Powered By Blogger

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Blade Runner 2049: O poder do silêncio

Resultado de imagem para blade runner 2049

Lembro-me de brincar com uma cassete VHS de umas cores sugestivas, e do meu tio ralhar comigo por isso.
Cheguei a prender a atenção à pequena TV do quarto, cada vez que ele inseria a tal cassete no video e se recostava na cama.
Mais velho, percebi o porquê do fascínio do meu tio por aquela fita. Eram as cores, as músicas, os carros voadores e as personagens estranhas.
Lembro-me de fazer contas de cabeça, para aferir que idade teria em 2019, para poder ver carros voadores e ter o meu.
Vi o primeiro Blade Runner várias dezenas de vezes, e em todas elas ficava com a sensação que percebia cada vez menos. Essa era a magia que me fazia carregar no play novamente.
Ontem corri à primeira oportunidade que tive para ver a nova sequela. Altas expectativas se apoderaram de mim. Era uma criança à espera do doce prometido. Ainda para mais com o elenco escolhido.
Reparos a ter em conta:

1- Hollywood encarregou-se, mais uma vez, de colocar o Sr. Gosling num patamar elevadíssimo de figura que prende as atenções do público feminino.

Era só isto.

Em síntese, não esperem que seja um filme que agrade a gregos e a troianos. Blade Runner nunca o foi. Foi, e continua a ser um filme de culto, que prima pela incrível fotografia e som, mas desta vez a produção encarregou-se de elevar este filme ao expoente máximo do bom gosto. 
O silêncio é de uma beleza sem igual. O poder do silêncio, das respirações, dos pormenores de luz e imagens estanques, levam-nos a duvidar da eficácia dos nossos próprios sentidos.
Trabalho técnico sensacional, que quando acaba nos deixa com água na boca.
Mas a fotografia deste filme...sem letras que a descrevam!
Ora vejam:



Um dos muito poucos filmes que me leva ao cinema por cada ano que passa.   

Nenhum comentário: