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terça-feira, 8 de setembro de 2015

Lupus est homo homini non homo


Boa tarde,

ao que parece, estamos no tempo dos demagogos, sábios, visionários, escribas, filósofos, pensadores, opinadores, vendedores de pesadelos, argumentistas...não sei bem em qual deles me hei-de encaixar, mas algo se há-de arranjar para me catalogar. Porque se hoje não tens um rótulo é complicado que consigas a atenção necessária à tua sobrevivência social, que respira muito menos do que imaginamos.
Os refugiados de guerra poderiam muito bem mover-se pelo mundo a bordo de táxis contratados pelo serviço Uber. Sim, porque estes também têm smartphones, e como são "zés-ninguéns" não deviam. E isso choca o ignorante, que também é pessoa, mesmo antes de saber que este povo também tinha uma vida num canto do planeta, tal qual cada um de nós. No entanto, nem todas as vidas são iguais, e isso é que nos aflige, não podermos falar à vontade daquilo que não se passa nas nossas quatro paredes. Se acontece é sinal de que podemos falar, mesmo que montes de bosta insista em sair das nossas bocas, ou da ponta dos nossos dedos.
Ao que parece também existe uma terminologia que vem ficando em saldos estes dias. 3ª Guerra Mundial é proferida para relatar o que se vem passando na Europa. Ora, lê-se tanto que quem escreve será que detém o verdadeiro significado do conceito? Se assim fosse, já estaríamos há muito para aí na 20ª Guerra Mundial. 
A crise agrava-se e é grave. Urge mudança ou uma fuga para trás. Ainda assim, carece de controlo e punições severas, porque "à vontade, não é à vontadinha".
Somos escória, estamos em falência, não somos nada. 
"O homem é o lobo do homem" e sempre andei em torno destes pensamentos filosóficos em relação ao estado natural/selvagem do Homem. Chegou a altura em que tomo partido desta afirmação!!
Somos maus, e come-mo-nos uns aos outros sem sermos canibais.
Tenho medo do amanhã, não do meu, mas dos meus...
Obrigado Plauto e Hobbes, agora vejo melhor.


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