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sexta-feira, 10 de junho de 2016

Regar os pés com urina humana


O povo português tem uma das características que mais me irrita no ser humano. Algo que para mim é contra-natura. Sendo que levei toda a minha vida a tentar remar contra a maré, tal qual lobo solitário (se ao menos os lobos soubessem nadar...).
Esta é uma das alturas do ano, em que essa característica atinge um dos seus pontos mais altos.
Durante este mês, festeja-se, em Lisboa, as festas da cidade em honra de S. António. Santo que não tem nada de padroeiro da capital, mas pronto, que seja ao senso comum para não tornar isto tudo muito complexo.
A questão é: Se toda a cidade está em festa, porque é que as pessoas teimam em aninhar-se todas em torno umas das outras, respirando o mesmo ar, no mesmo beco ou rua????
Sabemos de ante-mão que somos um povo de modas. E isto reflecte-se me todos os fenómenos sociais, onde caibam mais que 3 pessoas.
Claro que este tipo de festas não tem o mesmo sabor característico por toda a cidade, mas existem mais do que 2 opções de diversão. 
O que se passa, é que parece só existirem essas mesmas opções, tal é a densidade de manadas humanas, nomeadamente na Bica e Cais do Sodré.
Percebo que sejam locais mais próximos das casas de diversão nocturna, mas convenhamos, passar a noite toda em pé, numa rua cuja inclinação é acentuada, e que a urina nos vai regando os pés...é só estúpido.
Depois, não há rede de telefone, a cerveja está mole, e para se andar 50m não contem com menos de 30min.
À primeira vista, ainda pensei que a cerveja naquela rua fosse à borla, mas depois percebi mesmo que se tratava mais uma vez do fenómeno "Follow the Crowd", no qual o tuga é expert.
Razão dou aos turistas, eles sim, desapegados destes rituais, divertem-se nos melhores recantos da histórica Lisboa. 
E olhem que há muitos onde não se pisa ninguém, baila-se a noite toda, e até se pode jantar em casa dos locais se forem com a vossa cara.
Mas não, o pessoal curte é encostar o carro à praça...deixá-los andar.

PS: Sei de um segredo em plena Bica e vocês não...uma espécie de País das Maravilhas. Uma Lisboa dentro de Lisboa. Um dia conto-vos!
  

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