas vem ao de cima. Podendo-se nestes casos, contornar as regras de trânsito para facilitar a fluidez nas estradas lotadas, ainda existem pessoas que na sua ideia, desde que entram no carro até que saiam, façam o trajecto que seja, ainda pensam que andam sozinhas na estrada. Não sei se é a "visão túnel" ou uma vontade enorme de ser o rei do tráfico, mas realmente há pessoas que conduzem igualmente, com mais ou menos trânsito...o resto é paisagem!
Contudo, dentro desta estirpe de condutores altivos e arrogantes, existe um género que sobressai com base no seu nariz empinado. São elas as "rainhas das estradas".
Têm todas características muito semelhantes, e comportamentos iguais enquanto condutoras: dois braços sob o volante, ignorância face aos espelhos, sinais só atrapalham, para a frente é que é caminho, "que estranho vir sozinha na estrada a hora de ponta...", apenas foco no trajecto e meta, comportamento animal face ao seu semelhante na estrada...
Eu, com base no civismo e no principio da facilitação, espero sempre que o meu semelhante o faça também. Assim, facilito a vida a alguém esperando que alguém o faça por mim mais à frente. Mas o que já percebi é que se o facilitador for feminino, esqueçam! Se não travas bates!!
Agora, quando estou numa situação de cedência de passagem, ou algo do género, a primeira coisa que faço é olhar para ver quem é o ser que conduz o próximo carro. Se for mulher...nem arrisco, porque já sei que me vou dar mal. Começo a pensar seriamente que o meu carro é invisível ao sexo oposto.
Mas não julguem que é uma questão de luta de sexos. Muito pelo contrário, porque como já sabemos, as mulheres são "óptimas" umas para as outras... mas aqui, carro é carro e não tem sexo!
Por isto, nunca esperem que uma mulher vos facilite a vida no trânsito. Tentem identificá-la primeiro, e depois travem a fundo, porque o "comboio" não vai parar.
Elas não mandam só no mundo. Elas rulam nas estradas também!
Caso para dizer que "no trânsito, são as mulheres que mijam na roda".
Nada a fazer... 
  

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

"Ticking away the moments that make up a dull day..."


Hoje fala a minha costela filosófica.
Constantemente, penso no quão complexa é a nossa passagem por aqui. Ao certo já percebi que nada disto depende apenas de nós, das nossas escolhas, das nossas vontades...somos por isso, a variável dependente deste calculo que é a vida. Tudo o resto é uma imensidão de variáveis independentes que nos afectam das mais diversas formas.
Cheguei à conclusão que a principal de todas é o Tempo!!!
Quando alguém vos disser que são livres, que são donos de vocês próprios, e que não dependem de nada, a não ser de vós, para serem isto ou aquilo, questionem sempre estas palavras inspiradoras mas cheias de inverdades, porque existe uma variável chamada Tempo.
O Tempo, aquele que se define pela vertente contínua e interrupta, não é mais do que a definição mais humana daquilo que se entende pelo desenrolar da vida. Tão tolos somos nós, que pensámos criá-lo para que nos servisse de orientação ou desculpa para tudo. Assim, achando nós que estamos a utilizar uma ferramenta importante para vivermos à nossa maneira, tendemos em não perceber que se passa exactamente o contrário. Não somos seres livres coisíssima nenhuma, somos antes os maiores reféns da variável que define os timings de tudo.
Deste modo, a partir do momento que somos vida, é o Tempo que define tudo. Por exemplo, normalmente levamos 9 meses a nascer, 1 ano a andar, 2 anos a falar...e assim sucessivamente. Estas são coisas que o tempo define. O nosso último timing é a morte, mas este continua, só que não para nós.
Claro que nos dá jeito ter utilizado o tempo para orientar as nossas vidas. Mas fazemos isso da forma mais simples que conseguimos. Definimos que um dia tem 24h, que existem horas para trabalhar, para comer, para dormir...mas ficamos por aqui, o resto é o Tempo que dita.
Já pensaram um pouco porque é que, por vezes, sentimos o mesmo Tempo de forma diferente? Por exemplo, quando fazemos uma tarefa de que não gostamos, o tempo parece não passar. Ao invés, quando gostamos daquilo que fazemos, o tempo voa. Qual é o nosso controlo sobre isto, quando não está nas nossas mãos, e para lá do nosso entendimento, manipular, consoante a nossa vontade, algo que não pára!?
Ainda "agora" foi ontem, e "agora" já é hoje! Ele não pára!
A meu ver, sendo nós impotentes a este respeito, e sendo ele a nossa principal variável independente, resta deixar-nos levar por ele até ao fim (se ao menos o fim existisse).


"Ticking away the moments that make up a dull day
You fritter and waste the hours in an offhand way
Kicking around on a piece of ground

And you are young and life is long
And there is time to kill today
And then one day you find
Ten years have got behind you
No one told you when to run
You missed the starting gun

And you run, and you run to catch up with the sun, but it's sinking
Racing around to come up behind you again
The sun is the same in a relative way, but you're older
Shorter of breath and one day closer to death

Every year is getting shorter
Never seem to find the time
Plans that either come to naught
Or half a page of scribbled lines
Hanging on in quiet desperation is the English way
The time is gone
The song is over
Thought I'd something more to say

Home, home again
I like to be here when I can
When I come home cold and tired
It's good to warm my bones beside the fire
Far away across the field
The tolling of the iron bell
Calls the faithful to their knees
To hear the softly spoken magic spells"

Palavras sábia, digo eu!