Powered By Blogger

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

"O melhor de dois mundos!"

Alentejo e Ribatejo em destaque na BTL 2015

Hoje em dia, temos a sorte de ser possível conhecer grande parte do planeta Terra, sem que isso signifique gastar fortunas para o efeito. Graças à globalização, e ao fim de muitas fronteiras, hoje a facilidade com que viajamos para fora do nosso cantinho é 100x superior ao que era no tempo dos nossos pais.
Esta, a meu ver, é sem dúvida uma das grandes vantagens de viver no séc. XXI. 
As companhias low-cost e as feiras de turismo, são algumas das principais impulsionadoras do elevado fluxo migratório global nos nossos dias.
Como tal, a FIL abriu portas no passado dia 25 para receber a BTL- Feira Internacional de Turismo, que se desenrola até ao próximo domingo.
Sob o mote "o melhor de dois mundos", o certame conta com muitas atracções para o fim-de-semana, sendo um dos chamarizes principais a venda directa de férias, hotelaria, viagens e muitas outras experiências turísticas. Segundo informa a BTL, incluem-se "promoções que podem ir até aos 70% de desconto". "Agências de viagens, companhias aéreas, hotéis e municípios, entre outros, irão apresentar as suas melhores ofertas", garantem.
Online, está também disponível um "livro de promoções" e existe uma aplicação onde também podem ser consultadas, além de outras informações sobre a feira (para iOS e Android, disponível em http://btl.m-guide.org/app.
Por três pavilhões da FIL Parque das Nações, em Lisboa, repartem-se mais de mil expositores, que também vão garantir, ao longo do fim-de-semana, um vasto programa de animação. 
A feira, que espera fechar com mais de 70 mil visitantes registados, conta até com pesos pesados da música popular para atrair mais visitas: por exemplo, o stand do município de Pampilhosa da Serra (pavilhão 2, no sábado, das 18h30 às 19h30), tem como convidado, para uma sessão de autógrafos, uma celebridade nascida no concelho, Tony Carreira. Mas há mais para ver, até autocarros: caso de um bus turístico dos anos de 1930, levado pela agência Pinto Lopes Viagens (pav. 3) ou uma réplica do autocarro dos Campeões Europeus 1960/1961 e 1961/1962, levado pelo Sport Lisboa e Benfica (pav. 3).
Dadas as circunstâncias, como quem não quer a coisa, a ver se me desenrasco e compro viagem para duas pessoas, para um local paradisíaco lá para inícios de Agosto!! 

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

A origem da loucura...


Todos nós temos aquelas situações que nos levam à loucura. 
Quanto a mim, não são muitas, dado que sou um Barão bastante pacífico. Mas como é óbvio, tenho duas ou três situações que me tiram do sério em apenas uma fracção de segundo.
Uma das coisas que mais me irrita, é sem dúvida, quando estou no mesmo espaço físico que outra pessoa, estando a meio de um diálogo, e por um ou outro barulho deixo de ouvir o que esta me está a dizer. Exemplo mais flagrante é a água a correr. Por mais que me esforce para entender o que estou a ouvir, não consigo discernir as palavras e apenas ouço uma língua que não é a minha. É como se um chinês me tivesse a tentar explicar algo, e partisse do princípio que eu o estava a entender perfeitamente. 
Quando algo do género acontece, e com os nervos em franja, prontifico-me, desde logo, em lançar um grito de desagrado para que a pessoa pare de falar, porque quanto mais fala mais me irrita.
Outra das situações que me transcendem, é a aquela típica marcação de uma hora e local de encontro, onde caso seja eu a chegar primeiro e me depare com o atraso da outra pessoa, esta telefonar-me a dizer que está mesmo a chegar, sabendo que demorará ainda 10 ou 15 minutos!!! Não há nada pior. 
Quanto ao atraso até sou bastante compreensível, porque a maior parte das vezes não é opção. Agora outra coisa, completamente intolerante, é informação "estou a chegar", quando se sabe perfeitamente que não está. É de me saltar a tampa.
Ultimamente, e fazendo parte do meu crescimento enquanto pessoa, porque a vida não é sempre como nós a projectamos, tenho reparado que fico fora de mim sempre que tenho o meu dia planeado, e que esse plano vai por água abaixo por depender de outras pessoas...estar à espera daquele telefonema que me foi prometido (como neste preciso momento) para poder desenrolar o meu dia conforme o planeado, e ver as horas a passar sem conseguir fazer nada daquilo que tinha programado para o meu dia.
Resumindo e concluindo, tudo o que mais me irrita nesta vida, (e não é nada fácil) prende-se exactamente com o relacionamento com os meus semelhantes. Começo a perceber o sentido daqueles pessoas que afirmam que não gostam de pessoas.
Eu prefiro abraçar esta ideia: "Quanto mais lido com pessoas, mais gosto de animais".
Precisamente agora, estou com uma irritação absurda, que se sente em mim mas que tem origem noutras pessoas...  

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Imbróglio fiscal


Por vezes, sem sequer nos apercebermos, incorremos em transgressões à Lei que nos podem custar vários anos de vida, ou mesmo vários milhares de euros. É o caso de se pensar que está tudo de acordo com os trâmites legais, e quando por alguma razão se vai vasculhar o nosso cadastro, descobrimos que afinal somos parasitas da sociedade aos olhos da máquina fiscal do Estado.
Esta foi a minha mais recente descoberta!
Até ao dia de hoje, nunca fui trabalhador, pelo menos nunca perante a Lei. Desde os meus 18 anos de idade que venho desenvolvendo algumas actividades que me têm dado alguns rendimentos, mas todas de cariz não-profissional. Excepto durante 10 meses em que fui trabalhador dependente, e outros 10 em que fui independente. 
No primeiro caso, as responsabilidades fiscais ficaram todas a cargo da entidade em questão. E aqui, uma pessoa fica descansada quando entrega a declaração de IRS. No segundo caso, fui eu o próprio a abrir e fechar actividade (pelos vistos mal!).
Depois, durante todos os outros anos, como para todos os efeitos nunca tive rendimentos, nunca foi necessário entregar a declaração de IRS, visto que a Lei assim o menciona quando não atingimos o mínimo de 4000 e tal euros por ano.
A questão é que agora a minha contabilista descobriu que a minha situação fiscal é um novelo de lã, sem ponta por onde se lhe pegue!
Afinal, a tal entidade que em 2010 deveria ter encerrado a minha função na Segurança Social, ainda hoje não o fez...
Afinal, a minha actividade como trabalhador independente encontra-se aberta desde 2011, quando eu detenho um comprovativo de cessação com a data desse mesmo ano. Ou seja, as Finanças e a Segurança Social estão mal uma com a outra, no que toca à consonância com a minha situação fiscal...
Tenho agora conhecimento desta trapalhada toda, à qual eu era completamente alheio, e que me poderia levar à falência caso tivesse tido rendimentos declarados nestes últimos anos.
Só para terem a noção desta mixórdia, a Segurança Social tem dois números para mim!!! Não é óptimo??
Vários anos depois, vou lutar contra a máquina burocrática fiscal do Estado, mesmo sem ter culpa.
Mesmo ultrapassando esta confusão, adivinhem quem ficará sempre a perder!!???
Enfim...vamos a isto!    

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Na ressaca do Horácios


Depois de uma noite mal dormida, por via deste post venho confrontar os vencedores da noite passada, com os meus favoritos que foram divulgados aqui num post anterior.
Esta confrontação serve essencialmente, para provar que sou um ser sábio e cheio de virtude. Para quem ainda tinha dúvidas da minha sapiência, depois disto, peço que se curve perante mim.
Assim, em negrito estarão apontados os meus palpites, e em vermelho estarão os vencedores. No caso de coincidirem (que é o mais provável) será apresentado a azul. Decoraram?
Eis o confronto nas principais categorias:

Melhor Filme:
American Sniper
Birdman or (The Unexpected Virtue of Ignorance)
Boyhood (ver post sobre o filme)
The Grand Budapest Hotel 
The Imitation Game
Selma
The Theory of Everything
Whiplash
Melhor Actor:
Steve Carell, Foxcatcher
Bradley Cooper, American Sniper
Benedict Cumberbatch, The Imitation Game
Michael Keaton, Birdman or (The Unexpected Virtue of Ignorance)
Eddie RedmayneThe Theory of Everything
Melhor actri:
Marion CotillardTwo Days, One Night (ver post sobre o filme)
Felicity Jones, The Theory of Everything
Julianne Moore, Still Alice
Rosamund Pike, Gone Girl
Reese Witherspoon, Wild
Melhor actor secundário:
Robert Duvall, The Judge
Ethan Hawke, Boyhood
Edward Norton, Birdman or (The Unexpected Virtue of Ignorance)
Mark Ruffalo, Foxcatcher
J.K. SimmonsWhiplash
Melhor actriz secundária:
Patricia Arquette, Boyhood
Laura Dern, Wild
Keira Knightley, The Imitation Game
Emma Stone, Birdman or (The Unexpected Virtue of Ignorance)
Meryl StreepInto the Woods
Melhor Realizador:
Wes Anderson, The Grand Budapest Hotel
Alejandro Gonzalez Inarritu, Birdman or (The Unexpected Virtue of Ignorance)
Richard LinklaterBoyhood
Bennett Miller, Foxcatcher
Morten Tyldum, The Imitation Game
Melhor Filme de Animação:
Big Hero 6
The Boxtrolls
How to Train Your Dragon 2
Song of the Sea
The Tale of Princess Kaguya
Melhor Argumento Original:
The Grand Budapest Hotel
Foxcatcher
Nightcrawler
Birdman or (The Unexpected Virtue of Ignorance)
Boyhood
Melhor Argumento Adaptado:
American Sniper
Imitation Game
Inherent Vice
Theory of Everything
Whiplash
Melhor Canção Original:
Glen Campbell – “I’m Not Gonna Miss You”, Glen Campbell … I’ll Be Me
John Legend and Common – “Glory”, Selma
Adam Levine – “Lost Stars”, Begin Again
Rita Ora – “Grateful”, Beyond the Lights
Tegan & Sara and The Lonely Island – “Everything is Awesome”, The Lego Movie
Melhor Banda Sonora Original:
Alexandre DesplatThe Grand Budapest Hotel
Alexandre Desplat, The Imitation Game
Hans Zimmer, Interstellar
Gary Yershon, Mr. Turner
Johann Johannsson, The Theory of Everything
Melhor Filme Estrangeiro:
Ida (Polónia)
Leviathan (Russia)
Tangerines (Estónia)
Timbuktu (Mauritania)

Wild Tales (Argentina)

4/12
O Birdman superou todas as expectativas e acabou comigo!
Pronto, afinal sou um ser normal, e ainda não é este ano que vou a Los Angeles...

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Long Live Rock 'n' Roll nº 69


Hoje chegámos ao número em que este post faz pião e soa a amor por todo o lado. Para isso, nada melhor que um dos cancioneiros psicadélicos do momento para apimentar ainda mais este espaço de partilha.
Sabem aquelas coisas que primeiro estranham-se e depois entranham-se? Esta é uma delas, e agora não me larga.
Em momentos de relaxe e arrumos, puxamos dos galões e das sonoridades mais ímpares para vos apresentar o grande Kurt Vile!!


"
O americano Kurt Samuel Vile nasceu em 3 de Janeiro de 1980 na Filadélfia, Pensilvânia. Sob influências de artistas como Neil Young, Tom Petty, Bruce Springsteen e Pavement, Kurt Vile começou a lançar suas gravações caseiras em cassetes e CD-Rs ainda na adolescência. Em 2005, ele formou com o cantor/guitarrista Adam Granduciel o grupo The War on Drugs.
Em 2008, Vile saiu do The War on Drugs para se dedicar a sua carreira solo. Inicialmente, ele lançou os álbuns 'Constant Hitmaker' (2008) e 'God Is Saying This to You...' (2009). Ainda no ano de 2009, Kurt Vile assinou com a Matador Records, pela qual lançou os discos 'Childish Prodigy' (2009), 'Smoke Ring for My Halo' (2011) e 'Wakin on a Pretty Daze' (2013).
"
Feita que está a radiografia do artista, resta-me dizer que, sem conhecer e sem nunca o ter ouvido, soou-me logo aos primeiros segundos ao selo de qualidade de War on Drugs
Acompanhado pela sua banda (Violators) já presenteou o público português por duas vezes, uma em 2011 e em 2014, ambos os concertos no festival de Paredes de Coura.
Vile, bem ao jeito psicadélico, chuta-nos estas guitarras "reverbizadas" cheias de indie/folk numa mistura estonteante que nos faz sentir coisas fixes.
É mais ou menos isto:


Música é o que se ouve por aqui...

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Parado e devagar!


Antes de mais, aproveito para vos desejar um bom festejo pagão, cheio de fantasias e coisas do género.
Um pouco em jeito de conclusão do post de ontem, vou voltar a bater no ceguinho (Portugal).
Como sabemos, este governo decidiu retirar alguns dos feriados que existiam há anos. O dia de hoje foi um deles.
Como também sabemos, somos pessoas feitas de hábitos, e quando vêm mexer, de um ano para o outro, no que para nós é ponto assente, somos peritos em contornar as coisas e fazê-las voltar para nós.
Porque hoje tive necessidade de me socorrer dos serviços do Estado, tive a sensação mais clara do que se passa neste país num dia como este, e que não tinha se tivesse ficado em casa. 
Antes de sair de casa, e segundo o telejornal, os bancos, correios e alguns serviços mais, estariam de portas encerradas durante o dia de hoje. Fiquei na dúvida se haveria de arriscar sair de casa, mas decidi que tinha que ser. Felizmente fui atendido (e bem atendido) num balcão que se demonstrou bastante mais calmo do que noutro dia qualquer. Durante este atendimento, fiquei a saber que aquele era um caso excepcional, porque muitos outros do género estariam encerrados. Ou seja, é uma questão de se tentar a sorte!
Como já mencionei anteriormente, este governo acabou com este feriado carnavalesco. Mas, no entanto, deixou à opção dos variados municípios estarem em funções ou não. Em alguns casos, logo à partida, existem municípios que já trazem consigo, de há alguns anos, o costume de festejar o Carnaval, mexendo isso nos objectivos comerciais da própria Câmara. Assim de repente, lembro-me do caso de Torres Vedras. Ou seja, hoje em Torres é feriado quer o governo queira ou não. Depois existem os restantes municípios, que de um ano para o outro, se lembraram que o Carnaval até faz parte da sua tradição, decidindo fazer tolerância de ponte. Como foi o caso de Lisboa.
Ora bem, tudo isto para vos dizer que em dias como este, que eram e agora já não são, ou quase são e agora não são, ou não eram e agora quase são...esqueçam! 
Percebi hoje que temos um país a trabalhar a duas velocidades: Parado e devagar. O que de certeza causará muito mais transtorno aos utentes do que anteriormente. 
Sejamos inteligentes, ou é ou não é feriado...parecendo que não, torna as coisas mais simples!!
Mas enfim, é o país que temos...   

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Fuck it, let's go north!!


Partindo da premissa de que não existem lugares perfeitos no planeta Terra, existem uns que se aproximam mais disso do que outros.
Não sei se noutra vida fui viking, ou coisa que o valha, mas para além de adorar o Inverno, tenho um fascínio pelos países do norte da Europa. Desde a cultura, à geografia, tudo me diz muito. E, sem nunca lá ter ido, vivo com a ideia de que nós, cidadãos do Sul, vivemos umas quantas décadas atrás em relação ao que se passa a Norte. 
Por vezes, tenho a sensação clara de que esta distância temporal, aproxima-se daquela que é a do mundo ocidental para o mundo oriental. 
Aproveitei assim estes dias conturbados na Dinamarca (algo a que os dinamarqueses não estão, nem de perto nem de longe, habituados), para juntar algumas ideias em relação aos países da Escandinávia e ao resto do mundo ocidental, tentando chegar a uma conclusão.
A noção que tenho do avanço nórdico já era muito clara, principalmente depois de ter a minha formação académica em Ciência Política. Aprendi que são os países com as menores taxas de corrupção, onde a Administração Pública é um exemplo de eficiência e eficácia, o civismo é um porta estandarte. Estes países detêm as menores taxas de criminalidade do mundo, e a qualidade de vida é algo surreal em comparação ao que se passa a Sul. E a qualidade dos seus produtos é de topo. 
Para completar esta informação, assisti ontem ao regresso do meu programa de eleição, o único que me prende em frente ao grande ecrã (Portugueses pelo Mundo), e fiquei ainda mais boquiaberto e cheio de vontade de me mudar para Helsínquia, por exemplo.
Ontem aprendi que um café expresso custa entre 2,5 e 4 euros, que o Sol no Verão só brilha durante seis horas e que este é visto como uma bênção, que existe um equilíbrio intocável entre o meio urbano e espaços verdes, que a Finlândia é três vezes o território português mas que tem metade dos cidadãos portugueses, que é tradição as famílias terem saunas em casa, que as carnes mais ingeridas são alce, rena, veado e coelho, que se pode alugar um terreno para fazer uma pequena horta por 20 euros/ano, e que...(esta chocou-me) podemos entrar num café para lanchamos deixando na rua o nosso bebé no carrinho à espera, apenas acompanhado da nossa carteira ou mala!!!! Não é maravilhoso?
A certa altura dei por mim a pensar, que era boa ideia importar estes bons exemplos de como viver em comunidade para Portugal. Passada uma fracção de segundo, percebi que teria talvez sido uns dos pensamentos mais idiotas que tive nos últimos tempos. 
Afinal é tudo uma questão de cultura, de hábitos e costumes. Nós povos do Sul, mergulhados em miséria, facilitismos, favores, corrupção, crises de valores, e assentes na ideia do "porreiro pá", temos um sangue demasiadamente latino e quente, que não nos permite pensar muito além de nós e de como nos safarmos, mesmo que isso signifique a ruína dos outros à nossa volta. 
Mas era uma experiência incrível: mudar os finlandeses para Portugal, vivendo estes com a nossa cultura (com tudo o que isso acarreta) e vice-versa. Gostava de perceber o que se teria passado um ano depois...
O que seriam portugueses a viver num país, onde quem anda nos transportes públicos com um carrinho de bebé nunca paga!!! Esgotavam-se os Nenucos...    

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

As 50 sombras quando não há sol.


É com enorme espanto, e alguma admiração, que me deparo com algumas facetas da nossa realidade actual.
Levamos anos a conseguir alcançar valores que nos tornam, mais ou menos, uma espécie "humana", com tudo o que isso acarreta. Talvez porque ansiamos a todo o momento desmarcarmos a nossa posição de ser primitivo e selvagem de outrora, ou mesmo para o simples facto de não sermos confundidos com animais irracionais...
Essa tal prosa em torno dos valores universais do ser humano, dos direitos do Homem, da igualdade, liberdade...e todos esses pilares da sociedade moderna, é posta em causa dia após dia por nós próprios. Afinal, por quem mais poderia ser?
Até neste último ponto, a nossa arrogância e insatisfação, perante o que somos, demonstra que somos os únicos seres capazes de conquistar estatutos que custaram tantas vidas, para depois, por simples "esquecimento", pôr-mo-los à prova. O mesmo se passa com a Lei, se alguma vez foi criada para cumprir, quando somos os próprios a viver com um pé em constante infracção.
Puxo hoje este tema da algibeira, para demonstrar a minha perplexidade face a três assuntos paralelos à sociedade actual. Todos eles contraditórios. 
São eles: a febre "50 sombras de Grey", os números alarmantes da violência/homicídios domésticos em Portugal, bem como a reivindicação feminina dos seus direitos em relação ao sexo oposto. Tudo isto acontecendo ao mesmo tempo, tende a que o meu cérebro dê um nó em si próprio.
Ontem estreou nas salas portuguesas, um filme baseado num best-seller mundial da literatura, que baseia toda a sua história numa relação animalesca, cheia de fetiches, entre um homem e uma mulher. Acontece que a mulher aqui é apenas "carne para canhão", podendo mesmo ver o seu estatuto humano reduzido a nada. O estranho é constatar o sucesso desta obra no meio feminino. E os cinemas vão esgotando, na semana em que uma frase viral das redes sociais tem o condão de pôr o dedo na ferida "falam tanto das 50 sombras de Grey, e queixam-se logo à primeira palmada".
Do outro lado da barricada estão os números da violência doméstica em Portugal, que no último ano fez mais de 40 mortes femininas. Um dos problemas desta sociedade que tanto tem levado a revoltas populares, adaptações à Lei, e respectivas penas. É um assunto diariamente falado nas televisões e um cancro social actual.
Tudo isto desemboca num único tema: o estatuto da mulher.
Acredito que um longo caminho foi percorrido nas últimas décadas, para que agora a Mulher se sinta numa posição confortável, e mais ou menos favorável nas sociedades ocidentais mais avançadas. Igualdade e Liberdade, sempre foram o bastião desta emancipação que já se desenrola há anos e anos. Com maior ou menor dificuldade, com maior ou menor resultado, hoje a Mulher, perante o Homem, já não é apenas aquele saco de pancada de antigamente (claro que existem sempre excepções).
O que me preocupa, depois de pensar em torno da relação entre estes três temas, é o simples facto de parecer ser a própria mulher a querer um volte-face naquilo que é seu por direito. Será que, lá no fundo, ainda existem mulheres que têm fetiches com o facto de poderem ser olhadas de cima para baixo, serem espezinhadas, mal tratadas, inferiorizadas, reduzidas a objectos sexuais...??
Acreditem que não sou de todo conservador nem vendedor de sonhos, o que me cauda espécie é que um dia tenciono muito ser pai, e não sei para onde nos leva este caminho!
Continuamos a contradizer-nos constantemente!!
Quanto ao filme...tenho curiosidade para saber ao certo o que este tem que mexe tanto com as hormonas femininas...sexo, luxo, dinheiro...já não digo mais nada!

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

A próxima grande Cena!!


Ultimamente, tenho-vos falado aqui muito da palavra "vanguarda". É uma palavra que para mim significa muito, pois coloca-me o pensamento e o estado de espírito no sítio certo. Ou seja, um pouco mais à frente.
Acredito que se tentarmos viver a nossa vida com base nesta e noutras palavras, não daremos por perdida a nossa curta passagem por aqui. 
Viver em função de uma palavra como esta, significa viver-se o dia-a-dia sempre em busca do maior e melhor conhecimento possível. Estar a par do que se passa no mundo, consoante os gostos individuais de cada um. 
E não só.
Pressupõem em larga medida, saber o que se está a preparar para que aconteça nos próximos anos. Assim, quando o boom se dá, na verdade, nas pessoas que estão a par o impacto será menor do que na maioria. Porque nesse momento já se espera o que se passará anos à frente, e assim sucessivamente.
É o estender da expressão "Live fast, die young" a uma longa vida. E aliás, esta frase só faz sentido se significar que temos que viver rápido durante uma longa vida, porque há tanta coisa a acontecer, que nos irá sempre falhar alguma coisa. Isso chateia-me. Gostava de saber de tudo um pouco.
Mas, tudo isto para dizer que hoje sei mais um pouco que ontem, e isso deixa-me tranquilo. 
Esta tranquilidade tem dois motivos idênticos. Um chama-se "Desillusion", outro "What Youth".

Desillusion Magazine - Tome 1

São duas revistas de colecção, com enorme reputação mundial entre os adeptos de um lifestyle porreiro, surf, skate, música, moda...e isto cabe tudo em mim. O único problema é que são raras em Portugal, pois quando cá chegam já esgotaram pelo caminho!
Embora hoje já tenham os seus sítios online, é a sua versão física que faz toda a diferença. 
No caso da "Desillusion", é uma revista tão conceituada neste contexto, que uma simples publicação acarreta um custo de 2000 euros, o que lhes permitiu abrir uma loja o ano passado!
A "What Youth" é mais recente, mas começa já a marcar a sua posição no mercado e entre os fãs desta onda.
Como esta é uma visão pela qual guio a minha vida, no que respeita a gostos pessoais, logo é algo que me diz muito. 
Apronto-me agora para subscrever estas duas magazines, que me chegarão todos os meses a casa pelo correio. Ainda assim, tens também a possibilidade diária de consultar os sites em:


ou


Assim se preparam as coisas que acontecerão em breve!!



   

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Finalmente em Wonderland!!!


Depois de um fim-de-semana 5 estrelas, nunca pensei que a segunda-feira pudesse ser melhor...mas foi!
Todos nós (e não só o Michael Jackson), quando crianças, vamos crescendo com o sonho de um dia encontrar o tal mundo encantado, baseado nos nossos gostos pessoais. Mas à medida que vamos crescendo, tudo isto se vai diluindo pela cruel realidade. A desilusão toma conta do sonho e a sensação de que o chão nos vai passando ao lado é a mais nítida das visões.
Quando chegamos à idade adulta percebemos que, tanto princesas como heróis, vivem num mundo onde nós nunca iremos viver. 
Mas o meu mundo encantado nunca se baseou em nada destas tradicionais coisas. Antes, era algo muito mais real e útil.
Um catalisador de auto-estima, um motivo de vaidade, de ostentação, de estatuto, de maneira de ser, e até por vezes, de futilidade. Ainda assim, não vos vou dizer o que é, mas acho que juntando 2+2 chegam lá fácil. E se me conhecerem, ainda mais simples se tornará essa tarefa.
O que é certo é que, passados 29 anos, no dia 9 de Fevereiro de 2015, e quando a esperança de entrar no meu Wonderland já não existia, eis que foi possível...hoje vivi um sonho de vida. E olhem que já fui à fantástica Disneyland Paris!
Estive no céu, e nunca pensei que o céu fosse ali para os lados do Cacém!!!
Obrigado, por hoje ter sido o princípio do resto da minha vida.
Está na hora de deitar as mãos ao trabalho.
Novidades para breve...  

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Sushi Report


O relatório de hoje respeita sobretudo à relação que o meu cão tem com o frio que se tem feito sentir estes dias. Uma relação nada fácil, e repleta de improvisos.
Ponto assente: o Sushi é talvez o cão mais friorento à face da Terra.
Por muito que eu quisesse, ainda estou longe de corresponder ás exigências, em termos de companhia, que o meu cão pretende. Por mais tempo que passemos os dois juntos em casa, ele pensa sempre que é pouco. Assim, quando estou presente, e face ao animal friorento que tenho comigo, basta um olhar para saber que o Sr. Sushi quer. Esse olhar resume-se agora em combater o frio em conjunto.
Ultimamente, quer seja de noite ou de dia, o Sushi apanhou a manha de lançar um olhar poderoso para que alguém presente o tape. Algo a que ele corresponde, de imediato, com meia volta descendente, ficando mumificado! Isto repete-se várias vezes ao dia e à noite, o que se torna um pouco maçador para o "tapador".
O problema é que o frio não dá tréguas, mesmo quando o Sushi está sozinho em casa.
Então, recentemente, ao chegar a casa reparo que o canino está a fazer o seu sono de beleza totalmente coberto pela sua manta. Mas se ninguém está presente, como é que ele faz?
Depois de uns dias a observar escondido, reparo que o meu cão desenvolveu sozinho uma técnica para se tapar, como se de uma pessoa se tratasse. 
Ora bem, começa por escavar violentamente a manta até encontrar a posição perfeita para, de seguida, marrar contra a mesma até que esta lhe comece por tapar a cabeça, e acabe por deslizar corpo fora até ficar totalmente coberto. No fim, é só encontrar o local adequado para a sesta abrigado do frio!
Fartei-me de rir, porque sempre pensei que só as pessoas dormiam tapadas (e conseguiam tapar-se sozinhas), mas não, o meu cão também!!
Depois, vi este video na net e...

   

...afinal o meu cão é normal!!
Cada dia que passa este animal me surpreende mais...

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Negócios da China em Portugal


Vivendo e aprendendo!
Hoje passo só aqui para vos dar uma noção do que é o mercado imobiliário, aqui para os lados da capital.
Quando uma pessoa, atempadamente, recorre aos serviços de uma imobiliária, é porque precisa de uma ajuda especializada para encontrar uma casa, uma quinta, um prédio, uma loja, um espaço...
Quando uma pessoa, atempadamente, se interessa por um espaço em Lisboa, sabe de ante-mão que vai ouvir falar de preços inflacionadíssimos por m2...
Quando uma pessoa junta a isto o tempo que passa, e a urgência numa resposta definitiva...aí meus caros...podemos bater contra a parede mais próxima de frente, que não nos deixa seguir em frente. 
"E qual é a razão para a existência dessa barreira?" perguntam vocês e muito bem!!
Chineses, meus caros...chineses!!!
De certo que já ouviram falar dos célebres vistos gold, criados pelo Paulinho das Feiras, para atrair investimento estrangeiro para o mercado imobiliário em Portugal, em troca de isenções e benefícios. Penso até, que esta ideia foi das poucas boas que o Paulo teve, e que tinham tudo para dar certo. E a malta alheia a isto, como eu até há pouco tempo, pensa que está tudo a correr como o previsto. O que a maior parte da malta não sabe, é que os vistos dourados, para além de conferir ao sector imobiliário mais liquidez, também o têm vindo a bloquear, principalmente em Lisboa.
O que se passa é que os agentes e as agências imobiliárias encontram-se de mãos e pés atados, quando querem fazer negócio com um imóvel em que o seu dono é chinês!
Muito simples, passo a explicar: 
Quando um baixinho e magnata chinês ouve falar de vistos gold, apressasse a investir umas migalhas em tudo "o que não se mexa" até atingir o "tal" valor. Depois, com a ajuda de procurações a advogados e agências imobiliárias, deixam um aviso "ARRENDA-SE" na porta e voltam tranquilamente para os seus afazeres no outro lado do mundo. 
Sabem quando é que voltam a querer saber de fazer esse negócio? NUNCA! (até porque deve ser a última coisa que se devem lembrar ao deitar, uma vez por ano).
Por isso meus caros, não se admirem de um dia destes ouvirem falar que o mercado imobiliário português está congelado! E não é do frio...
Imagine-se em Angola.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

A quebra de um mito!

McDonald's Big Mac "Special Sauce" Goes on Sale in Australia

A partir de hoje vou recomeçar a tentar conquistar-vos pela barriga. Porque o tempo vai passando, e esta que é uma da minhas paixões e um dos temas que referi no primeiro post deste blogue, irei trazer-vos, com maior regularidade, assuntos que nos deixam com água na boca.
Parece que chegou o momento pelo qual milhões de pessoas esperavam em todo o mundo. O momento em que deixamos de ser enganados quando compramos imitações rascas dos molhos do McDonalds. Várias marcas já tentaram chegar ao segredo daqueles molhos que fazem toda a diferença na maior cadeia de hambúrgueres do mundo. Nenhum, até hoje, conseguiu sequer chegar perto. 
A par da receita da Coca Cola parece ser um dos maiores segredos do mundo do fast-food.
Não sendo eu um grande adepto desta marca de restaurantes de comida rápida, a contar pelas escassas investidas a qualquer ponto de venda (cerca de 2/3 vezes por ano), sou um verdadeiro apreciador da maior parte da sua gama de molhos. E sim, também já arrisquei a compra de imitações e fiquei sempre a arder!
Este mês, o segredo continua a ser a alma do negócio, mas o McDonalds decidiu fazer a vontade aos seus fãs e disponibilizar no mercado australiano, ainda que de forma limitada, em formato topping down, a sua vasta gama de molhos. O primeiro a ser anunciado (conforme a foto) é talvez o molho do primeiro hambúrguer a ser criado pela marca: o molho do Big Mac!
Segundo consta, em breve serão lançados os restantes, destacando eu o incrível molho avinagrado das batatas, que já se adquire à parte.
Pena é que, para já, Portugal não entre no lote de países escolhidos para este lançamento...por isso, aos obesos e pessoas com alto índice de colesterol espera mais alguns anos de vida!
De resto, se estás, ou vives na Austrália e eras daqueles que esperaram e desesperaram por este momento, basta-te ir a um restaurante McDonalds e comprar a tua garrafa para levar para casa e fazeres os teus próprios hambúrgueres iguais aos do Sr. Donald.
Um aparte, é a alta segurança em que estão armazenados estes produtos, com direito à vigilância de duas empresas de segurança privada. E a estratégia montada para combater a queda dos lucros deste franchising, em 30% no último trimestre de 2014!!! 
Tudo por um bom motivo!
Agora já podem limpar a baba!      

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Long Live Rock 'n' Roll nº68


Hoje venho fazer justiça a uma banda que tem passado ao lado deste espaço. Única e exclusivamente por minha culpa. Por isso, bem à imagem dos tribunais portugueses, o seu a seu dono, mesmo com uns meses ou anos de delay.
Trago hoje aqui esta banda porque a obra-prima que é o seu segundo álbum, já alvo das melhores críticas, só agora foi descoberto a 100% pela minha pessoa. Depois mesmo de ouvir atentamente o seu mais recente trabalho. O segundo tem o nome de "Primary Colours", e é visto como uma peça de arte dentro da produção no universo roqueiro.
O som não é o mais consensual, mas a qualidade desta banda é algo inquestionável.
Não tenham medo, hoje trago-vos The Horrors!!!


The Horrors são uma banda britânica de garage rock, formada em 2005, em Southend, Inglaterra.

No começo dos anos 2000, numa das várias viagens para Londres, Rhys Webb conheceu Faris Badwan e Tom Cowan que tinham gostos musicais parecidos com o dele (Rock de Garagem dos anos 60-70 e Post-Punk). Em 2005 os três decidem formar uma banda com Joshua Third e Joseph Spurgeon, onde as principais influências seriam Birthday Party e Bauhaus. 
Obs: A banda foi formada no Southend-on-Sea Junk’s Club, um clube underground fundado por Rhys Webb e Oliver Abbott.

A primeira apresentação ao vivo da banda foi no dia 16 de Agosto de 2005, num Pub de Londres chamado The Spread Eagle.
Os Horrors começaram a ter um pequeno reconhecimento da media e do público com o single “Sheena Is a Parasite”. Porém, com uma apresentação no 100 Club (casa de música consagrada de Londres) e com uma aparição na capa da NME, a popularidade da banda viria a aumentar bastante. Como resultado dessa exposição, os Horrors tocaram no “NME Awards Indie Rock Tour” no início de 2007, aonde conseguiriam atingir um público razoavelmente grande.

Hoje, já com vários álbuns gravados e com centenas de gigs, são aclamados pelos fãs deste tipo de rock setenteiro. São mesmo a referência actual dentro do estilo.
Em 2014, lançam o seu trabalho mais recente "Luminous". 
Mas foi em 2009, com o álbum "Primary Colours" que se afirmaram como um caso sério a ter em conta no panorama rock britânico e mundial. 
Deixo-vos com este video do mesmo:


 Atenção, que a minha rentrée aos palcos está para muito breve!!