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terça-feira, 7 de junho de 2016

Isto é o Apocalipse!!


Esta semana tive a constatação de que existem vícios menores, que nos podem manipular o dia-a-dia como outra adição qualquer.
Aliás, como já sabemos, somos a era da tecnologia e informação. Somos reféns disso, mesmo sem nos apercebermos. 
Simples coisas que nos vão moldando o quotidiano. 
Tudo bem até aqui, com estes vícios menores. O problema com qualquer tipo de vício, é quando este nos falta.
Hoje dou-vos um exemplo de um vício menor, que devora as pestanas de um Ser que está paredes meias comigo.
É o vício da televisão em geral, e das novelas brasileiras e séries americanas em particular.
Nem que seja só para estar a dar ambiente enquanto se faz outra qualquer tarefa doméstica, a TV é como o Ambipur daquela casa. Mesmo quando os programas são ridículos, o que interessa no fundo é ouvir-se uma voz, ou um som.
Ás tantas a alegria de se chegar a casa, é a de ter 3 episódios daquela novela preferida para se ver de empreitada, e mais 2 daquela série americana viral que teima em nunca ter fim à vista...
Nestas ocasiões é o sofá que sustenta o peso daquele corpo durante horas a fio.
Mas, e se de repente, a novela preferida, que nos acompanhou durante o último ano e pouco, tivesse um fim!?
Aqui tudo muda, até o estado de espírito. O comportamento altera-se, e a procura por uma explicação em não haver uma nova, logo de seguida, que nos colmate tal vício, é incessante. 
É a ressaca no seu mais alto esplendor. Onde já se viu, aquela novela ter um fim, e como se não bastasse, não existir uma que a substitua...
Entra em acção um comportamento reflexo, como é o caso do zapping. As doses de prazer e satisfação são menores e momentâneas, mais vão dando para curar a ressaca. Faz-se a revisão da matéria, e o remédio é voltar àquela série americana de polícias e ladrões, que começa às 16h e acaba às 21h.
Nunca pensei que no Havaí, houvesse tanta criminalidade... 
No fundo, tudo se altera no mundo, menos aquela TV. 
Suspeito que se a minha casa fosse alvo de um ataque nuclear, só sobreviviam duas coisas: a TV e o seu Ser.

Fico feliz pelo Ser sobreviver, mesmo assim.

PS: Salvaguardo que também tenho os meus vícios menores, para que fique registado. 


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