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segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Ser velho e não conhecer o nome das flores!


Estes dias tenho percebido que possuo mais segundos do que aqueles que pensava ter.
Quando olho para o calendário, e tenho que recorrer ao longínquo ano de 85 para marcar o dia do meu nascimento, assusto-me cada vez mais, não apenas por ser um individuo do século passado (o que já de si é mau), mas principalmente pela quantidade de scroll down que tenho que fazer, até lá chegar. Talvez seja mais indolor recorrer apenas à memória quando tenho que recuar no tempo. O calendário pode ser um utensílio bastante nostálgico e cruel. A memória é mais selectiva e letal.
Esta introdução serve para vos dizer que este fim-de-semana fiquei alarmado por, até então, nunca ter ouvido falar de uma tal  de Violetta!!!
Ao que parece, este novo fenómeno da criançada tem-me passado completamente ao lado, até ao momento em que encheu o Meo Arena três dias seguidos! E ao que parece também, já não tenho nada de criança dentro de mim, porque senão, algures neste mundo, já teria tido contacto com esta personagem mundial.
Preocupo-me também pelo facto do meu conhecimento ter parado na Floribella. O que não é mau de todo, porque me permite apenas recuar meia dúzia de anos no tempo, sem nunca me esquecer do nome de algumas flores.
Pois bem, devido a este trauma temporal, pus-me a preparar o meu lado mais infantil, para não voltar a ser surpreendido pelos meus velhotes 29 anos, e quase que consigo adivinhar o nome da próxima estrela da criançada. Assim, algo como "Rosidella" ou "Malmequélia" estará por aí a rebentar nos próximos 10 anos!!
Fico triste também, por na minha geração nunca ter tido oportunidade de ver ao vivo o Son Goku, Tom Sawyer, Pinóquio, Van Damme, entre outros... 
Esta criançada de agora não facilita a vida aos pais, quando chora por 500 euros para ver um espectáculo do seu ídolo. 
Quanto custaria ver a Ana Malhoa ao vivo, em 1995?? (o Bué-ré-ré quis eu dizer)    

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