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sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Já fui feliz à séria!



Vá, sejamos honestos, as saudades de ler algo deste género eram nulas...
Hoje vou-vos falar um pouco, daquilo que foram os meus últimos 13 dias. 
Relativamente a isso começo por dizer que foram umas férias forçadas, de acordo com o meu novo estatuto social. E não é que foram boas!!
No passado dia 3, viajei para o outro lado planeta Terra. O sudeste asiático sempre me seduziu, porque tem tudo de acordo com o meu lifestyle: palmeiras, sol, praia, desportos náuticos e gente simples e humilde. Foi tudo isso que encontrei.
Começando pelo início, depois das 23h que separam a porta da minha casa à porta do quarto do hotel, na Silom Road em Bangkok, com um pit stop em Istambul, as férias finalmente tinham começado.
Falando de Bangkok, cidade para a qual já ia devidamente preparado, o choque foi enorme na mesma. É tudo o oposto do que um simplório tuga está habituado. Cidade feia, cheiros intensos, falta de limpeza e higiene, 35 graus, céu nublado, poluição, stress, 70 milhões de pessoas na cidade, 24h de ponta, 1h15m para fazer 5km de tuk-tuk, ratos que parecem coelhos são tantos como motas, 80% de humidade, pobreza...ou seja, tudo o que uma cidade de 3º mundo tem para oferecer. Mesmo depois deste choque incrível, ainda tive tempo e coragem para fazer uma city-tour e conhecer os locais mais emblemáticos, os templos budistas, jantar num barco que atravessava uma linda vista, subir vários andares para visitar o mítico Siroco skybar, uns dos mais bonitos e conhecidos do mundo por culpa do filme a Ressaca. Bangkok apresentou-se a mim como uma cidade 50/50. Tem o melhor e o pior para oferecer. Eu como ia de mente aberta, ao fim de 24h já me sentia um habitante e não um turista. Mas está vista e revista e 3 dias chegam perfeitamente para esse efeito, até porque não é de todo o melhor que a Tailândia tem para nos oferecer.
Guardo comigo um remorso em relação à minha passagem por Bangkok, e o único. O sentimento de culpa que guardo, por não ter tido coragem de enfrentar o trânsito durante 3h para visitar o famoso Mercado Flutuante...fica para uma próxima. Foi o que faltou.
Passados três dias, saturado e cansado de tanta confusão citadina, regressei ao aeroporto daquela cidade, para apanhar a ligação para o paraíso. Koh Samui to Koh Phangan!
Depois de 1h de voo, aterrava em Koh Samui para apanhar um barco que me levaria ao destino final. 
Koh Samui é uma das ilhas do Golfo Tailandês mais conhecidas dos turistas, por isso mesmo é extremamente movimentada, à semelhança de Bangkok, só que aqui o mix de nacionalidades é bem maior. Já bastante citadina, e pouco selvagem, não deixa de ter praias e sítios lindíssimos, cobertos por um sol escaldante. A estadia durou 2h, o tempo que me separava de uma viagem de barco até Koh Phangan, que em conjunto com Koh Tao, se apresentam como o esplendor máximo do paraíso tropical/selvagem tailandês.
À chegada estavam 40 graus, e o patrão do AC para aqueles lados deve ser milionário, responsável pela sobrevivência de milhares de pessoas que por ali passam, mesmo sendo Inverno e o céu estivesse quase sempre coberto de nuvens...
Encontrei uma ilha quase intacta no seu estado natural, bastante calma, limpa, cuidada, repleta de pessoas locais simpatiquíssimas, muitos locais e animais selvagens (a fazer lembrar aquelas imagens dos filmes da Guerra do Vietnam), ruas pouco movimentadas, cocos, palmeiras, areia branca, água cristalina...encontrei o paraíso ideal para passar momentos inesquecíveis e experiências para sempre recordar. E foi o que aconteceu durante 6 dias.
O resort arrisca-se a ser um dos mais belos do mundo (embutido entre a selva e a praia), e a minha vila  um pedaço do céu na terra. A visita aos elefantes, as aldeias de pescadores, as praias secretas, as vistas, a rua do comércio onde as camisolas dos principais clubes de futebol europeus vestiam as ruas, os ritmos baixos de vida, a humildade daqueles tailandeses curiosos, que quando ouviam o nome de um país europeu de onde vinham os turistas rejubilavam de alegria, as massagens, a tranquilidade, o fundo do mar, as viagens de barco, os jantares na praia, os lançamentos de balões luminosos, o barulho do vento e do mar, o Horácio (lagarto que habitava paredes meias comigo, e que todos os dias apanhava banhos de sol e dava mergulhos no lago), os cães livres que faziam vida de banhistas tal qual eu, as refeições thai deliciosas a 4 euros por pessoa, a fruta...a fruta...os sumos daquela fruta...e muito mais que se torna indescritível, e me corroem de vontade voltar para lá viver o resto da minha vida!
Koh Phangan é de aproveitar agora que ainda é underground.
Foi tudo tão bom que se mede pelos milhares de "thank you, very very much" que soletrei durante 13 dias.
Foi bom enquanto durou. E tinha tanto mais para vos contar...
Cheguei a Lisboa ontem, e já tenho assunto para novo post!
Um dia, quando morrer, já posso dizer que experimentei ser muito feliz!   

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