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sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Dobragens ao telefone

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Aos poucos vou tirando o que de melhor o mundo e as pessoas têm para me oferecer.
E se puder rir, irei sempre fazê-lo.
Uma dessas coisas que me diverte como tudo, prende-se com o facto de haverem pessoas que, quando em contacto telefónico, mudam instantaneamente o seu tom de voz, muitas vezes ficando irreconheciveis ao ouvinte.
Imaginem que privam com essa pessoa todos os dias da vossa vida, e que sabem de cor e salteado os diferentes tons de voz aplicados aos diferentes momentos.
Isso é fácil.
Agora imaginem essa mesma pessoa que vocês conhecem como ninguém, mas que na hora de atender o telefone, adaptam imediatamente a voz de outra personagem qualquer, como se de uma dobragem de desenho animado se tratasse.
Passou a ser mais difícil e ao mesmo tempo mais engraçado.
Isto é algo que faz com que seja tremendamente difícil conter as lágrimas!
O mais sui generis de tudo, é que a voz muda conforme o nome, ou o tipo de pessoa que aparece no ecrã do telefone antes de atender a chamada. 
Agora imaginem o quão hilariante pode ser haverem pessoas que têm diferentes vozes, para diferentes chamadas.
Já cataloguei algumas. 
Passo a anunciar:
1-Voz para melhor amigo/a
2-Voz para colega de trabalho
3-Voz para patrão
4-Voz para senhorio
5-Voz para pessoas desconhecidas
...

Depois existe sempre a possiblidade automática de voltar à voz normal, aquando do fim da chamada.
O pior é quando o sistema dá erro e é utilizada (por exemplo) a "voz para pessoas desconhecidas" para um marido ou assim. O anfitrião entra em colapso cerebral.
Vá já chega de imaginações.
Não sei se conhecem alguém, ou se vocês mesmos têm este dom, mas quero-vos dizer que se sim, são especiais como a que eu conheço.
O ET também esticava o dedo para ligar para casa...

domingo, 22 de janeiro de 2017

O subsolo do porto(gal) rural

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Como sempre estou a adorar o Porto.
Como também já vos escrevi aqui, dá a sensação de que vamos lá fora cá dentro, porque as diferenças estão à vista desarmada.
Mas nada se compara ao que presenciei na passada madrugada de sexta feira.
Vir ao Porto e não ir espreitar o que se passa no mítico Maus Hábitos, é como ir ao ginecologista e não mostrar o pipi.
Depois de um longuíssimo dia de trabalho, precisava mesmo de ver outras caras e respirar outro ar.
O primeiro e único destino que o meu cérebro drafteou só podia ser aquele último andar de um velho edifício em frente ao Coliseu.
À chegada foi logo estranho, pois nunca antes aquelas escadas estiveram tão animadas...
À entrada, a estranheza passou a desconfiança.
Cheio de sede, dirigi-me ao bar de onde vinha a música e servi-me de uma imperial, enquanto estranhava a música que tocava e ainda mais homens e mulheres cantarem-na ponta da língua, um tema que eu nunca antes tinha ouvido...
"Mas que raio, estou apenas a alguns kms de Lisboa e as músicas que levam o pessoal à loucura aqui são coisas que nunca ouvi!!"
A malta, independentemente do sexo, soltava a franga e as penas esvoaçavam.
Procurei um canto mais recatado(coisa que percebi não existir), e comecei a ver drag queens por todo o lado. Passados alguns minutos, desfilavam de um lado para o outro, pessoal que se travava por "oh bicha!" e que vestiam as roupas mais estranhas que podem imaginar. Desde: pijamas cor de rosa com plataformas, alças transparentes de rede, lantejoulas, rapazes de tops femininos decotados, sósias do Ricky Martin, Abba e até um Hobbit...
Numa mudança de perna de apoio, e no meio de uma estupefacção intensa, dou por mim a olhar para o programa do mês.
Já estranhava que há mais de 30min não parava de ouvir gritos ao som de todos os hits de Beyonce e Destiny Child, mas quando corri o dedo pelas datas, até à noite de 20 de Janeiro, confirmei o pior cenário: Noite de Tributo a Beyonce (aka noite gay!!) 
Tudo passou a fazer mais sentido, ao mesmo tempo que me assustei com o que via a sair da pista de dança.
Como já sabem, considero-me uma pessoa com a mente minimamente aberta para os tempos que correm, mas tudo ali atingia um nível para o qual eu não estava preparado. Fiquei desconfortável...
Fui abordado várias vezes pelas tais bichas que queriam colo, um abraço ou lume.
Passados alguns minutos, relaxei e entrei na cena (na medida do possível e com as minhas limitações, resumindo tudo a um sorriso) e cheguei ao resultado final: Nunca ri tanto em toda a minha vida!
Uma noite que jamais esquecerei!
Caí ali de pára-quedas, sem saber ao que ia, mas diverti-me à brava à pala da minha capacidade de observação e do meu sentido de humor.
Cheguei a casa "inteiro" mas foi-me difícil adormecer.   

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Venham, venham, cabemos todos!

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Ainda hoje, sempre que me desloco pelo nosso pequeno jardim à beira mar plantado, fico espantado com tamanha diversidade. 
Tal qual caixa de pandora, Portugal de lés-a-alés, engloba multicultularidades, pronuncias, hábitos, cores, estados meteorológicos, gastronomias, paisagens, formas de vestir...
Este país é um mundo dentro do próprio mundo. 
Já viajei alguma coisa, cá dentro e lá fora. E tenho a sensação que em países com o dobro ou triplo do tamanho, não se encontra tamanha heterogeneidade em pouco mais de 10M de habitantes.
Fazendo como eu estes dias, viajando até ao norte do país, não será necessário muito tempo para que nos apercebamos de alguns dos contrates que separam por exemplo: Lisboa e Porto.
Basta uma viagem de poucas horas, que ao sair num centro comercial e subir as escadas rolantes, para o primeiro impacto.
As pessoas parecem diferentes. Não piores nem melhores, diferentes. É fácil para mim identificar as pessoas de Lisboa e pessoas do Porto, porque sou observador e não preciso de pronúncias para concluir de onde são os seres.
É a imagem, a forma de vestir, a simples forma como lidam uns com os outros. É tudo verdade as coisas boas que dizem desta gente aqui de cima.
A melhor experiência para vivenciarmos isto é entrarmos num restaurante ou num café, para sentirmos o calor e a simpatia destas gentes. Já para não falar do tamanho das doses por estes lados. Aqui não se olha a meios para encher a barriga.
Um simples menú é o bastante para sabermos onde estamos. E são apenas 310km que nos separam...
Feliz por este jardim ter tantas flores diferentes. 

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Fiel amigo escrevo-te...

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31 anos depois, apercebo-me de realidades que jamais pensaria terem tanta importância na vida dos seres humanos. 
Todos estes anos depois, reparo que o famoso papel que nos acompanha nas situações mais íntimas e mais constrangedoras da génese humana, foi sem dúvida das melhores invenções de todos os tempos. 
O seu a seu dono. 
Presto aqui a minha homenagem ao papel mais importante do mundo. Aquele que conhece o nosso lado mais negro. 
Arrisco mesmo a dizer: aquele que nos conhece melhor que ninguém. 
É tão rotineiro que não lhe damos o devido valor. Ou melhor, apenas lhe atribuímos verdadeira importância quando este desaparece nas alturas mais cruéis. Aí, passa de invisível a bem de primeiríssima necessidade. 
Afinal, quem é que nunca sentiu a sua falta? 
Foi exactamente um momento desses que me fez prestar esta homenagem. 
Que nunca vos falte um dos melhores amigos da humanidade. 
Correndo poucos riscos, afirmo que este será um dos recursos mais consumíveis no nosso planeta. 
Gostaria de saber, só por mera curiosidade, a quantidade diária de papel higiénico consumida no mundo. Deve ser um absurdo! 
Papelinho, por isso peço-te que nunca me faltes, e que estejas sempre presente ao longo da minha vida. És um fofo...

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Um simples arrastar de pés

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Este novo ano começa deveras irritadiço.
As pessoas irritam-se com diversas situações do seu dia-a-dia. 
Existe um catálogo vasto de irritações na vida de uma pessoa religiosa.
Crenças e gostos inflamam irritações.
Não são cutâneas, são irritações de espírito, daquelas que não têm loção que as acalme.
A irritação da moda deste novo ano, prende-se com a classe dos árbitros. É uma figura que irrita o símbolo que se traz ao peito, mas que não acerta na baliza adversária quando o deveria fazer.
Depois, existem irritações por quem trata mal os animais, pelos fatos de treino de pele de pessêgo, porque alguém carrega na pasta de dentes a meio, porque se estica o cabelo e a humidade que se faz sentir na rua arruina todo o penteado, pelos kgs a mais durante esta época festiva...são mil!
Eu, particularmente, ando bastante irritadiço.
Posso-vos confidenciar que este post me está a irritar bastante, assim como a vocês, bem como me irrita estar a escrever e vocês a ler tantas vezes derivados da palavra irritação.
Mas o que realmente me tira do sério, é o arrastar de pés na loccomução do meu vizinho chinês. Fenómeno este que me massaja o ego diariamente.
Já conheci histórias de homicídio que começaram por menos...

Bom ano, e tentem que nada nem ninguém vos irrite tanto quanto a mim.