Neste momento sinto-me um homem extremamente realizado.
Amante da cozinha como sou, nunca antes a palavra "degustação" me soube tão bem pronunciar.
Já andava a namorar a Raclette há algum tempo, mas nunca tinha sido bem sucedido. Umas vezes porque estava esgotada, outras porque não era bem o modelo que procurava, outras ainda devido ao seu elevado preço. No entanto, como a vida é feita de oportunidades, esta surgiu-me quando já não tinha a mínima esperança neste relacionamento. Bastou-me ver uma promoção do Aldi (quem diria!!) para ir a voar reservar a minha, não fosse o stock acabar como é normal quando a Raclette está a metade do preço!
Eu já era um fã incondicional dos fondues, mas este teimavam em manter demasiada gordura na confecção dos alimentos, coisa que abomino. A ideia de culinária social, sempre me agradou, porque enquanto confeccionas o teu próprio alimento, metes a conversa em dia tranquilamente, e nem dás pelo tempo passar. Este é um contexto muito típico de alguns países asiáticos, onde o relacionamento humano é muito mais importante que a gula. Então é normal que grupos de amigos coreanos (exemplo) se juntem para ir jantar fora, escolhendo restaurantes onde o tempo não conta. Juntam-se em redor de uma mesa, centrada por um grelhador onde os alimentos são confeccionados pelas próprias pessoas, entre conversas e gargalhadas. Ideal para fins de semana entre amigos e família, ou para refeições de negócios. Já para não falar da parte saudável destas refeições.
Depois, na Europa (ou algo parecido com isso), os suíços criaram a Raclette, que é capaz de ser a expressão máxima de tudo aquilo que vos disse acima. Consegue juntar: cozinhados na grelha ou na pedra, frutas, legumes, carnes, mariscos, peixes, queijos...e um serão bem passado! Tudo isto sem um pingo de gordura (a não ser a do próprio alimento).
A juntar a isto, e se atentarem na imagem, existem uns recipientes pequenos por baixo do grelhador. Aqui está a parte boa da coisa. Eles permitem fazer entradas e sobremesas de morrer. Em cada um, um queijo a derreter com ervas aromáticas...eu sei lá, eu sei lá...
Este sábado, em conjunto com amigos, vou estrear a minha nova amante Raclette, num bacanal de sabores. Deixem-se de tabus e vão por mim.
Para acabar, acredito que uma refeição que fuja ao alarvismo tradicional português, pode tornar-se numa experiência viciante!
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