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sexta-feira, 13 de maio de 2016

Adopte uma anedota


Sempre fui um pouco saudosista e nostálgico, talvez porque vivi uma infância dourada, repleta de coisas boas e experiências malandras.
Deve-se a esse facto, esta minha característica de relembrar os velhos tempos com uma tremenda vontade de fazer marcha-atrás...mas ela não entra. 
Por isso não tenho outra opção senão de encarar o futuro e fazer pela vida no presente, como todos os outros.
Mas existiram por-maiores que faziam toda a diferença.
Sempre gostei de fazer rir as pessoas que me rodeiam. Ver um sorriso é como que uma vitória para mim, e uma gargalhada profunda é o ganhar da guerra em tempos cobertos de cinismo.
Hoje, escrevo este post porque tenho saudades daquelas mesas cheias de contadores de anedotas que pareciam ter nascido para as contar. Era à vez, à desgarrada. 
Nem todos eram bons a contar, mas todos as adoravam ouvir. Eu era daqueles que memorizava as melhores 20 para debitá-las sempre que me levantava da cadeira.
O ambiente era sempre de chorar a rir, e estava sempre guardado para os serões. 
Com o passar dos anos, assim como eu fui parando de as contar e de as ouvir, também a memória nos vai atraiçoando sempre que tentamos rebuscar as do fundo de baú. 
Nada tem a mesma graça, nem quem conta nem que ouve. 
Não sei se foram as anedotas deixaram de ter graça, se as pessoas que as contavam deixaram de ter disposição, se quem as ouvia deixaram de se rir, ou mesmo se foram os tempos das modernices viciantes que deixaram que as pessoas não tivessem mais tempo umas para as outras. Se calhar foi tudo junto, o que é pena.
Qualquer dia desafio o meu grupo de amigos para um jantar, seguido de uma tradicional noite de anedotas. Tenho a certeza que ao fim de 5 minutos já todos estaríamos a ver um video no youtube, ou a ver mamas nas redes sociais...

Por falar em mamas, agora lembrei-me de uma. Mas já não tem graça...

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