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sábado, 2 de julho de 2016

A parte de trás do mundo


Muito simples.
Com tanta futilidade esbanjada em redes sociais, o catalisador dos egos sociais do novo século, mostra o indivíduo sem falhas, sem defeitos e sem make-up (como diz o outro).
Todo este novo universo, em que se transformou, o outrora, homo sapiens, está montado numa fachada gigantesca que vai teimando em girar sobre si, e em torno do Sol.
Todos temos que ser/parecer belos e amarelos, e um like é como pão para a boca.
Quantas e quantas vezes, são precisas para chegar àquela foto bendita, que ganha força e prestígio para se lançar aos cães salivantes? 
Esse seria o tempo necessário para se fazer algo mais interessante, que pintar a futilidade com mais uma pincelada, enquanto a sociedade se vai despindo de valores morais.
Simples seria, se fosse fácil contrariar isto. Este ponto de saturação.
Ontem pensei em lançar um desafio à humanidade internauta, aos meus amigos virtuais que fazem do meu mundo real tão vazio.
E se a moda passasse a ser partilhar selfies e fotos, realmente como somos? Com todos os nossos defeitos físicos, já que o resto não se capta com a visão focada num pequeno ecrã...
O incrível seria postarmos fotos das nossas unhas encravadas, das nossas borbulhas, dos nossos pêlos, do nosso dedo torto, da nossa monocelha...
O choque não seria tão fictício quando existisse um encontro pessoal, onde normalmente a reacção é: "Então mas, nem pareces a/o mesma/o das fotos..."

Foi só um pensamento utópico, desculpem...   

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