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quinta-feira, 21 de agosto de 2014

City cruisers


Volto hoje a tocar no assunto emprego, mas ao de leve, não se chateiem comigo.
Agora que vejo uma luz ao fundo do túnel, começo a tentar imaginar como vai ser a minha rotina como pessoa "normal". E as ideias são mais que muitas. Entre elas, tenho andado a pensar na melhor forma de me deslocar para o local de trabalho. Esta é a ideia do post de hoje.
Como se sabe, Lisboa não foi, não é, nem nunca será, uma cidade convidativa à utilização de transportes não-motorizados na hora de nos dirigirmos ao emprego, diariamente. Mesmo assim, existe quem tente contrariar, e muito bem, as características montanhosas da cidade e a inflação de automóveis, arriscando uma escolha saudável, como é a bicicleta, os transportes eléctricos, ou em último caso, sendo que poluidor, as convencionais e estilosas Vespas. No entanto, a escolha pela bicicleta, por exemplo, carece de muita paixão pelo transporte de 2 rodas, e mesmo assim apresenta algumas limitações, como aliás, todos os outros meios. Sorte temos nós portugueses, que existe sol praticamente todo o ano. E o pior para o ciclistas de cidade não é bem a chuva, mas principalmente os dias tórridos de Verão. Assim, muito boa gente, à chegada ao emprego, terá que tomar outro banho, sem ser o de suor! Já para não entrar no campo da falta de sensibilidade pelos ciclistas, por parte dos automobilistas. 
Encerrado está este assunto.
Há uns meses tive em Paris, e uma das evidências que mais me marcaram o campo visual, foram as diversas formas como a maioria das pessoas iam para o trabalho. Sendo que existe uma estação de metro de km em km, ainda há quem se interesse pelo ar livre, poupando tempo, dinheiro, poluição e a confusão das horas de ponta. De ressalvar, que comparando Paris a Lisboa, a primeira é uma tábua rasa, sem inclinações de maior.
Então, para além dos transportes alternativos de que vos falei acima, os parisienses "cortam as ruas", a caminho de onde quer que seja, principalmente de trotinetes e um novo conceito de skate.
Falemos agora desse novo rolador de ruas.
Para espanto meu, este é por ventura, o meio de transporte mais utilizado pelos trabalhadores parisienses. Um tipo de skate mais pequeno e largo, que eu nunca tinha visto antes. Mas como sou uma pessoa sabida, associei-os logo à Califórnia dos anos 80 e 90. Primeiro, tal espanto prendeu-se com o facto de nunca os ter visto em Portugal, segundo porque as pessoas que neles se deslocavam, tinham tudo menos aspecto de skaters. Deste modo, era vê-los/as a passar por mim, já cheios/as de técnica: executivos, bancários, estudantes, lojistas, empregados de cafés...nada mais que uma moda parisiense, sem dúvida. Mas que me conseguiu atrair bastante, nomeadamente porque os skates eram ás centenas, e todos diferentes uns dos outros. Com a particularidade de serem todos da mesma marca. Descobri eu agora!
Para finalizar, a marca que os fabrica é a Globe. E existe um universo gigante de bom gosto ligado a este novo conceito de skatar. Dá vontade de ter um, mesmo que seja para enfeitar o quarto. 
Com o cognome de Cruiserboards, existem à centenas:

   

Surgem-nos com o simples objectivo de tornar as viagens a pé mais estilosas, rápidas, confortáveis e fáceis, do que um convencional skate, que requer muito mais equilíbrio. Apresentam uma dimensão mais portátil e pequena, mais largos e estáveis, e detêm rodas que transmitem essa estabilidade ao máximo. Para cair é preciso um milagre!!
Estes Bantam da Globe, apresentam vários feitios, cores, padrões, mas todos viciantes! É chegar ao trabalho e encosta-lo à secretária...
A ideia de ir de skate para trabalho não me sai da cabeça. Não posso é arranjar um trabalho muito longe de casa...

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