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terça-feira, 26 de agosto de 2014

Colados com cuspo...um dia descolamos!

dream live die

Nunca conheci uma pessoa tão agarrada à vida como eu. 
Hoje é um dos dias mais difíceis na vida de um grande amigo meu, e por isso este post é o meu luto por ele.
Os dias vão passando, vamos ficando mais velhos, mais secos, menos vivos...vamos morrendo aos poucos. A vida é uma coisa tão importante para mim, que só de imaginar o contrário, por mais natural e certo que seja, é como se o amanhã nunca mais chegasse para me sentir vivo, apenas mais um dia. E depois surgem-me notícias de que chegou "aquele" dia para alguém próximo, e o amanhã nunca mais chega para mim, para ter a certeza que vivo pelo menos mais um dia.
E se ainda fosse só a minha vida que me preocupasse...afinal, felizmente não sou sozinho no mundo. Tenho tentando, constantemente, encontrar um significado para a vida que me deixe com o coração mais descansado. Mas por muitas voltas que dê, não encontro grande coisa. Talvez porque ainda não sei nada disso. E não passo de um puto que acha que viver é super fixe, e que passamos pela vida colados com cuspo. Um dia havemos de descolar...
Numa visão mais romântica, gosto de olhar para a vida da mesma forma que olho para um sonho. Vivemos um sonho, e quando acordarmos já fomos. Por isso, a meu ver, vivemos e morremos sem nunca conseguir perceber ao certo o verdadeiro significado disto tudo. O meu hoje é este, amanhã não sei.
No entanto, uns mais, outros menos, penso que todos temos tempo para ser mais e deixar um vestígio da nossa passagem por cá. É, de certo modo, isso que me agarra tanto a este sonho: a vontade de deixar marca. 
E quando falo em marca não penso em construir uma obra de arte, ser reconhecido internacionalmente, ser multi-milionário... imagine-se o quão efémera pode ser a vida, se metaforicamente esta valer tanto a pena com escrever um livro, plantar árvore, e fazer um filho. Para mim quase que chega. Só acrescento isto: fazer feliz alguém.
E de repente, sem avisar, de um segundo para o outro, o elevador pára, sendo a nossa vez de sair de cena...

Um abraço amigo! 


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