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quinta-feira, 7 de agosto de 2014

"Vicissitudes do quotidiano do dia-a-dia de uma vida"


Mesmo quando nos encontramos num momento de viragem da nossa vida, pode ser esse o momento em que as coisas mais vertiginosas acontecem.
Não sei se é tarde, mas o que é certo é que estou prestes arrancar para a vida. Por estes dias, os sentimentos que se têm feito sentir por aqui, são um misto de angústia, esperança, ansiedade, aborrecimento, expectativa...enfim, tudo sentimentos comuns aos momentos que antecedem o start, porque depois...depois não há tempo para se sentir seja o que for.
Mesmo nesta fase, consigo sentir-me a crescer como pessoa. Sempre sabendo que o minuto seguinte a este pode mudar a minha vida para sempre. Sem nunca tentar adivinhar o que segue, porque a magia disto tudo está aí mesmo. Não quero saber o truque. Antes, quero me deixar iludir pelo futuro.
No entanto, não deixo de me sentir obsoleto, quando tenho a noção altruísta de que alguém, ou alguma coisa, está a perder tanto por ainda não me conhecer.
Como já devem ter percebido, sou apenas mais um português à procura de emprego. O meu primeiro emprego à séria (reparem que disse "emprego" e não "trabalho", porque as pestanas queimadas durante anos demoram a crescer de novo). Nesta árdua tarefa diária, apercebo-me que, na sua maioria, numa situação como a minha, é mais fácil não ser detentor de família ou  deter quaisquer vínculos amorosos, para que se consiga "aquela" oportunidade de dar a cara a uma empresa. O mercado de trabalho de hoje privilegia fortemente as pessoas sozinhas no mundo. Ou seja, para mim vai ser difícil assim...
Outro dos motivos que me deixa completamente confuso, é a relação entre o triângulo da minha vida: meteorologia+emprego+telemóvel.
Passo a explicar: nesta fase, na qual me candidato a tudo o que mexe, todos os dias, vivo na constante expectativa de receber "aquele" telefonema para "aquela" entrevista, logo, como se já não bastasse a merda de Verão que temos tido, agora não arrisco uma ida à praia (mesmo quando lá aparece um dia mais ou menos) porque posso não ouvir o telemóvel, ou em último caso, posso estar longe do local da entrevista, se esta for no próprio dia. Assim, e como devem imaginar, mesmo estando eu de férias (involuntárias e por tempo indeterminado) vai para 3 meses, devo ter ido à praia 5 dias este ano, isto há bem mais de 1 mês atrás. Resultado: estou completamente pálido, a precisar de vitamina D, e refém do meu estado de desempregado. Ora, como pedem imaginar, o meu Verão está a ser fantástico...
Mesmo aos fins de semana, que tenho uma piscina à minha inteira disposição, o tempo lembra-se sempre de me oferecer chuva e céu nublado, levando-me a crer que até o Sol, ao fim de semana, aproveita e vai até ao Algarve.
Nunca tive um momento na vida assim, mas também nunca me tinha decidido por viver à séria...ossos do ofício. 
Outra das conclusões que tiro disto tudo, é que por mais que nos preparemos e mentalizemos para algo, esse "algo" vai ser sempre mais pesado do que a tua mentalização. Custa sempre!
Por exemplo, hoje podia muito bem ter ido espairecer a cabeça, mandar uns mergulhos e apanhar um Sol. Mas não, estou aqui enfiado a olhar para o telemóvel, porque só é Verão desde o meio-dia!!!
Ou muito me engano, ou em Setembro, quando eu já tiver arranjado um "tacho" qualquer, é que o bom tempo chega para me fazer despedir à segunda semana de trabalho, e voltar à estaca 0!!
    

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