Sou sincero, pela primeira vez que não tenho assim muitas novidades para vocês. Posto isto, esta semana tenho apostado na continuidade, em termos de géneros sonoros.
Resolvi apostar na audição pormenorizada e meticulosa de um álbum recente de uma banda que é novidade para mim. Novidade, porque não me sentia educado a ouvir algo do tipo. Já me conquistou.
Posso até arriscar em afirmar que a banda desta semana é familiar da da semana passada. Talvez "primos" dos La Dispute.
Esta semana é dedicada novamente ao hardcore. Apresento-vos os Touché Amoré.
Esta semana é dedicada novamente ao hardcore. Apresento-vos os Touché Amoré.
Os Touché Amoré são um quinteto californiano, que já anda nestas andanças há tempo suficiente para que não se tenha dúvidas relativamente à honestidade e qualidade desta banda, que pega no hardcore e torce-o com uma paixão que teima em arder vigorosamente.
Depois de dois álbuns, e uma quantidade apreciável de EPs e splits, apreciados tanto pelos fãs como pela imprensa em geral, os californianos chegam a 2013 com aquela que muitos poderão considerar ser a derradeira prova de que eles merecem, realmente, estar no topo.
Formada por: Jeremy Bolm (voz), Clayton Stevens (guitarra), Nick Steinhardt (guitarra), Elliot Babin (bateria) e Tyler Kirby (baixo), os californianos merecem destaque em "Is Survived By", terceiro e novo álbum, prova que eles merecem estar no topo. Os quase trinta minutos de duração deste novo álbum são tudo aquilo que se quer dos Touché Amoré e mais, muito mais. Começa logo pelo facto de eles terem trabalhado com o produtor Brad Wood (Smashing Pumpkins, Sunny Day Real Estate, etc), que lhes garantiu um impecável som, capaz de fazer justiça às composições apresentadas pela banda. Não há um detalhe ignorado, e todos os diferentes ambientes são trabalhados para que eles sejam apresentados da melhor forma possível, dando a base que a banda tanto necessita.
Relativamente ao trabalho da banda, a primeira palavra que gravita pelo ar e entra pelos nossos cérebros… Maturidade. Há um impressionável nível de maturação. Diferentes tonalidades, diferentes formas de agressividade, diferentes ambientes que acabam por se interligar na catarse que Jeremy Bolm tão bem sabe cuspir… como é o caso de “Praise/Love” onde melancólicos mantos ambientais são acompanhados por um desespero agoniante.
As letras que Jeremy Bolm cospe, continuam a ter aquele cariz catártico acompanhado por uma espiral de honestidade, dor, esperança, amor e vida! A diferença é que desta vez ele parece fazê-lo de uma forma onde há mais vulnerabilidade.
Mas nada melhor que ouvi-los:
As duas grandes faixas do novo álbum, a meu ver!
Em certos momentos estes tipos fazem-me lembrar tanta coisa...por vezes The Gaslight Anthem, noutro tipo claro está.
Que me perdoem, pela chapada musical de hoje!
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