A semana passada ainda ecoa na minha cabeça.
Nunca antes uma simples afirmação, me tinha deixado tão perturbado como aquela.
Deu-me um belo abanão.
Vi uma Drª de investigação da Fundação Champalimaud, afirmar que, segundo dados estatísticos, retirados de estudos médicos, daqui por 15 anos uma em cada duas pessoas teriam algum tipo de cancro...e que já hoje, este valor é de uma para três, em países desenvolvidos...
Ela aponta a má alimentação e a falta de exercício físico, como os dois principais factores da doença do novo século. Mas há mais. Todos temos células cancerígenas no nosso corpo, estas só estão à espera de ser acordadas por nós.
Que soco no estômago que senti ao ouvir aquilo. Andava alheado da realidade. Depois começo a pensar um pouco, e sim, já existem demasiadas pessoas que conheço que passam, ou já passaram por isto. E tenho medo à brava. Medo, porque somos todos escravos das industrias alimentares e da frieza dos cifrões. Muito dificilmente nos conseguimos afastar disso. Por mais saudáveis que nos achemos, façam o exercício de contar quantas coisas que trazem no saco da compras, são biológicas e quantas são transformadas. Mesmo que tenham o maior cuidado.
Somos reféns disto tudo.
Não estranha, que nos países menos desenvolvidos, denominados de terceiro mundo, as pessoas ainda vivam até aos 100 anos cheias de saúde.
Viver no meio da selva, longe desta civilização envenenada, não deverá ser assim tão mau, se o teu objectivo for viver cheio de saúde.
Pensar que cada vez mais crianças, e pessoas da minha idade, aparecem com cancro, deixa-me apreensivo em relação ao futuro.
Por ventura, por procurar informação acerca dos nossos problemas, tenha a preocupação sempre a bater-me à porta, ao contrário de outras pessoas que preferem viver na "santa ignorância".
Não sei o que será melhor.
Faço o que posso por me agarrar à dádiva da vida, todos os dias, e até ao fim. Se tenho esta sorte, cabe-me fazer por valer a pena...
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